segunda-feira, 30 de abril de 2012

Serviço Nacional de Saúde – Pequeno “ensaio” com alguns insultos


Nota prévia: Defendo que os actos de violência, física, verbal, ou de qualquer outro tipo, praticados contra profissionais da saúde, devem ser punidos exemplarmente e em tempo útil, sendo apenas de relevar aqueles cometidos sem a total consciência dos autores. Ou em que existam factores atenuantes muito fortes.
E assim passamos ao extraordinário protagonista do post de hoje.
O imbecil acha que a violência dos adeptos da bola, nos estádios, é comparável às agressões de que são vítimas as mulheres e os homens que prestam cuidados de saúde.
O bandalho acha, portanto, que um velho cheio de dores que, depois de várias horas sem ser atendido numa urgência, perde as estribeiras e agride um enfermeiro que vai a passar... é igual ao jovem e abrutalhado latagão de cabeça rapada e pose nazi, que vai para o estádio com o fim confesso de agredir todo e qualquer “adversário” que encontre no seu caminho.
A besta defende que, da mesma maneira que os vândalos dos estádios acabam banidos dos espectáculos “desportivos”, os doentes que por qualquer razão (ainda que injustificável) agridam um médico ou enfermeiro, devem ser afastados dos centros de saúde e hospitais. Banidos do Serviço Nacional de Saúde.
O canalha acha que um “utente” agressor deve ser, portanto, condenado à morte por falta de assistência.
Ah... falta dizer que o estúpido em causa se chama Jorge Roque da Cunha e chegou a Secretário Geral do Sindicato Independente dos Médicos... o que quer dizer que a cavalgadura conseguiu empinar um curso de medicina... mas nenhuma das cadeiras o conseguiu transformar num ser humano decente.
Quer dizer também que este país é um país de grandes oportunidades... até para trogloditas desta estirpe.
O que é uma verdadeira desgraça é que as tais grandes oportunidades são, vezes demais, para trogloditas desta estirpe. 

domingo, 29 de abril de 2012

Marlene Dietrich – Para onde foram todas as flores?


O canal de televisão franco alemão ARTE estava, numa madrugada destas, a transmitir um fantástico documentário sobre a história da sua música mais “ligeira” e popularucha... à mistura com coisas bem mais sérias.
Fiquei a ver... e fui recompensado. Depois de quase uma hora a ouvir excertos de vários originais, em alemão, dos “êxitos” de um Marco Paulo, ou dos Broa de Mel, que sempre se serviram deste manancial de cantigas comerciais de sucesso, eis que irrompe no ecrã a figura única de Marlene Dietrich.
A propósito da sua teimosia em cantar a maldita (na Alemanha nazi) “Lily Marlene”, da sua falta de “compreensão” para com o regime de Hitler, do seu longo exílio pessoal e artístico... passaram uns curtos instantes raros do primeiro espectáculo do seu regresso à Alemanha, mais de uma década passada sobre o fim da guerra, cantando em Berlim, trémula de emoção... uma canção do Pete Seeger.
A canção, Where have all the flowers gone, é um hino arrasador contra a guerra e a sangrenta ceifa de jovens vidas que ela sempre representa. Marlene costumava apresentá-la de uma forma muito simples, como se pode ver neste vídeo de uma performance no Royal Variety em 1963: “Vou cantar uma canção de Pete Seeger. É uma canção que amo muito!”
Também eu.
Bom domingo!
Where have all the flowers gone” – Marlene Dietrich
(Pete Seeger)




sábado, 28 de abril de 2012

Jardim Gonçalves - Haja “deuses”!


Este obsceno pormaior de que fala a capa do Correio da Manhã de ontem deixou-me a magicar na hipótese de, muito provavelmente, essa estória das “grandes religiões monoteístas” não passar de uma enorme fraude... vá lá... de uma fantasia bastante sobreavaliada, sobretudo na questão do "monoteísmo". Apenas dois exemplos:
1. Os velhos, velhíssimos, octogenários dirigentes muçulmanos.
Apesar de o martírio, nomeadamente, através dos atentados suicidas, ser a suprema honra para o crente fundamentalista... os seus dirigentes espirituais e demais chefes religiosos, quem sabe, apenas por modéstia, prescindem dessa honra suprema que dá directamente acesso ao paraíso... e chegam a velhos.
2. Este traste que dá pelo nome de Jardim Gonçalves.
Apesar da sua estreita ligação à Opus Dei, logo sendo “tu cá tu lá” com a divindade da grande, enorme e piedosa comunidade cristã... acha normal ganhar como “pensão”, todos os meses, aquilo que mais de duzentos cidadãos que ganhem o ordenado médio português, não conseguem ganhar a trabalhar no duro.
Os “ayatolas” e seus derivados, têm a excelente desculpa de, chegados àquela idade, não terem a menor ideia de o que fazer com as setenta virgens a que teriam direito assim que chegassem ao paraíso.
Já este calhordas do Gonçalves, que desculpa dará quando compara a sua “pensão” com a pensão de duzentos e poucos euros de tantos milhares de aposentados, por esse país fora?
Não! O velho “ayatola” não pode ter o mesmo Deus do miúdo que se faz explodir numa esplanada, ou num autocarro qualquer.
Não! Este chupista das poupanças alheias e fazedor de negócios lamacentos, não pode ter o mesmo Deus que tem um velho trabalhador do campo.
Aqui há mentira... e é da grossa!!!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Cavaco Silva mostra o seu “valor”


Dizem-me na RTP que Cavaco Silva, no seu discurso, exortou os portugueses a mostrarem o valor do país. Para ser mais exacto, disse: «Todos os portugueses e não apenas os agentes políticos têm o dever de mostrar ao mundo o valor do seu país».
Irra que o “raça” do homem é mesmo lento! Então não é isso que andamos a fazer há que tempos?!
Só nos últimos meses já mostrámos “ao mundo” o valor da Portugal Telecom, da GALP, da EDP, da REN, de partes substanciais de bancos, de minas... não tarda nada são os cimentos, as águas, a TAP...
Não tem falhado! Nós “mostramos o ao mundo o valor”...  e o mundo compra!
Já se sabe que a cabeça do homem não vale um frasco do champô com que a lava... mas que diacho! Não há ninguém que leia as notícias à pobre criatura? Não tem assessores para lhe darem umas dicas?

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Raposo e o Expresso – Trabalho de “médium”?


É espantoso o trabalho a que se dá um pasquim com o “peso” do Expresso (e quando digo peso... é mesmo do peso que estou a falar) para fazer chegar a água ao moinho do seu seboso dono e, na passada, desinformar o país.
No caso de hoje, dá-se ao luxo de pagar a este verdadeiro canalha que semanalmente ali se disfarça de imbecil, para que ele “descubra” que, afinal... «Álvaro Cunhal não queria o 25 de Abril».
Tudo o que a minha má disposição pudesse levar-me a dizer sobre este “raposo”... seria chover no molhado. Se olharmos bem... está tudo já muito bem chapado na cara do exemplar.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Miguel Portas




Esta é uma notícia que Abril bem dispensava: a morte (estupidamente fora de tempo) do deputado e amigo Miguel Portas!
Abracei-o pela última vez na grande manifestação da CGTP no Terreiro do Paço.
Ainda que por caminhos por vezes aparentemente tão separados... ainda tínhamos tantos abraços para dar e tantas coisas para fazer. Quem sabe, juntos, em unidade... um dias destes...
Até sempre, amigo!

25 de Abril sempre!


Pois... também não vou às comemorações “oficiais” do 25 de Abril... mas porque o convite do Município de Mora não o permite.
Será aí que vou estar, mais logo pela tardinha, num espectáculo que construí como homenagem ao poeta Manuel da Fonseca.
E o Manuel da Fonseca vai muito bem com o 25 de Abril... sempre!

terça-feira, 24 de abril de 2012

Abril - De 24 para 25...


Hoje à noite será aqui. Coruche, num serão todo feito de cantigas do Zeca.
Foi isso que me foi pedido... faço-o com todo o gosto!
Viva o 25 de Abril!

O 25 de Abril... e os seus eternos inimigos


Este absurdo com pernas e uma boina chama-se Magina da Silva (ou lá como raio é que o cromo se chama!)
Para exercitar os dois neurónios deve ter um caderninho onde vai tomando nota das suas “ideias” e, para desfastio, das organizações e grupos que, no seu “entender” têm, ou não, o direito (constitucional!) de manifestação e liberdade de expressão. Num dos seus últimos apontamentos no sebento caderninho, decidiu anotar que as manifestações das comemorações do dia 25 de Abril... terão «tolerância zero».
Pronto... o cromo algumas qualidades há de ter. Pelo menos a “fidelidade” aos donos já o elevou ao lugar de “alfa” da corporação encarregada de impor a sacrossanta “ordem pública”. Embora alguns elementos da dita corporação não o apreciem por aí além... alguém gostou dele, ao ponto de o arvorar em Inspector Nacional da PSP.
Aqui para nós, que ninguém nos ouve... olhem bem para a fronha do exemplar. Para o esgar das beiças, que nos dá um vislumbre das presas. Inspira-vos alguma confiança? A mim, não! Ainda que tivesse um quintal, ou mesmo uma quinta para guardar e uma casota disponível... francamente, existem “raças” menos perigosas e com muitíssimo melhor aspecto.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

França – Um post de esperança


Espero que François Hollande volte a derrotar Sarkozy na segunda volta das eleições presidenciais francesas. Para isso, necessitará do apoio dos eleitores que agora votaram na Frente de Esquerda, no candidato Jean-Luc Mélenchon. E foram muitos, felizmente!
Espero que se o candidato do PS conseguir assim a vitória, tenha que fazer acordos com a esquerda que votou em Mélenchon, onde se inclui o PCF. Que isso se reflita nas políticas. Que os acordos sejam cumpridos. Que a França comece a fazer um caminho ao arrepio daquele que o lacaio Sarkozy percorreu.
Espero que, de uma vez por todas, as pessoas reflitam sobre o significado dos votos de simples protesto. Esses votos, fruto da ignorância e da preguiça intelectual, podem rapidamente transformar-se em votos puramente imbecis. Em simples barulho.
Infelizmente, essas votações imbecis e barulhentas vão, invariavelmente, por caminhos muito errados, como se pode ver pela extraordinária votação da asquerosa fascista Marine Le Pen.
Claro que não existem tantos simpatizantes do fascismo entre os eleitores franceses... mas estes resultados devem fazer pensar todos aqueles que, por isto ou aquilo, deixaram que tantos milhares de votos populares, vindos do operariado e de sectores modestos da sociedade francesa, muitos vindos do próprio PCF, se encaminhassem para a ultra-reaccionária, racista e patologicamente “nacionalista” Frente Nacional.

Espero... já que daqui, muito pouco mais posso fazer...

domingo, 22 de abril de 2012

Juliette Gréco - Sob o céu de Paris


Hoje regressamos a Paris, mas em clássico. Em preto e branco. Em elegância pura. Pela mão da diva absoluta de uma época de ouro: Juliette Gréco.
Juliette teve a infelicidade, enquanto simples adolescente, mas a felicidade, enquanto ser humano e cidadã, de ter uma mãe resistente. Resistente, também naquele sentido vertiginosamente perigoso e heróico que umas boas centenas de compatriotas seus lhe deram durante a ocupação nazi: ajudar, ou pertencer mesmo à Resistência a essa ocupação e ao nazi/fascismo. Logo nos primeiros tempos da Guerra, seria presa pela Gestapo. Talvez para (entre outras coisas) demonstrar que o exemplo da sua mãe não tinha caído em saco roto, não demorou muito tempo para que Juliette, então com dezasseis anos de idade, se “fizesse” igualmente prender.
Depois de libertada e passado pouco tempo, o grande e colectivo suspiro de alívio do pós-guerra veio encontrá-la já perfeitamente instalada naquele que viria a tornar-se, definitivamente, o seu habitat natural: a noite, a canção e a cultura parisienses.
Apesar de o seu nome figurar nos elencos de algumas peças de teatro e várias dezenas de filmes, foi como cantora que a jovem Juliette Gréco tomou de assalto vários locais míticos da noite de Paris de então, conquistando o público pela sua maneira original de cantar e “dizer as canções”. Diz-se que também (vá lá entender-se porquê!) pela sua figura emoldurada por esguias roupas pretas e os seus cabelos de azeviche. Aí se renderam à sua arte, para a qual muitos deram contributos, nomes como Sartre, Prévert, Jean CocteauAlbert Camus, Boris Vian, Joseph KosmaAznavour...
Depois de instalada no seu lugar, decidiu amadrinhar e ajudar a divulgar novos nomes de autores e intérpretes... e com uma assinalável pontaria, já que entre esses “novos” figuram nomes como Leo Ferré, ou Serge Gaisbourg.
Chega de apresentações. A cantiga de hoje é uma simples e belíssima canção sobre Paris (as belíssimas canções quase sempre são simples). Foi escrita em 1951, por Jean Dréjac e Hubert Giraud, tendo sido gravada por muitos intérpretes que vão de Yves Montand a Piaf.
Como único comentário ao vídeo de hoje, diria que, num tempo em que tantos artistas se defendem das suas “faltas”, escondendo-se atrás do biombo protector da tecnologia mais agressiva, de toneladas de foguetório e efeitos especiais que o público consumidor engole à força de rios de banha da cobra... a luminosidade deste momento, tudo aquilo que Gréco consegue dizer com um jeito de lábios, um movimento das mãos, um instantâneo franzir de nariz, o princípio de um sorriso cúmplice, um fugaz brilho no olhar... juntamente com a claridade da forma de cantar e de dizer as palavras... são de uma simplicidade que chega a ser “embaraçosa”.
Bom domingo!
Sous le ciel de Paris” – Juliette Gréco
(Jean Dréjac/Hubert Giraud)



sábado, 21 de abril de 2012

Es.Col.A da Fontinha e Rui Rio – Um resumo


Já mais do que uma vez, como esta aqui, me debrucei sobre Rui Rio. Todos sabemos o quanto pode ser desagradável uma pessoa debruçar-se sobre uma fossa... mas lá vai, mais uma vez.
Nesse texto, de Novembro de 2010, falei, entre outras coisas, dos vícios de Rui Rio. Do vício caro (e extremamente perigoso para os bairros ribeirinhos do Porto e Gaia) dos aviõezinhos de corrida e do vício caríssimo (e pago pelos contribuintes) dos carrinhos de corrida dentro da cidade.
Até hoje, o autarca do PPD-PSD nunca deixou de continuar a dar-nos razões para o apreciar devidamente. É a omnipresente arrogância e prepotência, como modo de estar na vida. E o constante clima de populismo acéfalo e rasteiro. É o riso ignorante e escarninho que afivela na tromba sempre que é posto em causa. É o visível desprezo pela cultura que não venha nos manuais bolorentos por onde estudou. É o ostensivo tique autoritário na gestão dos bens públicos, que gere como se fossem propriedade privada. É o refinar da figurinha de lacaio mafioso/fascistóide a que, como já uma vez disse, só falta um toque extra de brilhantina e uma camisa escura.
Esta estória da violência policial (a mando do presidente) sobre voluntários que, ocupando um espaço devoluto, vinham há meses fazendo trabalho comunitário, cujo interesse cultural, ou a própria forma de organização, poderão ser mais, ou menos, discutíveis, mas que seriam de aperfeiçoar e apoiar... em vez de reprimir e destruir... deu-me a frase que faltava para resumir aquilo que anos de observação me fazem pensar do “ilustre” autarca do PSD:
Rui Rio é um vulgar canalha!
Para além da evidente necessidade e oportunidade de uma discussão sobre estes acontecimentos, fica no ar uma pergunta simples:
Não seria já tempo de as gentes daquela bela cidade voltarem a ter uma verdadeira Câmara Municipal do Porto... em vez desta espécie de cortelho municipal do p...? (*)

* Eu escreveria o nome... mas não quero problemas com os Amigos dos Animais...

Eu, que nem acreditava em correntes...


Primeiro, devo um sentido pedido de desculpas a El Greco, pelo assassínio do seu quadro.
Segundo, não resisti a “traduzir” para português, em texto e imagens, esta graçola que anda por aí... mas em espanhol.
Terceiro, devo dizer que nunca alinhei nesta coisa das “correntes”, desde o tempo da escola até a esta época dos milhares de mails... mas este caso é totalmente diferente e funciona mesmo. Experimentem!
Enviem esta imagem dos dois santinhos, Pedro e Paulo, a dez dos vossos melhores amigos, com a seguinte legenda:
“Faz uma oração a Pedro e Paulo! Eles amam-te!”
É quase garantido que dos tais dez amigos, pelo menos oito vos mandam... à merda.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Hoje – “Amigos Maiores que o Pensamento”



Hoje, mais logo à noite, no Teatro Sá da Bandeira de Santarém, o Pedro Barroso, o Manuel Pires da Rocha (Brigada Víctor Jara), o Rui Pato (grande acompanhador e companheiro do Zeca), o Paulo Sucena, o Paulo Vaz de Carvalho, Rubro... e até eu, vamos estar no palco, cometendo poesia, memórias e canções.
Temos uma boa desculpa: o acto é dedicado ao Adriano, ao Zeca... e a Abril.
Se estiverem pelas redondezas, não se fiquem. Saiam de casa. Apareçam por lá e cantem connosco!
Até mais logo!

RTP – Procura-se o serviço público... também na gestão!


A televisão pública paga a algumas das suas “estrelas” salários que, nalguns casos, são obscenos... mas parece que a coisa tem que ver com as cotações dos ditos no “mercado artístico/jornalístico”... e eu, dessas coisas dos mercados, ainda por cima dos artísticos, percebo ainda menos que da poda das sequoias gigantes em período de acasalamento com as palmeiras.
Seja como for, o caso de hoje não é sobre os “artistas e jornalistas” vedetas da casa. Trata-se de uma estorieta patética, a propósito dos vencimentos dos gestores públicos que dão conta da administração da casa.
Depois do anúncio feito pelo governo, sobre a proibição de se pagar a gestores públicos ordenados superiores ao do primeiro-ministro, os espertalhaços da administração da RTP, seguros de que a coisa anunciada deve ter buracos e atalhos suficientes para fazer passar todos os amigalhaços do “arco da velha”, perdão... “da governabilidade”, tiveram o supremo descaramento de, publicamente, requerer a excepção dos cortes, para os seus casos particulares.
Anda bem a Comissão de Trabalhadores da RTP, ao chamar a atenção para a grande vergonha que tudo isto é.
Eu até nem tenho a mania das teorias da conspiração... mas rais ma parta se, de vez em quando, não parece que nas empresas públicas que estão na mira da cobiça dos privados, os gestores “públicos” não me parecem nada interessados na boa gestão das empresas, mas antes em fornecer argumentos para comentadores do Correio da Manhã, analistas de tasca, um ou outro taxista e reaccionários em geral, desatarem na vozearia costumeira:
“Chulos! Privatizem mas é aquilo tudo! Pra que é que faz falta um canal público se a SPORT TV é "munta" melhor?! Nós é que estamos a pagar a estes chupistas!!!”
E lá fica toda uma classe profissional e um serviço público postos em causa, por conta de meia dúzia de canalhas que, acreditasse eu nas tais teorias da conspiração... diria que o fazem de propósito.
Devo confessar muito baixinho, que no caso da RTP, vendo a "qualidade" de muita da sua programação, o "carinho" diário com os nossos artistas (sobretudo aqueles que visivelmente não servem para fazer de tolos em programas da manhã ou da tarde enquanto os apresentadores dançam), a "pluralidade" de ideias expressas abertamente ou nas entrelinhas... tudo somado e ponderado... não me sobra muito espaço, argumentos ou sequer vontade para a defender dos ataques de que é alvo, movidos pela concorrência e pelos inimigos de tudo o que é público.
É uma pena!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Governo Passos/Portas – Quase tudo bons cristãos...


Se não for travado, este bando de delinquentes que está no poder só se dará por satisfeito quando os seus donos se derem por satisfeitos. Esses, já sabemos, não descansarão enquanto não lhes for permitido despedir um trabalhador da manhã para a tarde e sem direito a qualquer causa que o justifique, ou indemnização.
Esta nova agressão é, obviamente, «inaceitável», mas, por enquanto, a única coisa que os está a atrasar um pouco, é a “feroz oposição” da UGT, dada a profunda sonolência que provoca no governo.
Gostaria de continuar este texto com análises profundas sobre os perfis destes nossos governantes, assim, sei lá... que são uns bandalhos, mentirosos, crápulas, ladrões, lacaios, dromedários, parasitas, vigaristas, porcos, filhos de cabazes de ameixas podres... mas, em vez disso, apetece-me terminar com uma nota de optimismo:
Fiquemos descansados! Estes senhores e senhoras, chamemos-lhes assim, estão cuidando, afinal, de que haja ricos cada vez mais ricos... e isso é muito bom, pois eles poderão dar cada vez melhores esmolas aos cada vez mais pobres.
Ora, sabemos muito bem que, ao contrário do que clamam os comunistas, o direito a pedir esmola é um dos mais bonitos “direitos humanos”... pelo menos segundo a “santa madre” Igreja Católica.
Em quem vamos acreditar? Nos comunistas... ou na dita “santa madre” que, entre muitas outras coisas igualmente fantásticas, vem parindo, há séculos, belos governantes como estes?

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Juan Carlos – As “desculpas” do Rei


Eu, que estou para aqui, longe e sem os óculos... não chego a destrinçar a que diabo se refere este (esfarrapado) pedido de desculpas do Rei de Espanha:
Se ao facto de se ter envolvido nesta estorieta dispendiosa... mas miserável, ou se a algum dos tiros nos pobres dos elefantes, que não lhe terá saído tão bem quanto queria...

UE – União Empresarial?


Por mais que, em princípio, simpatize com a medida adoptada pela Presidente Cristina Kirchner, não possuo “ferramentas” que me permitam fazer uma análise séria ao que se está a passar entre o governo da Argentina e a petrolífera Repsol. Nem quanto à justeza, nem à legalidade, nem à oportunidade e utilidade real da nacionalização, nem ao que realmente possa estar por detrás do caso. Ainda assim...
Mesmo que a chamada União Europeia já nos tenha habituado à ideia de que os seus dirigentes e burocratas (quase) só levantam os nutridos rabos das cadeiras para arranjar dinheiro para os bancos (ou para si próprios)... ainda assim, o que se está a passar com relação a este episódio é nojento!
Nojento é mesmo uma palavra suave para classificar uma UE que, ao mesmo tempo que assiste, quase impassível, ao massacre dos trabalhadores de vários dos países que a integram... está numa agitação assinalável, reagindo mesmo violentamente à “agressão” do governo argentino... a uma gigantesca empresa privada espanhola.
Pena... que os simples trabalhadores contribuintes não sejam defendidos com esta garra! Pena... que os cidadãos não possam, a título individual, “desariscar-se” desta tremenda e descarada vigarice que é a chamada União Europeia!

terça-feira, 17 de abril de 2012

O Mexia é “munta” bom, carago!



Título de um jornal :
É em singelos pormenores como este que se pode ver a estirpe de um gestor de primeira água, como António Mexia, que “merece” indiscutivelmente todos os milhões que ganha, sacados directamente das nossas carteiras.
Realmente... para que diabo servem os outros gestores que andam para aí...  e que vêm para os jornais dizer que querem que as suas assembleias gerais corram mal? Nunca vi... mas deve haver.
Vivam os “mexias”... e haja sangue para alimentar tantos vampiros!

Pouca vergonha e roubo – A todo o gás!


Certamente com o objectivo de pavimentar o caminho para a chegada da total liberalização dos preços dos combustíveis, com a extinção das tarifas reguladas, o que deixará os consumidores, inexoravelmente, nas mãos dos mercados (conhecido eufemismo para quem não quer dizer ladrões), a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) anunciou, já para Julho, um aumento do preço do gás natural, a rondar os 7%.
Ainda me pareceu que fosse, mais uma vez, o “número do polícia mau/polícia bom”, com o governo a vir rapidamente dizer que “não senhor, que se trata apenas de um estudo, de uma recomendação...e que o aumento vai ser apenas de 5%”... mas parece que não. A coisa é mesmo para ser 7%, e tudo indica que não ficará por aqui, a muito curto prazo.
Desta vez, para “compensar”, Álvaro Pereira, o lacaio dos mercados que, tal como o resto do governo, ficará na História, não tanto pelo que fez, mas pela pouca vergonha com que o fez... veio prometer que vai fazer umas coisas para garantir uma maior concorrência. Insolentemente, tentando fazer de nós parvos, diz que isso baixará os preços.
É o conhecido milagre português da concorrência que baixa os preços! A velha mentira da "autoregulação dos mercados". Tal como vemos nas diversas gasolineiras, que (em cartel) nos fazem pagar uma das gasolinas mais caras do mundo... e agora o gás natural... e adiante, tudo mais aquilo que lhes puder saciar a cegueira pelo lucro a qualquer preço, doa a quem doer.
Decididamente, somos governados por grandes bandidos, que mandam como querem nos pequenos bandidos que colocaram "à frente" do governo.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

António Barreto – Pobre desgraçado! *


Pingo Doce. PingodoçePingodou-se... e de que maneira! Mais um "ilustre" que se “pingodou” ao comprido.
O dono do Pingo Doce, o demagogo, aproveitador e aldrabão hiper-merceeiro Soares dos Santos, até deve pagar-lhes bem. Dá-lhes cargos com nomes vistosos na sua Fundação. Eles incham de importância... mas depois, inexoravelmente, lá vem a factura a pagar: todos têm que dar a cara, promovendo as mercearias do patrão.
Agora tocou a vez a essa espécie de protozoário que aqui aparece com um ar bovinamente maroto e saca-rolhas na mão... António Barreto.
Eu, maldosamente, devia ficar feliz por ver o bandalho (que para uns ficará na História como sociólogo, mas para outros, como simples criminoso) fazer esta triste e infeliz figura, baloiçando ao sabor do ar condicionado, pendurado em grandes cartazes, por entre hortaliças, papel higiénico e detergentes... mas não consigo. O asco sobrepõe-se!
* Não! Desta vez também não tive que “mexer” na imagem. É mesmo assim!

domingo, 15 de abril de 2012

Ana Belén e Serrat



Se Joan Manuel Serrat tivesse escrito apenas uma canção em toda a vida – e como nós sabemos que isso não é verdade! – esta de hoje bastaria para lhe garantir um lugar entre os grandes autores e intérpretes. “Mediterrâneo”, chama-se a pérola.
Jogando pelo seguro, não fosse alguém não apreciar devidamente o momento... Serrat faz-se aqui acompanhar pela bela Ana Belém, qua também já por cá cantou.
Grande dupla! Grande cantiga!
Bom domingo!
“Mediterrâneo” – Ana Belén e J. Manuel Serrat
(Joan Manuel Serrat)



sábado, 14 de abril de 2012

Passos Coelho inovador


O sinistro Coelho (o dos Passos) acaba de contribuir com uma “inovação” que, a ter a patente devidamente registada, pode vir a fazer dele um homem muito rico: a «Restituição Intensa» dos subsídios de férias e de natal... lá para algures... num futuro que a ver vamos...
Grande ideia! Grande conceito!
Ah!... Como eu gostaria de poder “restituir”, e também de uma forma “intensa”, tudo aquilo que Passos Coelho e o seu bando de malfeitores nos têm dado!
De preferência, bem em cheio na... mas politicamente, claro!!!

Hoje não há post!


Passei toda a sexta-feira e cheguei a esta hora sem a menor condição para escrever sobre o que quer que seja... tal o estado de estupefacção, direi mesmo, quase estupor, provocado pela tremenda surpresa de várias das notícias que foram sendo divulgadas nas últimas horas. É que não estava mesmo, mesmo nada à espera!!!
Surpresa número 1 (violenta):
Seguro votou a favor daquela coisa sobre que tinha muitas objecções...
Surpresa número 2:
Apesar de o colectivo de juízes dar como provado o essencial da acusação (???), ao fim de uma extenuante investigação de sete anos... todos os arguidos foram absolvidos no caso “Portucale”.
Surpresa número 3:
Houve um golpe militar na Guiné!!!
Como se pode ficar senão sem palavras, ante tal catadupa de surpresas?!

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Ensino - Somos governados por "génios"!


O ministro da caridade do CDS, o santarrão hipócrita Pedro Mota Soares da lambreta, já tinha descoberto a pólvora. Para “aumentar” o número de vagas nos lares de idosos, deu indicações para que se transformem quartos individuais em camaratas e... Tchanam!!! Aparecem, por milagre, 10.000 “novas” vagas.
O genial Crato da “educação” segue-lhe as pisadas. Repetindo o truque do ano passado, o MEC resolveu, mais uma vez, aumentar o número de alunos por turma e... Tchanam!!! Já não são necessários tantos professores, digo eu...
Como não vislumbro em que é que transformar as turmas em turbas pode contribuir para a elevação da qualidade do ensino, na melhor das hipóteses os nossos geniais governantes querem é ver-nos bem “aconchegados” (*)...
Volto a lembrar uma “sugestão” que já antes aqui fiz. Porque diabo não vão dar as aulas para os estádios de futebol?! Um só "professor" e um bom sistema de som, dá para milhares de cobaias, perdão, de alunos. Aí sim, poupam-se milhões nos ordenados desses grandes chatarrões dos professores.
Com umas boas músicas para os intervalos... seria mais uma bela “festa” para acrescentar à lista da tresloucada Marilú.

* Montagem da minha lavra, com recurso a uma fotografia de Spencer Tunick e uma lata de conserva... de autor desconhecido.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Ministro da “Saúde” – A realidade é uma coisa tramada!




O ministro do negócio da saúde, o Sr. Paulo Macedo, fez como costumam fazer os da sua laia: para justificar o injustificável e tentar esconder os interesses que estarão por detrás deste anunciado encerramento da Maternidade Alfredo da Costa, inventou “argumentos e razões”. Que é um luxo desnecessário, que está a mais, que o número de partos caiu para metade, etc., e tal...
Compreende-se o afã do Sr. Paulo Macedo em agradar aos seus ex-patrões e, previsivelmente, futuros patrões, assim que,  enquanto ministro, acabar a sua “comissão” ao serviço da troika e dos mercados... mas, infelizmente para ele, a realidade, pela boca de quem realmente sabe do que está a falar, veio desmenti-lo de uma forma humilhante.
Fica uma dúvida no ar: um governante que sobre um assunto de Saúde Pública mente tão completamente, é ignorante, é estúpido... ou é apenas mais um aldrabão acanalhado?

José António Saraiva - A ciência é uma coisa fantástica!


(José António Saraiva, in “Sol”)
Não se pode deixar de ficar esmagado perante o brilho literário e, sobretudo, o rigor científico deste verdadeiro tratado de “sexo-antropologia”, em boa hora parido pelas meninges do genial director do “Sol”.
Não consegui uma fotografia que testemunhasse este bonito momento de descoberta vivido por José António Saraiva, dentro do elevador... nem sequer uma que mostrasse o modo de poisar os pés no chão. Daí ter-me ficado pela pesquisa do "cruzar de mãos e ligeira inclinação da cabeça".
Não faltavam exemplos por onde escolher. Na verdade, acabei por utilizar a primeira fotografia que veio à mão.
A “ciência” é uma coisa fantástica!!! Parafraseando Einstein, é quase tão infinita quanto a estupidez!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Maria de Lurdes Rodrigues – Uma festa!




Incauto, como tantas vezes, faço um “zapping” na televisão e dou de caras com a saudosa Marilú, falando com uns deputados na Assembleia da República. No preciso momento em que a imagem ficou com som, desata ela: «Não houve derrapagem! Não houve derrapagem! Não houve derrapagem! Não houve derrapagem!»
Contei, pelos menos quatro repetições... como ainda sou do tempo dos discos de vinil, pensei logo de mim para “comim”:
Então não querem lá ver que o Sócrates, cheio de boas intenções, emprestou a Marilu aos americanos... e eles devolveram-na com uma faixa toda riscada?!
Mas não. A senhora estava a repetir-se de propósito. Depois falou de uns candeeiros do Siza, defendeu o indefensável... e, pelo menos até onde consegui ouvir, aquilo foi... como hei-de chamar-lhe? Uma festa! E dava para ver que foi uma festa daquelas bem “regadas”... não pela “alegria” da cara da senhora ex-ministra da educação (tarrenego!), mas pelo teor do seu obcecado arrazoado...
Uma bela de uma "ganda" festa! Aliás, o que é que, nos tempos que correm, não é uma festa?