sexta-feira, 27 de junho de 2008

Avançar, avançar... para o passado!



"Com o Estado Novo Corporativo inicia-se uma era de dignificação de trabalho e de justiça social."

Pois foi!... Com este novo Código do Trabalho de José Sócrates, também!
Os saudosistas do Estado Novo batem palmas e os seus criados, que periodicamente vão colocando no Governo, avençados para fazerem de "socialistas" ou "sociais-democratas", terão os seus tachos milionários garantidos, à medida que forem regressando à sociedade civil, às empresas dos seus patrões.

18 comentários:

GR disse...

Hoje um socialista numa Assembleia Municipal dizia: “os comunistas lá porque tiveram uns fulanos presos, pensam que são democratas. Vocês dizem mal de tudo, são cegos, não querendo reconhecer que actualmente vivemos sem dificuldades económicas, o desenvolvimento é enorme e as liberdades estão garantidas.”
Claro que todos nos insurgimos com o desrespeito perante os heróicos Resistentes.
Este Código de Trabalho foi um grande retrocesso!
Abril está em perigo constante!
Estamos perante uma perigosa, ditadura consentida.

É necessária a presença de todos no dia 28!
Contra as políticas de direita, pela Liberdade, por Abril, por todos os heróicos lutadores Resistentes.

GR

L e n a disse...

Meu sogro, que tem 92 anos diz que ja se esta a viver pior que na altura de Salazar, e o pior é que não chegamos ainda o sommum da precariedade..

Obrigada pela visita Samuel...
ando ausente, meu pc me deixou...

Beijinhos...

Fernando Samuel disse...

É esta harmonia que faz do mundo em que vivemos... este paraíso terreal...

ferroadas disse...

Sejamos realistas e não mais papitas que o próprio.

Não nos venham dizer (coisa que ouvimos amiúde aos mais velhos e não só) que agora está pior que no "tempo" do botas.

A mim e a outros (milhares) de portugueses que sofremos na própria pele a ditadura fascista, que sofremos a repressão e a tortura da pide, dos bufos, da gnr, legião e por aí fora, bastava dizer-se que se tinha fome ou se tinha dificuldades para ser logo encarcerado e acusado de agitador, aliás os mais "velhos" que lêem o "Cantigueiro" sabem do que falo, não querendo ser "professor" de ninguém, tem este meu desabafo apenas e só informar os mais novos (--lena--) e não só...

Não juventude, não queiram que lhes vendam o regresso ao tenebroso passado fascista, isso nunca. Não queiram que lhes branqueiem o período mais negro da nossa história, ainda hoje, para muitos portugueses (eu incluído) a palavra Salazar causa arrepios.

Por muito mal que vivamos agora (e vive-se cada vez pior), por muitos sacrifícios que tenhamos de fazer (e fazemos bastantes), por muito que estes tristes governantes neo-liberais nos dêem cabo do que conquistamos em Abril, por muito que o capitalismo esteja em progressão (e está de facto), meus amigos, nada disto tem comparação com o que foi o fascismo.

O capitalismo e o neo-liberalismo actual só se combate com luta, unidade, solidariedade e persistência.

Olha Samuel, vê o que estes sacanas estão fazendo, com as suas politicas liberais contra o povo, cada vez mais aparecem frases tipo “estamos pior que no tempo do Salazar”, ou “precisamos de outro Salazar”
Isto deixa-me inquieto e a pensar, que raio de políticos são estes que estão a decapitar o meu país?
Que tipo de gente é esta?

Desculpa o desabafo


Abraço a todos

dona tela disse...

Vou mudando o paradigma.
Beijos.

Anónimo disse...

Estando de acordo com as precvenções do ferroadas, elas apenas reforçam a necessidade de lutar contra estes (des)caminhos que o teu post tão bem ilustra. Cabe-NOS... fazer de posts destes uma "arma".
Já agora, uma observação que se pretende irónica: quando falas de "sociedade civil" estás a falar da "insaciedades descivilizada" dos quetais?...
Abraço

Orlando Gonçalves disse...

Cada vez mais esta gente está como quer. Arrogantes quanto baste tentar calar e gozar aqueles que vão dizendo, Não !!!!! Como esse senhor Mário Perestrelo ( acho que é assim que se chama), ontem quando o vi naquele debate semanal parecia um autêntico ditadorzinho, arrogante quanto baste,um autêntico "socretino" ria-se do que a nossa camarada dizia, gozava e falava como se os outros fossem coisas raras. Esse pelos vistos também quer taxo. Mas o mais grave disto tudo foi ele dizer que um dos artigos, que o PS deixou cair do código do trabalho, só lá foi colocado para ser retirado, tipo coloca-se mas já se sabe que o vão tirar, tipo: sempre mudámos alguma coisa.
Cada vez mais me apetece manda-los todos para aquele sitio, a minha revolta cada vez é maior.

Sal disse...

Este novo Código do Trabalho é a prova, se dela precisássemos, de que este governo está a entregar o que resta do país ao grande capital.
São uns %#/$%&%$! Só à bomba!

bjs

Anónimo disse...

Não resisto a colar o que acabei de ler.-Que me desculpe o autor.

""Porreiro, pá!"


Se tudo decorreu como o previsto, o Conselho de Ministros aprovou ontem as alterações à legislação laboral, acordadas com as confederações patronais e a UGT.

Contudo, essa aprovação não esconde três factos sensíveis.

Em primeiro lugar, tirando o Governo, e talvez a UGT, ninguém ficou satisfeito. A CGTP não subscreveu o acordo, que considera um ataque à contratação colectiva, ao movimento sindical e à conciliação entre vida pessoal e familiar. Os patrões dizem que se acordou o possível, mas não o bastante, na medida em que continuam a impor-se restrições aos despedimentos e à livre contratação entre empresas e empregados. E os partidos à esquerda do PS falam de retrocesso no Direito Laboral.

Em segundo lugar, percebe-se que o trabalhador anónimo não faz a menor ideia do que se está a passar. Não entende em que medida a nova legislação vai impactar a sua vida, conferindo-lhe maior segurança ou insegurança, aumentando ou diminuindo os seus proventos, dando-lhe ou retirando-lhe meios para se pensar no futuro.

Em terceiro e último lugar, as alterações agora aprovadas inscrevem-se num movimento internacional que configura, efectivamente, uma machadada profunda nas conquistas dos trabalhadores que, em todo mundo, alcançaram melhores condições de vida. É por isso que a OCDE veio dizer que a legislação portuguesa é restritiva, e que é preciso liberalizar o mercado de trabalho e os despedimentos individuais. É também por isso que os países da União Europeia aprovaram novos limites da jornada de trabalho para 65 horas semanais, ao melhor estilo dos idos escravizantes da revolução industrial.

Tudo isto, permite uma quarta conclusão, a de que o assunto não está encerrado e a revolução neoliberal continuará a sua escalada em prol de uma mais compensadora reprodução do capital, contra todos os que nada têm senão a sua capacidade de trabalho. Veja-se que em plena crise da economia mundial, o número de ricos no Globo aumentou, no ano passado, 6 por cento.

Por isso, bem pode Sócrates repetir o seu "Porreiro, pá!", que haverá sempre um qualquer Angel Gurria a dar-lhe um puxão de orelhas. E, o pior de tudo, é que, por este caminho, as convulsões sociais só podem crescer até à explosão."
Artigo da autoria de
Mário Contumelias

ferroadas disse...

Zambujal
Nunca falei (nem falo) em sociedade civil, nem sei o isso é.

Abraço, caracóis e umas bejecas (por enquanto)

Anónimo disse...

A Sociedade Civil reune-se no beato. Até o carrilho, quando se falou em entregar a Rtp-2 à sociedade civil disse que só conhecia o privado. digamos capitalista porque propriedade privada e propriedade capitalista são, segundo penso, coisas diferentes.

Anónimo disse...

Não admira que algumas pessoas já comparem a actual situação com o fascismo. Elas começam a ficar desesperadas e não esqueçamos que em nome da democracia e da liberdade se invadiu o Iraque. suponho que a actual situação neste país é pior que o fascismo em Portugal. Penso eu que tenho cérebro de passarinho.

Anónimo disse...

-O problema é que estamos mesmo a caminhar; se é que já não estamos mesmo!...para uma nova espécie de fascismo. Onde o Zé povo, pode berrar, pode até por vezes fazer greve, desde que não abuse, eleger a lista de esquerda do sindicato, ir a votos de quatro em quatro anos, toleram os comunistas e até se dão ao luxo de de vez em quando convidar uns poucos mas pouco e poucas vezes, para deitar faladora nas TVs,rádios e jornais e assim dão ares de grandes democratas.
-Não têm censura oficial, mas lá estão os directores para a exercerem "A TEMPO" não têm a pide/dgs...pelo menos não oficialmente mas têm o desemprego, têm a ASAE que faz um jeitão e pode muito bem controlar as coisas assim
sub-repticiamente,Enfim
Eles controlam tudo.
-Penso até que controlam melhor o pessoal nesta nova forma de fascismo ou seja neoliberalismo fascizante do que o botas no seu tempo.Ele o botas ficaria pasmado com esta nova/velha forma de aterrorizar o Zé Povo.
-É a minha opinião.
a.ferreira

éme. disse...

Estive, na passada segunda, a ouvir o José Barata Moura a falar sobre Marx e (atrevo-me: a actualidade do) o manifesto comunista...
Foram ditas coisas muito muito importantes e foi deixada uma preocupação fundamental, creio eu...
Que fazemos neste nosso presente que tanto já compromete o futuro?... Não foi bem assim que "a coisa" foi dita mas antes que: é imprescindível atentar ao que no presente se faz, não vá este coarctar-nos o futuro - toda a possibilidade de Futuro...

(anda muita muita gente preocupada...)

Elvira Carvalho disse...

A mim que já passei os sessenta, e que sobrevivi à miséria e à fome, assusta-me facilidade com que a juventude encara o passado e se diz que o que o País precisa é de outro Salazar. Não há um mês, me arrepiei toda quando o meu filho que faz amanhã 28 anos me disse isso. E o pior é que para grande parte dos jovens, quando contamos o que passamos, eles pensam que estamos a "pintar" e que não era nada assim.
Um abraço

Anónimo disse...

A "sociedade civil" não estava no comentário do ferroadas mas no post. E estava muito bem! Deu-me foi vontade de sublinhar com aquela da "insaciedade incivil(izada)" ou lá o que foi.
Aliás, sobre sociedade civil, há coisas interessantes em Marx.
Abraços

Justine disse...

É isso mesmo! A ilustração e as tuas palavras até causam arrepios...

Jorge P. Guedes disse...

E assim se vai fechando o círculo que fará do passado o novo futuro.

Abraço.
Jorge P.G.