Nunca hei-de habituar-me à pedestre estupidez revelada tanto pelas autoridades como pelos jornalistas, sempre que ocorre uma destas espectaculares apreensões de droga. Sem excepção, durante dias, polícia, jornais e televisões não se cansam de destacar aquilo que acham mais importante e “vistoso” no seu sucesso. Ao contrário do que seria normal, no entanto, em vez de destacarem o mal que a droga faria se chegasse às ruas, gritam aos quatro ventos o dinheiro que ela iria render aos traficantes. No caso desta estória mais recente, nove milhões de euros.
Será que estas alimárias não sabem que os criminosos estão sempre convencidos de que sairão impunes? Será que estas bestas não sabem o quanto a perspectiva de um “prémio” de nove milhões de euros ajuda a fortalecer essa convicção?
8 comentários:
Não será mesmo por isso?
Um abraço,
mário
Isto não aconteceria se as drogas leves fossem permitidas. E de facto prendessem os corruptos é que fariam um bom serviço, e se encontrassem as crianças desaparecidas, raptadas, e estivessem nas ruas para ajudarem as pessoas e cumprirem de facto um serviço de segurança pública, isso sim é que é mais importante. Não roubar haxixe.
E não é que os grandes traficantes ganham mesmo isso ou muito mais? Os desgraçados passadores e consumidores de bairro são vítimas desses criminosos.
Um beijo.
Aliás a droga é um grande negócio para muitos grandes senhores.
Então desta vez não disseram "a maior apreensão de sempre"?!
Um abraço e para a próxima vê a notícia toda
Ora bem!
Abraço
parece-me é que, lançando-se para a ribalta esses valores, ainda o Estado começa a pensar que será rentável assumir ele prórpio a gestão do negócio...Ministro das Traficâncias, por exemplo...ladrões já eles são era só diversificar a actividade!!! quando falam em poupar milhões aqui , mailhoes acolá...aqui estariam a trabalhar no lado da receita! MG
Penso que é uma matéria delicada para ser dada assim avulsamente até como abertura de telejornais.
Dar a notícia sim sem tanto espalhafato, mas dotar as forças policiais de meios eficazes para o combate mais eficaz (sem tréguas) a este flagelo, e mudar a legislação penal para estes casos, além de por exemplo: porque não em lugar de vender, transformar alguns quartéis, em cadeias e hospitais, em que os comerciantes pudessem ser presos para cumprir as penas, e os meros consumidores devidamente tratados.
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