Sinal de "trânsito" que devia passar a figurar nas capas de alguns jornais, revistas e no início de muitos programas de televisão.
É hoje evidente para quem quiser ver, que um grande número de pessoas que se fazem de jornalistas, estão infiltradas nas revistas, jornais, rádios e televisões, com o único objectivo de merecer o que os patrões lhes pagam para defender as posições desses mesmos patrões.
Como os interesses dessa gente raramente coincidem com os reais interesses da sociedade, os seus criados “jornalistas” são obrigados a mascarar de notícias e posições independentes e pluralistas, toda a sorte de mentiras, calúnias, manipulações da verdade, etc, etc, enfim, tudo o que sirva para denegrir ou mesmo eliminar os adversários económicos ou políticos dos seus donos.
Claro que ainda existem jornalistas que resistem e, evidentemente, blogues, que aproveitando a ausência de censura neste novo meio (por enquanto), dizem o que há que dizer sobre este lamaçal da manipulação, casos de um ou outro blogue (e mais... e mais e tantos mais...) de pessoas que me orgulho de ter como “amigos de infância”.
Como é que estes “jornalistas” atingem o estado de perfeição que lhes permite estabelecer como verdades que Chávez é um ditador, as FARC acamparam na Festa do Avante para sempre, os monges budistas do Dalai Lama querem implantar o paraíso no Tibete, Álvaro Uribe é um democrata, etc, etc, etc? Pois... praticando muito! Para mentirem com perfeição sobre assuntos importantes, como as maravilhas de uma qualquer nova privatização, flexi-qualquer-coisa, ou o que fôr, treinam, treinam muitíssimo e diariamente... com banalidades.
Exemplo de “treino de manipulação com assunto banal” de hoje.
No jornal aqui do café da esquina, que já nem digo qual é, senão ainda pensam que tenho alguma coisa contra o Correio da Manhã, leio pelo canto do olho, uma rubrica que já dura há algumas semanas e em que pessoas conhecidas falam do seu “modelo” de férias ideais. Desta vez era o psicólogo Júlio Machado Vaz, cujo ideal de férias, segundo as letras garrafais do título, seria:
“A Quinta de Cantelães e uma mesa a abarrotar!”
Qualquer pessoa que o não conheça ou tenha alguma aversão a pessoas que estão constantemente a falar de sexo, pensa “Este gajo é um verdadeiro alarve!”
Se no entanto se der ao trabalho de ler as respostas que ele realmente deu, descobre que a tal quinta é a sua casa e não um qualquer Turismo Rural com restaurante “enfarta brutos” e o que disse afinal, foi “A Quinta de Cantelães e uma mesa a abarrotar de amigos e família!”
Viram? É apenas um treino. Mesmo numa entrevista é possível fazer isto... escreve-se a alarvidade no título e, como costumo dizer, o mal está feito. Quase ninguém vai ler o resto...
23 comentários:
Samuel
De quem são os jornais?
De quem são as estações de TV?
Quem é que manda no Sindicato dos Jornalistas?
O que se espera dessa gente?!
Beijocas
Qto FARC...aqui vai:
"?!...Estes tipos são piores do que os das FARC e não vêm à Festa do "Avante!"…"
post de joaquim Letria em: 28/7/08
http://sorumbatico.blogspot.com/
Por essas e por outras é que eu já disse neste blogue que o nosso país está cheio de jornalistas da treta. Vão enevitavelmente dar cabo da imprensa escrita.
Alguns quando derem conta, quando deixarem de ser os inocentes úteis, estarão na rua certamente.
Quanto ao Júlio Machado Vaz que o deixem ficar com os seus amigos em Cantelães, local onde os pássaros picam nos vidros.
Se duvidam perguntem-lhe a ele.
Quanto a este blogue emparelha bem com os outros dois acima referidos.
Abraço
"Para a mentira ser segura
e atingir profundidade
tem de trazer à mistura
qualquer coisa de verdade"
Já dizia o Aleixo, e é o que diz a título do CM. A "qualquer coisa de verdade" é o suficiente para eles, nem que seja uma vírgula, ainda que colocada fora de sítio...
É este o jornalismo que temos. Não é este o jornalismo que queremos...
Abreijos
César Príncipe na última Festa da Alegria disse; “deixei de comprar droga!”
Os actuais jornais são a heroína e o haxixe, drogas que manipulam a verdade, controlam a consciência e fazem muito mal a quem os usa (lê).
Um grande post, parabéns!
GR
Ó meu Caro Samuel, isso é a arte de fazer títulos. Não percebes nada disso. Ou não sabes que o título não deve resumir o texto da notícia, mas, de preferência, o seu contrário?
Cura-te dessa ingenuidade, amigo.
É apenas um treino mas vê-se logo que estão aprovados.Só pela perfomance demonstrada num treino já mereciam que o patrão os aumentasse.
E vão ter mais uma vez muita coisa que falar (ou omitir) porque se aproxima um evento que lhes dá a volta ao estômago. Eu sei qual é, mas não digo... eheheheheheheheheheheh.
a maioria dos jornais, não são servidos por jornalistas, mas por jornaleiros...
A maioria dos jornais, são aquela fruta enganadora, muito bonita por fora, mas podre por dentro.
Tenho para mim que, o povo português, não é ignorante como eles pensam, e sabe muito bem distinguir, a mentira grosseira, da verdade das coisas.
Já só é enganado, quem quer mesmo ser enganado.
Grande post companheiro!
Amigos:
Há manipulação na nossa imprensa? Há.
Há jornalistas maus e vendidos? Há.
É escusado denunciar casos concretos como o deste "simples" título como o fez o Samuel? Não.
Mas...
A verdade é que não se deve meter tudo no mesmo saco.
Há diferenças entre os jornais. Há diferenças entre os jornalistas.
Há profissionais honestos e competentes e há boas reportagens, notícias e títulos em muitos jornais e revistas, às vezes nos mesmos que tantas vezes merecem as nossas críticas irritadas.
E, se me permitem, só um pequeno esclarecimento dirigido à Ana Camarra: o Sindicato dos Jornalistas é uma entidade livre e composta por gente íntegra e séria, não tem patrões.
Amigos:
Há manipulação na nossa imprensa? Há.
Há jornalistas maus e vendidos? Há.
É escusado denunciar casos concretos como o deste "simples" título como o fez o Samuel? Não.
Mas...
A verdade é que não se deve meter tudo no mesmo saco.
Há diferenças entre os jornais. Há diferenças entre os jornalistas.
Há profissionais honestos e competentes e há boas reportagens, notícias e títulos em muitos jornais e revistas, às vezes nos mesmos que tantas vezes merecem as nossas críticas irritadas.
E, se me permitem, só um pequeno esclarecimento dirigido à Ana Camarra: o Sindicato dos Jornalistas é uma entidade livre e composta por gente íntegra e séria, não tem patrões.
Amigos:
Há manipulação na nossa imprensa? Há.
Há jornalistas maus e vendidos? Há.
É escusado denunciar casos concretos como o deste "simples" título como o fez o Samuel? Não.
Mas...
A verdade é que não se deve meter tudo no mesmo saco.
Há diferenças entre os jornais. Há diferenças entre os jornalistas.
Há profissionais honestos e competentes e há boas reportagens, notícias e títulos em muitos jornais e revistas, às vezes nos mesmos que tantas vezes merecem as nossas críticas irritadas.
E, se me permitem, só um pequeno esclarecimento dirigido à Ana Camarra: o Sindicato dos Jornalistas é uma entidade livre e composta por gente íntegra e séria, não tem patrões.
e se eles nem estão infiltrados, não querem agradar ao patrão e não são obrigados a mentir?
Posso parecer um pouco como o Ovo do Colombo mas e se eles são mesmo assim?
E se esses ditos jornalistas ou jornaleiros ou outra coisa qualquer até pensam que eles é que estão certos?
E que quem os critica é que não percebe nada de Jornalismo? Que nós é que temos a mania da moral e da verdade?
Se virmos bem nesse jornal e não só, sempre se usaram títulos tendenciosos, na nossa maneira de ver pois claro.
E da deles?
E se eles que tendo como objectivo as vendas, a facturação, as tiragens, o lucro e por aí fora têm a certeza de que estão no caminho certo do novo jornalismo do século 21?
Não será que um título bem manobrado tem por objectivo vender 32 páginas de papel sem interesse?
Que eles estão prisioneiros do dinheiro estão mas parece-me bem que o que lhes falta é consciência de classe.
Cada geração tem de aprender tudo de novo. Não vamos desistir, pois não?
Infelizmente, Samuel, é possível, diariamente e pegando num jornal à sorte, dar mais exemplos dessa manipulação. Os dias que se seguem até à Festa vão ser muito férteis não só em manipulação mas em desinformação. É o que temos...
E que tal um boicote aos jornais?
Será que mudariam?
Abraço
Pois é, os jornais, e todos os orgãos de comunicação social, tornaram-se mestres a desinformar, a inventar e mentir.Felizmente estamos alertados e cá vamos vendo, ouvindo e lendo, coisas diferentes daquelas que nos querem impingir. Bem-haja, Samuel
A meu ver o que predomina nos média dominantes é a desinformação organizada ao serviço dos interesses dos proprietários desses média, que são os grandes grupos económicos e financeiros - independentemente de haver jornalistas sérios ( e há) e outros que obviamente não o são...
Um abraço.
Jornalistas, Samuel? Conhece algum jornalista digno desse nome a escrever actualmente na imprensa tradicional, tirando o BB que às vezes escreve umas linhas no DN? Se conhecer, diga, pois eu também gostava de saber onde os há.
A comunicação social, é a melhor informação que o grande capital tem para fazer, o que quer, onde quer e como quer. É ela e são eles que fazem eleger governos, manter governos e cair governos. Quanto aos jornalistas naturalmente que existem bons e maus.
Quanto a nós, continuaremos sempre com a nossa voz.
Um abraço Samuel
Por acaso também li esta rubrica.
O que se ensina em jornalismo é que um bom título vale um artigo. Depois há gente que interpreta deturpadamente o que lhe foi ensinado, manietada ou por interesse próprio. São os maus jornalistas e por cá existem muitos, não só nos jornais. A TVI é um viveiro deles.
Saudações jornalísticas do Marreta.
Manhã Clara
O teu comentário surge 3 vezes!... Mesmo a propósito, se bem que por acidente, mas permite retirar a ilação de que por muitas mais vezes que o repetisses, em especial o último parágrafo, ele não se tornaria uma verdade, porque o não é!
Ouss
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