Mitt Romney, o ultra-reaccionário e multimilionário candidato à “Casa Branca”, pelo Partido Republicano dos EUA, descobriu, dolorosamente, que um discurso populista que defende despudoradamente o egoísmo mais abjecto, o individualismo radical e violento, a falta de solidariedade e a ganância pessoal... não “calha” muito bem numa altura de tragédia humana como a que por estes dias viveu e vive uma parte muito importante do seu possível eleitorado.
Como resultado, fechou a matraca, no que diz respeito aos ataques às políticas “socialistas” de Obama, como os “republicanos” lhes chamam, e está borrado de medo com a reviravolta que um certo ar de competência e empatia com as pessoas, por parte do actual Presidente, está a produzir nas sondagens, com algumas figuras gradas republicanas a declarar o seu apoio ao candidato dos “democratas”.
Mitt Romney, para além de reaccionário e multimilionário é também uma figura destacada da Igreja Mormon, que entre muitas interdições e regras para todos os gostos, proíbe o consumo de café aos seus fieis.
Sobre as causas para a proibição da ingestão de café, o meu grau de desconhecimento é vasto e profundo. Seja como for, é uma pena que o candidato “republicano” não possa contar com a ajuda duma bica ou duas por dia, para o ajudar a manter o cérebro num estado de alerta que o impedisse de dizer baboseiras (quando não é muito pior), quase sempre que abre a boca.
Na tentativa de se mostrar, agora, uma pessoa solidária, transformou aquilo que seria um comício de campanha, num show de propaganda caritativa, pedindo a contribuição dos seus apoiantes para a ajuda às vítimas, show em que produziu esta pérola:
Não sei se é à maneira americana… mas tem todo o ar de ser à maneira de um oportunista rasca, que nem sabe muito bem onde estão as pessoas que vai “ajudar”, nem aquilo que lhes vai enviar, nem como, e que, à excepção da oportunidade para uma fotografia vistosa à frente das latas de sopa, está-se positivamente a borrifar para aqueles com quem finge estar solidário!
É o encanto do bipartidarismo “à americana”, o imutável jogo de “alterne” que também nos querem impingir por cá: na melhor das hipóteses, ter o povo que se “conformar” com o menos mau!
6 comentários:
Felizmente que, por cá, já há muita gente a saber que há alternativa ao tal "alterne" despudorado.
Nos EUA se calhar também, só que não chegam cá os ecos, por causa do mau exemplo...
eh, pá, eu tb topei há dias com os interditos do antigo testamento e descobri que os judeus não podem comer faisão.
é que ao contrário do porco, do coelho, dos répteis, dos peixes sem escamas, nem sequer há assim grande coisa que o distinga de animais familiares.
entre aquilo e um frango, ou um pombo de leque, não vejo que distância brutal irá, mas enfim.
Lia,há dias,um comentário intitulado "criminoso contra criminoso",pelos vistos um ainda é mais do que o outro.
Eleições?ali nunca houve eleições,só mau circo e fingimento.
Um abraço,
mário
Um e outro são faces da mesma moeda que compra a desgraça e a miséria que espalham no Mundo.
Talvez não sejam face da mesma moeda mas sim da mesma nota por ser produzida na rotativa e em maior quantidade consoante a escala e a velocidade do que destroem.
Mas este que diz não beber café, talvez beba chá, é bem o exemplo da sociedade altruísta e filantrópica de alto nível de excelência que um jornalista do nosso mercado propagandeava no outro dia. O jornalista em questão agora despede-se dizendo "boa-sorte". Deve ser o mesmo que muitos americanos pobres vão ouvindo hoje em dia; isso e o que antigamente cá diziam "tenha paciência". Será que o tal jornalista também vai retomar esta piedosa invectiva.
Conformar com o "menos mau"? Ai que eles "alternes" são óptimos para irem com um saco às costas e rio abaixo!Quer cá com lá.
Vicky
Este homem é hipócrita, mentiroso, mau. Aquele "penso", mostra mesmo que o homem está totalmente desinteressado do seu País!!!
O outro menos mau, mas...
Nós, por cá, vamos copiando os americanos, até na "noite das bruxas".
Um beijo.
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