terça-feira, 23 de setembro de 2008

A paixão da educação



Acho muito bem! Só espero que nos finais das várias “entregas”, os miúdos não tenham que devolver os computadores, como os policias tiveram que fazer com as suas novas pistolas todas “XPTO”.

Entretanto, a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, afirmou esta sexta-feira, em Lousada, que “um dos objectivos da sua equipa é alcançar nos próximos anos 100 por cento de aprovações no final do nono ano de escolaridade.”
Acho muitíssimo bem, tanto o investimento, como os 100% de aprovações, como tudo… só que não resisto a reproduzir uma pequena “história” que me chegou às mãos por “mão amiga” e que reza assim:

Numa aldeia portuguesa, a professora pergunta às criancinhas: Onde é que vivem as crianças mais felizes do mundo?
E todas respondem em coro : Em Portugal!
E onde é que as crianças tem todos os brinquedos que quiserem e todos computadores que lhes apetecer?
E todas respondem em coro: Em Portugal!
E onde é que as crianças crescem saudáveis, alegres e seguras em relação ao futuro?, continua a perguntar a professora.
E todas respondem em coro: Em Portugal!

... de repente ouve-se uma menina a chorar.
Porque estás a chorar, Guidinha?, pergunta a professora.
E ela com a voz embargada pelas lágrimas e pelos soluços: Quero ir para "Portugal"!!!

23 comentários:

Anónimo disse...

Realmente, eu também nunca fui a Portugal!

Maria disse...

Que costela mau feito, Samuel... lá estragaste outra vez a brincadeira da sinistra...
O teu último parágrafo, o da Guidinha, não tinha nexexidadede jejejeje
:)))

Abreijos

BlueVelvet disse...

Que maldade...deliciosa.
Tadinha da criança.
Deve ter ficado traumatizada para todo o sempre:))
Abreijinhos

alex campos disse...

Também gostava muito de ir para Portugal.

abraço

Anónimo disse...

Vamos mas é mudar Portugal!
O que faz falta é avisar a malta, temos que ser mais eficazes que eles, é preciso acabar com a demagogia barata destes banha da cobra,que só prometem mudança, para que nada mude.
Bom post companheiro!

Anónimo disse...

A estória é deliciosamente cruel, ou cruelmente deliciosa.
Mas no Portugal que queremos, a educação não se avalia pelo nº de computadores distribuídos, com negócios chorudos por detrás, nem peela percentagem das aprovações para a estatística.
Mais um grande "post". Abraço

L e n a disse...

Se esse Portugal assim fosse, não estaria aqui.

O governo continua com :
paroles et paroles....

Anónimo disse...

Pois é:O problema é o miolo do "magalhães".Num dicionário académico de língua portuguesa que tenho em casa usado no ensino secundário define:-"comunismo,s.m.-sistema que preconiza a abolição do direito de propriedade".
Sendo a criança dona do instrumento,é lógico que pense que os comunistas lhe querem roubar o "magalhães".É a ambição[missão] do Sócrates:formar anticomunistas!

Fernando Samuel disse...

É velha, mas contada assim - e com os considerandos que a antecedem - até parece nascida hoje...
Muito, muito adequada ao nosso tempo...

Abraço grande.

Pedro Penilo disse...

Pffff.... O Tony Carreira já tinha descoberto o Magalhães há bué!

Susete Evaristo disse...

Eu gostava muito de ir viver para o Portugal,que é descrito. Onde fica esse País?
Mas se fosse necessário pagar 15€ mensais para uma operadora... aí pensava um pouco.

Anónimo disse...

Como posso enviar um mail?

samuel disse...

Daniel

O meu mail consta do "ver o meu perfil completo" lá em cima... por isso mesmo, não tenho problema algum em o escarrapachar também aqui.

samuelquedas@gmail.com

Cá fico à espera,
abraço

Justine disse...

É isto a educação para esta gente! Estão bem entregues as crianças deste país, estão. E os que não são crianças, também...
É um prazer ler-te, apesar de me irritar quase sempre:)) Ah, esta dialéctica!

Sal disse...

Educação à portuguesa:
"Ó menina, porque é que te estás a rir tanto, aí no teu quarto?"diz o pai.
"Estou na net com o meu Magalhães" responde a menina.
"O quêêêêê??? Querem lá ver isto? Com 10 anos e já namoras???? Mas quem é esse Magalhães? Quem são os pais?"
:)))

bjs

Orlando Gonçalves disse...

Será que a "sinistra" se enganou e queria dizer que queria nos proximos anos não ter 100% de chumbos???
Oh Samuel a da criancinha está de mais, amei... gostava eu de conhecer também esse Portugal.

Ana Camarra disse...

Eu também quero ir para esse Portugal...
Tenmho as capas todas da Anita versão não oficial, se quiseres mando-te, é só dizeres.
Tenho uma raiva desgraçada á Anita, quando era miuda, por ser ana atascavam-me com livrinhos da Anita e eu gostava era de Julio Verne, gosto quase tanto da Anita como gosto da Milu, agora juntares as duas num post é de mestre.

beijos

Anónimo disse...

onde é que fica esse Portugal? só quero bilhete de ida.

Carlos A. Augusto disse...

Samuel:
Mandei-te uma mensagem para o teu endereço gmail. Será que podes dar uma vista de olhos pf?

Lúcia disse...

100% aprovações? Concordo. É só chamar os miúdos no fim do ano para, pelo menos, assinarem o nome na folha. Vejam lá quanto é que o Estado não poupava!

Anónimo disse...

100% de aprovações até ao 9º ano? Pudera com a UE à perna, passa tudo!
Realmente... o que há de melhor na educação em Portugal são efectivamente.. "as anedotas"!
Beijo, amigo

Lídia Craveiro disse...

Vão lá dar um desses computadores a uma das familias de apoio social com quem trabalho todos os dias e vão ver o que eles lhe fazem. Vendem-no! E são mais uns tostões que entram em casa. Combater o insucesso escolar passa por outros medidas mais directas, centradas nas familias e não é trabalho em que o resultado se veja de imediato, como o apresentado nas estatisticas este ano. Passa por intervenção primária, apoio ás mães na educação e disponibilidade que prestam aos seus filhos...e outras. Distribuir computadores não combate o insucesso escolar de certeza. Este anormal pensará que somos todos burros?
Pertinente este teu post, como sempre.
Abraço
Lidia

ferroadas disse...

Antes dos computadores, que gastem o dinheiro nas escolas sem condições, nas que ainda não abriram por "falta" de pessoal, em melhores subsídios para o material escolar aos alunos "carênciados" (o que me custa dizer esta palavra), refeições gratuitas, etc. e então sim vamos lá aos computadores.

Abraço