Já houve um tempo em que os Festivais da Canção da RTP tinham a concurso canções um pouco melhores e, em alguns casos, cantadas por cantores e cantoras, para dizer o mínimo... diferentes.
Ainda voltarei algumas vezes a este assunto. Por hoje, deixo-vos com a Teresa Silva Carvalho, cantando uma grande canção (que não foi a lado nenhum...) da autoria do Pedro Osório, que também orquestrou e dirigiu a orquestra. Estávamos em 1979.
Apenas como curiosidade, a fazer as vozes de suporte para a Teresa, está um “empenhado” coro, constituído pelo Carlos Alberto Moniz, a Madalena Leal (filha do José Viana e da Dora Leal), a nossa amiga Joana (que se deixou destas coisas), eu próprio (apenas com dois terços do peso e uma floresta de cabelo) e a minha companheira de viagem desde há 25 anos, a Maria do Amparo (que suavemente se foi transformando na Vovó Maria).
Mesmo dando-se o caso de alguns de nós termos entrado no mesmo Festival como “artistas principais”, por qualquer razão achávamos que não nos caíam os galões por, na mesma noite, subirmos ao palco como solistas e a seguir, noutra música, fazendo coro para os amigos. Feitios...
Fiquem pois com esta bela melodia (e letra!) do Pedro Osório e entrem bem no fim-de-semana.
Adenda: Sim! A apresentadora é mesmo a Manuela Moura Guedes!
"Cantemos até ser dia"
(Pedro Osório)
Estamos aqui
medindo cada hora de uma vida por viver
Olho pra ti
e penso em tanta coisa que ficou
à porta do futuro por nascer
O nosso amor
não pode ficar mais aqui à espera
de qualquer flor
nascida já depois da Primavera
À nossa volta
o mundo vive o tempo da mudança
deixemos este amor correr à solta
nos campos semeados com a esperança
Cantemos
Cantemos com alegria
Cantemos até ser dia
Vamos abrir
as portas e as janelas que tínhamos fechadas
Vamos sair
do nosso medo antigo de mudar
correr toda a cidade de mãos dadas
Vem meu amor
gritar a toda a gente a novidade
a nossa dor
irá morrer nos braços da saudade
À nossa volta
o mundo vive o tempo da mudança
Deixemos este amor correr à solta
nos campos semeados com a esperança
Cantemos
Cantemos com alegria
Cantemos até ser dia.
"Cantemos até ser dia" - Teresa S. Carvalho
(Pedro Osório)
17 comentários:
Porque é que tinhas que vir lembrar que estamos velhos, na idade!
Vocês eram mesmo uns putos! Eh eh eh!
Abraço.
Obrigado, Samuel. Tinha eu 18 e também era um bocadito menos cheio.
E não é que me "obrigou" a recordar este festival e esta canção que eu pensava já ter esquecido? Ele há coisas!
Continuamos a cantar
até que a voz nos doa
e ser dia
Pois cantemos Até ser dia mesmo que as lágrimas da saudade ou da dor sejam teimosas porque vale a pena lutar.
Que surpresa boa!!!!
Naqueles tempos era assim... mas havemos de cantar todos, um dia, até ser dia!
Apreciei especialmente os pequenos comentários que foste fazendo sobre o coro... quanta ternura nas palavras... gostava de saber escrever assim.
Afinal temos (quase) os mesmos discos e (quase) todos riscados...
:)))
Abreijos
Oh Samuel isto não se faz, acorda uma pessoa e sem saber porquê anda a trautear um fabuloso fado Canção Grata, de Carlos Queiroz (poeta do Porto) e Teresa Silva Carvalho, e ao mesmo tempo a interrogar-se que será feito dela ?
Liga a maquineta e vem dar a volta obrigatória aos blogues dá de caras com esta canção, ele há coisas ...
Obrigado
eu era um menino...
mas quanto a festivais da canção, deixei de ver.
Escolho sempre as que não ganham!
duartenovale um bom sábado
Samuel,
Mais tarde, quem fez coro à Maria do Amparo no Tivoli fui eu, claro, teria que me por de joelhos para recordar as imagens.
A revolução é hoje!
Minha terra é outra como outra são minhas experiência, mas uma coisa é comum, o orgulho da vida vivida. parabens a voces.
Foi bom rever, lembro-me perfeitamente das vossas fisionomias, mas neste vídeo para que não conhece, não é nada fácil destrinçá-los. Que pena! Belas recordações.
Lembro-me destes Festivais da canção, dos finais dos anos 70. Em geral, todos nós gostavam de ver e ouvir. Hoje nem nos lembramos que existem.
Abraço!
- gostei da expressão...floresta de cabelo...sim, mas olha já com vestigios de um futuro anunciado.
Samuel
A ideia que tenho é que durante muito tempo o Festival da Canção era a oportunidade de um cantor se afirmar, não existiam grandes formas de divulgação, nem muitos espectaculos, a TV e a rádio seriam o meio de difundir melhor.
Grandes músicas, grandes, poemas e grandes cantores passaram pelo Festival, também por outro lado grandes tretas...
Neste eu tinha 12 anos, não me lembrava desta música especificamente, sabes tu o que ganhou neste ano?
Vai na volta o Dailidou-Papagaio Voa ou o Sobe, Sobe Balão sobe....
O quase costume.
Quanto ao aspecto, pois ganhaste em peso e dimensão perdeste em pilosidade, manténs a voz e os olhos (muito ligo eu aos olhos, caramba), mais importante a carola.
Olha a Manuela Moura Guedes depois tanto enchimento e botox é uma feia caricatura de si própria...
Beijos
Samuel, iremos sempre cantar e lutar até esse nosso dia chegar!
Um grande abraço.
Lembro-me bem disto tudo...
Obrigado, bom fim-de-semana e um abraço.
Tão lindos.
A Vóvó tão novinha, mas continua com a mesma cara.Doce.
E o Samuel, com a devida vénia, um borracho.
Lol
Abreijinhos
Ps:Até a Manelinha estava gira. Há pessoas que melhoram com a idade. Outras não!
Obrigado Samuel, recordo com saudade esses tempos....tempos em que ainda havia esperança no futuro.
Mas que revivalismo tão salutar!!!
Veio-me á memória a V´v´Maria... eu nao estou longe dela na idade...,, quando ia cantar no Casino da Figueira, e me sentia pr´xima dela na fila do cinema ...era a "cantigueira",eu nao ia ao Casino, só ia ao cinema!
Os olhos, os seus, mantem-se! Sao a alma...
A Sr. D Teresa... uma senhora de quem andava arredada...obrigada Samuel, por esta pequena viagem..
Abracitos
Quase esqueci esta canção, reli a letra, ouvi a música.
29 anos….tanto tempo, tão boas recordações.
Todos tão lindos, até a Manelinha!
GR
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