quinta-feira, 10 de julho de 2008

Refugiados




Segundo as Nações Unidas, as várias ONGs no terreno e as pessoas de bom senso, refugiado é todo aquele que se vê obrigado a fugir do seu país, por sentir a sua segurança ou mesmo a vida seriamente ameaçadas por motivos que podem ir da cor da pele à confissão religiosa, das convicções políticas à simples pertença ao grupo social "errado", guerras ou desastres naturais.
Ainda segundo estas organizações, devem andar pelo mundo, deslocados das suas terras, vivendo precariamente em acampamentos sem um mínimo de condições, sofrendo toda a sorte de humilhações, fome, doenças, violações de direitos e outras bem mais íntimas, cerca de 20 milhões de homens, mulheres e crianças (dados de 2005).
A estes milhões de refugiados devemos acrescentar muitos milhares de mulheres e homens que, ou porque não tiveram tempo de fugir, ou em muitos casos porque fugir estava fora de causa, povoam as prisões de muitos países, arrostando com as consequências das suas ideias, posições públicas e actos. São os presos políticos.

Em Londres, do alto do seu Bentley, da sua vida de luxo e cara descarada de trafulha, o advogado "espertalhaço" Vale e Azevedo, diz-se também "um refugiado político".
Não vou cair na facilidade de chocar os leitores com fotografias de campos de refugiados, por contraste com as do jurista refastelado num clube de ténis londrino, nem fazer as contas a quantas crianças daquelas seriam alimentadas e medicadas por um ano inteiro, apenas com o valor do Bentley...
O homem diz que é um refugiado político... e pronto. Será provavelmente um direito que lhe assiste.

O que eu gostava, numa tentativa, talvez muito pateta, de equilíbrio de forças, era que pelo menos alguns dos refugiados "a sério" tivessem igualmente o direito de dizer a Vale e Azevedo (e seus pares), o que pensam sobre o estatuto de refugiado a que ele diz ter direito e sobretudo, poderem dizer-lho na cara.
Quando digo "dizer-lho na cara", quero dizer literalmente na cara, podendo ser de mão bem aberta ou de punho cerrado, conforme a inspiração do momento.

17 comentários:

Anónimo disse...

Vou-me refugiar num DVD que já me estou a enervar.

Não há ninguém que lhe "acerte o passo"?

E da podridão do futebol este foi o único que foi dentro, quando saiu de presidente, claro. Ainda hei-de dasabafar sobre esta "trampa".

Anónimo disse...

Ainda há outra sugestão:
cuspir-lhe no focinho!
Rui Silva

Maria disse...

Saio daqui um bocadinho agoniada. Não por culpa tua, claro, mas do Vale Tudo...
... e esse punho cerrado de que falas podia ter uns "adornos"...

Abreijos

Anónimo disse...

Para o vale Tudo vale mesmo tudo. O pior é que há milhares do mesmo tipo em Portugal e que se pavoneiam por tudo quanto é sítio e são apresentados como exemplos a seguir. Se conseguíssemos que o futebol profissional fosse à falência seria um grande passo em direcção à libertação do povo português.

Nuno Góis disse...

Ele é um refugiado político político e eu vivo uma precária liberdade financeira.
Países...

ferroadas disse...

Deste e de outros trafulhitas parecidos é tempo perdido, pois não merecem sequer este comentário.

Quando as TV's do burgo lhes dão "honras" de abertura e não só de telejornais e quejandos, quando as mesmas TV's destacam repórteres para nos mostrar o filho de puta a sair da barraquita e a entrar no Fiat Uno, o que mais há para dizer.

Entretanto na terça-feira mais umas "preguiçosas" de umas trabalhadoras bateram com o nariz no portão da fábrica e desemprego com as ditas, porque entretanto o patrão já deu à sola com a mala recheada de massaroca. Disto, apenas um spot de cinco segundos e viva o velho.

Abraço

Abrenúncio disse...

Ui! E então os refugiados políticos portugueses em Portugal?
Esses então são às carradas. Este ao menos ainda foi para Inglaterra trafulhar libras esterlinas. Outros há que por cá continuam a trafulhar euros dos portugueses impunemente.Impunemente? Disse impunemente? Então mas por cá existe punidade?!...
Saudações marginais do Marreta.

Porca da Vila disse...

Esta do 'refugiado político' tem piada... O gajo, para além de vigarista, ainda por cima é burro como um cepo!

Xi Grande

Anónimo disse...

Companheiro Samuel:
Partilho a tua indignação por o melquetrefe se ter enfeitado com as nobres cores de um estatuto que não tem.
Mas, por outro lado, se não fosse o Vale de Azevedo, que criminosos de alto bordo havia de julgar a justiça (?) deste país? Os e as autarcas que se abarbatam, os "bigs" da construção civil que com as derrapagens enchem os bolsos à nossa custa, os barões da bola, os molestadores de crianças? Esses perscrevem, dormem descansados, os f. da p. De maneira que enquanto hover V. De Azevedo, sempre vai havendo um cão grande a quem julgar. Poupemos o homem, filhos, poupemos o larápio.

Luis Nogueira

Anónimo disse...

- Luta de classes
-Dentro da sua "classe" se calhar o Vale tudo, até tem razão é que de todos os vigaristas da nossa praça e do mundo onde o Vale se movia só mesmo ele anda fugido. Pois todos os outros continuam a frequentar os salões e as mesmas festas, do que nos falava o outro. Numa palavra estão todos numa boa. Só o Vale e o Zézé Beleza passaram por estes apertos.
a.ferreira

Pedro Penilo disse...

Além de aldrabão, o homem é burro! Então não sabe ele que mais fácil é uma caravana de camelos passar pelo buraco duma agulha que um refugiado político obter asilo no Reino Unido. Mas um dos camelos certamente ficará de pescoço entalado na agulha, se o refugiado se chamar Pinochet...

Porque é que ele não disse "Eu sou o barbeiro do Pinochet"?

Orlando Gonçalves disse...

No meio das poucas noticias que tenho lido e escutado actualmente ( os exames lá na faculdade não me dixam tempo para mais nada) ainda consegui escutar este sinhor dizendo essas palavras. De gritos... Ele precisava era de ser mesmo recambiado politico, sei lá, poderia ir sem as malas e sem as bagagens para a Somália ou para a Etiopia que era para ver o que é bom para a tosse. Só mesmo à bofetada.

Orlando Gonçalves disse...

No meio das poucas noticias que tenho lido e escutado actualmente ( os exames lá na faculdade não me dixam tempo para mais nada) ainda consegui escutar este sinhor dizendo essas palavras. De gritos... Ele precisava era de ser mesmo recambiado politico, sei lá, poderia ir sem as malas e sem as bagagens para a Somália ou para a Etiopia que era para ver o que é bom para a tosse. Só mesmo à bofetada.

Justine disse...

É uma afronta.A todos, aos refugiados verdadeiros e a todos nós.
E ele é apenas um mísero exemplo desta impunidade classista.

Fernando Samuel disse...

Concretizar essas tentativas de equilíbrio de forças (por muito patetas que possam parecer) há-de dar um alívio grande, grande... e, a meu ver, maior ainda se for com o punho cerrado...

Abraço.

Cloreto de Sódio disse...

Há vermes que não merecem uma linha de publicidade.

Sal disse...

Ele é tão refugiado político como o sócrates é honesto.

Se fossem mas é para a pata que os pôs!!!

bjs