Não passaram, nem voltam a passar!

Como se pode ver pela ilustração (que bom trabalho me deu a fazer...), o nosso Sócrates "o remodelador", passou a tarde na Assembleia, anunciando e vendendo os seus produtos. Houve de tudo, para velhos, novos e assim-assim. 

Já não caio na asneira de comentar anúncios e promessas de José Sócrates, pois isso revelou-se um exercício com um interesse muito próximo ao "atirar conversa fora". Prefiro esperar par ver no que dão...

De qualquer maneira houve um argumento que me prendeu a atenção. 

-Dando como certo que dadas as várias pistas que apontam para o facto de realmente a CIA ter utilizado solo português para escala dos seus vôos de transporte de prisioneiros, essa utilização quase por certo aconteceu. 

-Dando de barato a real dimensão do número de aviões ou prisioneiros, já que o que realmente conta é o princípio que preside a esse acto...

O primeiro ministro o que diz? 

Que "durante o seu governo, a CIA não pediu e o Governo de Portugal não autorizou, qualquer escala de um desses vôos. Mais, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, não há registo de que isso tenha acontecido no passado".

O que é que isto nos mostra?

-Que José Sócrates está convencido de que ainda existe um número razoável de portugueses que acredita em alguma coisa que ele diga, o que é triste!

-Que José Sócrates, afirmando o que afirma, está na práctica a admitir que os EUA e a CIA se estão borrifando para dar qualquer espécie de informação sobre o que se passa com os seus aviões, ou pedir qualquer espécie de autorização, sobretudo tratando-se da base das Lages, na Ilha Terceira, o que é patético!

Mas que ele disse aquilo com uma cara muito "séria e convicta", lá isso disse!!! 

E o Óscar vai para...

A Blue Velvet achou por bem agraciar o Cantigueiro com 2- prémios-2 de uma assentada. Quando agradeci os ditos, lá no local devido, fui logo dizendo que não tenho muito jeito para pendurar prémios na "lapela" do blog, onde ficariam sempre à vista, mas acho que se fizer a coisa assim, num post que depois vai rapidamente "andando para baixo", não fico muito encavacado.

Já percebi que é normal nestas ocasiões, nomear vários blogs, para fazer seguir os prémios em frente. Nada mais fácil! Nomeio todas as amigas e amigos que normalmente me visitam. Não vos conheço pessoalmente, na esmagadora maioria (e tenho pena), mas pelos comentários que deixam e pelos blogues que publicam, não duvido que são não só "Escritores da Liberdade" como me têm proporcionado belos "Momentos Virtuais".

Merecem os prémios bem mais que eu, sempre a chatear-vos com "problemas e neuras" e a falar de gente "muito feia", com umas músicas pelo meio, de vez em quando, para adoçar...

Levem os prémios, são vossos!

Como se desfaz um passado

"Como se desfaz um ministro" 

Primeiro monta-se uma metódica campanha de assassinato político, com a prestimosa colaboração das televisões-tablóide. Depois passa-se a mensagem de que "o ministro é insustentável"...

[Publicado por Vital Moreira] [30.1.08] 

É este o teor de uns dos últimos posts saídos do génio político de Vital Moreira.

Portanto, o ministro Correia de Campos, foi vítima do que não passa de uma conspiração gratuita e maldosa, arquitectada pelos idosos utentes das urgências encerradas, jovens mães que dão à luz na estrada, partidos de oposição anti-patrióticos e "aproveitadores" ajudados por jornais e televisões, porque sim.

A política de saúde (chamemos-lhe assim...) do governo, a arrogância e falta de apego à verdade, do Primeiro Ministro e o estilo, declarações infelizes e métodos canhestros do ex Ministro da Saúde, não tiveram nada que ver com a generalizada rejeição deste, que varreu o país, a acreditar neste grande académico, pensador e "adventista" do Governo PS, para usar uma expressão do Baptista Bastos.

Este nível de fidelidade, tremelicante e baboso, quando ultrapassa certos limites, torna-se muito chato até para os "donos" e embaraçoso para quem assiste.

Pelo menos é o que me confessa um amigo que tem um "Cocker Spaniel" que é assim...

Rumo à Estrela Polar

Estou cansado.  De estar irritado e de lavar a boca com sabão depois de tentar vários textos para comentar a remodelação do bando de Sócrates. Agora preciso de acabar o arranjo musical em que estava a trabalhar e tenho que estar mais apaziguado...

Pedi socorro ao António Gedeão, que desde 1973 não me deixa ficar mal em parte nenhuma, com esta canção.

Fala do homem nascido

António Gedeão/José Niza

Venho da terra assombrada  

Do ventre da minha mãe

Não pretendo roubar nada

Nem fazer mal a ninguém

Só quero o que me é devido

Por me trazerem aqui

Que eu nem sequer fui ouvido

No acto de que nasci

Trago boca para comer

E olhos para desejar

Com licença quero passar

Tenho pressa de viver

Com licença com licença

Que a vida é água a correr

Venho do fundo do tempo

Não tenho tempo a perder

Minha barca aparelhada 

Solta o pano rumo ao Norte

Meu desejo é passaporte 

Para a fronteira fechada

Não há ventos que não prestem

Nem marés que não convenham

Nem forças que me molestem

Correntes que me detenham

Quero eu e a Natureza

Que a Natureza sou eu

E as forças da Natureza

Nunca ninguem as venceu

Com licença com licença

Que a barca se fez ao mar

Não há poder que me vença

Mesmo morto hei-de passar

Com licença com licença

Com rumo à Estrela Polar

"Remodelacinha"

É uma remodelação governamental bem à imagem deste homem: 

Autista e medíocre!

Continuaremos esta conversa, certamente. Primeiro tenho que ver se vislumbro, algures,  uma razão para as escolhas...

Um momento... triste!

Como a própria fotografia tenta ilustrar, os dedos das mãos não chegam para contar as vezes que eu, com muita dificuldade, tentei explicar a alguns amigos, já lá vão uns anos, as razões pelas quais não gostava, ao contrário de quase toda a gente, de algumas figuras ligadas a Timor-Leste.

O ranking da minha "alergia", por ordem decrescente, era em primeiro (destacado), Ramos Horta, em segundo o delico-doce bispo Ximenes Belo e em terceiro, embora mais tarde que os outros, o próprio Xanana Gusmão. Fartei-me de "comprar" discussões" à custa desta mania de não gostar de pessoas, sem saber explicar muito bem porquê.

Anos depois é visível que os comportamentos de todos eles se encarregaram de explicar o que antes era inexplicável e apenas uma "mania minha". 

Agora que eu já estava em paz, gostando ainda menos deles do que antes, só que acompanhado por muita gente, vai o Sr. Xanana Gusmão e surpreende-me!...

Que rais parta de ideia foi a dele em ir ao funeral do carniceiro, ladrão comum e assassino em massa, Suharto?

Não quero enveredar por fazer mais uma vez o rol dos milhões de vítimas, nem sobre o respeito que merecem, senão isto começa a azedar bastante, portanto vou aceitar (por agora) como boa a interpretação que o ex primeiro ministro Mari Alkatiri nos ofereceu: Foi hipocrisia!

Já não fico desiludido, pois ilusão, se a houve, a História encarregou-se de a varrer, mas fico triste!

Morreu Suharto

O general Suharto, da Indonésia, viveu até aos 86 anos, deu-lhe não sei o quê e morreu.

Roubando uma boa frase ao Rui Vasco Neto, "hoje não me rio mas também não vou chorar".

De qualquer modo, gostava de acrescentar, mesmo sem rir nem chorar: Acho que vai tarde, muito tarde!

Devia ter ido, pelo menos, antes de ajudado pelo "fechar de olhos" dos EUA e muitos outros (convém não esquecer), ter invadido e massacrado uma grande parte do povo de Timor-Leste. 

Devia ter ido antes de exterminar cerca de dois milhões de cidadãos do seu próprio país, maioritariamente membros ou simpatizantes de partidos de esquerda e sindicalistas, país que "governou" de forma sanguinária e roubou da maneira mais rasteira durante trinta anos.

Por tudo isso, condolências aos (certamente muito poucos) membros da família que não são cúmplices dos gigantescos crimes, mas como disse, vai tarde!

O Nunes quer ficar cá sozinho...

O sr. Nunes da ASAE, para além de fazer disparates, gosta também, pelos vistos, de os dizer. Segundo este paladino do higiénico-fascismo e reconhecido terror do rissol congelado e da bola de berlim, comentando a crescente oposição às suas prácticas, "quem não gosta disto pode sempre emigrar". Portanto ficamos a saber que naquela cabeça inchada pela arrogância do chefe (para além da sua própria), não concordar com um conjunto de normas ou leis e sobretudo com a forma da sua aplicação, é um bom motivo para ser "despachado" para longe...

Não é original, o sr. Nunes. Já muitos antes dele também, disseram que os comunas deviam era ir todos para a Rússia, os judeus para as câmaras de gás e fornos crematórios, os pretos para África (a menos que joguem muito bem futebol), de uma maneira geral, os emigrantes, para o olho da rua e até as mulheres que ousam conduzir automóvel, para casa coser meias.

É uma maneira, discutível, mas certamente uma maneira de dar uso ao cérebro, vá lá... mioleira, que possuem. Cada qual tem as ideias que pode, não precisa é de as vomitar todas pela boca fora.

Eu, por exemplo, que não sou um génio e tendo como material de estudo apenas esta conhecida fotografia do sr. Nunes, acho, por um lado, que uma muito grande parte dos portugueses tem mais "cara de português" do que o sr. Nunes (que se dá ao luxo de os mandar emigrar) e por outro lado, que a esmagadora maioria dos portugueses tem um ar muitíssimo mais inteligente do que o sr. Nunes!... E vêem-me andar por aí a espalhar isso? Não!... Viram agora... mas foi só para explicar a coisa... e duvido que se repita... pelo menos hoje.

Com que voz? *

Uma das notícias que mais me tem "divertido" e intrigado nos últimos dias, tem que ver com a contratação decidida por Luis Filipe Menezes, da empresa Cunha & Vaz, para tratar da imagem e da voz do PPD-PSD nos próximos tempos.

É genial! O homem dá-se ao trabalho de derrubar o dirigente do seu partido, garantindo aos militantes que, não só tem ideias políticas, como estas são as melhores para dirigir o partido, derrotar o governo de Sócrates e tomar conta do país.

Poucas semanas depois de tomar o poder no partido, faz o quê? Começa a divulgar e defender essas ideias? Não! Contrata uma empresa de "propaganda", cheia de jovens assaz criativos que passarão a escrever-lhe umas frases giras e que fiquem no ouvido, para ir fazendo ruído nos jornais e televisão!

Se esta coisa da vida política lhe correr mal por qualquer razão misteriosa, já terá treinado então o suficiente para entrar em divertidos espectáculos de fantoches, cantando o êxito da Eurovisão "Puppet on a string" da Sandie Shaw, ou se tiver mesmo muita sorte, pode ir fazer as folgas do "Donaltim" a entregar prémios no programa da Fátima Lopes.

* Peço sentidamente desculpa à Amália, ao Alain Oulman e ao Luis de Camões, pelo título do post.

O vício

Este foi um dia cheio de peripécias. Desde a inenarrável história da ambulância do bombeiro solitário, que mais uma vez vem mostrar que nós não entendemos nada do bom trabalho que o ministro da saúde está a fazer por todo o país, até ao "escândalo" com as declarações do Bastonário da Ordem dos Advogados, passando pela possível prescrição (oh! que admiração!) de grande parte das "alegadas" trafulhices e golpadas do BCP, etc, etc, etc.

Entre tantas escolhas possíveis a minha preferência vai para uma pequena história, que de tão corriqueira, ia passando despercebida. José Sócrates, há uns dias, quando lhe solicitaram que confirmasse a notícia do pedido de demissão do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomaz, declarou que não confirmava, negando objectivamente a "coisa". Hoje, perante a mesma pergunta, responde que sim e que a "tal coisa" já tem meses de existência.

A história da demissão do homem, se calhar nem interessa nada a não ser a ele próprio, que afirma estar no melhor dos mundos com o Ministro das Finanças e tal e tal... o costume. O que me espanta é que José Sócrates parece já nem "sentir" que mente, mente sempre, sobre tudo, a toda a hora.

Estou à espera do dia em que ele diga, ao meio-dia, que já são nove da noite, apenas por vício.

O lacaio

Adivinha: Qual destes dois canalhas é lacaio do outro e tem como recompensa o lugar de presidente da Colômbia?

Pronto, era fácil, é esse...  Chama-se Álvaro Uribe e comanda oficialmente uma máquina de matar que "faz de" Forças Armadas da Colômbia e como isso não basta, comanda também, encapotadamente, os bandos de assassinos comuns, conhecidos como "forças para-militares".

Hoje esta besta conseguiu tirar-me do sério quando apareceu num notíciário da TV5 Monde, francesa, apelando com ar de santinho para a pressão internacional, no sentido de se conseguir a libertação dos reféns das FARC, lamentando o seu estado de saúde, enchendo a boca de democracia e liberdade...

Devo dizer que não concordo com alguns dos métodos das FARC, nomeadamente os sequestros. Defendo e desejo a libertação dos reféns, que devem e podem ser libertados. Porque é que eu destaco "podem"? Exactamente por isso: Podem ser libertados!

E os milhares de sindicalistas, militantes comunistas e outros membros da oposição, mandados pura e simplesmente assassinar a sangue frio por este criminoso/fantoche Álvaro Uribe e os seus antecessores? 

Podem ser ressuscitados?

"Deixa a janela do sorriso aberta"

Por vezes é bom descansar. Dar um tempo, para a seguir continuar com o mesmo passo firme de antes e não aos tropeções. Por vezes basta um instante... um bom feeling.

Para mim, hoje, um bom feeling, foi ver este vídeo da Sara Tavares, ao vivo e em directo num programa da televisão inglesa, a cantar (e a tocar magistralmente) um dos temas do disco "Balancé", em que realmente encontrou a "sua voz".

Bom feeling foi ouvi-la e pensar que é bom que pessoas como a Sara Tavares, estejam começando a ser muito mais conhecidas no mundo, que a totalidade dos nossos governantes e grandes "empreendedores" e no quanto isso me deixa quase pessoalmente "vaidoso".

Pensava que com o 25 de Abril podia definitivamente deixar de ter vergonha dos "meus" governantes, mas como é fácil de ver em qualquer noticiário dos últimos (tantos!) anos, enganei-me redondamente!

Pausa para descanso, então.

"Bom Feeling" - Sara Tavares

O medo...

Proponho hoje uma pequena "aulinha" de História, que pode enquadrar a luta de Luther King, dos seus antepassados e dos que hoje o lembram com orgulho e determinação, no quadro mais vasto do que tem sido uma parte importante da realidade do seu país.

Não se deixem enganar pelo facto de o filme ser de "desenhos animados". Não só não é um filme para crianças como é muito mais sério do que pode parecer à primeira vista.

A ver, seguramente, até ao fim.

...como bola colorida entre as mãos duma criança.

Este homem tinha um sonho. 

Alguém se encarregou de o substituir por um pesadelo que vai crescendo até hoje...

Ontem foi "Dia de Martin Luther King" nos Estados Unidos da América, embora muito mais para uns que para outros. 

Para mim, foi!

"I have a dream!" - Martin Luther King (1963)

O sr. José Carlos não está...

...daqui quem fala é uma tia velha! 

Por vezes ainda reforçava com "doente" e a voz mais trémula.

- Ó Zé Carlos! Vai-te lixar...

E ele ficava invariavelmente encavacado por não ter percebido a tempo que quem estava ao telefone era "irmão", ou "sobrinho", ou "sobrinha", tudo graus bastante elevados na hierarquia da família de amigos.

Só tenho uma cantiga feita a meias com o José Carlos Ary dos Santos. Como compensação, é um poema absolutatamente glorioso sobre os mártires do fascismo na Guerra Civil de Espanha.

Quando ia certamente começar a trabalhar muito mais com ele, partiu.

São já vinte e quatro anos a gerir (por vezes mal) este nó na garganta e a sua ausência absolutamente depropositada.

"As portas que Abril abriu" (excerto) 

Ary dos Santos (1977)

José Carlos Ary dos Santos (Dez. 1936 / Jan. 1984)

O meu melhor amigo é muito melhor que o teu!

Ficámos todos, ou quase todos, a saber hoje, que o melhor amigo (político) de Sócrates é José Luis Rodriguez Zapatero, primeiro ministro de Espanha.

Ele também ficou a saber e pareceu-me que não podia estar mais encavacado com a situação.

Ok! Sócrates é que sabe, o que é, é, e interessa-me pouquíssimo.

O que me intriga verdadeiramente é o que dirá Sócrates quando voltar a receber cá os outros Primeiros Ministros da UE. Que gosta deles um bocadinho, vá lá... pouco? Que só os suporta porque tem que ser? Que também são os seus melhores amigos, fazendo figas para que Zapatero não esteja a ver a televisão portuguesa? Estou curioso!

Nestas cimeiras e seus subprodutos não devia haver um rigoroso protocolo que limitasse claramente os níveis de parolice nos discursos? 

Pensão de 5 estrelas

Este homem, Paulo Teixeira Pinto, dirigiu o BCP durante dois anos. É seguro afirmar que não fez um trabalho brilhante. Apesar disso, o banco pagou-lhe "à cabeça", para saír 10 milhões de euros e garante-lhe uma "pensão" para o resto da vida, de 500.000 euros anuais, o que corresponde a 35.000 euros, 14 meses por ano.

Se isto não é um roubo aos acionistas e demais clientes do banco, não sei o que lhe chamar... mas não é bem o nome que lhe hei-de dar que me intriga. O que eu gostava mesmo de saber é o que é que os "santos" da Opus Dei e do BCP sabem que ele sabe, para se sentirem obrigados a um suborno desta envergadura.

Maiorias "a martelo"

Eu sei que felizmente há quem saiba e queira escrever bem e com profundidade sobre esta nova lei eleitoral para as autarquias locais, como por exemplo o Vítor Dias, o que torna este meu post pouco mais que inútil.

De qualquer maneira, apetece-me perguntar se no futuro, muitos desses novos "Excelentíssimos Senhores Presidentes da Câmara", detentores de maiorias absolutas "marteladas" numa negociata entre o PS e o PSD, terão a lata de dizer que foram democraticamente eleitos... 

Continuará a existir o poder autárquico democrático, limitando "na secretaria" a oposição, no seu conjunto, a um terço dos lugares, seja qual for a sua votação? 

Não estou muito optimista (nem conformado!). 

A bolsa e a vida!

Nos últimos anos, todos os governos se têm "enganado" na taxa de inflação. Entre a inflação prevista e a verdadeira, há sempre uma diferença: a verdadeira é sempre maior!

Claro que tem sido sempre com base na inflação prevista que os governos têm negociado, ou imposto, para ser mais claro, os "aumentos" salariais da Função Pública e condicionado os de todos os outros sectores. Resultado, quase toda a gente em Portugal, tem visto o seu nível de vida descer!

Nós sabemos que nos últimos (tantos!...) governos, tem havido muita incompetência... mas será apenas isso? Se é apenas incompetência, porque é que nunca "prevêem" uma inflação maior do que aquela que depois se verifica?

Alguém ainda acredita que os "enganos" não são premeditados?

Parece que somos governados pelos Irmãos Dalton... pelas tiradas indigentes de alguns ministros, mas sobretudo pelo incessante assalto às economias e resistência dos cidadãos!

"Juramento de hipócritas" *

Chaves vai ter em 2009, um belo Hospital privado, com tudo e mais alguma coisa, incluindo maternidade e urgências 24 horas por dia.

Ora aqui está uma notícia interessante! Os privados, que entram nisto pelo dinheiro, não acham, como o Governo, que a cidade de Chaves não tem dimensão nem necessidade de ter maternidade, urgências e etc.

Os cidadãos portugueses, que se mostram tão "estúpidos" para entender a bondade e alcance das políticas de saúde do Governo e do ministro Correia de Campos, têm nesta notícia uma boa ferramenta para treinar o intelecto e começarem a "perceber" aquilo que realmente os motiva...

Vai uma aposta que Chaves não será caso único?

*  O trocadilho com o nome de Hipócrates (grande figura da medicina) é apenas uma piada minha que de maneira alguma implica o pobre senhor na lamentável política deste governo.

Uma questão de timing

A ver se eu digo isto de uma maneira delicada!...

Ontem à noite, quem não arranjou alguma coisa minimamente mais interessante para fazer, talvez tenha visto no "Prós e Coisa & Tal" esta cena algo deprimente. A deputadazita (Seabra) e o ministro Mário Lino-Jamé, resolveram picar-se a propósito do momentoso problema de interesse nacional que consiste em establecer qual dos dois saíu antes ou depois do PCP...

Confesso que não consigo vislumbrar o que é que cada um deles pensa que lucrou com a diferença de timing da saída, já que assim à vista desarmada, me parecem exactamente a mesma, chamemos-lhe assim... porcaria...

Mas se calhar é dos meus olhos!

Mudam-se os tempos...

Hoje, numa das andanças pela capital a que fui obrigado, ouvi numa mesa de café uma conversa acalorada em que a propósito da ultra conservadora realidade da Polónia, no que diz respeito à "Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez", que nesse país é extremamente simples, é proibida e ponto final, uma jovem mais "militante" aproveitava para dizer que isso não é um caso isolado, dado o tremendo e inquietante reaccionarismo que se abateu sobre o país de Lech Walesa.

Lembrei-me num flash, do muito que irritei uns amigos de amigos, que mal conhecia, quando num serão, há já bastantes anos, me saí com a sonora opinião de que: 

"O Solidariedade é um movimento que practicamente só fez uma coisa de jeito... 

o logotipo!"

Se fosse hoje, voltaria a dizer o mesmo, só que já não seria tão "simpático". Quero crer também, que esses amigos dos meus amigos, que me pareceram pessoas decentes, já não se irritariam tanto...

Aprender, aprender a ouvir, sempre!

Este moço vai fazer com que eu volte a coleccionar as obras completas de Lenine! 

Neste caso, as dele, Osvaldo Lenine Macedo Pimentel, jovem cantautor (e grande músico) brasileiro, que é sem dúvida um dos nomes da nova MPB que vai perdurar. 

Neste vídeo canta ao vivo um magnífico tema do CD "Na pressão" (o meu preferido) que leva por título "Jacksoul brasileiro", uma original e contagiante homenagem a um grande da música do Brasil, Jackson do Pandeiro, recorrendo até a pequenos excertos de cantigas do homenageado, que são já "clássicos", como o "Chiclete com banana", "O canto da Ema", ou "Cantiga do sapo", esta última servindo mesmo de refrão a este grande divertimento.

Pode não ser o suficiente para "animar", como tinha prometido no post anterior, sei que assim que for ligar a televisão, certamente me vou encanitar com alguma coisa... mas agora apetece-me ouvir e partilhar Lenine.

"Jacksoul Brasileiro" - Lenine

Lenine

Os Afilhados!

Palavra que preferia passar o Domingo a cuidar dos "bonsais", se os tivesse, ou a fazer ponto de Arraiolos, se soubesse... mas este assunto anda a enervar-me "por demais"!

O problema aí está novamente na ordem do dia e o Ministro "jamé" já começou a dar aos jornalistas aquelas suas respostas "chulas" que não querem dizer nada, tipo "mas quem é que lhe disse?...", ou "pode acontecer e pode não acontecer"...

Recapitulando, temos portanto um bando de indivíduos que gosta de se identificar como "Consórcio Lusoponte", para dar um ar de negócio legítimo, que "ganhou o concurso" para a construção e concessão da ponte Vasco da Gama. Até aí, tudo parece uma coisa normal. Só que, não fosse dar-se o caso de os lisboetas e seus vizinhos serem completamente tarados e por birra, decidirem nunca atravessar a nova ponte, esforçaram-se muito e lá conseguiram "convencer" o Governo a entregar-lhes de mão beijada a concessão da Ponte 25 de Abril. Mas ainda, prevenindo a possibilidade de os portugueses se tornarem loucos furiosos e desatarem a semear o Tejo de pontes, desde Vila Franca até ao Bugio, o governo garantiu-lhes por contrato que, em rigorosamente todas as "benditas" pontes que venham a ser construídas exactamente entre Vila Franca e Lisboa, nos casos em que por qualquer "descuido" a Lusoponte não ganhe os "concursos" para as construir, tem mesmo assim direito a uma percentegem do valor das portagens pagas por cada automóvel ou seja lá o que fôr que as atravesse!!!

Peço desculpa aos leitores mais sensíveis, mas isto parece um filme sobre domínio de territórios, discutido entre famílias mafiosas, pelo monopólio de tráfico de droga ou "protecção" de establecimentos... mas só que é com pontes!...

Num crescendo de "pretensa idiotia", no contrato com a Lusoponte o Estado está obrigado a "entregar-lhe" a construção da nova travessia do Tejo que, tudo indica, irá agora avançar, com o advento do Aeroporto de Alcochete...

Já foi establecido por quem tem os dados e autoridade para fazer esse tipo de pareceres, o Tribunal de Contas, que este foi um contrato muito prejudicial para o Estado.

Agora a parte que me enoja mais é que o homem que está sentado na cadeira do poder da Lusoponte, à espera que entrem, sem grande esforço (ou mesmo nenhum) todos estes milhões e milhões de euros, chama-se Ferreira do Amaral e era exactamente o Ministro que concedeu todas estas "prendas" à Lusoponte! Podia até ter estado sozinho nas reuniões e ter feito as assinaturas em ambos os lado dos contratos!

Como é que não acontece nada?

Pergunto eu que não pesco nada de leis e finanças:

Já que não é possível exigir ao engenheiro Ferreira do Amaral uma indemnização, pelos milhões em que o Estado foi (e será) roubado, não se arranjam por aí uns craques do Direito que ensinem ao Governo a maneira de anular este contrato, atendendo a que, pelo lado da Lusoponte isto não se tratou de um negócio mas sim de uma falcatrua e pelo lado do Governo de então, os governantes implicados, governaram-se bem mais do que governaram e em particular o ministro, estava já com um pé de cada lado, tirando "à farta" dos bolsos dos portugueses, para vir mais tarde a enfiar uma parte substancial directamente nos seus?

Pronto! Agora gostaria de passar um bom resto de Domingo, a recuperar desta neura... e desculpem lá o mau jeito. Se daqui a umas horas encontrar alguma coisa que me "anime", não me esquecerei de a partilhar convosco.

Relaxa... respira... respira...

Depois de alguns posts e comentários como foram estes últimos, precisamos de repousar, para retemperar forças e prosseguir...

Repousemos pois!...

Esta grande canção foi composta pelo enorme Pixinguinha em 1917 e mais tarde João de Barro escreveu a letra. No vídeo, é interpretada de uma maneira belamente despojada, por Paulinho da Viola e Marisa Monte, que quando realmente quer, é especial.

"Carinhoso" - Marisa Monte

Pixinguinha / João de Barro

Será mesmo desta?!...

Passada a Quinta-Feira de todas as grandes decisões aeroportuárias e entrados na Sexta-Feira, qual dealbar (adoro a palavra dealbar) de uma nova era para a nossa Aeronáutica Civil, ficam-me umas dúvidas/perguntas que bem gostaria de ver respondidas...

1. O Vital Moreira já terá engolido um frasco de barbitúricos, por "mor" do seu adorado (e defunto) aeroporto da Ota?

2. Qual será a dimensão e gravidade da trapalhada ou humilhação pública necessárias para que um secretário ou ministro deste governo se demita?

3. Posso ficar descansado com o raio da localização? Quantos dias passarão até Sócrates anunciar que afinal é na Ota, ou na Caparica ou, para seguir a sugestão do Jerónimo de Sousa, já que infelizmente não puderam albergar o novo Tratado Europeu, na Arrentela?

4. Para que servem governantes com esta dimensão, credibilidade e "apego à verdade"?

...podia continuar por aí fora... mas se alguém me responder a uma ou duas das perguntas, já fico satisfeito (por agora).

P.S.  Há muito tempo que mesmo sem "estudos" achava a margem sul a localização mais lógica...

Então e o livro sai ou não sai?!

"Songbook" de José Afonso à espera de autorização, leio eu no DN. 

Tudo bem, se não fosse uma "espera" de 3 anos, já...

Um "songbook" de um artista, para quem não souber, é (normalmente) a edição das letras e partituras musicais da obra desse artista, podendo ser da obra integral ou obedecer a qualquer outro critério dos promotores.

Seria muito importante uma edição deste tipo, com o Zeca! Primeiro, porque eu quero ter um exemplar! :-).  Segundo... terceiro... quarto... podem vocês decidir as restantes razões.

Uma das mais importantes, agora a sério, é fornecer às novas gerações de músicos e intérpretes que se interessam pela obra do Zeca, uma ferramenta que lhes permita ter acesso às versões originais das canções, o que os ajudaria muito a não cometer os pequenos erros em que vão caindo nas bem intencionadas versões que vão gravando e cantando.

Um grupo de pessoas, com José Mário Branco à cabeça, meteu mãos à tarefa complicada de transcrever todas as canções gravadas por José Afonso, com o apoio e interesse de uma editora, mas a viúva, detentora da maioria dos direitos sobre a obra, não autoriza a edição, por razões que ninguém consegue explicar e ela própria (até agora) não esclarece.

Tenho muita pena!

Se é por alguma zanga de ex-amigos, o Zeca que eu conheci estava muito acima disso!

Se é uma questão de dinheiro, o Zeca que eu conheci deve estar bastante irritado, já que o dinheiro nunca foi o seu "motor".

Pessoalmente, não me posso queixar muito, já que sou um dos privilegiados, que tem (quase) a obra integral do Zeca na cabeça e realmente toda, no coração.

Sem surpresa

Ontem foi um dia cansativo... por isto ou por aquilo ouvi muito a rádio e lá fui topando as várias canalhices com que o poder decidiu mimosear-nos durante horas e horas. 

Uma, pelos vistos, não verá a luz do dia, mas fica a recordação da "maravilhosa intensão"... De tratado de Lisboa, para já estamos conversados! Mais para a frente lá voltaremos ao assunto.

Ganhou a mentira, a cobardia e a chicana política dos "argumentos" repetidos até à náusea, como se assim se tornassem menores atropelos à dignidade e inteligência dos portugueses!...

Mas, realmente é mais o cansaço e a indignação, que a surpresa...

Há muito tempo que, quando vejo alguma destas figuras tentar fazer um discurso a "puxar ao social", aos grandes valores da liberdade, a encher a boca de "socialismo"(??), a derreter-se em preocupações com os "mais desfavorecidos", expressão que odeio, pois esses de que falam não precisam de favores mas sim de justiça, não só não acredito em uma palavra, como não me espanta que mintam, mintam muito, mintam sempre... no fundo está certo e é natural.

Aí, vem-me à memória um verso do Sérgio Godinho, que embora escrito noutro contexto, faz a pergunta fundamental:

"Pode alguém ser quem não é?"

"Arquive-se!"

Segundo ouvi há uns minutos, na rádio, está "arquivada no seu devido lugar" a brilhante ideia de pagar o aumento extraordinário das pensões em 14 prestações.

Se os nossos blogues contribuiram um pouco que seja para este arquivamento, fico contente...

É só um passo, mas adaptando um "dito" chinês, com um passo não se vai longe, mas sem dar esse passo não se vai a lado nenhum!

Agitação

Tenho urgentemente que ir comprar e tomar uns destes "Thorazine" do anúncio!

Então não é que quando aquele garotão do Pedro Marques, Sec. de Est. da Seg. "Social", estava a dizer na televisão que o facto de os pensionistas irem receber aquele fabuloso aumento das pensão, dividido em 14 prestações, era melhor para eles, me deu uma espantástica vontade de ver entrar alguém pelo estúdio dentro e esmurrar-lhe as ventas?!...

E o que me apeteceu dizer na cara do Ministro das Finanças, quando ele com aquela imagem tão feliz (e que os amigos adoraram) de se "correr atrás do ladrão em vez do polícia", referindo-se às "negociatas duvidosas" do BCP desde 2004, fazendo de conta que estava a defender o Gov. do Banco de Portugal, Vítor Contâncio, o qual tinha obrigação de fiscalizar essas negociatas e por alguma razão não o fez, quando na realidade está a safar o "patrão" da CMVM, que tem muito maior obrigação de fiscalizar essas mesmas negociatas e que nessa altura, em 2004, era ele próprio, Teixeira dos Santos?!...

Portanto, ou isto é mesmo agitação senil... ou é o comprimento dos parágrafos que escrevo ultimamente que me deixa sem fôlego e agitado... ou então, não... só que aí volto a achar que é necessário remodelar os dentes a esta gente!

Na dúvida, vou esperar uma segunda opinião: a vossa!

Fecho "éclair"

Hoje, durante o jantar, confesso que mais uma notícia envolvendo a extraordinária ASAE, me arruinou um bocado o bom humor.

Trata-se duma organização que me divide bastante. Apoio algumas das suas acções, sou indiferente a muitas e com a prepotência, arrogância e pura idiotia de outras irrito-me assinalavelmente.

Hoje a tal notícia, que nem era sobre qualquer coisa que a ASAE tivesse feito, provocou uma sensação nova, mais a dar para o "arrepio"...

Um número bastante significativo de comerciantes ligados à restauração, decidiu (como é seu direito legal) impugnar em tribunal várias normas das leis para o sector, que a ASAE vem aplicando com o fanatismo que se conhece. Têm um advogado comum, que serve de porta-voz. Até aqui tudo normal... só que nenhum deles quer dar a cara, ou fazer declarações, ou sequer ser identificado!

Se isto não é medo a instalar-se, é o quê?

Haverá, tal como antigamente, uma percentagem das coimas (milionárias) para "bufos"?

Pergunta inocente: 

Se estes senhores, Sócrates e os seus tão fiéis sacerdotes, são o tal "socialismo moderno, virado para o futuro", como gostam de se classificar, porque não aproveitam a grande sorte de já estarem virados para o futuro para irem andando à frente e deixarem-nos em paz?

Pronto, ok... eu sei que é pedir muito!...

Falta-lhe o "português técnico"...

Chama-se Tomásia da Silva Costa. Para resumir a história que podem ver completa no DN, direi que é de Cabo-Verde, tem 48 anos, vive em Portugal há já 8, com o marido e os filhos. Vive em casa própria, trabalha e paga impostos.

Tomou a decisão de requerer a nacionalidade portuguesa. Foi-lhe negada porque... tem dificuldades na língua portuguesa, falada e escrita. 

Dão-lhe uma "oportunidade": frequentar um curso para aprender a falar e escrever escorreitamente. Tomásia até que gostaria... se ainda "tivesse cabeça" para ir estudar e, sobretudo, se soubesse onde encaixar esses estudos na sua rotina diária, já que pelo facto de ter dois empregos, ligados às limpezas, tem que sair de casa às 5 da manhã, para só regressar por volta das 10 da noite. Portanto, assim, nada feito!

Primeiro, apetece-me fazer uma pergunta parva: Quantos milhares dos nossos adolescentes que têm notas miseráveis na disciplina de Português, vão "perder a nacionalidade"?

Depois apetece-me sugerir: Porque não fazemos uma troca com Cabo-Verde? Eles mandam-nos para cá muitas "Tomásias" e nós exportamos os tipos que fazem estas regras...

Só que isso era se o jovem e simpático país, Cabo-Verde, nos tivesse feito algum mal, o que todos sabemos não ser o caso.

Acho que vou tomar a liberdade de dedicar à Tomásia da Silva Costa que queria ser portuguesa, um pequeno poema do grande poeta brasileiro Manuel Bandeira.

(Que os tais senhores das lei e regras não perdiam nada em ler também...)

"Irene no céu"

Irene preta

Irene boa

Irene sempre de bom humor.

Imagino Irene entrando no céu:

- Licença, meu branco!

E São Pedro, bonancheirão:

- Entra, Irene, você não precisa pedir licença.

Luiz Pacheco (1925 - 2008)

O libertino passeia...

(totalmente livre e por toda a parte)

Pavimentaram o paraíso

(Isto é a letra - Clicar para ler)

Quando aterrei na casa do Zeca, em Setúbal, por volta de 1972, tentei, antes de ele me pôr a cantar, a gravar o primeiro disco (exactamente "O Cantigueiro") e seguir com a minha vida para a frente, aproveitei o tempo de convívio que tive com ele, para fazer de "esponja", aprendendo muito, perguntando muito, deitando os sentidos a tudo o que ali se passava.

Entre as muitas coisas novas que conheci, algumas eram músicas e seus cantautores. Foram bastantes... mas hoje quero falar desta loura de cabelos lisos e voz limpa, que era um pouquinho mais velha que eu... não muito. Trata-se da Joni Mitchell. Durante dias, ouvia na sala do Zeca este disco, em "sessões contínuas", sobretudo esta canção "Big Yellow Taxi" que me encantou desde a primeira audição.

É talvez a "minha" primeira canção política americana com declaradas preocupações ambientais, ou pelo menos é a de que gosto mais.

"Pavimentaram o paraíso para construir um parque de estacionamento" é a frase chave desta letra que me despertou para uma causa que nessa época, em Portugal, era perfeitamente "exótica", quando não mesmo "uma coisa de maluquinhos".

Antes de a pôr a tocar, faço uma pausa (de puro gozo) para imaginar o Zeca a entrar na sala, ver-me sentado no grande tapete, com a viola dele nas mãos, a tentar perceber "como se acompanha isto"...  Aqui ele faz aquele sorriso de testa franzida e olhos que riam sempre mais que o próprio sorriso, ajeita os óculos grossos (pobres óculos...) e pergunta-me como se fosse (sempre) a primeira vez: "Gostas disso? É bom, pá!..."

"Big Yellow Taxi" - Joni Mitchell (1970)

Joni Mitchell

Hoje deu-me p'ráqui...

Um grego antigo, meio tresloucado, daquele género perigoso dos que têm ideias e que dava pelo nome de Arquimedes, terá dito:

"Dêem-me uma alavanca e um bom ponto de apoio e eu levanto o mundo!"

Quero crer que já conheço a alavanca capaz do trabalho. Quanto a mim, é a música, a beleza, toda a cultura e roubando uma "palavra simples" ao Baptista Bastos, a ternura... e mais umas pequenas coisas.

Agora estou afanosamente à procura de um bom ponto de apoio!

Todas as ideias e ajudas são bem-vindas!

Uma coisa boa, para variar...

Mapa "gamado" sem apelo nem agravo ao Zero de Conduta

Quando o nosso "castigado" país fica bem numa fotografia, com boas cores e assim... mesmo um velho marreta com mau feitio como eu, tem muito gosto em assinalar o facto.

Eis aqui um ponto decididamente "sim" do ano de 2007.

Vá lá!... Cliquem na imagem para ver devidamente a "cor saudável" com que Portugal aparece neste mapa-mundo da legislação sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez.

Adenda: Sobre o funcionamento da "dita", ainda é muito cedo para falar.