Há já uns dias que sigo com algum divertimento, confesso, a novela da guerra intestina (pelo menos se considerarmos o cheiro fétido que exala) no BES, o banco que, exceptuando um curto intervalo depois de Abril de 1974, participa activamente nas decisões governativas de Portugal, desde os tempos em que pelo menos um dos seus donos andava de casa e pucarinho com Hitler e Salazar... fazendo de conta que estava também com os aliados.
Prova dessa continuidade é o facto de o actual Espírito Santo de serviço entrar nas reuniões do Conselho de Ministros com o à-vontade de quem vai reunir com acionistas, ou simples gerentes de dependência do próprio banco.
As notícias que vão chegando são uma espécie de documentário da “National Geographic” ao vivo... e confirmam uma característica verdadeiramente “encantadora” dos tubarões:
Nasceram e vivem para chacinar milhões de peixes miúdos... mas quando o cheiro e o sabor a sangue invadem a água à sua volta... perdem a compostura e abocanham-se uns aos outros!
9 comentários:
Quem é que era esse fascista que convivia com o Hitler e Salazar?
Era bom que se matassem uns aos outros.
Provoca-me:
O "original" Ricardo Espírito Santo. Pode ter um aperitivo neste link que se segue, que já usei num post, há tempos:
http://www.sabado.pt/Special-Pages/Print.aspx?printpath=/Actualidade/Dossie-Salazar/O-espiao-alemao&classname=Article.News
Claro que há muita outra documentação sobre as actividades do senhor Ricardo, avô do actual banqueiro… mas se quise divertir-se ao mesmo tempo que "investiga", aconselho a leitura do romance histórico (o autor não gosta desta designação) do jornalista José Goulão, que leva por título "Um rei na manga de Hitler", romance que, embora tendo aspectos "romanceados", recorreu a factos documentados. Como a acção é centrada na Lisboa dos espiões daquele tempo… lá está o polivalente Ricardo Espírito Santo, levando e trazendo recados entre nazis, Salazar e os outros, aproveitando para ir enchendo os bolsos, de caminho.
Saudações.
É típico do sistema político que sempre foi o deles e que conseguiram impor após os maravilhosos 400 e tal dias que se seguiram ao 25 de ARIL de 1974.
Só uma nota. Ontem vi-te ouvi-te e gostei muito.
Um beijo.
A história negra dos banqueiros dos últimos 40 anos devia ser escrita pelos bancários e seus sindicatos e relatarem o que foi o papel destes próprios no processo Privado/Nacionalizado/Repravitizado.
Mas que baderna! E que conluio!
Ricardo Espírito Santo foi banqueiro de Augusto Pinochet e a sua família é uma das poucas que são donas do país desde sempre...
Que se espera desta gentinha senão traições e facadas nas costas?! Esfacelem-se mutuamente, mas não arranjem outro BPN para nós pagarmos!!!
Tudo de bom
Estes tubarões & Cia. já se 'tubaralharam' uma vez, há muitos anos, numa coisa que deu pelo nome de 'ballet rose'. O que tu me trouxeste à memória... caneco...
Abreijo.
"A toda a parte chegam os vampiros
poisam nos prédios poisam nas calçadas
...
São os mordomos Do universo todo
Senhores à força Mandadores sem lei"
Que se esfolem, que se comam uns aos outros, morrerão envenenados...
Oh, Zeca... o que faz falta é dar poder à malta e tudo quanto contigo cantávamos.
Muito obrigado. Vou ler atentamente.
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