segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Pela paz que nos recusam muito temos que lutar!


(Pablo Picasso - Pomba - 1949)

Como disse no post anterior, no sábado passado estive na Casa do Alentejo. Fui convidado pelo CPPC (Concelho Português para a Paz e Cooperação) a participar num despretensioso momento cultural, no final do jantar de convívio que se seguiu ao encontro que decorreu durante a tarde, o simpósio “Contra a Guerra – 60 anos de luta pela paz”. Vieram delegações de vários países da Europa. Todos trouxeram as suas experiências e histórias das lutas por uma paz autêntica e duradoura, travadas nos últimos sessenta anos.

Antes da realização do encontro, os anúncios ao mesmo que me foi possível encontrar na “net”, resumem-se a uma notícia no “Avante!” e outra referência num jornal que apenas existe em formato “virtual”. Agora, depois do acontecimento que encheu o grande salão da Casa do Alentejo e numa iniciativa que já antevia perfeitamente inútil, voltei ao “Google” em busca de notícias... Zero!!! (sairá novamente no “Avante!”...)

A Paz não é apenas a ausência de guerra. Se, aparentemente, estivemos ali em paz, denunciando livremente as manobras bélicas da Nato, EUA, etc., etc., a verdade é que estivemos debaixo do ataque cerrado e implacável dos seus lacaios, os órgão de comunicação social do "dono", que mais uma vez atingiram a causa da Paz com algumas das suas armas mais mortíferas: o boicote, o silenciamento...

...o que me leva de volta ao título deste desabafo, um excerto da grande cantiga “Eh companheiro!”, com música do José Mário Branco e letra do Sérgio Godinho:

“Não confundas duas coisas
cada paz em seu lugar
pela paz que nos recusam
muito temos de lutar.”

(In “Margem de certa maneira” – José Mário Branco)

15 comentários:

Maria disse...

É tempo de voltar a pegar nessas cantigas que têm mais de 30 anos. É tempo de alertar os jovens. É tempo de fazer mais iniciativas, descentralizadas, sobre os caminhos da Paz. Para que não haja mais guerra, que se adivinha. É tempo de...

Abreijos.

Maria disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Maria disse...

Desculpa, mas em duplicado só o Saramago... :)

Anónimo disse...

CPPC, organização satelite, de um pseudo movimento pela paz , criado pela ex União Soviética, que se estendeu por todo o Mundo , sempre controlada pelos Partidos Comunistas locais.

A paz é um assunto demasiado importante, para servir só, para estratégias partidárias.

O CPPC sendo uma mera correia de transmissão do PCP e dos ditos "compagnons de route", não tem por isso a relevãncia que um verdadeiro movimento pela pela PAZ teria....

Graciete Rietsch disse...

Muito me admiraria se o PCP não estivesse ligado a um movimento pela verdadeira Paz. Isso sim seria de estranhar.
Beijos.

António disse...

Viva a Paz! Viva o PCP!

Anónimo disse...

Coitado do «anónimo» de 1.2.2010, quer o movimento da paz todo só para «ele(s)»... (reflicto: tal discurso primário, falsificatório e anticomunista a quem interessa?)

Antuã disse...

Não há dúvida que os patrões da comunicação social promovem a guerra.

Anónimo disse...

Porque é que este dito movimento da PAZ , nunca denunciou a invasão soviética do Afeganistão ?

Porque é que este dito movimento da PAZ, esteve totalmente silencioso , durante a invasão pelas tropas do Pacto de Varsóvia, da Checoslovaquia, durante a Chamada Primavera de Praga...

Porque nunca ninguem ouviu uma palavra , aos participantes neste dito movimento da Paz, a essa aberração que se chamou o Muro de Berlim...

A denuncia da Guerrra da Coreia, da Invasão do Vietname, das guerras fomentadas pelo imperialismo americano, não podem fazer esquecer, por razões partidárias, as atrocidades cometidas pela União Sovietica, e as guerras de rapina fomentadas por esta super-potência.

Esquecer isto, é fazer o jogo do imperialismo americano.

pintassilgo disse...

Agora aparecem por aqui revolucionários de café.

Anónimo disse...

Ó doutor («anónimo» de 1.2.2010) tenha calma olhe que ainda coloca o mundo e a história às avessas, trata-se, no entanto, de um esforço inglório, pois a realidade actual na Europa e na Ásia encarrega-se ela mesmo de demonstrar a tragédia que hoje vivem os seus povos.
Utilizar a linguagem do imperialismo norte-americano é fazer o jogo do imperialismo norte-americano, mas isto sabe você muito bem.
O que lhe doí é que muitos não desistem... e a luta pela paz continua.

samuel disse...

Maria:
“A la calle que ya es hora
de pessearnos a cuerpo
y decir que pués vivimos
anunciamos algo nuevo”

Maria duplicada:
☺ ☺ ☺

Anónimo:
Extraordinário!!! ☺ ☺ ☺ ☺ ☺ ☺

Graciete Rietsch:
Seria de estranhar... mas “enerva” muita gente.

António:
☺ ☺

Anónimo:
À NATO...

Antuã:
O negócio mais lucrativo que existe. Primeiro pelo lucro das armas, depois pelas “reconstruções”...

Anónimo (17:45):
O amigo anda mesmo a ver demasiados filme de acção americanos... ☺ ☺

Pintassilgo:
Em compensação, o café faz bem.

Anónimo (18:56):
Continua! Enquanto for necessária... e infelizmente será, por muito tempo.



Saludos gerais!

duarte disse...

paz? pra quê?
e depois vêm queixar-se que o desemprego aumenta!!!
na minha opinião deviam retirar imediatamente a palavra do diccionário. paz: ausencia de guerra... isso existe?
e se calhar deviamos andar todos aos tabefes, praticar bondage, etc
pois mas o entendimento de um conceito só é pleno quando pode existir o seu antagónico...
tal como o equilibrio de forças , só beneficia a vida.
a luta dos opostos, é e será sempre o recomeço.
paz do vale.

Fernando Samuel disse...

Muito temos de lutar, de facto - e contra muitos, também...

Um abraço.

samuel disse...

Duarte:
“pois mas o entendimento de um conceito só é pleno quando pode existir o seu antagónico...”

Pois… mas quando se chegar lá, poder-se-á debater conceitos antagónicos, lealmente, em paz.

Fernando Samuel:
Por vezes parecem demais…


Abraços!