Por qualquer razão "misteriosa", aquele que é talvez o mais interessante festival de música a decorrer no nosso país neste momento, é o que quase não tem nenhuma espécie de atenção por parte dos órgãos de comunicação social.
Não quero pôr defeito algum nos trezentos e vinte e sete festivais rock e pop (e foleiro, em alguns casos) que invadem o Verão um pouco por todo o lado, nem tentar explicar aqui, à uma da manhã, o que acho da "razão misteriosa" com que comecei o post. Deixo apenas o link para a página da net do Festival Músicas do Mundo 2008, a decorrer em Sines (e não só), esperando que apreciem o programa disponível e façam vocês mesmos as considerações que acharem pertinentes.
O facto de (possivelmente) quase não conhecermos nenhuns dos nomes dos grupos ou solistas presentes é talvez a maior qualidade deste programa. Quer dizer que em muitos dos casos é a cultura desses artistas e dos seus povos que nos visita, em vez dos "produtos" de marketing de outros festivais, em que tudo tende a ser cada vez mais igual e em que os grandes motivos de interesse para os programas de TV da especialidade, serão como já vai sendo hábito, as manias das vedetas, as exigências parvas, etc, etc, etc.
Ah... e como me lembrou o leitor que me "provocou" este post, o Festival ainda não acabou e Sines não é longe...
10 comentários:
Curiosamente, essa razão «misteriosa» está na base do silenciamento, por parte dos média, de tudo o que de positivo acontece em todas as áreas da vida nacional (e internacional) - e é irmã gémea da «misteriosa» razão que leva à exaustiva divulgação de tudo o que é negativo...
Bem gostava de ir ouvir a Orquestra Baobab, e conhecer outros...mas vai ter que ficar para o ano.
Combinamos uma excursão para o ano??
Quanto às razões misteriosas. como a gente as conhece bem!
O FMM Sines não precisa de apresentação nem de nomes sonantes, embora por vezes também os haja. Quem lá costuma ir sabe o quanto tem crescido de ano para ano em qualidade e em assistência.
As tais "razões misteriosas" nunca impediram o FMM Sines de ser o que é hoje, possívelmente um dos melhores festivais do género a nível europeu, com muitos músicos de todo o mundo a oferecerem-se para lá actuar. Só a má qualidade precisa de marketing e muita publicidade para se impor.
Genuinidade, precisa-se, num mundo cada vez mais pre-fabricado.
Saudações.
Jorge P.G.
-E depois eles querem que a gente acredita que eles são independentes e democratas!
Já nem precisam ou não conseguem disfarçar, o que para o caso é igual
Obrigado Samuel! Porque será que existem tantos mistérios em Portugal?
Se não estivesse já com o pouco tempo livre preenchido, iria lá, com toda a certeza - e nem a distância, que daqui é um pouco maior que das tuas paragens, me impediria.
Tanto mais que tive uma suculenta descrição do festival do ano passado da parte de amigos que lá estiveram e me trouxeram o programa e um cd com os artistas do festival.
Para apróxima será.
Eu ía dizer que uns amigos me trouxeram um cd do festival em 2007, e... Coincidência das coincidências... Aconteceu a mesma coisa aos Linha do Vouga!!!
Beijinhos tio Sam(uel).
Estive lá! Estou a chegar!
:)
Quem me dera poder ficar toda a semana... (mas não tão ao lado de Coimbra quanto isso!!) ;)
O bom do desconhecido e da internet (não podendo fruir de fio a pavio, pois claro) é poder meter o nariz nas páginas de todos e (re)conhecer desejo de escutar e fazer por isso...
(amanhã lá caminho eu para a compra de mais umas músicas, é claro! à falta do ao-vivo, delicio ouvido, entre paredes e enrolada no trabalho).
...
ufff
que este ano precisava mesmo do fim-de-semana que passou!
Não fui lá, mas foi o meu filho que me vai contar tudo!
Abraço
Enviar um comentário