quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Camilo Lourenço – O papagaio do pirata


Não sei se a coisa acontece apenas comigo, mas sempre que vejo a frontaria de Camilo Lourenço, sobretudo se a imagem for acompanhada pelo dom da bosta dos seus pensamentos a soltarem-se-lhe da boca e caindo no chão à sua volta... parece-me estar a ver um cartaz que diz “Atirem-me com um gato morto nas trombas até o gato miar!”... mas provavelmente é apenas imaginação minha.
A verdade é que o incontinente comentador vive num stress tremendo, sempre tentando ser o primeiro a apoiar quaisquer medidas de austeridade que o governo resolva anunciar... mesmo aquelas que ainda estão na fase farsante dos anúncios catastróficos de, por exemplo, um futuro corte de 40% numa pensão, para depois se ficar, “magnanimamente”, “apenas” por vinte...
As provas que vai dando do ódio visceral que o move, já não apenas contra a esquerda, mas conta todos os trabalhadores, os verdadeiros culpados de tudo o que de mal acontece na Humanidade... são dignas de estudo psiquiátrico.
Este seu recente vómito, em que defendeu que «os licenciados em História são inúteis para a Economia»... fez correr tinta, muitas vezes de pessoas que decidiram pagar na mesma moeda, dizendo que são os economistas os “inúteis”... o que para além de não ser verdade, é uma injustiça... para muitos economistas.
A verdade é que é o “economista” Camilo Lourenço que se revela absolutamente inútil... para a História!

Bento dezasseis - Adeus, não afastes os teus olhos dos meus... (*)


Este post anda à volta de duas notícias de jornal, ambas envolvendo “despedidas”, ambas relacionadas com o senhor Ratzinger, Papa demissionário.
Ainda sob o efeito da repulsa que me causou a desfaçatez do resignante, quando teve a ousadia de comparar a sua retirada para um palácio luxuoso, com todas as mordomias, secretário para todo o serviço, etc... com a estória (ou fábula, se assim o entenderem) que relata a “subida” de Cristo a um monte, sem nada, apenas com a roupita que tinha vestida e na maior penúria, para, durante um ror de dias não fazer mais nada senão orar... leio no “Jornal de Notícias” que o Papa se despediu dos fiéis.
Como disse, estando ainda sob o efeito da irritação com a “papal” prosápia e do ridículo da verdadeira competição que se instalou no Vaticano para arranjar para o homem uma designação, desde que seja muito comprida e envolvendo muita “santidade” tenho que admitir que, pelo menos para os católicos, é uma notícia relevante.
Pronto, vá lá... pelo menos um pouco mais relevante que a segunda notícia, esta do “Diário de Notícias”, que também fala de uma “tocante” despedida do pontífice... mas, desta vez, dos seus sapatinhos encarnados.
Esperam-se os seguimentos, com notícias e pormenores sobre as cuequinhas, as peuguinhas, o desodorizantezinho... ...
* O senhor Ratzinger que me desculpe... mas a versão da Simone de Oliveira, gravada ainda nos anos sessenta... é insuperável!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Na dúvida... investigue-se!!!


Não pretendo, de todo, entrar na (interminável) polémica da carne de cavalo, nem desviar as atenções dos consumidores para os roubos (esses bem reais!) de que são vítimas todos os dias, nem enervar ou sobrecarregar com ainda mais trabalho os senhores inspectores da ASAE, ou atemorizar os meus estimados leitores... mas hoje de manhã, ao passar pelo aviário cá da terra, tive a nítida sensação de ter ouvido relinchar... ... ...

O senhor da Ponte – Lapso... ou relapso?




Esperava-se qualquer tipo de reacção aos dois embaraços sofridos pelo desavergonhado Relvas, envolvendo a Grândola. Tudo... menos o que, afinal, aconteceu: o coro de uns poucos dos seus companheiros de partido... e, misteriosamente, de figuras gradas do PS que, hipocritamente, vieram agitar a bandeirita ridícula (por aplicada a este caso) da “liberdade de expressão”.
Esta estória, em que trabalhadores da RTP se insurgem contra a ameaça de despedimento que paira sobre a cabeça do jornalista Nuno Santos, jornalista que, independentemente dos contornos da estória que serve de desculpa para o processo disciplinar de que está a ser vítima, não caiu, decididamente, nas boas graças da Administração, nem de Relvas... pode explicar muitas coisas, nomeadamente duas:
1. Explica que Relvas, que tutela a RTP, tem um sentido muito apurado sobre liberdade de expressão. Que o digam, para além de Nuno Santos, aqueles que já tiveram a infelicidade de contrariar o genial e douto ministro. No “Público”, na “Antena 1”... ...
2. Que o “não-sei-quantos” da Ponte, o tal que percebia bué de cervejolas e, na altura em que Relvas movia céus e terra para vender a RTP a um grupo de media angolano, já fazia parte da bagagem do ministro nas suas viagens a Angola e que, logo de seguida, quando o golpe da venda se preparava, foi promovido a especialista de “comunicação social e serviço público de televisão”, sendo estrategicamente colocado na cadeira de administrador da RTP... para além de mentiroso (já que havia garantido que não avançaria com a intenção de despedimento), talvez tenha fortes razões para continuar com o nome de Salazar tão prontamente debaixo da língua quando se refere à famosa ponte sobre o rio Tejo, quase quarenta anos depois desta ter deixado de ostentar o nome do bandalho de Santa Comba Dão, para passar a chamar-se Ponte 25 de Abril.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Mercadões... ou “tubarados”?


Uma das razões para o agravamento constante da minha “alergia” à UE, ao Mercado Único, à Zona Euro, à pata que o pôs a todos e ao capitalismo em geral... é esta desfaçatez com que já se assume como coisa natural, que “os mercados”, do alto do seu poder tão absoluto quanto anónimo e apátrida, “torçam o nariz” a este ou aquele resultado eleitoral, a este ou aquele candidato, seja de que país for... e que isso resulte em prejuízos económicos para os povos dos países em questão, ou até, por “contágio”, para outros povos vizinhos ou menos vizinhos.
Só estes dois títulos de jornal com que abri o post, seriam suficientes para um levantamento de consciências, tendente a pôr “os mercados” no seu lugar e a criar as condições para que os povos reconquistem a sua independência e liberdade, independência e liberdade tantas vezes conseguidas com sangue, suor e não poucas lágrimas.
Já todos (ou quase todos) percebemos que o sonho dos banqueiros, especuladores e outros ladrões internacionais, seria nomearem às claras os seus lacaios, que colocariam à frente dos governos nacionais... mas sem terem, sequer, que passar pelo “incómodo” e a farsa das eleições “democráticas” à sua moda. Que qualquer tentativa de participação dos trabalhadores dos países nos seus destinos, entre as tais “eleições”, constitui uma afronta ao poder desses banqueiros, especuladores e demais ladrões.
Se já percebemos... até quando vamos consenti-lo?!

Gaspar – A “descoberta”


Pergunto eu, que sei pouquíssimo de ciência política... e ainda menos de economia e finanças:
Quando se andou a ignorar, quase sempre de forma arrogante e malcriada, os avisos e previsões sobre o resultado das políticas do governo na economia, logo, na vida de milhões de portugueses...
Quando se torna por demais evidente que a esmagadora maioria desses avisos e dessas previsões estava certa...
Quando, ao longo de meses e meses, todas as propostas alternativas a essas políticas (propostas que, nalguns casos, vão ser adoptadas, descaradamente, como se tivessem caído do céu, ou fossem uma ideia do governo) foram ignoradas, escarnecidas, ou atacadas como "crimes de lesa-pátria"...
Será que um simples ooops!” é suficiente para substituir o pedido de desculpas, acompanhado pelo pedido de demissão que é devido, tanto a opositores, quanto – e muito principalmente! – ao milhão de portugueses desempregados, jovens e menos jovens, aos trabalhadores ainda com trabalho, mas assaltados nos seus salários e direitos, aos idosos roubados na sua dignidade e qualidade de vida, aos doentes explorados e discriminados exactamente quando se encontram mais fragilizados, aos estudantes que veem o seu futuro a fechar-se à sua frente?
Será que uma sonolenta declaração quase “casual” do hipócrita Gaspar é suficiente?!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

José Sócrates – Livra!!!...


Constava que as finanças pessoais do ex-primeiro-ministro José Sócrates andavam anémicas, deprimidas, tristinhas, arrastando-se pelos boulevards de Paris sem ânimo para nada...
Felizmente, já estão a ser fortemente medicadas!
Antes assim! Não quero saber qual a relação que a grande e, convenhamos, algo "manhosa" farmacêutica tinha com o governo dos tempos de Sócrates, se havia favores para cobrar, nem tampouco especular sobre o que quer que seja que os levou a considerar o ex-governante português um especialista em saúde pública na América do Sul.
Como já disse... antes assim! Inquietante era se alguém tivesse a ideia peregrina de o contratar para cometer engenharia!!!

António Borges – Que diabo é que lhe aconteceu?




António Borges, lacaio do Goldman Sachs, o monstro financeiro que tem sido responsável pela ruína de milhões e milhões de seres humanos. António Borges, o escroque que todos os meses leva para casa uma quantidade indeterminada de milhares de euros, provenientes das negociatas e trafulhices mais diversas, incluindo alguns milhares sacados directamente aos nosso bolsos, dada a sua “colaboração” com o governo de Passos/Gaspar/Portas enquanto "consultor". Esse António Borges, o desavergonhado que tem, repetidamente, faltado ao mínimo de respeito que é devido aos portugueses, como quando produziu a frase que ilustra a fotografia... decidiu surpreender.
Perante uma piedosa plateia, daquelas atascadas em espírito “cristão”, resolveu bolsar umas frases sobre injustiças e equidade.
«É aqui que a crise é mais injusta e ao mesmo tempo mais penosa e leva mesmo a sentimentos mais profundos de revolta, que todos devemos sentir, porque não há uma distribuição equitativa das consequências e há mesmo muita impunidade»
«houve quem beneficiasse muito com esta política e não foram os mais pobres»
«nós vivemos demasiado agarrados a proteger o que já existe, a proteger as empresas, os grupos e os interesses corporativos e em resultado disto o Governo e as empresas andam sempre juntinhos. É a nossa tradição e isto é que eu acho que é a herança do doutor Salazar»
A coisa foi de tal modo que conseguiu “convencer” os jornais de que estava de facto a criticar o governo e a “defender os mais pobres”, ou a criticar, de facto, as “desigualdades na repartição dos sacrifícios”... como se pode ver por dois dos títulos.
Pessoalmente, não sei como explicar mais este surto de descaramento de António Borges.  
Foi atingido pelos vapores de “santidade” que emanavam da plateia?
Olhou, acidentalmente, para um recibo do seu vencimento, ou para um dos seus extractos bancários... e teve um epifania?
Foi apenas mais uma demonstração da acanalhada hipocrisia a que nos tem habituado?
Dúvidas, dúvidas, dúvidas... ...

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Carminho e Chico Buarque – Lá fora, amor, uma rosa nasceu...


Quando pessoas "afastadas" por quarenta anos de idade, milhares de quilómetros e até “separados pela mesma língua”... como disse (com graça) alguém, a propósito de portugueses e brasileiros... pode não acontecer nada, pode acontecer o clássico conflito de gerações... ou coisas maravilhosas.
Uma dessas coisas maravilhosas aconteceu neste encontro de Carminho com Chico Buarque, à volta desta "Carolina" com que ele concorreu a um festival de música popular, em 1967... quando faltavam ainda quase vinte anos para a Carminho nascer.
Uma série infelizmente numerosa de casos de jovens cantores e cantoras que, numa primeira audição me fizeram ficar em estado de “uau!”, para pouco tempo depois se deslumbrarem com os elogios a esta ou aquela “habilidade” vocal, ou fórmula musical, passando a apostar tudo nessas “habilidades” e fórmulas, até ao enjoo, transformando o que tinha começado por ser uma legítima esperança, numa sequência de “números circenses” de gritaria e repetição de truques... faz-me sentir alguma ansiedade de cada vez que ouço uma novidade extraordinária.
Carminho é, até agora, uma dessas novidades extraordinárias! Espero que, com a inteligência que demonstra sempre que fala e o talento que lhe sobra, quando canta, não se deixe enredar em armadilhas musicais do tipo em que "embarcou" com o moçoilo espanhol delicodoçe de há uns tempos... e se concentre na sua arte verdadeiramente única.
Para fazer duetos, que sejam fantásticos! Como este.
Bom domingo!
“Carolina” – Carminho e Chico Buarque
(Chico Buarque de Holanda)



sábado, 23 de fevereiro de 2013

Em cada esquina um amigo – Lá chegaremos, Zeca!


Olá, Zeca!
Como não tenho a menor intenção de falar de morte... este recado é só para dizer que a saudade aqui por casa não abranda.
A tua Grândola está a fazer um sucesso fantástico... por boas razões, mas nem sempre da forma mais acertada. Mas isso são contas de outro rosário.
Como deves calcular - já que me conheces - não estou a falar na afinação vocal dos espontâneos cantores e cantoras, nem tão pouco do facto de quase ninguém saber a letra da cantiga... pois nesta segunda “arte” sempre foste tu o campeão.
Seja como for, cantando mal ou bem... havias de gostar de ver as idades da maior parte da malta que anda a cantar-te, por vezes pela primeira vez. Quem sabe se nalguns, mesmo que pouco a pouco, a coisa pega e frutifica?
A propósito... dentro de algumas semanas estarei de novo no júri do “Festival Cantar Abril”, inventado pela Câmara de Almada, e que instituiu um prémio com o teu nome. Há um belo punhado de malta nova que vem a concurso e, sobretudo, a convívio, mostrar as suas cantigas originais que falam de liberdade e futuro, ou recriar as canções da resistência e de Abril. Destas, como aliás nas edições anteriores, quase metade dos títulos a concurso... são teus.
Não fiques acanhado e, muito menos preocupado. Ninguém leva a mal!

Um abraço apertado.


António José Seguro – Ser solidário (*)


Há sempre uma primeira vez para tudo! Ontem senti-me extensamente solidário com o hiper-activo secretário geral António José Seguro! O melhor é explicar...
Ontem, como disse, por volta das 4 da tarde, passei por um electrodoméstico que estava sintonizado na "menina dos olhos de Balsemão, a SIC-Notícias. Um repórter atirou-me de supetão:
“António José Seguro está, há meia hora, a explicar a Cavaco Silva... ...”
Nem ouvi mais! Só de imaginar a cena excruciante de Seguro a tentar explicar não sei bem o quê a Cavaco Silva... o meu coração foi-se transformando lentamente numa “amálgama de ferros retorcidos”, ou num “cenário dantesco”... tudo expressões muito queridas dos senhores jornalistas, sempre que querem descrever desastres, que podem ir do colapso de uma banca de frutas e legumes, ou a uma inundação na despensa da senhora Adosinda... até acontecimentos corriqueiros.

Ninguém teve a ideia caridosa de avisar Seguro de que não adianta tentar explicar seja o que for àquela criatura? Que “aquilo” tem cimento armado de primeira qualidade e dureza em cima dos ombros? Que nem que ficasse lá até ser noite cerrada... ali não entraria nada?!!!
Entretanto percebi que Seguro não estava a explicar coisa nenhuma, mas sim a recitar o seu “mantra” dos últimos dias, sobre isto e aquilo, com aquela animação e originalidade apenas superada pela gravação daquela senhora que debita as informações sobre os comboios nas estações da “Fertagus”... o que, convenhamos, também não deve ter sido propriamente o melhor programa de entretenimento para a tarde do senhor Presidente... mas ainda assim, que diabo!
Quem quer que seja levado a estar sozinho numa sala com Cavaco Silva, por que motivo for e ainda que por pouco tempo... tem toda a minha solidariedade!
* O José Mário Branco não merecia esta desfeita!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Uma farsa em três actos


1º acto: O governo queria - ou fez de conta que queria – fazer um paralelo legal com muitos dos países considerados civilizados, aumentando para os 18 anos a idade mínima para se ser, legalmente, consumidor de bebidas alcoólicas em lugares públicos.
2º acto: Pires de Lima é o manda-chuva dos fabricantes de cerveja nacionais. Pires de Lima é dirigente do CDS, partido do governo. Pires de Lima mexeu-se, produziu umas tantas declarações lavrando o seu repúdio pelo previsível prejuízo que seria provocado por esta proposta «proibicionista»

3º acto: O governo recuou, permitindo a venda de vinho e cerveja a maiores de 16... ficando estes apenas proibidos de consumir as chamadas bebidas “espirituosas”.
Os fabricantes de cerveja ficaram felizes, os adolescentes que se arrastam por aí bebendo litros de cerveja ficam “contentes” (antes de entrarem em mais um coma alcoólico)... e eu, assombrado.
É um país assombroso, governado por gente assombrosa! Tão assombroso que nem me deixa espaço para perceber se estou de acordo com a lei assim, ou assado, ou desta forma, ou daquela!
Sai mais uma caneca!

Liberdade de expressão... e Relvas


São palavras do director de informação da TVI, José Alberto Carvalho, num longo e confuso arrazoado em que mete os pés pelas mãos, tentando justificar-se e agradar a todos, depois de, involuntariamente ou não, ter iniciado a cruzada da “liberdade de expressão”. Apenas num aparte... não me lembro de ter ouvido José Alberto Carvalho insurgir-se contra o que aconteceu à liberdade de expressão de colegas seus que se “atravassaram” no caminho de Miguel Relvas.
Na verdade, já não pode justificar grande coisa! A verdade é que as declarações que fez antes, introduziram o tema da “liberdade de expressão”, tema que foi imediatamente cavalgado pelo PSD e os (poucos) defensores de Miguel Relvas… com destaque para o assombroso “socialista” Francisco Assis... que aproveita, na passada, para insultar os jovens manifestantes, chamando-lhes «rapaziada ululante, com a minúscula desculpa de uma certa inconsciência».
José Alberto Carvalho deveria saber que, ainda que se venda ao patrão (se acaso o faz), um profissional das notícias deveria ser capaz de continuar, pelo menos, a fingir ser um verdadeiro jornalista. Infelizmente, parece não saber!
Daí que não me espante por aí além esta sua frase com que abri o post, que pretende dar a ideia de qua ainda há muitos portugueses dispostos a considerar essa indesculpável fraude com pernas que dá pelo nome de Miguel Relvas, um “injustiçado”... seja lá a propósito do que for!
O que me espanta, isso sim, é que um director de informação, tal como o próprio Relvas e o governo a que pertence, não tenham ainda assimilado uma realidade por demais evidente:
Miguel relvas já não é, há muito, um ministro contestado! É um ministro profundamente desprezado! Que envergonha o país! Que causa asco! Como causa asco qualquer bicho morto e já a apodrecer, que o gato dos vizinhos arraste para o nosso tapete.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Bispo Carlos Azevedo



No seguimento mais esta estória, um tema já por demais corriqueiro nas fileiras da Igreja Católica, mas desta vez tendo como protagonista um bispo português a voar já tão alto na hierarquia, que bem poderia acalentar sonhos de vir a chegar a Papa... fica a pergunta:
Afinal, quem será mais “papável”?

O bispo, ou aqueles que, acidentalmente, passam ao alcance da sua “calorosa afectividade”?

Adenda: Nem de propósito... o primeiro comentário ao post veio lembrar que ficou aqui a faltar a declaração de que a orientação sexual de quem quer que seja, jovem ou menos jovem, é-me absolutamente indiferente... desde que seja vivida livre e voluntariamente.


Governo Passos/Portas – Recrutamento...


Embora de forma canhestra (mas canhestra não quer dizer menos canalha!) o governo miserável de Passos Coelho tenta aliciar os cidadãos contribuintes a tornarem-se nos “novos bufos”. A troco de uns cêntimos deduzíveis no IRS por conta de umas tantas facturas, passaríamos a ser “polícias” ao serviço do fisco.
Se não for assim, quem garante que daquelas cabeças não sai um projecto de aliciamento de novos bufos, mas desta vez ao serviço do Ministério da Administração Interna e da “Secretas”?.
Quanto poderia vir a valer a denúncia dos vizinhos e colegas de trabalho, quanto aos seus rendimentos, às preferências políticas, intenções de voto, participação em manifestações da oposição, protestos, greves... ...
Ah... e não me venham dizer que eles não seriam capazes disso! Não têm feito outra coisa, senão demonstrar que sim, que reunidas as condições, seriam capazes disso e de muito mais!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Vaticano – O novo “gerente”


Sempre obstinados em persistir na sua corrida para um "futuro" que, cada vez mais, se quer de “paz, solidariedade, respeito pelas diferenças, fé, esperança... e outras cenas”, vários especialistas em sucessões de papas não hesitam em cotar como um dos favoritos ao lugar na "cadeira de Pedro" (*), o cardeal Peter Turkson, do Gana, que, entre os seus vários primores evangélicos e na mais estrita interpretação do amor de Cristo... é favorável à pena de morte para os homossexuais.
Pronto... não ficará lá muito bonito no cartão de visita da Igreja Católica, mas sempre é uma passo importante a caminho da transparência e da verdade do pensamento de muitos dos dirigentes do Vaticano... por mais que isso deixe em estado de pânico uma boa parte do clero que, com sustos destes, levará muito tempo a “sair do armário” das suas opções sexuais... se alguma vez ousar fazê-lo.
Seja como for, este post não é sobre a maior ou menor “caridade cristã” deste ou daquele cardeal. O que me tem espantado, por estes dias, é a profusão de prognósticos, opiniões, "bitaites", especulações, antevisões, cálculos e até apostas a dinheiro... sobre qual a figura que sucederá ao senhor Ratzinger.
Tudo isto seria natural se viesse exclusivamente de ateus. Como não é esse o caso... que diacho!!! Então não era suposto estarem todos, cardeais incluídos, recolhidos no “silêncio” da sua fé, esperando a decisão e o "sinal" de que tem a responsabilidade exclusiva e oficial de indicar o nome do novo papa, ao que julgo saber, o “Espírito Santo”?
Depois admirem-se que ateus e agnósticos decidam “avacalhar” o assunto, dizendo que é por demais evidente que o Espírito Santo não é de todo para ali chamado. Que é por demais evidente que o Vaticano serve, sem dúvida, os interesses de muitos bancos, começando pelo seu próprio Banco Ambrosiano... mas que ao pé de muitos desses gigantes financeiros e dos seus poderosos e implacáveis interesses globais, o portuguesito Espírito Santo conta menos do que... sei lá... nada!!!...


* Pobre apóstolo Pedro! Se bem me lembro da sua profissão, teria que trabalhar durante várias vidas consecutivas, para conseguir ganhar o dinheiro que vale a cadeira do Vaticano a que, insolentemente, chamam sua!


Miguel Relvas – O "saco de pancada" de serviço?


O Sobral de Monte Agraço (já) tem um parque infantil! Em Gaia há um “Clube dos Pensadores”. Ou seja... cada um diverte-se como pode!
Sempre que vejo escrito o nome do “Clube dos Pensadores”, perdoem-me todas as estimáveis pessoas de bem que já lá foram falar... mas lembro-me sempre de um grupo de cachopos vivendo aventuras saídas de um livro da grande Enid Blyton, ou, vá lá... em mais pobrezinho, da dona Isabel Alçada e da dona Ana Maria Magalhães.
Mas não. Aquilo é mesmo feito por adultos, tendo à frente um senhor, de nome Joaquim Jorge... e que não é para o gabar, mas tem mesmo “pinta” de dirigente de clube cuja modalidade principal... é pensar. Nem lhe falta aquele toque de histeria, sempre necessária para controlar “assembleias de sócios” mais turbulentas.
Seja como for, o mais espantoso na sequência desastrosa das “grândolas” a que o Relvas tem tido direito, nem é a cara de pau que é precisa para ir botar discurso numa escola, ou numa empresa, no Parlamento, ou achar que ainda tem condições para pôr os pés na rua. Espantoso, mesmo, é alguém lembrar-se de convidar Miguel Relvas para falar num clube que, para o mal e para o bem, que diabo!... é de “pensadores”.
Terminar com duas notas. A primeira, positiva; a segunda, negativa.
1. Relvas conseguiu, finalmente, quebrar o histórico record de Zé Cabra. Decididamente, hão-de passar décadas, até que alguém seja capaz de fazer alguma coisa pior a uma canção, do que aquilo que o Relvas fez, em escassos segundos, a alguns poucos versos da Grândola.
2. Nunca iremos saber - e isso é uma perda irreparável! - o que é que aquela grandessíssima besta tinha para dizer sobre o “jornalismo do futuro”!!!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Conversa de café – No fundo, no fundo...


Caí acidentalmente no meio de uma animada conversa de café/tasquinha. Pela profusão de jornais desportivos sobre a mesa, via-se que era esse o assunto principal, embora tivessem decidido fazer uma pausa para a actualidade política.
Não direi a militância partidária, mas pelo menos as simpatias políticas, estavam bem evidentes nas “bocas” à volta da carta de Seguro à troika.
- Vocês, também... criticam o homem por tudo...
- Ó pá... mas achas que aquilo da carta vale o quê?! Se ele é tão do contra, porque é que nunca põe os pés numa manifestação contra a troika e essa ladroagem toda do Coelho e do Gaspar...
E um terceiro, filosoficamente:
- Eles lá no fundo, no fundo... entendem-se todos!
E eu, naquele registo de voz entre o aparte e o meter-me na conversa alheia:
- Então, se calhar... o melhor era mandá-los ao fundo de vez...
“Você esteve naquela coisa da Grândola, na Assembleia!!!” Estive – comfirmei. Rimo-nos todos um bocado. Foi bom! Andamos todos a precisar de um riso que deixe (e crie) espaço para o pensamento.

Obs:  Obrigado ao Nuno Gomes dos Santos, que me "deu" a fotografia...

Passos e Relvas – Finalmente uma "fissura" na união...


Unidos pela militância na mesma “jota” partidária, pela mesma vida académica medíocre, pela mesma ausência de empregos dignos desse nome até à chegada à governação, pela mesma arrogância contra os mais fragilizados, pela espessa ignorância sobre as realidades do dia a dia dos portugueses, pela “alma” vendida aos interesses dos grandes grupos económicos, pela compulsão para a mentira... já desesperava de conseguir encontrar algo que fosse, pelo menos, um vislumbre de "fissura" na união entre Passos e Relvas. Até hoje!
Segundo as notícias, enquanto Relvas afirma que o «desemprego jovem» lhe tira o sono... Passos Coelho, navegando nas mesmas águas, no mesmo barco e na mesma realidade, assegura que dorme bem, apesar do «desemprego recorde».
Entretanto, Passos vai continuando, como quase todos os membros do seu governo miserável, o roteiro das merecidas vaias que os esperam onde quer que vão. Estou ansiando pelo dia em que um deles seja sonoramente vaiado durante uma visita a um seminário... para saber se as nossas “vaias con dios serão mais interessantes do que os originais dos anos 80/90... que sempre me deixaram bastante indiferente.

(Sugestão para reportório: "Ai, ai, ai, ai ai, aaai... porco rico"...)


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O “namoro” (*)



… … … …          
…mandei-lhe uma carta          
e ela disse que não”          

* Espero que o Viriato da Cruz e o Fausto consigam perdoar este meu desaforo!

Governo Passos/Portas – Porque não vão pedir à fada?


Enquanto Seguro que ver políticos, e não técnicos, na delegação da “troika”, Paulo Portas assume a escrita do guião da farsa em que pretende solicitar mais tempo para encontrar onde cortar quatro mil milhões de euros aos ordenados, pensões e poupanças dos portugueses... fazendo de conta que está a cortar na “despesa”, ou... com a justificação ainda mais inverosímil, pronto... aldrabona, que é como quem diz, vigarista, de estar a reestruturar o Estado.
Embora não o admitam em público, todos estarão concentradíssimos a pedir a intervenção mágica de Angela Merkel, a sua “fada-madrinha”.
Adenda: Reparo agora que ao legendar a fotografia a minha dislexia (ou disgrafia) fez, mais uma vez, das suas... e troquei um poucochinho o nome à frau Merkel. Paciência! Agora já não tenho pachorra para ir fazer tudo de novo...

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Brasil pandeiro – Quando o bom é amigo do óptimo


“Chegou a hora dessa gente “bronzeada” mostrar seu valor...”
Começa assim a letra de um histórico samba composto ainda nos anos 40 por Assis Valente. É um verdadeiro hino ao povo brasileiro e à sua cultura, um samba irresistível e genial que, depois de um período de incompreensão inicial, resultado da falta de gosto (e cultura) da artista a quem se destinava, acabou por ser largamente reconhecido. Foi já interpretado por centenas de artistas e mantem-se em grande forma, podendo, a ver pela letra... continuar a ser cantado por toda a gente (com excepção do Arménio Carlos, evidentemente!).
Partilho-o convosco em dois diferente vídeos. O primeiro, com Ivete Sangalo e a grande sambista Beth Carvalho.
A Ivete Sangalo, trasbordando talento e fazendo tudo o que é possível para agradar a uma plateia que sabe ser composta por apreciadores da Beth, num espectáculo em que era convidada da histórica artista. A mostrar que, como já tenho dito, devia “visitar” a música de qualidade mais vezes... quanto mais não fosse, para descansar daquelas loucuras mais ou menos “aeróbicas” com que faz quase todo o dinheiro que (muito justamente!) ganha.
Já Beth Carvalho, não precisa de fazer rigorosamente nada... ou, pelo menos, dá a ideia de que não faz. Os sambas parecem todos ter nascido na sua garganta, por onde escorrem com doçura e com a misteriosa simplicidade das coisas naturais.
Visto este vídeo, fica a sensação de que mais nada se poderia fazer com este samba.
É aí que entra o segundo! Qual é forma inteligente de repetir uma coisa irrepetível, de “bater” uma versão imbatível? É esta! Criar um produto tão diferente, tão criativo, tão bem feito, tão respeitador da raiz e da cultura que lhe deu vida... que esse produto se transforma num renascimento, num abraço de ternura ao original.
Para conhecer toda a gente que faz este vídeo delicioso, basta estar com atenção até ao fim, quando passa uma ficha técnica com a identificação de todos... mas atenção à jovem cantora Luê. Ainda agora gravou o seu primeiro disco, mas desconfio que iremos continuar a ouvir falar dela.
Bom domingo!
“Brasil pandeiro” – Beth Carvalho e Ivete Sangalo
(Assis Valente)


“Brasil pandeiro” – Luigi Bertolli
(Assis Valente)



sábado, 16 de fevereiro de 2013

Moody’s e Standard & Poor’s - Provar do próprio veneno


Embora seja uma imagem sempre bastante arrepiante… gosto destes momentos em que a esporádica escassez de carne fresca das vítimas habituais, faz com que as feras comecem a abocanhar-se umas às outras.

Cada um começa as suas sextas-feiras como entende...


Ontem, sexta-feira dia 15, às 7:30 da manhã, era este, mais pormenor, menos pormenor (e com outro cenário), o tipo de visibilidade que se conseguia à volta da minha casa. Tomado por não sei bem que impulso, saí e fui direito à Assembleia da República, ouvi Coelho, ouvi, Seguro, voltei a ouvir Coelho, ainda mais um pouco de seguro e de um senhor do PPD, mais Coelho, outro senhor do CDS... e quando Coelho se preparava para repetir umas tantas inanidades, levantei-me e comecei a cantar a "Grândola vila morena" para os senhores deputados e senhoras deputadas. Bem... para ser exacto, foi para uns tantos deputados e deputadas... e contra os restantes.
Descidas as escadaria até à rua, por simpática sugestão das forças policiais presentes... descobri que, afinal, uma bela mão-cheia de gente, artistas como o Joaquim Pessoa, ou o Carlos Mendes, o Nuno Gomes dos Santos, a Filipa Pais, o Benfeita... entre outros e outras artistas... e até algumas pessoas “normais”, tinha tido o mesmo “impulso”.
Provavelmente descobriram, como eu, que independentemente de se fazer parte ou não (eu não faço) de um qualquer movimento, o pequeno músculo que comanda a nossa capacidade de fazer a unidade tem que ser exercitado amiúde... para quando se der o caso de ser necessário usá-lo mesmo a sério.
Ou então... acordaram com uma manhã tão especial como a minha.
E ainda dizem que já não há
amanhãs que cantam!

Hoje é outro dia! É dia de muita gente, muito, muito mais gente... encher de novo as ruas, por todo o país, com o caudal transbordante da sua razão!