quarta-feira, 22 de junho de 2011

Fernando Nobre – Uma derrota muito “satisfatória”


Estou confiante de que, desta vez, Fernando Nobre terá (finalmente!) percebido que o Presidente da Assembleia da República não é nomeado, mas sim eleito. Que o lugar de segunda figura da hierarquia do Estado não é “oferecido” pelo “candidato a primeiro-ministro” em campanha eleitoral... mesmo quando este acaba por vir a ser, efetivamente, primeiro-ministro.
Foi eleita uma deputada para o lugar. Por comparação entre Nobre e a deputada Assunção Esteves, ainda mais se destaca a gritante inadequação do equívoco médico para exercer aquelas funções. Desde a infausta corrida para Belém, até esta nova corrida que não passou, afinal, de um tropeço, Fernando Nobre nunca mostrou um vestígio de ideia que não pudesse ter sido copiada de uma qualquer T-Shirt... ou, quando se vislumbrou alguma, nunca passou de populismo barato, de um discurso infeliz anti-política e anti-partidos, muitas vezes virado exatamente contra o Parlamento que agora pretendia vir a presidir e os seus eleitos.
Na reação à eleição da deputada Assunção Esteves, Nobre conseguiu, ainda assim, surpreender mais uma vez... mostrando quão pequeno é por dentro, ou na melhor das hipóteses, quão ignorante.
Na mesma frase, respondendo sobre o que sentia com a vitória da nova Presidente da AR, conseguiu dizer que estava «muito feliz», para logo a seguir garantir estar convencido de que Assunção Esteves irá exercer «satisfatoriamente» as suas funções.
Fica-se sem entender se aquele “muito feliz” não passa de um sarcasmo podre... e se o “satisfatoriamente” é apenas um triste desconhecimento do peso real das palavras na língua portuguesa.
Felizmente, até que um dia destes e por “razões pessoais inultrapassáveis” o médico renuncie ao lugar de deputado para ir à sua vida... pouco ou nada se ouvirá dele.

12 comentários:

do Zambujal disse...

A passagem deste homem pela chamada "política activa" tem sido uma sucessão de equívocos lamentáveis, ajudando, no entanto, a perceber que "estar na" política, apesar dos maus tratos (diria mesmo péssimos tratos) que tantos tratantes lhe dão, não é assim uma coisa fácil onde se vá passear e ocupar uns lugares de caminho...

Um abraço

jrd disse...

Com "amis" destes quem é que precisava de "inimis"?

Abraço

Antuã disse...

Lá se foi a nobreza do Fernando.

Eduardo Miguel Pereira disse...

Fosse Fernando Namora ainda vivo e seguramente que teria aqui matéria para um volume II de "Retalhos da vida de um médico" !

A.Silva disse...

Em baixo era a Teresa Caeiro, agora a Assunção Esteves... mau, mau, que temos a burra nas couves!...;o))

Justine disse...

Todo este episódio foi lamentável! Única vantagem: ficar a conhecer a fundo alguém que se pensava ter algum valor, para além do prestígio mediático...

Fernando Samuel disse...

Neste Nobre, o que mais impressiona é a falta de nobreza do que diz e do que faz...

Um abraço.

Anónimo disse...

Isto tudo só me levou a desacreditar por completo numa instituição que julgava séria, a AMI. Acabaram-se os meus pequenos donativos!

Graciete Rietsch disse...

Eu também concluí que tinha razão quando ,por vezes, sentia que a AMI não era tão "amiga" como se pensava ser.

Um beijo.

Anónimo disse...

melhor alvo é o banco alimentar com a sua isabel jonet

Anónimo disse...

em 84, na Jamba, Angola, como prisioneira da UNITA, assim como outros companheiros, entre os quais crianças, mais-velhos e até freiras; soubemos que um grupo da Ami estava lá, a escassos metros de nós, ouviamo-los falar e rir. não nos contactaram; chamamos por eles, dizendo quem eramos, nada; tinhamos caminhado durante 3 meses pela mata até chegar lá abaixo e aqueles médicos tão "solidários" não foram capazes de trocar uma palavra connosco... desde aí, para mim, a AMI ficou definida,
Linka

Maria disse...

Foi o nobre fim do Nobre...

:)))