Como já sabia que aconteceria, o Sérgio Ribeiro falou bem, claro, sereno, diferente... e pouco!
Convidaram um dos tais exóticos do PC para o debate, mas sente-se o grande incómodo que se instala quando alguém, como Sérgio Ribeiro, fala serenamente de algumas das causas dos problemas que enfrentamos e diz com aquele "ar" muito dele, quando perguntado sobre o que é preciso então fazer, "é precisa outra política!".
Ora isso não é coisa que se vá dizer no meio de tão civilizado salão, onde todos, cada qual à sua maneira, tinham o único propósito de defender com unhas e dentes o seu sacrossanto modelo capitalista, divergindo apenas no grau de selvajaria, neo-liberalismo ou convencionalismo envergonhado com que ele é imposto. A senhora patusca, "choraminrindo" as virtudes do dito. O ex-arruaceiro Basílio do CDS, agora domesticado pelo tacho gigante, defendendo "o seu" (mais o Sócrates e o Pinho que são governantes como ele nunca viu). O tecnocrata de "centrão" de que não retive o nome, muito articulado mas sem sumo, retrato do estado em que ele e os seus iguais colocaram o país. Aquele totó reaccionário (qualquer coisa Costa), da Lusa, que falou da plateia apenas para exemplificar como se perde uma grande ocasião de ficar em casa e calado, ruminando Códigos de Trabalho em que "se fosse ainda mais longe".
A Fátima Campos Ferreira não atrapalhou tanto como noutras ocasiões.
Ah... claro que falta o Dr. Medina Carreira, mas esse não conta. Presentemente serve apenas para dinamitar conversas, entrevistas e debates, coisa que faz com garra e estrondo.
É assim uma espécie de taxista extremamente irritado com o trânsito... mas com um curso superior.
* Um aceno ao Mário Castrim
16 comentários:
:))))
A tua última frase vale o post inteiro...
Não é por nada, mas o Sérgio marcou a diferença...
Abreijo
De vez em quando, para dar um ar de pluralismo à propaganda, convém convidar alguém que não seja do coro e que seja suficientemente educado para falar apenas quando lhe dão a palavra.
Não vejo o Prós e Prós. Esse programa é o retrato da miséria de debate a que chegámos. São quase sempre protagonistas do estado a que chegámos a sentenciar as mesmas receitas que nos trouxeram até aqui. A Fátima... A Fátima representa o poder!
Parabens ao Sérgio Ribeiro!
Depois de "postada" a minha insatisfação, e antes de tentar ir descansar um pouco, vim aqui pela mão devida, pela da "vóvó", a quem fiquei muito grato.
Saboreei o teu tão certeiro (salvo, claro, abstendo-me dos meus "méritos") "canal da crítica"... e estou (ainda) mais tranquilo e insatisfeito.
Ah! e a falta que o Mário nos faz, sem esquecer - como seria enorme injustiça - o extraordinário, em quantidade, e excelente, em qualidade, trabalho do Correia da Fonseca.
Um enorme abraço pela "ajuda" companheira.
Que tristeza de programa. Se o Mário estivesse cá muito coisa teria a dizer na sua crónica semanal. Foi bom recordares o camarada. Fiquei com saudades...
Temos agora uma presença de camaradas nossos no Prós e Contras um pouco mais frequente do que acontecia há dois anos atrás. Isso é uma vitória da nossa luta contra a discriminação e o estado de coisas na comunicação social.
Claro que tudo no programa é mau, e os seus protagonistas não nos vão tratar com meiguice. Não vale a pena queixarmo-nos quanto a isso. É preciso denunciar o que está mal, mas simultaneamente aprender a furar o bloqueio.
Um abraço a todos e um especial para o Sérgio Ribeiro.
Não vi. Mas registo a tua crítica digna do Castrim, sem dúvida. De escrita única, este Homem foi o responsável, nos últimso anos em que escreveu para o Tal e Qual, de eu continuar a comprar um jornal que tinha sido de referência, mas havia deixado de o ser. Os meus 170 paus eram direitinhos para as crónicas dele. Ficávamos sempre mais ricos.
A grande novidade no "Prós e Um Contra", foram as lebres 1ºMedina Carreira a meio Basílio Horta e no final aquela lebre da Lusa:- resultado a prova acabou mais cedo, ainda assim houve um concorrente que dignificou a prova, para que não dessemos o tempo por mal empregue;-claro, que o Sérgio Ribeiro, apercebeu-se e (quanto a mim muito bem)que as lebres só estavam ali para ver se o atrapalhavam.
adorei a comparação
beijo atlantico para ti meu amigo
em terra de emigrantes, quem tem um blog como o teu para se actualizar (e chocar... ainda chocar...) é rei do saber!
obrigada.
Agradeço a amável visita. Costumo passar por aqui, em silêncio.
Um aparte: nunca me esqueci de "Simón Bolivar, Simón..." há tantos anos, no Pavilhão do Sacavenense.
Voltas que a vida dá.
Um abraço.
Quem tenta discutir as coisas seriamente e fala do que realmente importa é posto de lado, desta vez convidaram o Sergio para poderem dizer que sao plurais, mas quando ele falou a discussao teve um intervalo e dedicaram-se a rebater o que ele tinha dito...enfim.
Depois do teu post, nada mais há a dizer, para além dos Parabéns ao Sérgio Ribeiro que apesar de lhe terem dado pouco tempo para se poder exprimir, disse tudo, “... há alternativa para este governo!”
Quanto ao “Canal da Critica”,
Já que o nosso Mário Castrim se ausentou. O Correia da Fonseca de quem tanto gosto e leio semanalmente, tem mais que fazer! Ficas tu Samuel, com esta árdua e difícil tarefa de escreveres, tão bem como escreveste hoje e sempre o tens feito.
GR
O Sérgio esteve bem como se desejava.Na tv as intervenções
devem começar pelo fim para que
não falte o tempo.
Mário Castrim uma saudade
Excelente análise, samuel.
à imagem do taxista irritado, mas com curso superior acrescentaria: taxista benfiquista em dia de derrota contra o FCPorto! Estás a ver a coisa!!!
beijinhos
Excelente post!
Há muito tempo que me recuso a ver esse programa! no ínicio ainda via, mas ficava tão irritada que desisti, não valia a pena o desgaste! E ao ler este post, chego à conclusão que a não ser o Sérgio Ribeiro, não perdi nada em não ver. A música é sempre a mesma! e a Maestra é péssima!
beijos
o sérgio esteve excelente apesar das imensas ratoeiras previamente montadas. A Fátima é um tapete com a mania que tem piada. os outros!... Então o arruaceiro Basílio!... o tacho fê-lo passar para o PS o que não é de admirar porque a política é a mesma. Apesar de tudo teremos de lutar até porque não sabemos fazer outra coisa.
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