“La ultima vez lo vi irse
entre el humo y metralla
contento y desnudo:
iba matando canallas
con su cañón de futuro.”
(Sílvio Rodriguez – letra completa aqui)
Descobri a música cubana (que verdadeiramente me interessa) apenas depois de Abril. Curiosamente, primeiro, pela voz da muito jovem castelhana exilada em Paris, Elisa Serna, descoberta, produzida e acarinhada por vários dos seus amigos e companheiros da canção de intervenção de Espanha, como Paco Ibañes. Uma das faixas do seu disco de 1972, “Quejido” editado pela lendária editora “Le Chant du monde” era a canção de Pablo Milanés, “Pobre del cantor”... em que fiquei “viciado”.
Depois, exactamente com Pablo e Sívio Rodriguez, foi a descoberta do mundo da “Nova Trova”, com que mantenho um namoro até hoje.
Sílvio Rodriguez gravou em 1978 um grande disco. Chama-se “Al final de este viaje”. Sem orquestrações, sem enfeites, sem contemplações. Apenas voz e guitarra. Fazem parte desse belíssimo trabalho canções como “Ojalá”, uma pérola chamada “Oleo de mujer con sombrero”, “La era está pariendo un corazón” (uma das várias canções que durante a sua carreira foi dedicando ao “Che”)... e esta coisa tremenda que é a nossa cantiga de hoje, “Canción del elegido”.
Esta canção não tem “explicações” nem “manual”. Ouve-se até ao fim, de um fôlego, e fica-se sem grande coisa a dizer... a não ser que é pena ter acabado.
Bom domingo!
“Canción del elegido” – Sílvio Rodriguez
(Sílvio Rodriguez)
8 comentários:
Muito bom!
Tenho por aqui alguns 'vinis' do Chant do Monde... :)))
Abreijos e bom domingo.
Boy a buscar su cañón.
Um abraço,
mário
Ouve-se de um fôlego...e fica-se sem fôlego!
Obgdo.
Esta canção ouve-se até ao fim. É como Cuba, uma nação que se vive até ao fim. E como eu a vivo!
Te quiero mi Cuba querida.
Conheci a música de Sílvio por volta de 1981, uma namorada madrilena de um amigo trouxe o disco assombroso de que falas.
Agradecido pela audição que proporcionáste.
Conheço pouco da música de Cuba, mas gosto do que conheço tal como desta magífica canção.
A letra também nos deixa sem fôlego.
Um beijo.
Sílvio: Cantar a guerra no presente para alcançar a paz no futuro.
Abraços
Grande Sílvio, grande Canção, grande Povo. Obrigado, Samuel.
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