quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Marteladas no bom senso





Contra os vários pareceres de pedopsiquiatras (como se noticia aqui, ou aqui) que estudam a situação de Esmeralda, do ponto de vista humano, familiar, psicológico, ou simplesmente do "amor e dos afectos", esse conceito tão estranho para a Lei, ao que parece, os juízes encarregados de despachar, perdão, julgar o caso, decidiram-se pelo "melhor para a criança".
Assim e muito rapidamente, a Esmeralda será separada da família verdadeira para ser entregue ao pai "biológico".
Tudo leva a crer que pelo facto de o pai não ter casa para a acolher, a pobre miúda vai viver para casa dos pais da madrasta (!). Presumo que tenham com a Esmeralda mais ou menos a ligação que eu tenho às sobrinhas da prima da minha vizinha de cima que estão na Alemanha e que nunca vi...
Rigorosamente, como gosta a Lei, a grande mudança terá que ter lugar exactamente um dia depois do Natal.
Belo Natal!
Bela decisão judicial!
Pobre Esmeralda!
Que raio de gente é esta?

3 comentários:

Fernando Samuel disse...

Não é gente, não. É... não digo: sei lá o que me acontecerá se digo o que penso...

Anónimo disse...

Nestes casos o melhor é "pensar para dentro" no caso de se estar atento... pois já se vê... o melhor é nem estar atento não vá o diabo tece-las e descobrir-se quem é o anónimo que põe em causa as nossas "instituições democráticas"

Cristina Caetano disse...

Não sei se é só comigo que acontece, mas a mim dá uma vontade imensa de sair daqui para ali, ir ao encontro do responsável pela lei e pegar no gogó do infeliz e sacudí-lo até não poder mais para ver se alguma coisa começa a fazer sentido numa cabeça tão sem senso nem justiça. Eu ouvi sobre o caso daqui pela SIC... isso deprime qq um em imaginar o quanto essa menina vai sofrer. Como eles colocam a cabeça no travesseiro e podem dormir depois de uma decisão dessas?
A tua frase é perfeita:"Que raio de gente é essa?"
Bj