Não sou aquilo que se possa chamar um consumidor de música compulsivo. Não tenho, nem alguma vez usei alguma dessas engenhocas para andar a ouvir música com auscultadores enfiados nos ouvidos, por toda a parte e a todas as horas. Mais ainda, sou incapaz de escrever ou ler se estiver a ouvir música ao mesmo tempo... e até nos blogues em que há música a tocar automaticamente, tenho que desligar o som do computador, senão, não leio o texto.
Posto isto, sim, ouço bastante música, tenho discos demais e manias de “apreciador” muito próprias. Por exemplo, é muito difícil achar que uma nova versão de uma canção, mesmo gravada com recurso a melhores técnicas, mesmo tocada por grandes músicos, consegue ser realmente muito melhor do que o original que eu trago na memória. Daí que quando isso acontece... é muito bom!
Primeiro, porque não é nenhuma “despromoção” do original. Segundo, porque é a prova de que a canção ainda tinha muito mais para dar. Finalmente, porque nos mostra que há sempre gente nova capaz de garantir o futuro de tudo... até das canções.
O Camané é um desses “novos”. Não fora o recente aparecimento de mais uns dois ou três “miúdos” que também deram para cantar fados... e o Camané seria praticamente o único fadista vivo que me “obriga” a ouvir e me faz gostar de fado.
O Camané conseguiu aqui a tal proeza de desarrincar uma versão que (para mim, evidentemente!) passa a ser “o molde”, com esta sua interpretação dos versos do José Carlos Ary dos Santos, musicados pelo maestro Vitorino de Almeida, uma grande canção que todos conhecemos há muitos anos pelo nome de “Fado do Campo Grande”... que ocupou a faixa número três de um disco justamente histórico, “Um homem na cidade”, gravado por Carlos do Carmo em 1977.
Bom domingo!
“Fado do Campo Grande” – Camané
(Ary dos Santos/Vitorino de Almeida)
7 comentários:
Uauuu!
Muito Bommmm!
este Camané... um dia faz-se :)))...
vovómaria
Também gostei muito.
Também gosto muito.
Um abraço
Gostei, gostei,gostei. De tudo. Maravilhosamente bem cantado. Cheio de expressão e sentimento.
Um beijo.
E nada é mais importante do que haver gente nova capaz de garantir o futuro. De tudo.
Um abraço.
Pois, não sou o que se possa chamar uma amante de fado...mas há excepções, e este jovem canta de facto muito bem!
Obrigada e bom resto de domingo:))))
Gosto MUITO do Camané!
Abreijo.
Vaya!
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