quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Presidenciais 2011 e Francisco Lopes - O "desconhecido" que ganhou os debates



Faltando apenas o confronto entre Alegre e Cavaco, que certamente em nada vai mudar a impressão com que ficarei destes debates presidenciais, dou esta fase por encerrada. O meu candidato teve uma participação claramente positiva.
Colocado em situação de igualdade perante os restantes candidatos, pelo menos aqueles que tiveram acesso a este debates (mas isso é outra discussão!), Francisco Lopes, para além de ser o único portador de uma mensagem de mudança e ruptura com esta política de declínio nacional e assalto ao país, foi aquele que em todos os momentos se manteve claro, coerente, firme.
Agora, entrando Janeiro e até dia 23, tudo voltará ao "normal". Os meios de comunicação, maioritariamente nas mãos exatamente daqueles contra quem se candidata Francisco Lopes, voltarão aos seus prodigiosos “critérios jornalísticos” que os levarão, na maior parte das vezes, a considerá-lo “invisível”, a encontrar apenas idosos nas suas ações de campanha e, no caso de falarem com ele, apenas lhe perguntarem o que tem a dizer sobre esta ou aquela declaração de Cavaco Silva, esta ou aquela peripécia de caça ou pesca de Manuel Alegre, isto na China, aquilo na Coreia do Norte, aqueloutro em Cuba...
Agora está nas nossas mãos! Nós é que seremos os canais de televisão, de rádio, os jornais, as vozes sem patrão nem mordaça. Agora já ninguém pode dizer que não sabe quem é Francisco Lopes, que nunca ouviu falar dele, ou que não está a par de nenhuma das suas propostas, sem ser obrigado a admitir que isso só acontece porque não fez nada por saber, ouvir, estar a par. Agora é a hora de aceitar mais do mesmo, ou de exigir mudança
Lembro-me de uma das primeiras conversas com um amigo, quando se soube da decisão do PCP de apresentar uma candidatura própria e de qual o candidato escolhido pelo colectivo; conversa fatalmente virada para os “argumentos” que logo se seguiram, produzidos por politólogos, analistas e comentadores diversos, mas unidos em chavões comuns a todos: que Francisco Lopes era um desconhecido, que não tinha envergadura para a tarefa, que não se entendia a escolha do PCP. Lá fui dizendo o que podia... nomeadamente, que a maior parte das coisas que não entendemos e parecem não fazer sentido, se as vemos de fora, ganham significado e coerência, assim que as conhecemos por dentro.
Claro que nessa altura não tinha quase nada para me ajudar a explicar esta ideia. Nem esta bela fotografia... nem os brilhantes debates televisivos de Francisco Lopes.

11 comentários:

Maria disse...

Brilhantes! É esta a palavra, rigorosa. O nosso Candidato ganhou claramente nos debates televisivos. Vamos pôr 'as mãos na massa' para que os resultados eleitorais sejam significativos.

Abreijos.

Graciete Rietsch disse...

Francisco Lopes ganhou claramente os debates. Espero que a mensagem chegue a todos os portugueses explorados e maltratados. O voto é uma arma e está nas nossas mãos mudar o destino deste País.
Não se deixem manipular.
Votem Francisco Lopes.

Um beijo, Cantigueiro.

RC disse...

A verdade é esta; quem quer ser visto,apareça! Se o Francisco Lopes era um "desconhecido" como está escrito no post, está provado que já deixou de o ser. E é assim, aos poucos que vão surgindo as pessoas com ideias alternativas e é assim que as vamos conhecendo. Desejo-vos os maiores resultados.

do Zambujal disse...

Pois é.
Há que repeti-lo. Cada um a seu jeito ( ou falta dele).
Porque dos "outros" não se pode esperar que falem com lisura dos deates e do resto da campanha. Que ainda não começou mas já tratam dela como tendo terminado, fazendo perguntas sobre a sua pouca importância.

Um abraço amigo

José Costa disse...

Não tive oportunidade de ver nenhum dos debates com qualquer dos candidatos.
Fico contente quando me dizem que os operários, os trabalhadores, dão lições aos dôtores e engenhêros.
Pela parte que me toca, tenho chamado a atenção para aspectos menos visíveis da campanha eleitoral. Tal como o faço aqui neste texto publicado hoje no meu blogue "Abaixo o Presidente!", neste link:
http://abaixoopresidente.com/?p=9266

Manuel Norberto Baptista Forte disse...

Francisco Lopes, quando eleito Deputado Nacional pelo Distrito de Setúbal, nunca esqueceu quem o tinha eleito. Muitas vezes, calcorreou por essa estrada fora para constatar das realidades do dia a dia da população do Círculo pelo qual foi eleito. Pessoa metódica, e amante de saber ... ouvir os outros.
Hoje como candidadto à Presidência da República, não me está a espantar a sua prestação no seu continuado dia a dia; na prestação televisiva, vê-se que trabalhando em equipa (como gosta) está bem preparado. Temos candidato ...
Por tudo isto apelo sem dúvidas: votem FRANCISCO LOPES, no dia 23 de Janeiro de 2011.

Luis Nogueira disse...

Óptimo, Samuel. Estou, estamos muito contigo. Tudo isso, a preparação, a postura, o desempenho e o desassombro,^vem-lhe de ter razão e de saber que a ter. Vem de ter uma clara e limpa consciência. De nunca ter jurado em vão, como o Alegre. De ter as mãos limpas como as não têm nem o Cavaco nem o Nobre. Do Defensor de Chaves ou lá como se chama o homem, não posso dizer nada, ainda não percebi o que andava ali a fazer.

Luis Nogueira

José Rodrigues disse...

Agora é que recomeça o trabalho por portas de fábricas,escritórios,feiras e mercados há que andar da perna,ou,por outras palavras levar à prática a palavra de ordem da campanha de Francisco Lopes:«Transformar desânimos e resignações em esperança combativa»,para no dia 24 de Janeiro gritar bem alto...a luta continua, porque:Transportamos o sonho connosco/A justiça é a nossa canção/Passo a passo avançamos na luta/Pela paz,pelo trabalho,pelo pão.Venceremos!

Abraço

Fernando Samuel disse...

Foi a clara supremacia da lucidez, da coerência, da fidelidade a princípios válidos, da razão...
(felizes os que são mandatários de um tal candidato...)

Um abraço.

João disse...

O facto de Francisco Lopes ter estado bem nos debates não nega que ele fosse um desconhecido para a generalidade dos portugueses e de muitos comunistas quando da apresentação da candidatura. e isso tem os seus riscos numa eleição unipessoal. Sendo legítima a decisão do PCP e do próprio, foram e são também legítimas as preocupações dos que consideram a possibilidade, ou já decidiram, votar nele. Porque ter 5% é diferente de ter 8 ou 9%.

Elísio Alfredo disse...

Ah, pois, ainda faltava este! E foi o quê? Olhem, como queiram: uma "alegre cavacada" ou uma "cavacada alegre". E mais não digo...