sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Niemeyer e Brubeck – A festa da liberdade


A ausência de casa fez-me recorrer à possibilidade de programar as publicações do blogue. Fiquei assim impossibilitado de fazer a readaptação dos textos à negra realidade de também estarmos a despedir-nos do enorme arquitecto brasileiro e comunista, Óscar Niemeyer.
Vida cheia! 104 anos de génio criador! Como toda a gente já conhece os seus mundialmente famosos projetos de Brasília, escolho duas imagens de entre as suas várias obras “francesas”, do tempo em que a estupidez criminosa da ditadura brasileira o obrigou a refugiar-se em Paris. Trata-se da sede do Partido Comunista Francês e, abaixo, da sede desenhada para o jornal comunista “L’Humanité”.
Quem conhece as imagens das fantásticas fantasias de betão de Niemeyer, imagina a intensidade do “swing” e do “samba” da mão que segurava o lápis e pressente a liberdade revolucionária do cérebro que a comandava... razão pela qual junto a esta pequena homenagem o nome de outro grande artista agora desaparecido, o pianista e compositor de jazz Dave Brubeck, cujo “balanço” exibia, libertário e criativo, a ausência total de “ângulos rectos e linhas rígidas”, antes a sugestão das linhas da Natureza e as “curvas da mulher preferida”... que Óscar Niemeyer tinha como credo.

Depois, lá bem ao fundo... e como acho que por estas horas já toda a gente reouviu o famoso "Take five" tocado pelo Dave Brubeck e o seu quarteto, deixo-vos a versão da Brittni Paiva (ai estes emigrantes portugueses!!!). A jovem tocadora de "ukelele" oriunda do Hawaii, "inventa" aqui uma versão que muito divertiria tanto o Niemeyer, quanto o próprio Brubeck, estou certo.
Até sempre!
"Take five" - Brittni Paiva
(Paul Desmond)




1 comentário:

Agostinho Cruz disse...

Samuel
tragam esta cigarra Paiva à Festa do Avante, (porventura uma grande calinada, desculpe) MAGNIFICO

Quanto ao resto: "A linha curva é a mais bela distância entre dois pontos". Niemeyer

Bom fin de semana.

A.Cruz