Havia antigamente nos regulamentos militares, uma norma que determinava que o sargento devia saber ler e escrever, pois podia dar-se o caso de o seu oficial superior não saber. Isto devia-se ao facto de os filhos da nobreza que não tinham a fina inteligência que os poderia levar a bispos ou cardeais, nem a esperteza para gerir propriedades, ou seja, os que eram umas bestas, normalmente abraçarem a carreira militar, entrando directamente para oficiais superiores, embora analfabetos.
E a que propósito vem a recordação desta página brilhante da nossa história castrense? Pois bem, a propósito da capa do DN de 15 de Fev. de 2008, ou seja, ontem. Se tiverem a amabilidade de clicar na imagem da "estimada" capa, verão com facilidade que vários dos títulos correspondem a notícias que mereceriam posts, mas hoje, ou por estar sem pedalada para vôos mais altos, ou porque estou em dia de ser picuínhas, apenas embiquei com o "raça" da notícia sobre o Congresso da CGTP.
Ia tudo muito bem, com uma fotografia a puxar para o "artístico" e tudo, mas o jornalista não se conteve e lá vai disto, acrescentou mais uma legenda de significado profundo, mesmo sobre a dita fotografia, "Congresso de um sindicato em crise". Com maior profundidade que o comentário, só mesmo a ignorância, (ou será a má fé?) que o produziu!
Voltando à história de abertura, nestas alturas faz muita falta em alguns destes jornais, um "sargento" que saiba ler e escrever, para dizer aos "oficiais superiores" da Redacção, entre outras coisas, que a CGTP-IN não é um sindicato!!!
Mas isto, lá está... é apenas o meu mau-feitio.
22 comentários:
Tens toda a razão: a CGTP não é um sindicato! Só a mã-fé levaria a tal "erro".
Além disso... o sindicato-que-não-é-sindicato mas uma CENTRAL SINDICAL, está em crise porquê? Por teimar em fazer sindicalismo "de classe" contra uma política "de classe" (outra) que, ela sim, está em crise?
Poupem-nos, serventuários!
Este "sindicato-em-crise" juntou no Parque das Nações, no dia do Tratado "porreiro pá", mais de 200 mil trabalhadores......
... se não fosse um sindicato-em-crise, quantos juntaria? E o governo, cairia?
Ia, ia, se eu pudesse........
Zambujal
Ainda bem que falaste em "má fé" no comentário, pois reparei que era exactamente o que eu queria reforçar como causa do "engano", mas tinha falhado a escrita "da coisa" entre várias edições e emendas.
Já fui fazer o "update". Obrigado pela visita.
Abraço.
Pois é...com tanta má-fé...prefiro mil imagens e mil cantigas!
que se...nas ortigas!
Maria
200 mil é evidentemente crise.
200 mil e cinco é que teria sido de arrasar!
Sabe-se lá, realmente, o que poderia ter acontecido...
Xi
Ignorância? Má fé?: eu acho que é uma maneira de estar...
O Público, por seu lado, dizia que «a maior central sindical reune-se em congresso em clima de guerra. A tensão, provocada pelas pressões do PCP, só acabará depois do conclave»: é outra (a mesma) maneira de estar.
A ignorância começa a ser normal nos Mass media, para além da formatação do discurso de que a CGTP está em crise! Basta estar minimamente atento à realidade para perceber que a Intersindical está com bastante dinâmica.
Bem observado. A ignorância ou a má fé do editor (ou do director) de "serviço" ao fecho da edição, sugere um outro título para uma edição futura: "De um Sindicato em Crise a um Sindicalismo Forte: Identidade Plural/ Unidade na Acção".
Imagino João Marcelino a ler o "meu" título e a dizer, em tom de aprovação: "Mas porque é que não me ocorreu?". É assim. Às vezes os directores "inexperientes" só estão mesmo é a precisar de uma ajuda.
;))
Samuel
a minha (nossa) satisfação é que o teu mau feitio começa a alastrar, somos cada vez mais a fiscalizar estes actos, no minimo aberrantes, praticados intensionalmente!
Esta espécie de jornalismo, continua a fazer escola na nossa Terra, eles são escolhidos a dedo, para os lugares!
Sábado dia ! de Março, vamos todos dar-lhes a resposta adequada!
Um abraço
José Manangão
Ou é propositado, ou os "frangos de aviário" já começam a produzir títulos!
Triste imprensa a nossa!
Um abraço.
Jorge G.
sam,
calma, calma. Foi o lápis língua que se estampou...
O amanuense de serviço, cuja indigência intelectual se pode situar ao nível da legenda, deverá ser mais um dos que saltita ao ritmo do capataz e que, provavelmente, nunca passará do estatuto de simples "simpatizante" da classe jornalística, onde, pelos vistos, cada vez há menos sócios.
Olá, belíssimo texto... Parabéns!!!
Bom fim de semana.
beijinhos de ternura.
Fernandinha
Samuel, para retribuir a tua gentileza gostaria de poder escrever adequadamente: "Vivo en un país libre, cual solamente puede ser libre, en esta tierra, en este instante, y soy feliz porque soy gigante..."
Mas não se adequa, pois não? Ou ainda não?
P.S: pois é, a "pequena serenata diurna" entrou na minha vida num momento muito importante, entranhou-se e sai com frequência cá de dentro, para me ajudar a expressar sentimentos.Conheço algumas interpretações, desde o original Silvio até ao Chico, mas não tenho o prazer de conhecer a tua. Um dia, quem sabe!
Bom fim-de-semana, com a raiva e a esperança equilibradas.
Na próxima seremos 300? 400 mil, a vir para a rua.
Abraço
Teria dado um excelente bispo, o tal jornalista...
Xi Grande
Ou os sindicatos mudam ou desaparecem de cena.
Só pode!
Caro Rui Caetano
Como é, que disse?
José manangão
Ignorância + má-fé = INCOMPETÊNCIA!
Que diria hoje o meu sábio e falecido avô sobre este moribundo jornal que ele lia quotidianamente e que por direito era respeitado em Portugal... Quanto ao Público, sempre tentando mandar para baixo a CGTP ou o PCP dá-nos notícias sobre o congresso de tal maneira confusas e desarticuladas que mais vale desistir a meio. FICAM OS TITULOS BOMBÁSTICOS!
Quanto ao que está a ser discutido no congresso nada... É íncrivel.
Força CGTP, que o que vale é que também vocês conhecem perfeitamente o que esta corja quer...
A comunicação social bem tentou arranjar algo explosivo, Nada!
Uma polemicazinha, Nada!
Neste Congresso nada ouve de interesse! Discutiu-se democraticamente a votação para o Conselho Nacional da CGTP, as novas formas para combater a ofensiva do governo à legislação laboral, ao exercício da actividade sindical, contra o Código de Trabalho, contra o aumento do custo de vida e outras tantas coisas.
Nada que tenha interessado à comunicação social.
Viva o XI Congresso da CGTP!
GR
Se não fosse trágico até dava vontade de rir.
Sindicato? Pois!
Abreijinhos
Enviar um comentário