Vários figurões, representantes do poder na Alemanha, insistem nos ataques à Grécia, só mitigados (para alguns) pela desculpa do tempo que os gregos têm “perdido em eleições” (!!!). Utilizando a técnica de dividir para reinar, mais uma vez “elogiam” aquilo a que chamam o “governo de Portugal” que, segundo eles «foi capaz de gerar uma grande unidade e consenso nacional em torno das medidas, factor que está a gerar bons resultados».
Depois do “elogio” aos seus lacaios em Portugal, aproveitam para desferir mais uns golpes no povo grego, com frases como: «Não podem haver reduções nas medidas…», blá,blá, blá… a cartilha imperial do costume.
Assinalando, de passagem, a excelência do português utilizado pelos “jornalistas” que escreveram esta peça, com o seu “não podem haver”, em vez de “não pode haver”, assinalarei também o carácter “assassino” e demagógico destes repetidos elogios à submissão do governo português, sob o pretexto de que isso seria o “bom caminho” e a solução para a crise.
Infelizmente, nestas alturas não faltam os néscios que se sentem lisongeados pelos “elogios”, embalados pela promessa de que a brutal austeridade acabará por conseguir “pagar” todas as dívidas e solucionar todas as nossas faltas.
A esses, direi que numa sociedade como, por exemplo, uma média ou grande empresa que se visse confrontada com uma pesada dívida, digamos, à banca, haveria sempre pelos menos dois caminhos para conseguir resolver a situação:
Caminho A – A administração recorre ao capital e lucros acumulados durante anos pelos grandes accionistas da empresa. Com algum desse dinheiro poderá amortizar parte da dívida, enquanto com o restante, investe no aumento de produção de bens pela “sociedade”, bens que, depois de transaccionados, servirão para liquidar todas as obrigações. Por este caminho, a sociedade pode até ver a sua posição fortalecida e os postos de trabalho aumentados.
Caminho B – A administração opta por roubar os trabalhadores, cortando-lhes os salários, direitos, feriados, férias, indemnizações por despedimento, assistência na doença… juntando com este assalto uma quantia que até pode, no limite (embora seja muito duvidoso), chegar para pagar a dívida. Por este caminho, consegue-se uma sociedade empobrecida, desmotivada, descrente no futuro e desmoralizada pelos exemplos que vêm do topo da pirâmide, onde os “donos” da sociedade e os seus amigos continuam a viver como nababos.
Desgraçadamente, os governantes portugueses optaram pelo “Caminho B”, o que mesmo na hipótese remota de isso vir a servir para pagar a tal dívida, demonstra que somos governados por canalhas!
Claro que haveria sempre um “Caminho C”, em que os trabalhadores tomariam o seu destino nas próprias mãos, correndo com essa canalha, apropriando-se de tudo aquilo que já lhes foi roubado e, embora pagando (como gente honrada!) a parte legítima da dívida, mandariam bugiar os mercados e os bandos de agiotas e ladrões que lhes têm sugado o tutano e bebido o sangue.
Mas ai “balhamedeus”!!!... isso é lá hipótese que hoje se coloque na tão “democrática” Europa?
Vá de retro satanás!!!
Vá de retro satanás!!!
9 comentários:
Essa frase final só acontece porque o povo é estúpido demais e demasiado obediente, e palerma para votar sempre nos mesmos, não lutar, não protestar e não lhes ir aos cornos. Como tão bem mereciam.
Eu apostava no caminho "C", ui, seria um fartote... Como é possível, tanta ignorância, desculpe, Samuel, mas parece mesmo que nasceu ontem!!! :))))))))))))))))))))))))
Não me dizem rigorosamente nada os elogios Alemães porque os mesmos são dirigidos a um Governo de centro-direita, e que desde que tomou posse só tem dia a dia piorado a vida dos Portugueses, governando sobre as "directivas" do trio de ataque estrangeiro.
E é por seguirmos o caminho B que somos elogiados.
Quanto ao caminho C vamos esperar que lá chegaremos.
Um beijo.
Não colocam eles mas há-de colocar o povo,mais dia menos dia.
Um abraço,
mário
Quando o teu ininigo te elogia...
Anónimo (02:42):
Claro que sim, génio! :-)
Aqueles que nasceram há muito mais tempo e que são muito espertos, como você... oferecem aos povos esta alternativa que vemos e vivemos.
E que tal ir lamber sabão? :-) :-) :-)
Que raio de "visitas" que recebes!
O Caminho C faz-se... caminhando!Lá chegaremos! Nós, os que vierem depois de nós. Só temos, os de agora, que ajudar enquanto outros, se obedientes como se mostram em relação aos caminhos, ficarão a "lamber sabão".
Um abraço amigo
Eu acrescentaria ainda a hipótese D, que é, nada mais nada menos, que a hipótese C acrescida dum pequeno mas significativo detalhe.
Todos os governantes que trouxeram o país até ao seu estado actual teriam de responder em tribunal por (pelo menos) gestão danosa. De forma a que no futuro mais nenhum tivesse a veleidade de pensar em repetir a "brincadeira".
Que no fundo não é, nem mais nem menos, que aquilo que faltou ao nosso 25 de Abril para ter sido perfeito. No dia 26 de Abril de 1974, deviam ter começado os julgamentos a tudo o que era "agente" do antigo regime e voltar a encher as celas, desta feita não com aqueles que lutaram pela democracia, mas sim pelos que a haviam roubado ao Povo.
Facilitámos, e eles voltaram ao poder.
Esta é uma lição que o nosso povo devia aprender e que não vejo ninguém debater com a seriedade que a mesma merece.
Ass.
ocanhoto.
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