Numa espécie de intervalo voluntário na catadupa de assuntos de actualidade, recupero dois temas que me prenderam a atenção nas últimas horas.
Primeiro... e notícia de destaque nas nossas televisões e jornais, Angela Merkel foi reeleita líder do seu partido, com 97,94% dos votos.
E perguntam alguns de vós “Ouve lá... e então os delegados do partido da senhora não são livres de votar nela, se assim o entenderem?” São! – respondo eu.
Como ia dizendo antes de ser interrompido com perguntas, tomei conhecimento da notícia, mas fiz uma pausa, longa o suficiente para poder confirmar cá umas coisas. E confirmei!
1. Confirmei que continua a irritar-me solenemente que aquela esterqueira reaccionária que é o partido de Angela Merkel, se chame CDU.
2. Confirmei que para os media portugueses, uma votação de cerca de 98%, se ocorrer num partido de direita... já não entra na classe de votações “à albanesa”, ou “à moda de uma ditadura africana”, ou sequer “à Pyongyang”, na Coreia do Norte.
Segundo... e mudando radicalmente de assunto, registei a prestação do Dr. Marinho Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados que, no decorrer do programa da SIC, “Justiça Cega”, enquanto debitava uma banalidades sobre não sei que caso passado no Brasil, aproveitou para “revelar” que, segundo ele, «Aquilo que o Brasil mais tem exportado para Portugal, são prostitutas... entre outras "coisas"».
Aconselho o senhor Bastonário da Ordem dos Advogados a fazer como eu: frequentar mais cafés e pequenos restaurantes, uma ou outra loja de centros comerciais, ouvir falar muitos dos seguranças desses mesmos centros, entrar em cabeleireiros unisexo e escutar as conversas, visitar amigos que tenham empregada a dias imigrante, passar perto de estaleiros de construção civil com os ouvidos bem abertos, visitar consultórios de dentistas, etc., etc., etc., para tomar consciência de onde trabalham realmente os muitos milhares de brasileiras e brasileiros que vieram para Portugal tentar melhorar a sua vida e dar de comer aos filhos. E isto para falar quase exclusivamente dos mais pobres e deixar de lado os jogadores de futebol e o presidente da TAP.
Assim, com aquela baboseira das “prostitutas”, deu a ideia de que só vive na "noite" e não passa de mais um assíduo frequentador de casas de alterne onde sim, toda a gente sabe, há algumas brasileiras a trabalhar.
Aconselho-o ainda (e isto serve para todas as ocasiões e para os mais variados temas) a que sempre que lhe suba às goelas esta vontade irreprimível e recorrente de dizer asneiras, opte por sentar-se num cantinho, muito calado... à espera que a vontade lhe passe.
8 comentários:
algumas brsileiras a trablhar? Não!A serem exploradas é que é correcto.Não devemos ir atrás da falsa frase da "Mais velha profissão do mundo"
Duas grandes "malhas".Da primeira,como não sei alemão, não sei se é o Gaspar ou o Passos que está a traduzir a conversa da senhora...eles confundem tanto as coisas.Sobre a segunda,sou sincero...acho que o homem é um oportunista com OOO grande!
Abraço
Um grande abraço de parabéns pela lucidez deste post.
Um beijo.
Merkel e Marinho um lindo par.
A Merkel e tudo o que a envolva já me dão náuseas, por isso, ignoro.
O Marinho, por vezes, é de um desbragamento que parece nascer da falta de noção das consequências.
Mesmo quando acerta, os acertos não compensam os excessos. Será a ânsia de protagonismo que lhe empola as ideias? Raio de coisa!
Margarida - Mafra
Marinho Pinto, mais uma vez percebo porque não gosto de fazedores de espectáculo social, valendo-se da posição que ocupam, e da voz que lhe dão.
Em termos práticos, qual tem sido a sua acção em prol da classe que representa e do cidadão Português?.
Primeiro:A austera senhora,tem tudo para agradar aos nazis do seu partido e ao grande capital alemao.
Segundo:Marinho Pinto,deve ser amigo do Pinto da Costa(ou familiar).Chafurdam no mesmo meio,daî os conhecimentos.
Manuel Norberto Baptista Forte,
Por muito asnática que seja e é esta declaração do homem, uma das acções e prol da classe que representa e do cidadão foi o fim das defesas oficiosas feitas por advogados estagiários.
Medida cujo alcance é importantíssimo.
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