O sociólogo António Barreto acha que Portugal corre o risco de «deixar de existir enquanto país». É uma opinião legítima. O sociólogo alinha numas referências (um pedaço parvas) ao desaparecimento do povo que habitava a ilha de Páscoa, por razões que não se conhecem com grande rigor... e dá como quase certo que dentro de 100 anos não existirá um Portugal como hoje o conhecemos. Ora isso é uma descoberta extraordinária!
De facto, a possibilidade de, daqui por 100 anos não "existir" Portugal, tal como hoje o conhecemos... é chocante. Será uma verdadeira revolução histórica, já que nem é preciso ser sociólogo para se saber que o Portugal de hoje, em 2011, é a cara chapada do Portugal de 1911... a tromba escarrapachada do Portugal de 1811, uma fotocópia do Portugal de 1711, 1611, 1511... sem uma única mudança digna de registo.
Em boa hora o dono do “Pingo Doce”, Alexandre Soares dos Santos, mobilizou uma parte da sua fortuna pessoal (uma das maiores do país) para homenagear o seu avô, Francisco Manuel dos Santos, criando uma Fundação com o seu nome.
Em boa hora resolveu pagar muitíssimo bem a António Barreto para ser o presidente do conselho de administração da Fundação... permitindo-nos assim a sempre maravilhada fruição dos conhecimentos, análises e previsões do afamado sociólogo.
Aliás, ouvindo o teor das intervenções de Barreto e, de uma maneira geral, a orientação ideológica dos livros e estudos que a Fundação vai encomendando e editando em catadupa, em boa hora o dono do “Pingo Doce” resolveu que esta sua Fundação seria (como afirma) rigorosamente “independente da política e dos interesses económicos”.
Resumindo: a previsão de Barreto sobre o desaparecimento de Portugal dentro de, digamos, 100 anos, é não só discutível, como altamente duvidosa; já certa, direi mesmo fatal como o destino, é a “previsão” de que muito antes de passarem esses 100 anos, já terá desaparecido António Barreto. É a vida!...
* Desculpa lá, ó Jorge Palma!
10 comentários:
O Barreto descobriu as minas de bacalhau podre.
Avança-se no tempo, evoluem as tecnologias mas, pelos vistos, há quem se encarregue, a troco de boa remuneração, de destruir as consciências. E tanto de bom o HOMEM podia usifruir com o extraordinário avanço da Ciência e da Tecnologia!!!!!
Um beijo.
O que este Barreto gostava mesmo, era de poder ser um "Jeremias o fora-da-lei".
Mas por enquanto é apenas e só, parvo !
p.s.
também eu peço desculpa ao Jorge Palma.
por mim... eu até, a bem dizer, nem sou de cá...:))...e muito pouco apegada à pátria!...
vovómaria
Alguma vez teria que ser! Acompanho (com pandeireta) essa bem humorada e assertiva observação sobre o "Barrete" em que se transformou aquele sociólogo. A Mónica ter-lhe-á posto o cornos como fez à família? Alguém algures se esqueceu dele para 1º ministro? Terá batido com a cabeça na parede? Eu confesso que não veria o boletim meteorológico se fosse ele a apresentá-lo. Enfim, deixá-lo a sonhar suceder a Cavaco, coisa que nega mas que prova ser verdade a ambição.
Samuel, concordei contigo uma vez, estou envergonhado!
Pois como não concordar contigo acerca deste texto sobre Barreto?
Saudações para vós.
Parece que há para ai quem já veja esta alimária como putativo candidato a Belém, na verdade era uma espécie de continuidade...
O Barreto é o grande tarólogo do regime.
Abraço
Certo, certo é que este animal descobriu uma mina que brota muitos milhares ao fim do mês.
Também já tenho reservado um bom champanhe para quando este for de vela.
BJS,
GR
Tudo tão deprimente que até parece o velho Portugal a preto e branco.
Tristeza!!!
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