terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Vamos?

 





Para o nosso barco deslizar

até ao infinito

basta uma brisa leve.

Que dizes?

Abrimos a janela?


©samuel  2021


quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

As armas harpas que são precisas




“Quem poderá proibir estas letras de chuva
que gota a gota escrevem nas vidraças
pátria viúva
a dor que passas?”

@manuel.alegre 1967, in “O canto e as armas” 

sábado, 19 de dezembro de 2020

O SOM DO SILÊNCIO

 



Apesar de muita música que já se vai tocando por aí, em concertos caríssimos, quase sempre com os mesmos “famosos” e que, de um só vez, arrasam a possibilidade da existência de centenas de projectos artísticos de pequena dimensão mas com infinitamente mais interesse cultural, arrastando igualmente no tombo quem vive desse trabalho (sim, estou a ter a ousadia de insinuar que sou um destes)… a nossa música, pelo menos a que pratico e de que gosto, começa a deixar-se contagiar pelo nosso cansaço acumulado… e vai-se instalando um mortal silêncio

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

John Lennon (1940-1980)

 



Li algures um comentário de um jornalista (presumo), que ao receber na redacção do velho “DL” a notícia do assassinato de John Lennon, terá comentado:
- Pensava que os artistas só morriam em acidentes, ou vítimas da droga.
Na verdade foi precisamente isso que aconteceu. Lennon foi vítima de um tenebroso acidente provocado pela “droga dura” da fama e da glória. Não aquela de que justamente gozava, fruto do seu imenso talento e do amor de milhões de admiradores… mas a que o medíocre ser humano e assassino Mark Chapman procurava.
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(Ilustração: Shin Kwang Ho)

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

TRAJECTOS

 



Miúdos de Lisboa, numa fotografia de Alfredo Cunha, nos idos de 1975.
Que será feito destes rapazes? Não me é possível saber.
Ainda assim, é possível imaginar que se algum engraçou com o símbolo e se inscreveu no MRPP… e claro, se tinha o “papá” certo, como muitos dos que por lá andavam, hoje poderá estar na administração de um qualquer banco, como o mais famoso e “durão” de entre eles, que está no gigantesco “Goldman Sachs”, poderá ser dirigente, ou ter já sido ministro pelo PPD-PSD, ou pelo PS… caso fosse rapariga, poderia mesmo estar a pensar candidatar-se às próximas presidenciais.
Vou fazer figas pelo melhor e pensar que se tornaram apenas gente boa!

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

O GADANHEIRO

 



Sempre houve, fosse nos anos 40 do século vinte, ou mais tarde, quem chegasse ao Alentejo e pensasse:
- Olha que lugar patusco para ter uma casita onde vir passar uns fins de semana a emborcar uns tintos e enfardar migas de espargos com secretos de porco preto… a gozar com o sotaque dos indígenas e a fazer de conta que gosto de ouvir o cante alentejano!
Felizmente, também foi sempre havendo gente que chegava ao Alentejo e via o que, realmente, lá estava.
Como o lisboeta Júlio Pomar, que viu este “Gadanheiro” numa qualquer daquelas “alucinações” de ar quente a bailar sobre as searas e o fixou no cérebro até poder passá-lo para uma tela… onde visivelmente só muito a custo conseguiu que ele “coubesse”.

(“O gadanheiro” - Júlio Pomar, 1945)

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

A CRISE DAS PESCAS - UMA REFLEXÃO

 





Ainda há bem pouco tempo isto estava “assim” de belos peixinhos a nadar…

Não consigo entender o que aconteceu… mas é muito triste!