terça-feira, 22 de maio de 2012

Um sábado verde


O último sábado estava a querer provar-me que, como diz uma das famosas “leis de Murphy”, tudo o que pode correr mal, corre! Senão vejamos.
Primeiro, fui obrigado a deslocar-me a Lisboa em transportes públicos, o que, sendo muito agradável em dias bonitos (só a travessia da ponte, em comboio, vale o passeio todo), fica bastante toldado quando todas as ligações entre a casa, os transportes e o destino, se fazem à chuva, ou sob ameaça.
Segundo, chegado ao destino (as instalações do ISEG), o único cliente, para além de mim e da “minha” Maria (que em muitas destas provações me serve de providencial Amparo), presente no bar onde fui beber um café, era o execrável João Duque, director daquela instituição de produção (por grosso) de economistas e gestores.
Felizmente, a estória fez muito rapidamente agulha para o lado “iluminado” do dia. O que ali me levava era a Convenção do Partido Ecologista Os Verdes e, depois de acertada com eles a hora a que seria conveniente estar por ali, mais para a tarde, fomos almoçar. Eu, um surpreendente hamburger de coelho, com alecrim, cogumelos de chorar por mais e uma fatia de pão torrado com puré de ameixa por cima. Ela, um crepe “misterioso”... mas que era muito bom - disse-me.
A “cerveja em cima do bolo” foi tratar-se de um belo espaço, nada convencional e nada caro, e mesmo ali à mão de semear.
Depois foi voltar para o auditório do ISEG, onde decorria, animada e bem participada, a Convenção, juntar os “meus” jovens cantores... e apresentar publicamente o resultado prático de um desafio que “Os Verdes” me fizeram há já uns meses: criar e produzir duas músicas que possam vir a ser consideradas (e outras haverá futuramente) “as músicas dos Verdes”.
Aquilo que se pretendia era que as canções falassem dos temas que são caros aos nossos amigos ecologistas... mas sem que a coisa ficasse a soar demasiado a “Hino”. Fizemos o possível. Eu escrevi as duas músicas e uma das letras ("Era uma vez a Terra" - a mais "juvenil") e pedi ao Nuno Gomes dos Santos a letra para a outra ("Canto Verde"). Produzi musicalmente as gravações, recorrendo as vozes jovens... e pronto! Quem esteve presente na Convenção ouviu-as em primeira mão.
Ouçam-nas agora, em segunda mão... e se tiverem paciência e tempo para tanto, digam o que acharam. A crítica faz crescer! (nem que sejam “altos” nas canelas)



13 comentários:

sal disse...

Samuel, prefiro, sem sombra de dúvida, o tema "Era uma vez a Terra", sem desprestígio para o outro tema. Mas a primeira atrai o ouvido a partir do primeiro acorde. Tem um refrão lindíssimo, aliás, toda a letra é lindíssima. Não está exagerada nos coros, não fica "pesada", como alguma música que existe nesta linha, e tem, aquilo que eu acho mesmo brilhante, uma excelente simbiose da melodia com a harmonia (coisa que já não me agradou tanto na segunda canção, confesso). Mas isto, os gostos são gostos. A primeira é uma aposta ganha! Eu "comprava". Parabéns pelo excelente trabalho.

Maria disse...

Gostei das duas. Também devia ter gostado do crepe e do hamburguer de coelho... mas prontus, será para a próxima :)))

Abreijos.

Luis Filipe Gomes disse...

Prefiro o "Canto Verde", só colocaria coro a partir de 2'24".

Certos pormenores formais do poema como a referência a "aconchegar o planeta" parecem-me imprecisos porque o planeta bem passará sem nós e a nossa auto-destruição. Basta dizer que os seres que genéricamente designamos por dinossauros habitaram este mesmo planeta pdurante 65 milhões de anos, foram extintos há 65 milhões de anos e nós hominídeos temos vagamente os antepassados mais remotos há 3,5 milhões de anos.

Anónimo disse...

"hinos" mai´lindos, não há! :)
e não sou a única a dizê-lo.
pronto.

vovómaria

ferroadas disse...

Gosto de ambas, mas talvez a primeira (Era uma vez a Terra), entre mais no ouvido, é mais mexida. É a opinião de um tipo que de música só conhece o assobio.

Abraço

Afonso Jorge disse...

Prefiro "Era uma vez a Terra". Acho um bom contributo para os companheiros do Partido dos Verdes que também tanto têm lutado ao nosso lado por um futuro melhor.
Grato. Um abraço

Orlando Gonçalves disse...

Samuel, gostei dos dois temas, no entanto a letra do primeiro é tocante, maravilhosa com uma musica muito melódica. Adorei, parabéns aos Verdes porque escolheram um óptimo musico e e compositor. Gostei portanto das duas, mas a primeira é a eleita. Parabéns também ao Nuno.
Abraço

do Zambujal disse...

Ora muito bem... gosto das duas mas gosto mais da primeira que ouvi. Qual foi? Quem vos disse que segui a ordem cronológica (de datas????), se vinha de cima para baixo ou se ia de baixo para cima?... Deixo-vos na dúvida, mas também não adianta nada porque isto não é um com curso e eu, disto, não tenho curso nenhum, sou um sem curso. Gosto ou não gosto. E gostei das duas, embora de uma mais do que da outra, sem ter gostado menos da outra que de uma. Mas isso não interessa a ninguém.

Um abraço para o Samuel, um beijo para a Maria que o ampara, e (já agora...) uma saudação amiga para o Nuno e todos os verdes e malmequeres (esse coiso do duque que vos saiu é que estragou um bocado a tarde... mais que a chuva, não foi?!)

trepadeira disse...

Ouvi-as várias vezes e parecem-me excelentes para o fim a que se destinam,serem cantadas,com facilidade,em grupo,grande.
As melodias são atractivas e agarram.

Um abraço,
mário

Caro Ferroadas
Há,na Guarda,um excelente duo chamado Assobio.
Abraço,
mário

samuel disse...

do Zambujal:

Por alguma razão o povo diz "só me saem duques"... e não chuvas... :-)

Abraço.

Anónimo disse...

Gostei das duas, mas preferi "Era uma vez a terra" a letra é muito bonita. Parabéns!
Vicky

António disse...

Eu gostei mais do "Canto Verde" achei o arranjo muitissimo bom, mas se calhar para o fim a que se destina o "Era uma vez a terra" vai mais a propósito... Digo eu que nem percebo nada disto.
António

Anónimo disse...

Lindas, difícil é escolher.
Eu fico com as duas. Um abraço da Serra Mais Alta Maria