Tanto caminho andado desde a primeira “Festa do Avante!” dos meus 24 anos acabados de fazer, em 1976. Foi na velha FIL, com vista para a Ponte 25 de Abril. Pelo que ali se passou nesses dias e nos discursos de Dias Lourenço, então director do Avante!, e de Álvaro Cunhal, no comício de encerramento, ficou desenhado o futuro desta Festa: ser, ano após ano e até hoje, a maior realização cultural e política do nosso país. Ser uma imensa festa popular.
Todos os anos construída e habitada por muitos milhares de portugueses de todas as idades, a Festa é como que o combustível para mais um ano de caminho na construção de um sonho. Caminho pedregoso, em que a realidade cinzenta faz o que pode para nos sangrar os pés e a resistência, na viagem para o futuro.
Esteve bem José Casanova, que sempre fala da Festa como se ela fosse a sua namorada...
Esteve bem Jerónimo de Sousa ao praticamente começar o seu forte discurso com uma belíssima frase de confiança, dizendo que um dia «o sonho e a realidade hão-de acertar o passo».
Esteve ainda melhor ao iniciar o discurso de encerramento da “Festa do Avante!” falando de Cultura, dos seus criadores, dos seus trabalhadores e da importância da sua luta. Até alguns dos politólogos de serviço não puderam deixar de notar a diferença entre este discurso e “os outros”.
Tiro-lhe o meu chapéu! Parabéns! Até para o ano...
20 comentários:
Ate pro ano... e que pena nao ser ate pra semana... "Não há Festa como esta"
Grande abraço
Xiiiiii!!!!!!! Não tenho nenhuma fotografia da primeira Festa! Também não teria tempo para pensar em sacar fotos...
É bom ler a ternura com que falas da Festa!
Até para o ano...
Abreijos.
"Festa do Avante! – Uma outra maneira de ser"
Uma outra maneira de saber ser.
Bjs*
Mais um post dos teus. Obrigado.
Grande abraço e foi pena ter sido tão curto o que trocámos à saída minha (e à entrada vossa) no espaço internacional... mas havia tantos abraços para dar.
Péssima organização! Falta de trsnsportes, de comboios, à noite,
Que pena aquele 25 de Novembro que aconteceu.
O que eram sonhos, não passaram de sonhos!
É só recordações!
Camarada Samuel,
Afinal não é só o apaixonado José Casanova que fala da Festa como se esta fosse a sua namorada.
Ao ler o teu texto sente-se o mesmo :)
AVANTE!
Esta coisa de o secretário-geral de um partido, num comício, abordar as questões da Cultura e os problemas dos seus criadores e restantes trabalhadores, há-de ser coisa banal, corriqueira, de todos os dias: só assim se explica que nenhum politólogo tenha notado a coisa...
Um abraço grande.
A capacidade hoteleira do Seixal está a 20%!! A CM do Seixal disponibiliza o parque do Serrado para uma actividade ilegal de campismo. Por cada campista está a ser cobrado pelo PCP um preço de 22 euros para montar tenda nesse mesmo espaço, que não se esqueça, trata-se de um equipamento municipal!! A minha questão é simples: para onde vai esse dinheiro???
Depois não há dinheiro sequer para ter uns serviços centrais próprios pois, ao contrário que tanto afirma a CM do Seixal (inclusive no Boletim Municipal) ela não é proprietária do edificío que vai inaugurar no próximo dia 12 de Setembro mas tão somente inquilina a pagar 200 mil euros por mês, durante o mínimo de 20 anos e com a opção de compra no final desse tempo por trinta milhões euros (actualizados de acordo com a inflação e indíces mercados) ou mais. Nesta CM do Seixal existem cerca de 1800 funcionários, por outras palavras a maior empregadora do concelho do Seixal, só que para se trabalhar por lá é necessário ter o cartão do partido, e é isto que faz a força do PC nas eleições autárquicas.
Anónimos (12:21 e 16:35):
Caros!!!... Já tinha saudades dos “sem nome” que chegam aqui impantes de bravura... e dizem umas coisas sobre umas coisas.
O primeiro, consegue reduzir a organização da Festa do “Avante!” ao seu problema pessoal, depois de, certamente por aselhice, não ter sabido os horários dos comboios... e ter perdido aquele que queria, não obstante os ditos, indiferentes à sua ignorância, passarem, imperturbáveis, de hora a hora, todo o santo dia.
O segundo atira para aqui uma molhada de “informações” que devem servir para ilustrar, nas conversas de café, o seu problema (decerto igualmente pessoal) com a Câmara do Seixal... sem que se fique a perceber de todo sobre que raio é que está a falar.
Uma sugestão: Juntem-se os dois e façam os possíveis por convencer o PCP a investir a fortuna que, pelos vistos, ganha no parque de campismo, na aquisição da “Fertagus”... e pôr comboios a passar de cinco em cinco minutos, com desvio para as portas principais da Festa. Se sobrasse algum dinheiro, ainda podiam financiar uma linha do Metropolitano de Lisboa, directamente do Terreiro do Paço para dentro da Festa, sei lá... à frente do Palco 25 de Abril. Era o máximo!!! ☺ ☺ ☺
Saudações.
Fernando Samuel:
Manda a justiça que se diga que, ainda o discurso de Jerónimo ia a meio e um senhor vice qualquer coisa da Revista Sábado, destacou, em directo numa televisão, o facto «original» de um dirigente de um partido político abrir um discurso daquela importância, falando de Cultura. Poucos minutos depois, foi a vez da Constança Cunha e Sá... e pronto... não sei de mais ninguém. :-)))
Abraço.
Um bonito texto Samuel, à medida da Festa do Avante.
Como resposta a estes anónimos, talvez pudessem ler no blogue "O Castendo", um texto de Miguel Esteves Cardoso (com quem, do ponto de vista ideológico, não tenho nada a ver) sobre a Festa do Avante, publicado na "Sábado" de 13 de Setembro de 2007, belíssimo, tão mais belo por ser escrito por alguém "sem cartão do Partido, ortodoxo, blá, blá". Um texto que qualquer militante ou apoiante da Festa gostaria de escrever.
Eles falam, falam e a Festa é sempre uma realidade.
"Sem nome"? Queres um? Aqui vai: António Rosa.
E agora? Passou a haver transportes?
Julgo que não!
AR
António:
Meu caro,
- (Sem nome?) - Sim, era “sem nome”.
- (Queres um?) - Nem por isso...
- (Aqui vai: António Rosa) - Pronto, cá chegou... e logo dois!...
- (E agora? Passou a haver transportes) - Não, não “passou a haver”, porque já havia.
- Se continuar a “julgar” que sim ou que não, em vez de consultar os horários, nunca apanhará transporte nenhum... a não ser por acaso.
Ah... e não, não o conheço assim tão bem, mesmo depois de “apresentado”, para o tratar por tu com o seu à-vontade... ☺ ☺ ☺
Eu ate sou da opiniao que deveriamos fazer uma Festa do Avante todos os meses, todos os distritos deveriam ter a sua "quinta da atalaia", e em cada mes o local da festa ia mudando... assim como cada banda que actua no Avante! deveria saber tocar a Carvalhesa para no final do seu concerto levar os camaradas ao rubro!! Abraço
E Constança Cunha e Sá disse ainda que a imprensa discrina o PCP e que tem andado com o bloco ao colo.
Dou-te mais esta do Jerónimo: "Tens de fazer boa cara ao mau tempo", isto acerca de uma grave problema de saúde com um familiar e para dar força. Lapidar.
Caro Manuel da Mata,
Pois, fugiu-lhe a boca para a verdade (à Constança)....mas isto é sol de pouca dura...não espero nada desses lacaios do capital...foi apenas um "deslize" (infelizmente)...
Se o glorioso trabalhasse em função da informação que dessem da sua actividade já tinha desaparecido, não é? ;)
Samuel Cancioneiro:
Adoro o teu blogue :) venho aqui várias vezes por dia.
Fernando Samuel:
Acutilante (e espirituoso) como sempre :)
Também adoro o Cravo de Abril!
Abraço revolucionário,
La passionária.
...na realidade esta não é uma festa. Esta é A FESTA!!! (digam o que disserem).
Samuel: fantástica a sua resposta ao Anónimo(s?)/AR!!! Merece aplausos pela "lição" de Boa Educação:"Ah... e não, não o conheço assim tão bem, mesmo depois de “apresentado”, para o tratar por tu com o seu à-vontade...".
Pena é que continue a haver quem não aprenda...
Sincero abraço
Caro anónimo,
Relativamente a Constança Cunha e Sá, poderá ser sol de pouca dura, mas disse-o e temos que realçar o facto.
Que belo post sobre a FESTA!!!!!!
Mas a FESTA merece-o. Vou lá todos os anos, nunca consigo ver tudo o que queria, mas tudo tem tanta qualidade que venho sempre cada vez mais encantada.
Pena tenho de não te ter encontrado, camarada, assim como a outros camardas que eu tanto admiro.
Mas não podemos ter tudo, não é verdade?
Um abraço.
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