Sejamos francos. Qualquer coisa que, nos idos de 1910, tivesse varrido de Portugal o lixo infecto que o governava, teria sido bom para o país... mesmo que fosse apenas um tufão, um ciclone, uma cheia... mas não foi!
Mesmo com as suas contradições, limitações (naturais para a época, umas, outras nem tanto...), incapacidade de estabelecer uma verdadeira ligação com o povo, preconceitos ideológicos e de classe, erros políticos graves... a implantação da República, levada a cabo por patriotas em cujos corações germinava a semente da mudança, foi um marco na história da luta libertadora do povo português e um decisivo passo para o futuro. Um futuro que o fascismo, aproveitando a porta que as contradições desses primeiros republicanos lhe abriu, reprimiu e humilhou durante 48 anos; um futuro a que a Revolução de Abril de 1974 deu um novo e decisivo alento; um futuro que só a luta continuada conquistará plenamente... qualquer dia... qualquer dia!
* “No Inverno penso muito
oh que coisas eu já via
no Inverno penso muito
Qualquer dia, qualquer dia!”
Excerto de “Qualquer dia”, in “Contos velhos rumos novos”
Letra de F. Miguel Bernardes, música de José Afonso
5 comentários:
Qualquer dia, qualquer dia, o dia chegará.
Um beijo.
Para a minha geração, o primeiro 5 de Outubro foi o de 1974.
Era Sábado, Vasco Gonçalves veio ao Porto e discursou para uma multidão na Praça General Humberto Delgado...
O resto está aqui:
http://cadernosemcapa.blogspot.com/2010/10/outro-5-de-outubro.html
Tenho não só a esperança mas também a certeza de que qualquer dia...
...será o dia de, finalmente, podermos ver a luz através das portas que Abril abriu.
Saudações,neste dia! Longa vida ao Cantigueiro!!
beijos
Sendo assim... Viva a República.
Um abraço.
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