sexta-feira, 28 de junho de 2013

Emigração interplanetária – Sim, mas...


Dizem-me que foram descobertos uns planetas, não muito longe, apenas uns anos luz (é já ali!) e onde muito provavelmente os seres humanos poderiam viver.
Parece que há água com fartura, os ditos planetas estão “sugadinhos” virados para o seu sol, mas sempre na mesma posição, o que quer dizer que de um lado do planeta é sempre dia e do outro é sempre noite. Além disso, para além de se poder escolher viver de dia ou de noite... também se deve poder escolher lugares com temperatura constante. Para remate, parece que são bem maiores do que a Terra. Magnífico!
Dada a choldra em que a Terra se transformou, poderemos organizar uns valentes grupos de emigrantes/exploradores e partir para um desses prometedores planetas ainda virgens... mas é assim: podemos levar objectos pessoais e gostos pessoais e relações pessoais... e o diabo a sete. Agora o primeiro “cromo” que ponha uma vedação num terreno e diga “Isto é meu!”, leva um tal banano nas trombas, que lhe passa logo a vontade de ser proprietário!
A mesma parvoíce da Terra, outra vez... não!!!

6 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Pois dou-te razão. O grande problema da vida surgiu quando o "nosso" se transformou em "meu", ou o "nós" em "eu"

Um beijo.

Justine disse...

Dava menos trabalho mandar os "cromos" todos para esses novos planetas, e nós rapidamente concertávamos a Terra!

Anónimo disse...

Concordo com a Justine, além disso, gosto mais do que já conheço e o 4º calhau a contar do Sol é bem bonito, apesar de todas as malfeitorias que lhe têm feito.
Campanica

Luis Filipe Gomes disse...

Infelizmente parece que já não é necessário reclamar o terreno no próprio sítio. A questão da vedação não se põe.
A presúria evoluiu e agora há sujeitos que na terra das maravilhas onde corre ouro e mel pelas ruas, ou pelo menos plástico e gordura de hambúrguer com batata frita congelada; dizia eu que há sujeitos que já registaram terrenos de planetas do nosso sistema solar.
Por mais absurdo que possa parecer com uma fotografia da imagem de telescópio registam o terreno e dão-lhe denominação à sua vontade. Não sei se pagam imposto mas lá que há uma entidade do estado que lhes reconhece a propriedade há!

Isto poderia parecer uma brincadeira mas é uma coisa muito séria. Basta ver o processo de roubo que está em curso relativamente à água e às sementes.
No caso das sementes houve sítios em que recolheram variedades raras e muito resistentes a um determinado constrangimento vegetativo como a baixa temperatura ou a seca e as levaram para outro local após as terem registado como propriedade sua. Pergunto-me como é possível, mas a verdade é que tem sido possível a empresas gigantes sem rosto como a "monsanto".

augusta disse...

até me fizeste, Cantigueiro, lembrar "A Última Questão" e o super-computador Multivac... "a-in-da-não-há-da-dos-su-fi-ci-en-tes-pa-ra-u-ma-res-pos-ta-si-gni-fi-ca-ti-va..."
O que diria hoje Asimov? Mas se a esse lugar não chegarmos, sem certo tipo de "humanos" este 3º planeta do sistema solar nós bem o concertaríamos.
Aos outros, uma velocidade de escape apropriada, uma de órbita também, e nunca mais voltariam... e essas... possível é calcular.

Agissemos no colectivo, como a Graciete aqui referiu, o - eu - já seremos - nós - e o - meu - será de novo o - nosso - e tudo diferente seria.
Pois se tudo é composto de mudança e transformação, Lavoisier o comprovou, já Camões o escreveu e, connosco, o Zé Mário, o cantou.

(tenho andado parece que um pouco "fugida" o trabalho não perdoa, mas passo sempre por aqui.)

um beijo.

augusta disse...

só agora tive tempo para vir aqui reler e tenho uma correcção a fazer:

"consertaríamos", queria eu dizer.
"este 3º planeta do sistema solar nós bem o consertaríamos."

peço desculpa e agradeço, ao Samuel, a correcção.
e como já é muito tarde,
Boa noite.