quarta-feira, 30 de julho de 2008

Mudasti, Mudasti!...



O entusiasmo de certa alegada esquerda europeia que se apressou a justificar a sua "obamamania" com a pretensão de que o candidato do Partido Democrata norte americano é "um dos seus", sofreu um revés no mínimo humilhante. É que para Barack Obama, os únicos "socialistas" minimamente toleráveis, são os que estão no poder. Os que não estão, são pouco mais que "terroristas", como os dirigentes do PS francês que tudo fizeram para se encontrarem com ele, durante a (curta) visita a Paris, sentiram na pele, ao verem as suas pretensões liminarmente recusadas pelo putativo futuro presidente estadounidense.
Desde que ouvi esta notícia, vou-me lembrando dela várias vezes ao dia e de todas a vezes rio muito... depois penso nos entusiasmos de Soares e seus pares... e rio ainda mais.
A vitória de Obama vai produzir uma grande e profunda mudança, no mínimo, mundial!
Como dizia uma personagem dum filme italiano (daqueles muito bons), "Se quisermos que tudo continue como está, é preciso que tudo mude!"

16 comentários:

Anónimo disse...

os Soares ou a Voz dos ridículos.

Anónimo disse...

Espero enganar-me, mas tenho a impressão de que ainda vou ver muita baba e ranho...

Abraço

Orlando Gonçalves disse...

É esperar para ver no que isto vai dar, mas não acredito assim em mudanças tão radicais numa América conservadora e onde quem comanda é o poder económico. Este candidato por certo, caso ganhe, não irá contar o cordão umbilical com aqueles que estão por de trás da sua campanha. A vêr vamos.

Crixus disse...

Como sempre, o Samuel tem o comentário certeiro e oportuno, se alguma coisa mudar com Obama é para ficar tudo na mesma.

Ana Camarra disse...

Samuel

O file é o Leopardo e é eterno.
Hoje deu-me para o cinema e já falei dele.
O Obama cheira-me a flop, vai ficar tudo na mesma, se por acaso tentar mudar alguma coisa (sinceramente duvido), ou espetam-lhe com um balázio como o Kennnedy, ou arranjam outra Mónica como ao Clinton.
Nada de novo no horizonte...
beijocas

Sal disse...

Post cheio de verdade, camarada.
Daquelas verdades que custam tanto a engolir aos pseudo-socialistas desta nossa Europa. Soares incluído.

beijinhos

Maria disse...

... pra tudo (este carnaval) acabar na quarta feira, como diz o Chico...
... e tudo continuar na mesma...

Abreijos

Lúcia disse...

Yes, we can - duvidar de tanto unanimismo à volta de um sorriso colegial e de uma campanha de Marketing fortíssima.
Beijos

Anónimo disse...

As minhas previsões são mais péssimistas,porque ;se a economia dos EU está mal, qualquer que seja o presidente vai querer melhorá-la, e de que maneira irá fazê-lo, -mantendo a guerra e a exploração onde se tornar mais fácil, e adivinhem lá onde será mais fácil, para bom entendedor, basta ver a quem Obama pretende agradar, e que aliados bajúla.

Anónimo disse...

Não vale a pena ir na cantiga pimba dos Soares e outros que tais. Todos esses candidatos são apoiados pelo grande capital e é a este que vão servir. O resto é Carnaval para entreter as massas.

Fernando Samuel disse...

Bem visto!
Chamo a atenção, no entanto, para o facto de Mário Soares ter reiterado todas as suas opiniões sobre Obama, comentando precisamente a visita deste à Europa...)

Anónimo disse...

É isso tudo.
Porque é isso a social-democracia, criadora da ininterrupta cadeia ilusão-desilusão-desilusão-desilusão. Ininterrupta? Depende de nós até quando.
Abraço

Adriana disse...

POliticos,política policias ,presos,catastrofes...aí aí,tudo continua como dantes..

Anónimo disse...

Parece que foi um Presidente USA que disse:"em política nada acontece por acaso".Com o projecto AFRICOM no terreno não dará jeito um presidente negro...? Quando vejo o Mário Soares tão entusiasmado com as qualidades do Obama, vem-me à memória o célebre "olhe que não,olhe que não"de A.Cunhal!

Justine disse...

Mas ele não está a enganar ninguém, está a ser "clarinho" como água - exactamente como nos filmes italianos!

Pedro Penilo disse...

Ó Samuel: sem desprimor para o texto anexo, mas o título aposto à fotografia são assim a modos que uma capela sixtina dos buldozeres que ferram e não largam.