quinta-feira, 26 de junho de 2008

O Céu a seu dono!



A crise dos aumentos não tem contemplações nem poupa sectores de actividade empresarial.
Chega-nos a notícia de que os preços dos "produtos e serviços" fornecidos pela Igreja Católica Apostólica Romana aos seus clientes, subiram em média cerca de 33%. A tabela completa com as "Taxas eclesiásticas e estipêndios" (adoro o termo "estipêndios") pode ser vista neste documento da Arquidiocese de Braga.
Três reflexões:
1. Não faço ideia da distância entre a Terra e o Céu, nem dos meios de transporte que a Igreja Católica utiliza para lá fazer chegar os seus clientes... mas deve ser coisa movida a combustível bem mais caro que o gasóleo Galp "G Force", portanto, fica explicado o aumento.
2. Altares de ouro como o da fotografia (Catedral de Toledo), os adereços igualmente de ouro (deve ser uma fixação) do Papa, etc, etc, etc... não se pagam com boas intenções.
3. O Inferno está, como se sabe, cheio das tais boas intenções, mas sobretudo de "maus". Vai continuar a aumentar consideravelmente a população de "bons"... mas pobres.

Como se trata de um negócio antigo e com o qual eu nada tenho que ver, termino como comecei:
O Céu a seu dono!

14 comentários:

Anónimo disse...

Também gosto de "estipêndios"; graficamente,é muito próximo de "estupores"...
Rui Silva

Lúcia disse...

UIiii. Mas em que terras te foste meter, Samuel!

Mas sempre foi assim, não foi? Alteram-se as formas, mas há sempre maneira de sacar algum em nome das alminhas. E tudo isso porque existe uma coisa chamada fé. E a fé cega. Sabes o que me choca? Saber que há gente - conheço-a - que, mesmo passando dificudades não deixa de dar a côngrua (outro termo magnífico) e outras contribuições, nem tanto por fé, mas por vergonha social!
Beijos

Fernando Samuel disse...

Com tanta estipendice não sei onde é que isto vai parar...
Consta que depois destes aumentos dos transportes para o Céu, o Diabo passou a oferecer viagens de borla para o Inferno... (e parece que ainda oferece gelados durante o percurso)

Anónimo disse...

Ainda bem que o teu (excelente) post de hoje é sobre o parasitismo (digo clero).

Pergunto-me bastas vezes o que produzem estes seres para o engrandecimento do país, ZERO.

Estão sempre ao lado do poder, ou seja dos poderosos.

A palavra pobre e necessitado está-lhes sempre colada à boca, o que fazem de concreto para acabar com eles, NADA

A manutenção destas "classes" é a razão da sua sobrevivência.

Salvo raras excepções, nunca estão onde são realmente necessários (na calamidade dos incêndios por ex. nunca vi nenhum a ajudar), etc..

Para que servem?

E quando algum levanta a voz para o poder, quando algum diz as verdades sobre a seita, são logo recambiados para sítios longínquos e sem regresso. Exemplos não faltam.

Abraço

Justine disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Justine disse...

Então o céu que os carregue a todos, e nos deixem tranquilos na terra, que mais não pedimos!

Anónimo disse...

Ai, senão fosse o medo! Eles governam-se bem porque andam há mais de dois mil a assustar as pessoas. E com excelentes resultados. Uma coisa não se lhes pode negar: a eficácia da maquinaria engenhosa que criaram. ´
Se não fosse o homem um bicho da terra tão pequeno... sózinho, claro. Todos juntos metemos-lhes cá um medo! E então organizados e esclarecidos nem se fala.

Campaniça

Anónimo disse...

Genial!
Não te poupo encómios (vocábulo parente de estipêndios...).
Apesar de estupendo (outro parente de estipêndio), o teu post ainda mais (!) genial ficaria, a meu critério, com uma grafia um pouco menos iconoclata (e esta, hem?):
o céu a seu Dono!

Anónimo disse...

Ora quem vos fala, caríssimos irmãos, é um antigo acólito que esqueceu o latim (mas não a bela pinga das galhertas...).
Vai de Bocage o contributo para a antologia:

Cristo morreu há mil e tantos anos
E ainda pedem para ele os franciscanos

Que o sr. esteja contigo, Samuel
(e comigo também...)

Luis Nogueira

Anónimo disse...

E o melhor é que numa só missa que gasta cerca de 15 minutos o sacerdote pode dedicar a mesma a vários defuntos recebendo os respectivos custos de cada uma das alminhas através dos seus familiares pagantes.!.. se forem 20 em 15 miminutos recebem 20 vezes o preço duma missa. E assim se foge aos anos de purgatório. é que se estiverem as alminhas no Inferno por mais dinheiro que os familiares paguem em missinhas não há salvação possível. Aquilo é para a eternidade. nem vos quero contar um filme terrorista apresentado aos seminaristas de Cernache do Bonjardim, nos anos 50 acerca da confissão e do Inferno. Aquela gente que tinha entre 13 e 16 anos, porque eram seminaristas dos 3º., 4º. e 5º. anos, ficaram com cara de cera. E o terrorismo que se seguiu na capela através da prática do director Espiritual?!... Só quem por lá passou!...

Anónimo disse...

Para a igreja, a vida ´é um val de lágrimas, o Paraíso é lá, no céu, mas só depois de morrermos, como depois de mortos ficamos imobilizados (até ver) e só depois de chegar-mos ao Paraízo é que;nos dão asas, temos de ser transportados, está tudo correcto...Tu é que tens mau feitio!áh áh áh áh áh:))

Carla disse...

assim vai este mundo...um inferno e muitas promessas de um paraíso invisível
gostei muito do teu post

Orlando Gonçalves disse...

Ainda bem que não faço parte desses que andam lá metidos, a mim não me caçam eles o dinheiro..., vão roubar para a estrada.

Sal disse...

Respondendo ao Orlando Gonçalves, na estrada já lá estão as gasolineiras a roubar! O melhor é roubarem mesmo nas igrejas, que assim só roubam quem por lá passa.

Este foi um post estipêndio!
Estipêndio, pá!

bjs