sábado, 15 de março de 2008

Não vale a pena...





A historiadora Maria Filomena Mónica, que por vezes ouço com interesse, outras adopta um ar enfastiado que torna a audição um pouco suporífera, concedeu uma entrevista ao Diário Económico, onde entre umas para cá e outras para lá, mais uns elogios às medidas da Ministra da Educação (que pena os métodos e tal...) saíu-se com esta pérola, "Se a ministra sair, virá uma igual ou pior", portanto, interpreto eu, mais vale não fazer nada, até porque a única sugestão concreta que a académica nos dá para resolver os problemas é... emigrar.

No monte de um amigo, no Alentejo, que frequentava há uns tempos, "trabalhou" durante algumas semanas um projecto de caseiro que entre várias tolices, calanzices e outras qualidades, um dia achou que a melhor justificação para não ter cortado umas ervas à frente das casas, como lhe tinham pedido, era o facto de "elas voltarem a crescer..."
É de toda a justiça acrescentar que o rapaz tinha uma excelente desculpa. Bastava olhar para ele e ouvi-lo falar durante uns minutos, para ver que era possuidor de uma vasta ignorância, o que compensava sendo bastante estúpido. 
Não sendo de todo esse o caso de Maria Filomena Mónica, qual será a sua desculpa?

13 comentários:

Maria disse...

O teu post é acutilante, sibilino mesmo.
Não gosto da ministra. Gosto ainda menos da Maria Filomena Mónica. Tem a mania que é gente fina, de esquerda etc. e tal.....
Oiço-a ou leio-a às vezes, mas cada vez menos...
Não gosto de gente "pedante".....

Abreijos

amigona avó e a neta princesa disse...

Ai Samuel que eu tenho leitura atrasada! Fui pela tua mão àquela tal -a namorada do outro - e até estou mal disposta!!! Acho até que o meu dia não vai correr muito bem!!!

Abreijos...

amigona avó e a neta princesa disse...

Se a "tal" vê a tua marca - "abreijos" - ainda faz um post a desancar-te!!! Não sabes falar como deve ser?!!!! (ou será que fica com inveja?)...

Anónimo disse...

Já viste? Não sou só eu a queixar-me... e a agradecer-te... pelas "sugestões" que nos fazes para visitas.
Quanto ao caso desta "madama", para além de te cumprimentar pela acutilância, ironia, pontaria e etc. e tal, não sei porquê, quando a ouvejo e a outras/os parceiras/os lembro-me de uma conversa antiga com um padre (vejam lá...) que dizia que se há coisa que deus distribuiu bem foi a inteligência e a estupidez, embora alguns se julguem possuidores da inteligência toda de todos (e, obviamente, também da estupidez toda de todos).
E salta-me cada vez mais o substantivo "snobeira"... e algum vernáculo.
Um abraço grato

Rui Rebelo Gamboa disse...

Se calhar ela est� � a fazer-se ao lugar de pr�xima Ministra da Educa�o.

Justine disse...

Ela é uma bela loura, não sei se isto tem alguma coisa a ver...
Bom fim de semana, e porque hoje é sábado, amplósculos!

Jorge P. Guedes disse...

"Devo dizer que a ministra fez coisas boas: destaco a abertura das escolas das 9 da manhã às 5 da tarde, o encerramento das escolas pequenas e a tentativa de, em vez de um conselho directivo, as escolas passarem a ter um director. O que estragou tudo foi o esquema de avaliação que propôs. Avaliar professores é diferente de emitir juízos sobre empregados de empresa, funcionários públicos ou gestores de topo. Nestes casos, há objectivos definidos – vender sapatos, endereçar sobrescritos ou aumentar os lucros – o que não se passa no caso das escolas. É fácil conferir se os docentes faltam, se chegam atrasados ou se corrigem os testes. O mesmo se não pode dizer da capacidade para ensinar, que as faculdades de Ciência da Educação – uma das pragas dos tempos modernos – são supostas transmitir. Aqui, a cabecinha tecnocrática da ministra levou-a ao abismo.

O ensino tal como o conhecemos é inviável?
Nada é inviável: se fosse esse o caso, Portugal há muito que teria deixado de existir. Claro que tenho pena do caos que se vive na Educação, até porque, sendo de esquerda, me preocupam o destino dos filhos dos pobres e a forma como a escola impede os melhores de subir na vida.

O que falha na relação do Estado com os professores?
Muita coisa: da forma como se abriram, em 1974, as portas do ensino superior, sem o número de professores para ensinar os alunos que foram entrando, à maneira como os docentes são colocados nas escolas forçando-os a uma itinerância que destrói a sua vida pessoal, os desmotiva e impede a sua ligação aos alunos.

Quais as soluções para contornar a situação?
Não posso responder numa linha, nem sequer numa página.

A ministra tem condições para se manter no cargo?
O assunto interessa-me pouco: se ela sair, virá um ministro igual."

Samuel, foi neste contexto que a frase surgiu. No que se pode também ler, há muita verdade na minha opinião.

Claro que discordo da primeira parte que aqui respingo da entrevista.(até "...director").

Da Filomena Mónica não tenho má ideia, embora como pessoa se pareça com uma "tia" que gosta de dizer coisas modernaças.
Mas recordo-me da luta acesa que manteve na sua coluna de jornal contra uma das coisas mais estúpidas que o ministério da educação quis impingir-nos - a tristemente famosa TLEBS(Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário), que felizmente foi deixada cair, após muitos professores pressurosos a acenar com a cabeça à Srªa Ministra terem ido a correr fazer do seu bolso acções de formação sobre aquele aborto linguístico.

Um abraço.
Jorge G.

samuel disse...

Jorge G.

Por isso é que eu disse que muitas vezes a ouço com agrado, só que a snobeira enfastiada... o "beliscão" foi na snobeira. Claro que em snobeira enfastiada o Vasco Pulido Valente está a quilómetros dela, com um discurso de direita enquanto que ela "é de esquerda".
Resumindo, foi um post sobre snobeira.

Abraço.

Vegana da Serra disse...

Não gosto nada dessa mulher. Acha-se claramente muito melhor que os restantes mortais, e às vezes diz cada estupidez...

avelaneiraflorida disse...

Gostei da resposta do amigo alentejano!!!!
Breijkas!!!

Mar Arável disse...

Texto bem trbalhado

Quanto à senhora falta-lhe

comer relva.

Admito que esteja farta de palha

Gasolina disse...

Que desilusão...

Anónimo disse...

Maria Filomena Mónica tem um trabalho interessante sobre a escola, « o ensino primário no Portugal de Salazar», o resto são «livrescos«, dizem , comecei a ler o Eça e desisti, nesse aspecto interessa-me mais o que sobre ele escreveu e continua a escrever Carlos Reis.... quanto à snobice ou snobeira da senhora, penso que ela gosta de ser reconhecida assim...
Deixemo-la com o Fontes e a Regeneração....
JRM