sábado, 7 de agosto de 2010

Lexotan – Dormir... quando o que é preciso é acordar!



Por mais que o esquema montado por “desconhecidos” e tão bem encabeçado pela cândida doutora Almeida insista em arquivar o “Caso Freeport” (já é a segunda vez) ele parece um sempre-em-pé...

O “Processo Casa Pia”, já foi vítima de tanto truque, tanto incidente, tanto recurso... que caminha perigosamente para a impunidade total dos culpados, por via da prescrição pura e simples dos crimes.

Da “Face Oculta” nada se revela. Dos submarinos apenas se sabe quanto dinheiro se afundou... mas não se vislumbra em que bolsos. Das armas “Lusa” que Portas vendeu a fabricantes de armas dos EUA, ao desbarato, mas que afinal valiam milhões, só se sabe que alguma razão, também ela certamente “submarina”, terá inspirado o negócio.

O Governo prepara-se para vender a preço de "liquidação total" o BPN que há dias “nacionalizou”, como gosta de chamar à operação de salvamento dos especuladores culpados pelas falcatruas que já nos custaram 4 mil milhões de euros.

Ao mesmo tempo anuncia mais dádivas aos seus amigos endinheirados, na forma de mais privatizações de empresas (GALP, EDP), privatizações que vão render menos ao Estado do que os dividendos que o mesmo Estado retiraria delas se as mantivesse na sua posse.

Perante tal cenário de crime organizado, de simulacros de incompetência, de autêntico desbaste da riqueza e independência nacionais, de governantes que “garantem” enquanto estão no Governo o seu futuro no privado e do incessante assalto aos já de si magros rendimentos de quem trabalha e que acaba sempre por pagar todo este regabofe, a Justiça deveria ser o dique, a muralha, que defenderia os cidadãos destes criminosos comuns que assaltaram a democracia e em nome dela nos vão impondo a ditadura dos seus vícios e da sua ganância.

Mas não! A Justiça é uma caricatura triste de si própria. Os agentes da Justiça agridem-se em público com a “elegância” de membros de gangs rivais, numa guerra em que nenhum golpe é considerado demasiado baixo, em que tudo é permitido.

Perante tal cenário, como disse, a quem interessa realmente uma Justiça em que já ninguém acredita, nem mesmo os que a exercem? A quem interessa este lamaçal que faz os cidadãos voltarem a cara enojados, anestesiados, indiferentes?

Diz o lamentável Procurador Geral da República que “tem os poderes da Rainha de Inglaterra”; não sei se terá... mas tem certamente (ele e seus comparsas) os “poderes” soporíferos do Lexotan... desgraçadamente, num país a precisar, bem pelo contrário e urgentemente, de café, café... muito café!

8 comentários:

Maria disse...

'Levanta-te meu Povo não é tarde
agora é que o mar canta é que o sol arde
pois quando um Povo acorda é sempre cedo'

E um dia o Povo vai acordar!

Abreijos

Fernando Samuel disse...

Justiça?: pois...


Um abraço.

do Zambujal disse...

Compreensivo e muito bem justificado desabafo.
Sublinharia, do Lexotan, aquela coisa dele provocar dependência...

Um abraço

Graciete Rietsch disse...

Muito. muito café e viva a cafeina para acordar este Povo tão adormecido pelos soporíferos que todos os dias lhes entram em casa.

Um beijo.

São disse...

Vergonhosa esta impunidade instalada em Portugal.

Vergonhosos continuam a ser os comportamentos dos EUA. E porque se não recordam os bombardeamentos sobre Dresden, feitos por pura crueldade?

Bom fim de semana para vós.

Lídia Borges disse...

O que se passa na (in)Justiça acaba sendo mais um atentado à inteligência dos portugueses do que propriamente uma droga para adormecer...
Muito bom, o texto!

L.B.

svasconcelos disse...

Temos uma justiça de "brincar", com títeres estrategicamente colocados para encobrir ignomínias, que atentam contra a democracia. E todos os casos que enumeraste ilustram-no bem.
bjs,

Suq disse...

A insustentável leveza do poder.


Democracia é talhada na melancia - sempre fresquinha e sumarenta!


As pevides são outro caso!