domingo, 6 de maio de 2012

Se há que calar... não calemos!


É uma prática tão antiga quanto as constipações. Quando se quer brilhar e não se tem uma ideia original para o fazer... “aproveita-se” uma ideia de alguém e, na pior das hipóteses, faz-se crer que foi nossa.
Felizmente não tenho lata para tanto (hoje, pelo menos). Numa recente visita ao “O Castendo do António Vilarigues, vi um link para esta canção dos chilenos Inti Illimani... e logo ali decidi surripiar-lha.
Tenho como atenuante a verdadeira paixão pela música chilena de intervenção que faziam - e fazem – os Inti Illimani e os Quilapayun, a que fazia o Víctor Jara... e tantos outros. Cantei essas canções até à exaustão... de quem me ouviu, suponho, já que até hoje não me cansei ainda de as ouvir e cantar.
A canção de hoje, La segunda independencia, é uma das mais luminosas faixas do extraordinário disco de 1973, “Viva Chile”. É uma canção dedicada a todos os países “de Centro América y Sur que ousam bater o pé aos vizinhos do norte... e bem sabemos como isso continua a ser tão necessário para os povos desses países. A nós também não faria mal nenhum, diga-se!
Não tinha decidido publicar esta canção já hoje, mas o almoço de ontem (a propósito do 5º aniversário do blog “Cravo de Abril”), na histórica terra do Couço, com os amigos e amigas com quem tive a honra de o partilhar e com os relatos (vividos) das décadas de dignidade que aquela gente tem, corajosamente, demonstrado... não me deixam grande alternativa de escolha.
“Si hay que callar
no callemos,
pongámonos a cantar
Y se hay que peliar,
peliemos
si es el modo de triunfar”
Bom domingo!
La segunda independencia” – Inti Illimani
(Rubén Lenna)




8 comentários:

trepadeira disse...

Entonces vamos a pelear.

Um abraço,
mário

Bolota disse...

Samuel,

Dei uma vista de ouvido e encontrei esta perola...

http://www.youtube.com/watch?v=Yhax9sdpDfA&feature=related

Graciete Rietsch disse...

Querido amigo Samuel
Foi muito bom conhecer-te, ontem, pessoalmente.
Tal como tu considerei o dia de ontem uma grande demonstração de amizade, solidariedade e espírito de luta.
Coiço é o coração da resistência
antifascista, muito bem expresso no seu monumento na Praça da Jorna e a canção os Inti-illimani vem aqui muito a propósito.
Que Coiço seja uma bandeira de luta para todos os que desejam um mundo melhor.

Um beijo de muita amizade.

Manuel Norberto Baptista Forte disse...

Portugal também um dia há-de ser um país onde os mais desfavorecidos (ainda hoje) possam ser felizes.
Contudo, está muito nas nossas mãos...

samuel disse...

Bolota:

Já antes o convidei para aqui cantar, um dia.
Fui ver... e já passou quase um ano.
Continua muito bom e actual.

Abraço.

Bolota disse...

Samuel,

Pois...se calhar vou dar-te uma noticia chata...se o convidaste á menos de um ano...

http://www.youtube.com/watch?v=8_aRlKMmcsE&feature=fvwrel

Das duas uma, nos adiantamos...até porque a reacção não dorme

Abraços

samuel disse...

Bolota:

Quando publiquei a canção aqui,

http://samuel-cantigueiro.blogspot.pt/2011/07/facundo-cabral-1937-2011.html

…foi exactamente para dara triste noticia do seu assassinato.

Abraço.

Graciete Rietsch disse...

Só queria fazer uma correção que considero importante. Devia ter escrito Couço e não Coiço. Foi um engano mesmo.

Beijos.