quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Medíocres!




1. Não posso dizer que tenha ficado surpreendido. Admito que, dado o volume das verbas envolvidas, tenha sido possível contratar desempenhos artísticos de qualidade para abrilhantar a festa... mas não vi. Fui mostrar Alqueva a familiares que ainda não tinham visto aquela coisa admirável, embora, por enquanto, quase inútil.

Sobre o conteúdo das festas, só tive acesso aos resumos e, como esperava, a mediocridade do Presidente e do Primeiro Ministro não deram tréguas. Comprovando o seu quase analfabetismo, quando comparados com algumas das figuras históricas que se atreveram a “homenagear”, lá passearam as suas “fronhas” de grande frete, como se estivessem realmente zangados um com o outro e fizeram, fingindo sempre estar a homenagear a República, as suas costumeiras homilias sobre os sacrossantos mercados, a estabilidade e os consensos, apontando um e outro as armas à contestação política, reivindicações e protestos de rua que são, para eles, «irresponsáveis, destrutivos, negativistas»... o diabo em forma de gente. Os mercados devem ter gostado muito dos discursos, a democracia, não!

2. Por volta das 21 horas e 25 minutos, na “SIC não sei o quê”, estava Mário Soares a babar umas declarações sobre umas coisas; fiz zapping rapidamente... e estava na RTP-N João soares a dizer umas coisas vagamente aparentadas com as do pai; durante uns segundos tive medo de tocar no controlo remoto, não fosse estar nalgum lado a Doutora Maria Barroso a declamar poesia, ou – valha-nos a santa! – a cantar o Hino... mas felizmente, não!

3. Uma última e breve nota para o inenarrável Passos Coelho, que vai ter rapidamente que alugar mais pés aonde dar tiros, pois os quatro de origem já ele estoirou. Estou a falar, obviamente, do facto de o presidente do PPD-PSD, o mais populoso partido da - digamos assim - oposição, embora convidado oficialmente para estar nas cerimónias na Câmara de Lisboa, ter faltado, sob o pretexto de «não poder estar em todo o lado» e reservar-se o direito de ser ele a decidir quais os «locais apropriados» para receberem a “bênção” da sua cinzenta presença.

Claro que diz tudo aquilo com uma cara de quem leva muitas horas a congeminar estas manobras, truques mediáticos e afirmações públicas. Só que como, desgraçadamente, a cada dia que passa mais se revela um idiota, todas essas manobras, truques mediáticos e afirmações públicas lhe saem... estrondosamente idiotas.

6 comentários:

Graciete Rietsch disse...

São todos "estrondosamente idiotas".

Um beijo.

zambujal disse...

E quando os medíocres antigos, mormente o que hoje é mais antigo e nada medíocre foi e é em serviço ao imimperialismo, vêm lamentar a mediocridade dos medíocre actuais, com aquele ar choroso "já não políticos com a nossa estatura"?
É... indecoroso.
Ainda assim, antes a Beata Maria Barroso a dizer poesia...

Um abraço

Mar Arável disse...

Pretendem o regresso

à união nacional

Milan Kem-Dera disse...

-Soares, o pai da incompetência e da sabujice;
-Cavaco, o pai do autismo e do descalabro financeiro;
-Guterres, o pai da irresponsabilidade e do amiguismo;
-Santana, o pai dos negócios de gabinete e do governo palhaçada;
-Durão, o mestre MRPP das artes da fuga;
-Sócrates, aquele que conseguiu reunir, admiravelmente numa só pessoa, todos os dotes dos seus antecessores;
-Passos Coelho, o idiota que não consegue encontrar o seu lugar, esgotadas que já foram todas as formas de palhaçada na governação!

Resta-nos convidar o palhaço TIRIRICA para primeiro-ministro deste país. Talvez uma nova forma de palhaçada resulte!...

duarte disse...

Pois segundo os "artistas" do costume, devemos unir-nos em torno de um interesse nacional... Quer dizer... Mas de que nação estamos a falar?
A dos criminosos globais?
Esquecer o que nos distingue dos outros, esquecer toda a nossa História, esquecer que somos (ou devemos ser) soberanos?
Trabalha meu povo, que o patrão precisa...mas quem é a porra do patrão?
Aquele que te enfiou na merda em que te encontras?
Enfim, ainda bem que não lá estavam os outros dois, senão , ainda mais redundante se tornariam as declarações.
Num dia de gripe, estive a ver a televisão... acho que não me volto a enganar... prefiro o micro-ondas.
do vale um abraço

Fernando Samuel disse...

Vês no que dá uma pessoa ligar a televisão?: na mesma noite apanhaste com o cavaco, o sócrates, o soares-pai, o soares-filho (quase o soares-mãe) e ainda um outro idiota...

Um abraço.