Chegou-me ao conhecimento uma série de críticas ao actual sistema de financiamento do ensino superior público, incluindo (obviamente) o valor das propinas pagas pelos estudantes, críticas de que destaco três:
«…a actual lei, ao sustentar a quase gratuitidade da frequência do ensino superior gera uma insustentável injustiça social, como seja a de colocar os impostos dos menos favorecidos da sociedade ao serviço da formação superior dos mais favorecidos»
«O Estado não pode continuar a discriminar os estudantes portugueses que escolhem universidade privadas e por isso não têm direito a bolsas»
«(e criticou ainda) ... que esse apoio seja negado a portugueses, por frequentarem o ensino não estatal, para ser dado a estudantes estrangeiros, apenas por frequentarem universidades estatais»
E dizem vocês: Essas críticas devem ter sido feitas por um jovem fanático ultraliberal… depois da trigésima quinta caneca de cerveja!
Errado! Por mais que as três declarações pareçam ter sido produzidas por um bêbado, tal a incongruência e pedestre estupidez dos argumentos, a luminária que proferiu estas alarvidades foi o reitor da Universidade Católica, Manuel Braga da Cruz. Claro que a seguir exigiu que o Estado aumentasse substancialmente as propinas... no ensino público.
Se um qualquer pensador der para se pôr a pensar nestes temas e decidir que o Estado deve acabar com o ensino público, ou pelo menos com o seu financiamento, embora a isso esteja obrigado pela força da Constituição da República Portuguesa... entende-se. É, no limite, um direito.
Agora vir defender isso, ao arrepio do interesse de milhares de estudantes e das suas famílias, visível e unicamente para favorecer o seu negócio privado... é demasiado porco, intelectualmente, para ser aceitável.
7 comentários:
Os fascistas começam a perder a "timidez",ou melhor,estao a sentir-se fortes,quais vampiros depois de sorverem sangue novo.
Dia 11 vamos mostrar como é.
Salvaguardando algumas excepções que confirmam a regra, os católicos só vêem dinheiro.
Sabem ao que andam, aproveitam a onda e o vento de feição para enfunar a vela...
Abraço.
A situação não está para brincadeiras.
Isto muda, quando este, ou outros como este, tiverem "acidentes de percurso" que lhe impeçam de voltar a dizer barbáries destas e de desempenhar as funções que desempenha.
Já lá não vamos com gritos de revolta. É preciso mais ... músculo !
E eu também.
Um abraço,
mário
De novo com possibilidade de consultar os blog que tanto me ajudam. O problema do meu computador foi resolvido.
E agora continuemos a luta para que todos esses senhores que despudoradamente defendem os seus interesses,em prejuízo do Povo que cria a riqueza,sejam de facto afastados dos lugares a que não têm direito. O direito está com as maiorias e as maiorias são espezinhadas por esse exploradores.
Um beijo.
Haja vergonha, algo que estes "senhores" de direita não têm nem nunca tiveram. Infelizmente a garra da direita está cada vez mais, já não à espreita mas sim com as unhas todas de fora!E, quando assim é, a guerra pode rebentar.
Por isso, vamos todos no próximo dia 11 DE FEVEREIRO A LISBOA E MOSTRARMOS COMO É! Não nos deixemos enganar por estes vampiros.
Saudações
Vicky
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