segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Série “Grandes cabeças”


Não pretendo de todo fazer uma revista do fim de semana, mas apenas destacar três grandes cabeças que cometeram, nos últimos dias, frases dignas de uma nota especial... ao jeito cá do estabelecimento.
1. O grande Joe Berardo (no qual também tropeçou – e bem - o “Cravo de Abril”) é, como toda a gente sabe, um inútil que toda a vida viveu da especulação. Nunca produziu nada... a não ser, recentemente, umas garrafas de vinho que já comprou prontas a vender e com o nome feito... mas produz frases imbecis, muito por culpa de quem se lembra de lhe ir perguntar coisas.
Desta vez não fez a coisa por menos: diz que a culpa da crise é dos «especuladores» (só os outros, suponho!), que o perigo do desemprego e dessa mesma crise é poder provocar «revoluções» (deus nos livre e guarde!!!), que precisamos de inventar uma «nova democracia»... ou então um «novo género de ditadura que todos temos de aprender (???)». Levado pelo entusiasmo deu mesmo a entender, numa espécie de aula de História intercalada com elogios a Salazar (era fatal!), que uma situação destas nem é digna de Portugal, que, segundo ele diz «foi um povo que dominou o mar há 200 anos».
E eu a pensar que há duzentos anos, nos idos de 1800 e seguintes os portugueses estavam ocupadíssimos a ver a Corte a fugir para o Brasil, o país invadido pelas tropas francesas, depois, as lutas entre os liberais e os outros, a guerra civil, a “patuleia” e os “cabrais que são falsos à nação”, etc., etc... e afinal, andávamos a dominar os mares!!!
Se ao menos Berardo conseguisse dominar o seu “mar” de ignorância...
2. Outro grande português que também tem vivido muito bem da “especulação” é o grande pensador de Vilarinho do Bairro, o Prof. Vital Moreira. Na última quinta-feira, comentando as declarações do governador do Banco de Portugal, que afirmou já estarmos em recessão, disse que «Há duas qualidades muito necessárias num governador de banco central: discrição mediática e "self-restraint" verbal... ». Para quem não tem o tradutor aí à mão, isto que dizer: “Fazer o frete ao Governo e estar caladinho”.
Vital Moreira sempre, sempre no seu melhor!
Mesmo depois da clara desmistificação (feita aqui pelo Sérgio Ribeiro) da aldrabice feita com os números da queda do défice nas contas públicas, confesso que é muito estranha esta sensação de estar de acordo com o primeiro-ministro. É que, curiosamente, também eu ficaria muito contente com a “execução” do orçamento... embora fique com a uma leve impressão de que não estamos os dois a falar da mesma coisa... nem da mesma execução.


12 comentários:

Maria disse...

Mortinha por ver quais as cabeçorras ou cabeçudos que se seguem...
Vinte pontos pelos 3 primeiros!

Abreijos.

do Zambujal disse...

Execute-se!

E mais não digo em (como é que se diz?) "self-restraint" verbal que estou...

Um abraço

Antuã disse...

Que três!... Estão todos ao mesmo nível.

svasconcelos disse...

Olha que três...

bjs

Eduardo Miguel Pereira disse...

De facto, Samuel, as palavras execução e Sócrates, a meu ver, casam bem, ainda que noutro contexto.
Quanto aos nºs apresentados pelo Governo, é o mesmo que pedir a um trabalhador que se pronuncie sobre a sua saúde financeira no mês em que recebe o subsidio de férias, ou o 13º mês, comparativamente com os restantes meses.
Isto, claro está, enquanto tivermos trabalhadores a receberem subsídio de férias e 13º mês.

Anónimo disse...

Samuel
100 pontos para os teus cabeçudos:
1º- A ver se no Benfica correm com ele porque com adeptos destes nunca mais ganham nada.
2º- Dos traidores vendidos não reza a história.
3º- Mas o homem é ingenheiro aos domimgos(dia em que acabou) ou economista.
Vitor sarilhos

Fernando Samuel disse...

Três «cabeças» gémeas, afinal...

Um abraço.

Anónimo disse...

Samuel, se escreves "deus", o mínimo que posso pedir-te é que escrevas "joe berardo".

Suq disse...

Executivo, exequível, execução, executor,
Extorquo - que "cabeçadas" do caraças.

Faltam as cabeças vermelhinhas - executadas nas Caldas! Não baixam o défice mas erguem- como o ...

samuel disse...

Anónimo (23:38):

Entendo o seu ponto de vista... mas segundo o meu, pelo menos o joe berardo existe... :-))) :-))) embora, de facto, mereça largamente as minúsculas.

Anónimo disse...

Samuel, desculpa não ter assinado. Fui eu o do comentário a que respondeste e que ficou como de um anónimo. Nunca o faço, como sabes.
Um abraço.
Daniel

samuel disse...

Daniel:

Pelo "melindre" do assunto somada à calma delicadeza do comentário, juro que pensei que fosses tu.
Já agora (sabendo a quem me dirijo) sempre digo que o "deus" resultou de uma série quase incontrolável de acidentes, em que a minha intenção era escrever "Que os deuses nos livrem...", mas depois de vários cortes, emendas e tentativas de publicação... saiu assim.

Abraço.