Há já mais de cinquenta anos disse Salazar: «Para Angola, rapidamente e em força!»
Aquilo que se seguiu, até depois de Abril de 74, é História.
Chegam agora notícias de documentos arrasadores, que relatam atrocidades, massacres, decapitações levadas a cabo por tropas portuguesas.
Desculpem-me a crueza... mas qual é a novidade? Já se conheciam relatos, poemas, até canções... e para jogar à bola, divertidamente, com cabeças de pretos... alguém teria que as cortar antes, não?!
"A bola" - Luis Cília
(Jonas Negalha/Luis Cília)
11 comentários:
Estão a descobrir a pólvora! Não será para nos desviar a atenção para as coisas que estão a acontecer-nos agora, a nós?
(propositadamente ou não, o vídeo que publicaste não é "A bola" do Luís Cìlia...)
Andam aqui promoções literárias com marketing natalício.
Até se quer insinuar que os militares estudaram naquele 1961 de confusão em Luanda, massacres premeditados e estudados.
Quando aquilo apanhou toda a gente de surpresa, e foi a maior desorganização militar, quer em armas, quer em homens, em que os comandantes se mostraram completamente incapazes, até que Salazar resolveu assumir a pasta da Defesa.
Pior do que aquela incapacidade inicial de organizar fosse para o bem ou para o mal, foi a desorganização e rebaldaria militar do "26 de Abril 1974".
Tudo foi fotografado, denunciado em cima da hora, tanto pela informação anti-colonialista devidamente organizada, como pelo boato que ainda desmultiplicava os "números de cabeças cortadas"
Se não houver mais nada por traz dessa reportagem, isto não passa de mais "uma-guerra-de-joaquimfurtado".
Convêm não esquecer os massacres da
UPA,os colonos Portugueses chacinados da maneira mais cruel e que depois houve quem desculpasse há conta dos erros do colonialismo.A história é uma ingrata.
Existe quem pense que a guerra é uma coisa civilizada,feita por gente de bem.Somos todos gente de bem e civilizados até um dia,o dia terrível e maldito em que matamos.
E com quase certeza algo que deriva de ontem e cujo passado se abomina, mas e também porque de quem está no poder, se tem a percepçãO de que nem tudo está linearmente a ser bem contado no que diz respeito aos muitos negócios de que se tem vindo a falar.
Angola e Portugal dois grandes Países com grandes recursos naturais e humanos só faltando, penso eu, em prol dos dois povos, o aproveitamento natural das potencialiddaes de cada um deles.
Tremenda esta cantiga...
Beijo.
Devem ser mencionadas as inúmeras chacinas, as violações e decapitações, de mulheres e homens de raça negra nas antigas colónias portuguesas, efectuadas por grupos financiados e organizados pelos países da Europa que se opunham ao facto de Portugal ainda deter províncias ultramarinas, quando eles já se tinha "desfeito" das que possuíam outrora, criando depois cerimónias de independência e governos fantoches por eles controlados.
Salazar dizia "Angola é Nossa", agora os cleptocratas angolanos dizem "Portugal é nosso".
A UPA é a FNLA. Os retornados gostavam desta e da UNITA. Claro, que o MPLA de hoje não é o de agostinho Neto para mal da humanidade. Mas eu percebo mais da Guiné que de angola. Sabem o que era uma geral?!...
Sempre foram conhecidos os massacres em Angola efetuados pelos portugueses. Do outro lado também os houve,resultantes da revolta ou de outros poderes mais altos ,mas que serviram muito bem para branquear, em parte, a horrível guerra colonial.
Quanto a Agostinho Neto, esse foi um verdadeiro lutador pela independência e, para ele, vai toda a minha admiração.Eduardo dos Santos está a sair-se muito bem com a sua traição e o Povo angolano é, como sempre, quem mais vai sofrendo.
Como é triste ver os ideais subvertidos!!!!!
Um beijo.
A nossa geracao,que se opös,frontalmente ä guerra colonial,com tudo o que isso implicava,indignava-se com as atrocidades feitas pelas tropas portuguesas,como denuncia esta famosa cancao de Luîs Cîlia.Hoje,a tanta distancia,penso que o cenârio de guerra faz dos homens bestas.O medo,tambêm.As ordens de militares superiores,dadas friamente,por indole,puramente racista,ê que ê imperdiâvel.
Um abraco
Parece-me que ainda há muita gente honrada com receio de se apresentar como retornado, ao fim de tantos anos passados e de ter de ouvir e calar.
Ter sido retornado foi uma oportunidade e um previlégio, apesar dos sacrifícios, e riscos que se correram.
Como retornado podemos ver de todos os ângulos de que «massa» é feito o povo português.
Paz para os que perderam a vida.
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