sábado, 31 de agosto de 2013

Passos Coelho – Reles lacaio!


Já que não o deixaram ir para a frente com medidas ilegais, contra a Constituição da República... Passos Coelho ameaça com alternativas que podem incluir medidas “ainda mais injustas” (?)... e, claro, «um segundo resgate».
Tudo isto se Passos Coelho e os seus celerados ajudantes não conseguirem rapidamente uma posição com suficiente visibilidade e bom ângulo para«sinalizarem» os seus rabos de lacaios, enquanto baixam as calças à frente dos patrões alemães e derivados.
Estarei sempre aberto a que me provem que Passos Coelho é amigo do seu amigo, bom pai e excelente esposo... mas rais ma partam se, enquanto governante, o homem não é capaz de fazer as melhores imitações de um reles canalha que me têm sido dado apreciar!!!
Mais... estou convencido de que estes alternadíssimos filhos da dita, convencidos que estão de não poderem, com esta política de desastre, cumprir nenhum dos objectivos e compromissos que assumiram perante os donos... procuram, desesperadamente, qualquer pretexto que lhes sirva para pedirem um segundo resgate!

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Um governo... “à margem”


É uma pena que os media insistam em destacar o “desgosto” que o Governo manifesta em já não poder fazer esta, ou aquela “poupança”, de cada vez que um dos seus planos e esquemas trafulhas é barrado pelo Tribunal Constitucional. Na verdade, essas queixas têm tanta legitimidade como a possibilidade de um ladrão vir queixar-se de não ter podido pagar uma qualquer dívida... por ter sido impedido de assaltar uma caixa Multibanco.
Seja como for, como o “Público” destaca na sua capa, apesar do muito significante chumbo do TC aos planos para a criação da “auto-estrada” dos despedimentos sem justa causa entre os trabalhadores do Estado, o governo de trambiqueiros que (ainda) temos que suportar, já vê, novamente e em qualquer parte... “margem para despedir na Função Pública”.
Nada que não se esperasse destes governantes! Trata-se, simplesmente, de um traço de carácter.
Afinal, como vemos todos os dias, apesar de ser proibido roubar... não há ladrão que se preze que não veja sempre “margem” para continuar a fazer assaltos.

Tribunal Constitucional – O comentário possível


Esta noite passada jantei sangria gelada, acompanhada de uns vestígios de pescada frita e alguns grãos de arroz de legumes. Decidi parar de jantar quando me apercebi de que, a continuar, deixaria de ter condições para escrever um “post”, antes passando a arriscar-me seriamente a ir de encontro a um...
Ainda assim, apesar das minhas reduzidas capacidades cognitivas, não quero deixar de comentar a (bem vinda) decisão do Tribunal Constitucional, no que respeita à pretensão do Governo, de instituir a “requalificação sem justa causa”, ou despedimento encapotado, ou, para utilizar um termo mais científico... uma grande e completa filha de putice:
Ó Passos... ó Portas... ó Maria Luís...
Nhanhanhanha,
nhaaaanhaaaaa!!!


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Porque também tenho direito a uma “teoria da conspiração” pateta...


Fontes muito bem colocadas disseram-me que os serviços secretos militares, a CIA e mais alguns departamentos extremamente confidenciais dos EUA, estão muito esperançados em encontrar, escondidas na Síria, as armas de destruição maciça… do Iraque.

Essa é a grande prioridade do momento!
Depois escolherão outro país qualquer, onde procurar as armas químicas da Síria… e assim sucessivamente…
Um dia, acabarão por encontrar, sei lá... algures, as flechas equipadas com pequenas ogivas nucleares nas pontas… que justificaram a chacina de milhões de índios americanos!!!

Banditismo - Haverá vantagens reais em fazer-se alguém passar por idiota?


Apesar de, como quase todos os consumidores de literatura policial, ter uma considerável admiração pela superior inteligência de alguns grandes criminosos (felizmente, quase todos figuras de ficção!), aquilo que me diverte mesmo, mesmo... são os criminosos estúpidos.
É o caso de mais um desses indigentes, um bandidozeco que, não resistindo à vaidade, decidiu publicitar o seu “poderio” de tal forma... que foi imediatamente preso ficando sem todo o seu arsenal.
Outra coisa que me “diverte” são os criminosos que, longe de serem estúpidos, antes pelo contrário, carregados de cursos e com currículos impressionantes construídos em grandes escritórios de advogados, administrações de empresas e até governos, numa qualquer altura das suas vidas e medindo as possíveis consequências dos seus actos... preferem fazer-se passar por parvos.
É o caso do “nosso” ministro dos Negócios estrangeiros que, perante a dificuldade de explicar as suas tão extraordinariamente lucrativas accções do BPN... prefere fazer a figura de um imbecil, que não sabe muito bem quanto gasta em acções, ou, sequer, quanto é que elas valem realmente.
É o caso dos membros do “nosso” governo... que preferem fazer a figura de idiotas capazes de se esquecerem de que cortaram os salários a milhares de trabalhadores... "esquecimento" que tem "justificado" a insistência do FMI em mais cortes salariais.
Depois... lembramo-nos daquilo que são na verdade: 
bandidos, canalhas, aproveitadores... e perdem a “piada” toda!!!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

EUA e Síria – Quando a História é tóxica...


Convenhamos que não veio na melhor altura a divulgação de documentos que provam o envolvimento do “regime da Casa Branca” no apoio ao seu amigo e aliado Saddam Hussein, quando este decidiu atacar o Irão... com armas químicas. Amigo e aliado que, como estamos lembrados, viriam a assassinar pouco tempo depois.
Nada capaz de envergonhar os sonsos que actualmente administram os interesses dos EUA no mundo, seja contra quem for e à custa das vidas de quem quer que seja que se atravesse no seu caminho. O longo historial de violência contra outros países já faz parte do seu código genético.
Assim, apesar de se saber que a única coisa que as armas químicas têm de “inaceitável” para os EUA... é a possibilidade de serem usadas (ou negociadas) pelos outros, lá vamos assistindo à construção da ópera histérica que o Império vem orquestrando na região, desta vez contra “o regime sírio”.
A orquestração, a atingir um paroxismo só encontrado nalguns momentos de Wagner, tem tido contributos vindos de toda a parte, com a amplificação que os media “amigos” se encarregam de fornecer.
Os sinais de um iminente ataque militar do Império e de vários dos seus criados acumulam-se. O terreno foi sendo preparado pelas muitas centenas de mercenários internacionais que, disfarçados de rebeldes, foram executando as provocações necessárias para convencer uma opinião pública crédula, bastante “ajudada” pelo enxame de analistas e comentadores de serviço.
Vem esta minha reflexão, moldada pelas irremediáveis dúvidas provocadas por “acções” perfeitamente imbecis (se atribuídas a Assad), como atacar viaturas de observadores da ONU, ou atacar com gás populações civis, numa altura em que a existência e utilização de armas químicas pelo “regime” povoava todos os media internacionais... acções perfeitamente imbecis que passam, instantaneamente, a fazer sentido, se tiverem sido, afinal, levadas a cabo pelos provocadores infiltrados no país... vem esta minha reflexão, como dizia, num momento em que leio as “duras” declarações do magnata do ketchup, John Kerry, secretário de estado de Obama, que diz entre outras coisas:
Fruto das minhas dúvidas sobre quem faz o quê nesta estória síria, mais a minha total falta de qualquer simpatia por Assad e o seu governo... sou obrigado a admitir que sim, a ser tudo verdade, o senhor secretário de estado de Obama tem razão.
Toda esta estória é indesculpável e uma obscenidade moral, crime de guerra, o que quiserem... exactamente na mesmíssima medida em que o são os bombardeamentos feitos com aviões não tripulados, às ordens do “Obama Nobel da Paz” que, a pretexto de atacar instalações inimigas e aqueles a quem classifica como terroristas, manda assassinar milhares de crianças, mulheres e homens, em ataques que sabe, à partida, atingirem, em cada 100 vítimas mortais... provavelmente 99 inocentes.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Cavaco Silva – Preso por ter cão e preso por não ter... e é muito bem feito!!!





Facto 1: Cavaco Silva é um político medíocre, um ser imprestável que teria deixado a História bem mais limpa se não tivesse decidido sair do seu obscuro lugarzinho de simples contabilistazinho de um qualquer bancozinho, num sórdido gabinetezinho que poderia “encher” com a sua falta de cultura e a sua irrelevância. Um inútil que poderia estar até hoje “perfeitamente integrado no regime”, como já estava, pelas sua próprias palavras, no tempo do fascismo.
Cavaco Silva nunca se move por qualquer tipo de interesse que não seja o seu. Particular. Venal. Mesquinho. Calculista. Aproveitador. Oportunista.
Facto 2: Cada vez mais portugueses vão tomando consciência do “facto 1”
E assim chegamos a esta novela mediática das condolências públicas e privadas, em que Cavaco Silva é preso por ter cão... e preso por não ter.
Provavelmente, paralisado pelo medo de ser acusado de estar a aproveitar-se da morte de bombeiros e do sofrimento das pessoas, para brilhar, terá instruído um qualquer assessor para, no seu lugar, dirigir às corporações de bombeiros atingidas e aos familiares das vítimas, as oficiais condolências, fazendo questão de que estas não se tornassem públicas.
Dizem-nos os senhores porta-vozes da Presidência que esta foi a forma que o senhor Presidente considerou a mais «discreta e séria» de abordar a questão.
Pessoalmente, até poderia concordar com o senhor Presidente da República... só que, dada a sua diferente atitude para com a morte do economista António Borges, sou obrigado a pensar que o facto de Cavaco Silva publicitar as suas condolências pela morte do seu correligionário, terá sido, por contraste, pouco discreta e muito pouco séria.
Na verdade, nestas situações de tragédia, nunca nada é justo, a começar pelas mortes. Senão, que explicação lógica teria o facto de uma dessas mortes, a da jovem bombeira de Alcabideche, ter tido de tal forma a “preferência” dos media, das redes sociais e do público em geral... praticamente fazendo esquecer, por momentos, todos os outros mortos e feridos?
Assim, posso também aceitar que seja uma injustiça o facto de Cavaco Silva ser, nesta estória, “preso por ter cão e preso por não ter”... mas é muito bem feito!!!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Incêndios – Não resisto à tentação...


A evidente tragédia que constitui a tremenda sequência de incêndios, com o que têm implicado – e vão implicar – de perdas materiais, de feridos e vítimas mortais, impede-me de fazer o exercício demagógico das culpas, dos crimes e da exploração do sofrimento alheio.
Ainda assim, fica a tristeza de ver um país que todos os anos se deixa “surpreender” pela falta de limpeza nas florestas, pela falta de acessos, pela falta de material, pelo planeamento medíocre.
Ainda assim, fica a tristeza de ver um indigente como Marques Mendes, agrafando um ar indignado na TV, para dizer que os proprietários devem ser obrigados a limpar as matas... e se o não fizerem, deve o Estado fazê-lo, apresentando-lhes as contas para pagamento coercivo. Parece que não sabe, o indigente, que as grandes florestas privadas, detidas pelas grandes empresas, como por exemplo a Portucel, são cuidadas, vigiadas e poucos incêndios sofrem. Parece que não sabe, o indigente, que a esmagadora maioria da floresta que arde, ou pertence ao Estado, ou não tem donos conhecidos, ou pertence a pessoas que abandonaram o interior, ou, finalmente, pertence a gente idosa, rara e pobre... que se fosse obrigada a pagar as limpezas das suas parcelas miseráveis de floresta... nem as reformas de um ano chegariam para o fazer.
Sei que nestas alturas se deve evitar a todo o custo a demagogia... mas não resisti a fazer umas contas de “mercearia”, que me disseram que os mil milhões de euros dos submarinos do “irrevogável” Portas dariam, feita uma consulta ao preço médio de um avião Canadair, para comprar quarenta unidades destes excelentes meios aéreos de combate a fogos florestais. No caso de se optar pelos helicópteros equipados com aquele balde gigante... estaríamos a falar de um pequeno “enxame”.
Dir-me-ão:
E o pessoal que é necessário para cuidar dos aviões e dos helicópteros?
Ao que eu respondo:
E os submarinos? Têm tripulações de quantos marinheiros a tempo inteiro?
Dir-me-ão ainda:
Os aviões e helicópteros de combate a incêndios só são precisos de vez em quando... quando há incêndios... quase sempre só no verão...
Ao que eu respondo:
Pois... e os submarinos são precisos... quando?!!!

domingo, 25 de agosto de 2013

Justiça – Num mundo “ideal”...



Num mundo que nem precisava de ser “ideal”... seria suposto que, para se chegar ao posto de juiz, para além dos conhecimentos técnicos (conhecimentos que qualquer aluno imbecil mas “marrão” consegue adquirir), seria necessário dar provas de uma verdadeira vocação, de senso comum (de preferência, bom senso), sentido de equilíbrio, experiência de vida, conhecimento profundo do tecido humano em que se está integrado, uma forte consciência social e política... e, já agora, uma bem estruturada e sedimentada cultura geral.
A vida encarrega-se, todos os dias, de mostrar o quanto isto é uma utopia.
Eu sei, eu sei que todo este meu primeiro parágrafo é uma espécie de manual de como “pedir demais”... mas, que diabo!, nem sempre a alternativa ao oitenta deveria ser o oito!
E assim chegamos ao assunto deste post: a decisão de uma senhora juíza, de mandar arquivar uma queixa de uma mulher agredida pelo marido, marido “extremoso” que só não agrediu também a filha, porque a mãe decidiu fazer-se agredir um pouco mais, ao separá-los.
Neste seu evidente momento de indigência mental, a senhora juíza conseguiu, de uma assentada, envergonhar a sua profissão, faltar ao respeito às mulheres (e homens) vítimas de violência... e dar um golpe na coragem que de que precisam as vítimas para quebrarem as correntes do medo e da vergonha, denunciando a violência e exigindo justiça.
Num mundo ideal, teria nessa noite havido uma instantânea “falha na linha do espaço temporal”, falha muito politicamente incorrecta (até da minha parte!), em que o marido da senhora juíza perderia, também ele, “a noção”... dando-lhe uma tareia que a deixasse internada na ala de ortopedia de Santa Maria, durante dois meses... em homenagem aos milhares de mulheres que todos os dias são agredidas dentro das suas próprias casas e às centenas que perdem a vida às mãos dos maridos, namorados... e demais “amantes”.

sábado, 24 de agosto de 2013

Viseu – O mistério dos padres paralíticos


O senhor Fernando Ruas, empenhado edil viseense e grande divulgador/impulsionador da indústria e comércio das tintas para o cabelo, gosta de dar de si a imagem de uma pessoa popular, simples e amiga do seu munícipe. Isto, claro, se o munícipe não sofrer dessa espécie de lepra que dá pelo nome de comunismo. Aí, consta que o homem fica virado do avesso. Mas adiante...
Numa demonstração prática de como se deve fazer política de proximidade, parece que o senhor Ruas andou por umas paróquias viseenses, fazendo questão de falar aos fiéis, nas missas, ora dentro da igreja e antes do culto, ora depois do culto acabar e já no adro... com o fim de, pessoalmente, entregar “às populações” chorudos cheques destinados, certamente, a fins muito louváveis.
Dizem as más-línguas do costume, que se trata de uma forma sem qualquer ética, caciquista, desonesta, criminosa mesmo, de fazer campanha eleitoral a favor do PSD.
Diz ele que não senhor, que se trata apenas de apoios já contratualizados com organizações várias... e que só se desloca pessoalmente às igrejas, por uma «questão de conveniência dos senhores padres».
Digo eu (mesmo sem ninguém me perguntar) que, não vislumbrando nenhuma razão aceitável para que os padres não possam deslocar-se à Câmara Municipal, para aí assinarem o que tiver que ser assinado e levantarem os cheques dos apoios prometidos, discretamente e sem o recurso a discursos “presidenciais” nas missas... que a coisa só deve poder explicar-se por um qualquer impedimento físico muito forte dos senhores sacerdotes.
Daí o estranho título desta crónica de maldizer!

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Vaticano – Mais depressa se apanha um mentiroso...



O Papa demissionário, o Sr. Ratzinger, que até há pouco usou o nome artístico de “Bento XVI”, disse, ao demitir-se, que a razão porque o fazia se prendia com a saúde débil, que o impediria de exercer condignamente as funções de chefe de estado do Vaticano.
Agora, passados uns meses sobre a demissão, diz que a decisão de abandonar o posto lhe foi sugerida directamente por Deus, numa experiência “mística” que não está muito bem explicada, mas que já foi confirmada pelos que o rodeavam à época.
Não tenho qualquer problema com nenhuma das duas versões da estória. As minhas pernas e outras maleitas, fazem-me entender perfeitamente a situação de não se poder chegar aonde se quer. Quanto à segunda explicação, também estou em condições de entender o “ex-papa”, já que toda a minha juventude foi passada a mudar de terra... e ao que constava lá em casa, essas mudanças eram também ditadas por chamamento divino... mas isso são contas de outro “rosário de penas que vou desfiando e choro a cantar”. *
Assim sendo, o problema não está nas duas explicações para a demissão do Papa, mas sim no facto de elas serem contraditórias. Estabelecido, então, que o Papa mentiu com quantos dentes tinha na boca... resta apenas a curiosidade de saber quando.
Seja como for, a explicação da demissão do Papa, depois deste tão oportuno "retoque", fará muito melhor figura nos livros de HistóriaTanto da piedosa e mística Igreja Católicacomo do muito mais terreno e venal Vaticano.

* Frase interessante! Com uma música, era bem capaz de dar uma cantiga gira… um fadosei 

Finanças – A “legalidade” que enoja!


Dossiers que, pelos vistos, eram fundamentais para se perceber quem fez o quê, porquê e a troco de quê, no longo romance de cordel dos swaps que nos podem custar milhares de milhões... foram destruídos. Quase todos. Ao que parece, “legalmente”.
Sabendo-se quem são os figurões e figuronas, entre ministra das Finanças, secretários e derivados que vão, em rotativismo, ocupando os lugares nos bancos, nas grandes empresas implicadas neste escândalo, nos grandes escritórios de advogados e, periodicamente, no Governo e no Parlamento, compreende-se que tudo se faça para tornar “legal” a ocultação de factos, a destruição de provas, tudo o que possa de alguma forma implicar toda essa canalha.
Ao contrário de um simples trabalhador a recibos verdes, ou de uma micro-empresa, obrigados a guardar durante anos toda a papelada de que o fisco possa querer tomar posse para os tramar, estes grandes trafulhas podem, legalmente, destruir dossiers inteiros com documentação relativa aos contornos de negócios de muitos milhões, ao fim de pouquíssimo tempo.
Que “conveniente”!!!

Que asco!!!


Adenda: Afinal, parece que a “legalidade” da destruição “conveniente” dos documentos sobre os swaps, pode ficar a dever-se a uma ousada “distracção.
Ninguém vai preso?

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Professores “precários” –Um testemunho



Durante anos o poder do bloco central, ou seja, da direita, fez o que lhe foi possível para tentar dobrar a força reivindicativa dos trabalhadores. Chamou-lhe o PS, pela boca do seu ministro Maldonado Gonelha e pouco depois da Revolução, “partir a espinha à Intersindical”. Nunca conseguiram!
Ainda assim, não desarmaram. Optaram por desregular o mundo do trabalho, criando o conceito do trabalho precário. Da insegurança. Do medo. E lá vieram os milhares de desnecessários contratos a prazo, o trabalho por conta de outrem mascarado de trabalho independente, a troco de recibos verdes, ou, no ensino, os professores “contratados”.
É uma multidão que passou a ter a sua liberdade condicionada, sabendo que uma simples manifestação, ou uma greve, podem significar o fim do seu modo de vida e do sustento da sua família. Uma multidão para quem a democracia começa a ser um conceito longínquo.
Numa altura em que a prioridade do governo para a Escola Pública... é a sua destruição, com o fim de favorecer o negócio do ensino privado, em que os professores serão tratados como simples empregados de uma qualquer empresa, ao serviço, exclusivamente, do lucro da empresa... os professores “contratados” são, mais uma vez, o elo mais fraco. Carne para canhão colocada à porta do despedimento puro e simples.
Chegou-me, ao post anterior, um comentário acompanhado de um pedido para falar neste assunto.
Não é costume (nem passará a ser) neste blog transcrever comentários, ou falar de assuntos “a pedido”... dado que, o mais das vezes, esses “pedidos” não passam de provocações disfarçadas. Não é o caso deste!
Para quê ficar aqui a teorizar sobre um problema, quando tenho o testemunho de quem o vive? Aqui fica:
“Caro Samuel, acompanho o seu blogue, tal como fazem muitos democratas. Por isso mesmo gostaria de lhe pedir para, se puder, falar também dosprofessores contratados.
Somos milhares em risco de desemprego no fim de Agosto - a juntar aos milhares que já ficaram desempregados. Muitos de nós têm quinze, vinte ou mais anos de serviço e agora somos corridos como se fossemos uns cães pelos fascistas que nos desgovernam. Durante anos já fomos roubados porque fazemos o mesmo trabalho que os do quadro e recebemos menos. Um ano colocado em Bragança, outro em Viseu, sempre sem qualquer estabilidade, a pagar casa, viagens, etc.
É verdade que ninguém nos mandou sermos professores, mas também é verdade que o estado tem a obrigação de vincular quem tem mais de três anos de serviço. Sempre fomos vistos pelos governos como mão-de-obra mais barata, apesar de termos as mesmas habilitações dos outros.
Agora os fascistas que salvaram o BPN e o Banif preparam-se para "poupar" despedindo milhares de contratados. Enquanto isso continuam os milhões para as escolas "privadas", que de privadas não têm nada porque são pagas pelo contribuinte. Escolas controladas pelos amigos. Recordo que a obrigação do estado em relação a essas escolas é de financiá-las quando não houver oferta pública. Isso não se passa. Nas Caldas da Rainha, por exemplo, as duas secundárias da cidade perdem alunos enquanto as "privadas" os recebem pagos pelo estado. Em outras zonas passa-se o mesmo.
Deixo aqui este alerta até porque os canalhas rejubilaram com a descida do desemprego há um mês, mas agora que ele vai subir com os professores que são dispensados vamos ver o que dizem. Certo é que estão a destruir a escola pública. Peço desculpa por permanecer anónimo, mas como os bufos do governo devem passar por aqui prefiro não arriscar.
Cumprimentos e obrigado.”

Ensino – A interesseira cobardia




Não sou pessoa para encontrar “vantagens” nos tempos do regime fascista em Portugal... a não ser as explicadas pelas naturais saudades da juventude e de uma certa forma mais simples de viver, desde que essa “simplicidade” não esteja directamente ligada à miséria.
Posto isto, não tenho pejo em lembrar que o ensino nos tempos da “escola fascista”,  tinha campos muito bem definidos e oficialmente assumidos: um ensino privado pouco mais que residual, reservado à elite das elites... e o ensino público, claramente dividido entre o ensino para os mais ou menos ricos (os liceus), para os mais ou menos pobres e remediados (as escolas comerciais e industriais) e para os mais pobres... que acabava na quarta classe... se o aluno lá chegasse e tivesse sequer, ido à escola.
Lá em cima, o ensino universitário, como era evidente, estava reservado às elites e aos filhos de remediados, cuja inteligência e empenho pudesse convencer os pais a fazerem o gigantesco sacrifício de fazerem os seus filhos “doutores”. A única alternativa era aceitar o “patrocínio” (quase sempre um investimento) da “madrinha” da família rica lá da terra... e aceitar tornar-se padre.
Hoje, como podemos verificar todos os dias, temos exércitos de ex-governantes que se serviram das sua passagens por governos do PSD/CDS ou do PS e respectivas bancadas parlamentares, para legislar e contratualizar a seu favor o financiamento do enxame de escolas privadas que por aí vemos, financiadas pelo dinheiro que é roubado à Escola Pública.
Quanto à tal Escola Pública, definha a cada dia que passa. É uma vítima nas mãos de lacaios dos interesses privados, que vão fazendo tudo o que podem para a estrangular e destruir.
Hoje, o Estado e o ensino estão nas mãos de saudosos da “escola fascista”... mas invertebrados, incapazes de ter a coragem de admitir a sua opção, escondendo-se cobardemente atrás de explicações supostamente “técnicas”, de “eficiência”, de “liberdade de escolha”, de “menos Estado”... os vários eufemismos que usam para falar das suas contas bancárias e escamotear o seu ódio de classe.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

GNR – Desculpem-me a franqueza...





Diz-me a notícia que os militares da GNR estão «indignados com o atraso no salário de Agosto». Explica ainda a notícia que o atraso será de apenas umas horas... já que terá ficado a dever-se a um simples erro técnico.
Sabem que mais, excelentíssimos senhores militares "indignados? Deixem-me ser politicamente incorrecto! Deixem-me ser inconveniente! Sabem que mais, senhores militares "indignados"?

Bardamerda!
Pensem na vossa indignação de uma horas, na próxima vez que carregarem sobre trabalhadores e seus representantes sindicais, numa qualquer manifestação à porta de uma empresa com vários meses de salários em atraso!
Pensem na vossa indignação da próxima vez que resolverem ser brutais para com mulheres e homens, jovens ou idosos, numa qualquer manifestação contra o encerramento de um posto de Saúde ou dos CTT, ou contra um qualquer membro deste Governo, responsável pela situação do país, por um milhão de desempregados e milhares de salários em atraso devidos a centenas e centenas de trabalhadores ao longo de meses e mais meses e sem fim à vista... e não do vosso idiótico atraso no vencimento de Agosto!!!

Adenda: Pensem também na vossa indignação, da próxima vez que multarem uma viatura de Bombeiros Voluntários, por falta de um auto-colante... mesmo sabendo que esses bombeiro são capazes de, a seguir, ir dar a vida a defender os vossos bens.


Adenda 2:
A todos aqueles e aquelas que estranham o facto de eu, aparentemente, colocar todos os militares da GNR no mesmo saco e o manifestam das mais variadas formas... até ladrando, como foi o caso de um dos fascistas de estimação, que resolveu tentar dizer umas baboseiras sobre GNR e “comunas”, mas naquela linguagem que o faz regressar ao seu habitat natural, o lixo, sem ser publicado... direi que têm razão.
O caso é que, embora não achando que os elementos das forças de segurança são todos iguais, tendo até já, por mais do que uma vez, ficado “tocado” por ver elementos dessas forças, devidamente identificados e participando em manifestações contra os governos que têm assolado o país... cansei-me de esperar que esses, os que de tempos a tempos demonstram ter uma consciência social, se demarquem publicamente dos seus “colegas” de armas, quando estes se afirmam, na prática, como forças racistas, prepotentes, brutais, ao serviço dos patrões e dos fortes contra os fracos.
Se querem sair do tal “saco”... saiam pelo seu próprio pé!

Vital Moreira – Hoje há um “empate”...



Não faço a mais pálida ideia de onde diabo pode Vital Moreira tirar a ideia de que é aceitável pretender-se aumentar a carga laboral de um trabalhador  e não lhe aumentar, proporcionalmente, o vencimento... sem que isso possa ser considerado um corte ilegal nesse mesmo vencimento, sempre que esse vencimento e demais condições de trabalho estiverem devidamente contratualizadas, como acontece com os trabalhadores do Estado. Não faço ideia de como pode Vital Moreira, ou seja quem for, achar isso, sequer, normal... quanto mais constitucional!
Na verdade, Vital Moreira conseguiu tirar de um qualquer escaninho da sua competência em assuntos constitucionais, a pretensão de que a Constituição da República Portuguesa pode conviver com essa injustiça.
Junta, em sua “defesa”, o argumento de que os vencimentos no sector público são, em média, superiores ao do sector privado, para o mesmo tipo de tarefas... parecendo ignorar o facto de que, pelo menos da última vez que alguém estudou o assunto honestamente, verificou-se que muitas dessas tais mesmas tarefas, são exercidas, no sector público, por trabalhadores com maior formação.
Talvez para “compensar”, tive o prazer de verificar que Vital Moreira, ainda que não tendo ficado a perceber se é contra, ou a favor da existência da lei de limitação de mandatos autárquicos, acha, pelo menos que, irremediavelmente instalada a dúvida sobre a lei, o Tribunal Constitucional deveria optar por não prejudicar os cidadãos no seu direito à elegibilidade.
Gosto, sobretudo, do argumento (e do termo) que usa para dizer que com outros “mandantes” (eleitores) não se pode falar de repetição de mandato. Logo, quando a candidatura se verifica num território e um universo de votantes novos... não pode haver impedimento à candidatura. Concordo plenamente!
É assim a vida... até na minha atribulada “relação virtual” com o constitucionalista Vital Moreira, com quem percorri, há muitos anos, muitos quilómetros de campanha eleitoral por um mundo melhor: perdem-se umas, ganham-se outras!

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Jornalismo de reverência – A luz no meio do nevoeiro...


Enquanto vão chegando notícias das manobras da “administração” norte-americana sobre os jornais, sobre jornalistas, sobre governos (que seria suposto serem) soberanos de países (que seria suposto serem) independentes, com o objectivo de abafar o escândalo da espionagem indiscriminada sobre o mundo (quer se trate de "aliados" ou inimigos) por parte dos EUA, vamos ficando com uma noção do grau de subserviência que toda esta gente tem para com o “império”... e de como esse império, e por tabela, o mundo, são dominados pelo complexo militar-industrial e o bandidesco gang financeiro... que são o coração e alma desse império.
Felizmente, não fossemos nós ficar deprimidos com esta demonstração de domínio esmagador do império e da falta de coluna vertebral dos dirigentes do resto do mundo... há quem se dedique a fazer-nos chegar as notícias que realmente importam, como a da chegada de mais um cão de água português à Casa Branca.
Felizmente... há “jornalismo” assim!

Pequena crónica para esfregar no focinho... de quem se puser a jeito


Este blog, nasceu, cresceu e mantem-se até hoje como um simples passa-tempo. Não é uma missão, nem tampouco uma tarefa. Isso está reservado para coisas bem mais importantes. Ainda assim, permito-me a pretensão de que se trata de um passatempo um pouco mais importante do que coleccionar pacotes de açúcar, ou isqueiros e esferográficas de brinde.
Este espaço de troca de ideias e outros “cromos” permitiu-me ter contacto com amigos virtuais que nunca encontraria e manter-me mais junto de alguns amigos reais.
Por muito estranho que possa parecer e dando de barato a trabalheira de desinfecção a que obriga a nojeira que muitos anónimos aqui deixam diariamente, há alguns que, involuntariamente, são a coisa mais divertida que alguns destes dias cinzentos permitem.
Uns, inventam nomes inverosímeis, a que juntam os apelidos “fascista”, ou “anti-comunista”... outros, ficam-se apenas agachados atrás do puro anonimato.
Uns, insistem em deixar links para os indigentes discursos de salazar, vivas ao fascismo e ao nazismo, ameaças de morte, insultos avulsos... e até (esta é nova)apreciações muito negativamente críticas à minha voz, sendo, ao mesmo tempo, tão estúpidos (a esmagadora maioria dos fascistas, é!) que não atingem o ridículo do repetido e inútil gesto de deixar “comentários” num blog cujo dono os envia, fatalmente, para o caixote do lixo.
Outros, os que se acham espertalhaços, argumentam que não querem saber da publicação, pois, afirmam, dão-se por satisfeitos por saberem que eu leio os insultos... o que os coloca numa prateleira reservada aos ainda mais estúpidos que os anteriores, atendendo a que não têm noção dos ataques de riso que o seu ódio tremelicante e anónimo provoca... e do objectivo orgulho que sinto em ser insultado por essa estirpe de seres, facto que me classifica, obrigatoriamente, como membro de outra estirpe.
Têm, normalmente, uma coisa em comum: atacam mais violentamente quando escrevo alguma coisa sobre figuras da sua simpatia, não sabendo, ou não tendo nada a contrapor, senão as ameaças e insultos, dada a evidência do que escrevo.
Passado este, que deve ter sido o preâmbulo mais longo da história deste blog, apenas um apontamento sobre uma pequena notícia que me saltou à vista... mesmo correndo o risco de activar os reflexos condicionados de que (tão longamente) falei até aqui:
Sabendo-se que aumentar as horas de trabalho sem aumentar os ordenados é ilegal; sabendo-se que aumentar as horas de trabalho não resolve nenhum problema, muito menos o do desemprego... o resultado deste estudo baseado em factos e não em opiniões, devia ser esfregado no focinho... sim, disse “no focinho”, daqueles que do alto dos seus lugares de poder na Europa, nos apontam a “falta de apego ao trabalho” e dos nossos governantes, analistas e comentadores, encabeçados pelo inútil Presidente da República, que, instalados nos seus lugares de vulgares lacaios da Europa, defendemexactamente o mesmo e propõe os aumentos da carga laboral.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Ângelo Correia – Velho cómico amador


Ângelo Correia, o impagável fala-barato e vendedor de banha da cobra, responsável, entre outras coisas igualmente inúteis, pelos únicos “empregos” que se conhecem a Pedro Passos Coelho, tem uma atração irresistível pelo mundo da comédia.
Na verdade, já desde a inenarrável e longínqua “intentona dos pregos” que o patusco barão do PPD-PSD produz, regularmente, textos e frases cómicas. Aí está mais uma amostra, um punhado de frases que ele parece estar a testar, provavelmente, para uso em “stand-up comedy.
O “material” agora revelado é muito irregular. Senão, vejamos:
«Passos é um amigo de muitos anos» - muito fraquinho!
«Durão Barroso é um líder que manda pouco» - é verdade, mas além de ser uma piada igualmente fracota... peca por defeito.
«Seguro é um líder transitório» - média/fraca... mesmo para quem goste de humor cruel.
«Marcelo é um belíssimo candidato a Presidente da República» - aqui já estamos a entrar no material humorístico de qualidade.
E, finalmente, a pièce de résistance, a grande piada que pode fazer uma sala cheia romper em gargalhadas:
«Portas é um homem leal!»
Fantástico! Ainda assim, apesar de, aqui e ali, ao longos dos muitos anos que já leva disto, o candidato a cómico Ângelo Correia nos ter feito rir algumas vezes... o conselho que lhe posso dar é que não arrisque tudo numa carreira de comediante. Sobretudo, não largue ainda o “emprego” actual!

Aí está o futebol! – E continuam a chamar-lhe desporto...


E pronto! Começou o campeonato... ou liga... ou lá o que agora lhe chamam!
Embora a bola já tenha, normalmente, um lugar esmagador na totalidade das conversas e preocupações dos portugueses, ainda assim, estes primeiros dias serão excepcionais. Durante algum tempo será tarefa quase impossível fazer passar um assunto que não tenha que ver com bola. Quase nada conseguirá romper a barreira dos habituais desaires, das vitórias, das esperanças sempre renovadas, omnipresentes nas conversas acaloradas.
Depois do jantar de domingo, a única forma de, também eu, ver um pouco de futebol, foi o facto acidental de ir beber a bica a um café que tinha um enorme televisor escancarado para cima dos clientes, transmitindo a “sport tv”, que exibia um jogo do Vitória de Setúbal e Futebol Clube do Porto.
A dada altura, num ataque do Setúbal, o guarda-redes portista defendeu corajosamente uma bola que um jogador “sadino” se preparava para tentar introduzir na baliza do visitantes. Resultado, um choque medianamente aparatoso, mas que deixou o guarda-redes do Porto deitado no relvado, com fortes queixas.
E chegamos finalmente ao assunto do post. Como é, infelizmente, já habitual nestas situações, o jogador setubalense ficou a rondar por ali, meio bloqueado, com um olhar parado de boi no pasto... sem se ir embora, nem ter a coragem de se dirigir ao seu colega de profissão. Ainda que sem culpa e sendo evidente que o árbitro não estava sequer a ponderar qualquer advertência... seria de esperar uma palavra, um gesto de solidariedade, um “desculpa lá, pá...”
Mas nada! Partindo do princípio de que estes jovens não treinam futebol durante 24 horas por dia... haveria de sobrar algum tempo para outras actividades, outras conversas, o tempo da formação, o tempo de serem devidamente “apresentados” ao conceito do famoso “fair-play”, o tempo de serem ajudados a crescer como seres humanos...
Decididamente, não vou à bola com esta bola!

domingo, 18 de agosto de 2013

Judite de Sousa – Um acto falhado



O (inútil) jovem milionário Lorenzo, excepção feita a umas tantas mentes mais fúteis, ou dadas ao deslumbramento com o dinheiro dos outros, ao brilho das joias e às festas milionárias... não tem condições para agradar às (felizmente) muitas pessoas que acham essas festas obscenas, as joias de mau gosto, a exibição de “manadas” de Ferraris pornográfica... e o vasto amontoado de tatuagens um pouco nojento.
Judite de Sousa apostou nesta segunda hipótese. Tinha tudo para ganhar a aposta. O problema é que o seu momento de jornalismo de merda, a arrogância, o populismo barato, provavelmente provocados por uma breve paragem cerebral... viraram-se contra ela. Conseguiu aquilo que não esperava. Em vez de “destruir” em directo um alvo que achava fácil, o seu acto pouco digno conseguiu quase o pleno: praticamente toda a gente que viu aquilo ficou contra ela, se atentarmos ao caudal de comentários negativos (para dizer o mínimo) que a sua “entrevista” gerou por todo o lado, comentários que já a obrigaram a tentar corrigir o tiroE foi bem feito!
Foi bem feito... para uma jornalista que minutos ou horas depois é bem capaz de entrevistar um qualquer banqueiro ou multimilionário dono ou gestor de empresas, sem lhe perguntar o que faz pela sociedade, onde arranjou o dinheiro, se os pais foram assassinados (!!!), ou quanto custam as joias que oferece à mulher e às amigas “secretas”, ou quantos milhares gasta nas festas que dá. E mais...  quase por certo, fará toda a entrevista com um sorrisinho servil agrafado na cara...




“Riscos constitucionais” na colectividade


E discursa o presidente da direcção da "União Filarmónica Euterpe Pontalense".
“Caros sócios... para arranjar o dinheiro que nos permita continuar e acabar as obras no nosso pavilhão gimno-desportivo, já fizemos de tudo: cortámos na comida aos miúdos do infantário e do ATL; retirámos o apoio aos reformados que vinham aqui fazer ginástica à tarde e despedimos o instrutor de ginástica; vendemos um terço dos instrumentos da banda a uma banda espanhola que por aqui passou e fechámos as inscrições para entradas na banda de novos músicos; acabámos com a escola de música e despedimos o professor; aumentámos as quotas e os preços no bar para o dobro... e acabámos com os descontos para sócios.
Ainda assim teremos que tomar medidas que não são fáceis. Para conseguir algum do dinheiro de que necessitamos e alguns dos materiais de construção... pensámos fazer dois assaltos, para os quais contamos com o máximo consenso, tanto pela parte dos sócios que apoiam esta direcção, como dos da oposição. Assim, em data a divulgar, procederemos aos assaltos ao armazém de materiais de construção do Sr. Ildefonso Carrapeta... e à dependência da Caixa Agrícola.
Poderia continuar este "exercício"... mas parece-me que já chega de ficção! Se, na vida real, um presidente de colectividade fizesse um discurso como este que aqui “inventei”, seria classificado, no mínimo, como um perfeito canalha, um aldrabão perigoso para a própria colectividade... a querer fazer-se passar apenas por imbecil. Infelizmente, na vida real...