Uma notícia passou meio despercebida entre as mensagens natalícias e as garfadas das consoadas: a descoberta das práticas "pedagógicas" e consequente desenterrar da história de uma espécie de “escola-prisão”, algures nos Estados Unido da América.
É um cenário abjecto e aterrador, feito de salas de chicote, de sala de violações, banheiras para afogamentos, seres humanos permanentemente acorrentados, etc., etc.
A panóplia de “crimes” que faziam os “estudantes” (que podiam ter entre os 5 e os 18 anos de idade) ir para àquela “escola” era vasta. Ia desde o facto de serem apanhados a fumar numa escola mais “rigorosa”, cometerem pequenos roubos, serem considerados “incontroláveis” ou “incapazes” pela sociedade... ou, simplesmente, serem órfãos. Perigosos bandidos, portanto.
No topo da tremenda pirâmide de “crimes” que justificavam as chicotadas, as violações repetidas e as execuções, destaca-se, em segundo lugar, o “crime” partilhado pela esmagadora maioria dos “estudantes”: serem negros.
Em primeiro lugar, o “crime” maior, esse partilhado por todos sem excepção: serem pobres.
Neste relato, a ler atentamente, resta ainda um enorme pormenor: tudo começou muitos anos antes e só terminou muitos, muitos anos depois do Holocausto nazi!
8 comentários:
Mais de 100 anos, porra que terror. E nada mais nada menos que no país que se diz o melhor do mundo, mas que apoia a guerra, o capitalismo, que rouba, impõe, mata, despreza, humilha. Um país com políticas nazis.
Suspendendo um vómito,bem me parecia que os melhores "técnicos" do nazismo tinham sido protegidos,ali pelos aindo usa,para procriarem.
Um abraço,
mário
Quem disse que o nazismo tinha sido derrotado?!... Apenas mudou de sede!
Antuã, mudou de sede, mudou de máscara, mudou de práticas... mas continua cá.
Que terrível é a história do"melhor país do mundo"!!!!!
Criminosos ao mais alto nível, são exemplo para muitas práticas nazis!
E Guantánamo lá continua!!!
Um beijo.
Abu Ghraib, Guantanamo, são herança da mesma pedagogia reabilitacional.
Estes locais terríveis parece-me que não são destinados com o objectivo principal de punir os ditos criminosos mas sim com o propósito de instruir algozes e testar a tolerância e a indignação da sociedade que produz locais destes.
Eles já nem querem que os povos tenham os seus próprios exércitos. O que eles defendem é grandes empresas de guerra à base de mercenários.
E se este macabro acontecimento tivesse sido ,por exemplo,na ex-URSS? Os nossos merdias,esfregariam as maos de contentamento e,maos ä obra,trabalhemos atê ä exaustao.Mas como foi num exemplo de "democracia"...
Um abraco
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