«Não distinguir os inimigos sempre foi Fatal, apreciações à parte os camaradas quando se unem com a direita Gozam que se Fartam, é fartar vilanagem, tudo quanto sirva para derrubar o PS é bom. Já lá vão quase 40 anos e os camaradas ainda não deram pela QUEDA DO MURO. Vão ganhar as próximas eleições. Como sempre aliás».
Retirados uns acidentais erros de digitação, é este o teor de um comentário deixado no post que, em tom de simples brincadeira, aqui escrevi sobre o valoroso ataque ao poder “a la António Vitorino”, protagonizado por António Costa, escrito por um militante ou simpatizante do Partido Socialista, que se identificou como Miguel Lopes.
Constatamos assim que o Miguel Lopes, depois de ter engolido a cassete com a lengalenga da culpa do PCP na queda do demissionário Sócrates... ainda não conseguiu regurgitá-la... apesar do ridículo da música e da letra da cantiga.
Segundo o nosso comentador (mais picardia, menos picardia), o PCP escolheu o PS como “inimigo” principal... "aliou-se à direita"... e o resultado é o que se vê!
Portanto, se bem entendo, que fique para a História que foram os comunistas, e não Mário Soares (e o PS), quem conspirou com a CIA e Carlucci para a derrota da Revolução de Abril.
Que foram os comunistas e não Mário Soares (e o PS), quem conspirou com os sectores mais retrógrados e fascistas da Igreja Católica, com o apoio operacional de organizações terroristas e bombistas de extrema direita, para assaltar sindicatos identificados com os comunistas... e Centros de Trabalho do próprio PCP.
Que foram os comunistas e não o PS que, a nível governamental, fizeram alianças repetidas ao longo de décadas... mas sempre e só com o PPD-PSD e o CDS.
Finalmente... que foram os comunistas e não o PS, quem assinou famoso memorando com a troika.
Temos que admitir que para ter uma tal visão da História... é preciso ter uma “extraordinária visão”!
Agora a sério... resta uma singela pergunta dirigida a todos os “Migueis Lopes” desta vida:
Se, então, o PS não é “o inimigo”, e eu não digo que o seja, pelo menos nesses termos... quando é que , exceptuando honrosos casos pontuais e de natureza local... alguma vez foi o amigo?