Entre a gravação de dois instrumentos em duas músicas de que um dia destes vos falarei... desci para beber um golo de água e passei pela frente da televisão. Na TVI24 passava o programa em que Santana Lopes, Medeiros Ferreira e Fernando Rosas costumam fazer comentário político, “moderados” pela apresentadora e jornalista Constança Cunha e Sá.
Fernando Rosas dizia o que achava sobre a provocação do patrão do Pingo Doce no dia 1º de Maio e da sua muito provável ilegalidade. Enquanto isso, a estação de televisão achava por bem ter um rectângulo de vídeo, sobreposto à imagem de estúdio e mesmo ao lado da cara de Fernando Rosas, debitando a festarola do Real Madrid, do “nosso” Mourinho e do campeonato espanhol... tudo coisas bem mais importantes do que aquilo que Rosas dizia e muitos mais interessantes do que estas merdas dos direitos dos trabalhadores e da dignidade humana que foram espezinhados pelo dono da grande mercearia.
Dizer o quê? Muito provavelmente, se fosse perguntar a opinião do “suciólogo” Villaverde sobre este “critério editorial” da TVI... ele também o acharia uma «ideia genial», como achou da provocação do dono do Pingo Doce. Ou porque já está senil... ou à procura de ir fazer companhia, na Fundação Doce, ao não menos “genial” António Barreto e à fantástica Zita Seabra.
Deixa-me mas é voltar à música...
14 comentários:
Já não tenho 'saco' para o pd.
Estou a ficar sem pachorra para a net.
E se eu me virar para a música?
Bom trabalho.
Abreijos.
Com 2 ou 3 minutos de Televisão por dia já fico enfartado desta bodega.
Vim pelo titulo Real Madri e politica e encontro televisão e pingo doce, e como não assisto a tv daí ( nem a daqui) fiquei sem ter o que comentar.
(por que o gancho de futebol e politica? é que estou lendo um livro a respeito)
Não sejas mau: então não foi tão interessante, tão pedagógico vermos os carros andar às voltas num local que nem dava para identificar?!
Furiosa fiquei foi com a inqualificável programação da RTP1, paga por nós, no 1º de Maio: enquanto a SIC Notícias transmitia um debate bem interessante com Carvalho da Silva, Elisio Estanque, Fernando Ventura e João Duque sobre a data e o que se passou no Pingo Doce a RTP fechou-se em copas!!
beijos para vós.
A minha casa não é nenhum chiqueiro,por isso,tv não há,vão obrar noutro lado.
Um abraço,
mário
Compre umas pastilhas para a azia, que isso passa.
Anónimo (12:14):
Entre a possibilidade de ter um ataque de azia, de vez em quando... e investir mais um pouco no cérebro... optei pelo cérebro.
Prioridades... :-) :-)
Uma coisa é certa em termos de políteca e fotebol, há um tempo antes e um tempo depois de Pedo Santana Lopes.
Interromper entrevista para ir falar com o trenador de fotebol não pode ser. Se bem se lembram ele alevantou-se e foi-se imbora. Vai daí que agora não se enterrompem faladuras de fazedores de opinião(soa tão ridículo que tem de se dizer em ingalês: "opinion makers")e chuta-se para canto. Poi-se a netícia impertante do fotebol no canto.
É tudo uma questão de hierarquia enquanto houver persidente da cambra não há trenador, enquanto houver secretário de estado não há trenador, enquanto houver persidente de clube não há trenador, isto que fique bem claro: Fotebol sim, mas quando eu disser, ou há misericórdia ou comem todos.
Samuel, provavelmente é melhor deixar certos anónimos zurrarem à vontade. Também temos o direito a rir-nos dos imbecis.
Então o "nosso Mourinho" não fica bem ao pé desses comentadores todos?!!!!
E "futebol" é Futebol. Não é pelas vitórias num campeonato que as pessoas vão todas para a rua?
E o senhor da Jerónimo Martins não foi um benemérito para quem tivesse 50 euros ou mais para poder gastar de imediato?
Claro que estou a brincar. As atitudes da TV e desses. senhores do grande capital são ignóbeis.
Um beijo.
Muitissimo pouco mesmo se aproveita (penso eu) da programação dos quatro canais de língua Portuguesa.
Infelizmente para Portugal e para os Portugueses, o ditador de Santa Comba Dão também "investiu" na estupidificação dos telespectadores... .
ESTAMOS EM 2012, 38 ANOS PÓS O DERRUBE DA DITADURA FASCISTA E...
Esta manhã, no autocarro 701, de passagem pelo Pingo Dôce de Campolide, às 9 horas da manhã, já lá estavam os borregos, consumistas, de braços cruzados e ar de poucos amigos, à espera que o Pingo Dôce abrisse. Alguns com aquele ar, como a dizer "desta vez, as fraldas não me vão escapar".
E assim,se modelam as mentalidades.Depois,estranhamos os resultados eleitorais.Pobre televisão que não tem culpa de nada,os que se servem dela,para fins perniciosos,é que deviam ser banidos.
Pois. Não resisto a dizer-vos o que me veio à lembrança ao ver, nos noticiários televisivos do fim de tarde/noite do dia 1.º de Maio, (acabadinho que estava de chegar da manifestação dos trabalhadores vivos deste país), o que acontecera nos estabelecimentos do agiota que, sendo dono abastado do "Pingo Doce", é verdadeiramente indigente no pingo de vergonha que qualquer ser humano deverá ter.
Lembrei-me eu então de que, ainda garoto, (sete ou oito anos, por aí) vivendo numa das zonas pobres de Lisboa e passando parte do meu tempo na rua nas habituais brincadeiras da garotada, por ali apareciam de vez em quando, sempre que algum navio da armada americana, já então autoproclamada polícia do mundo, atracava em Lisboa, alguns marinheiros americanos de farda de um branco imaculado, alardeando a sua pesporrente "superioridade" perante um povo sujeito a uma feroz ditadura que eles apoiavam.
Uma das diversões a que deitavam mão, com aquela imbecilidade que é própria de todo e qualquer energúmeno que mede a sua "superioridade" pelo dinheiro que tem, era a de agarrarem num punhado de moedas e arremessarem-nas para o chão em direcção ao grupo de putos que ali brincava.
Fácil é imaginar que a malta largava a brincadeira e atirava-se desalmadamente em busca das moedinhas, não hesitando em atropelar o seu melhor amigo que, mesmo ao seu lado, não se livrava de ter o mesmo comportamento.
Os alarves marinheiros riam às gargalhadas, felizes pelo êxito da sua inqualificável forma, para eles muito divertida, de passar o tempo de desembarque.
Isto passava-se nos anos cinquenta do século passado.
O grupo Jerónimo Martins, seguidor atento da "modernidade" dos governos que nos têm desgraçado, aí está com esta miserável provocação a recuperar medieval este tipo de alarvidades.
E muitos portugueses, pelo que vai ouvindo, ainda ficam muito agradecidos pela "bondade" destes vampiros.
Até quando, caraças, irá perdurar a preguiça mental desta gente, que acocorada nasceu e acocorada quer continuar?
Bem sei que esta pilhagem a que estamos sujeitos não se vai eternizar. Mas custa muito o adiamento sucessivo da inevitável solução, com tanta gente à espera que seja um qualquer deus a resolver o que só a nós compete.
A nós,ao povo português.
Adventino Amaro
Enviar um comentário