Nota prévia: Defendo que os actos de violência, física, verbal, ou de qualquer outro tipo, praticados contra profissionais da saúde, devem ser punidos exemplarmente e em tempo útil, sendo apenas de relevar aqueles cometidos sem a total consciência dos autores. Ou em que existam factores atenuantes muito fortes.
E assim passamos ao extraordinário protagonista do post de hoje.
O imbecil acha que a violência dos adeptos da bola, nos estádios, é comparável às agressões de que são vítimas as mulheres e os homens que prestam cuidados de saúde.
O bandalho acha, portanto, que um velho cheio de dores que, depois de várias horas sem ser atendido numa urgência, perde as estribeiras e agride um enfermeiro que vai a passar... é igual ao jovem e abrutalhado latagão de cabeça rapada e pose nazi, que vai para o estádio com o fim confesso de agredir todo e qualquer “adversário” que encontre no seu caminho.
A besta defende que, da mesma maneira que os vândalos dos estádios acabam banidos dos espectáculos “desportivos”, os doentes que por qualquer razão (ainda que injustificável) agridam um médico ou enfermeiro, devem ser afastados dos centros de saúde e hospitais. Banidos do Serviço Nacional de Saúde.
O canalha acha que um “utente” agressor deve ser, portanto, condenado à morte por falta de assistência.
Ah... falta dizer que o estúpido em causa se chama Jorge Roque da Cunha e chegou a Secretário Geral do Sindicato Independente dos Médicos... o que quer dizer que a cavalgadura conseguiu empinar um curso de medicina... mas nenhuma das cadeiras o conseguiu transformar num ser humano decente.
Quer dizer também que este país é um país de grandes oportunidades... até para trogloditas desta estirpe.
O que é uma verdadeira desgraça é que as tais grandes oportunidades são, vezes demais, para trogloditas desta estirpe.