quinta-feira, 30 de junho de 2011

Évora - Viva a cultura!


1. Porque é que numa tasquinha, cujo espaço foi alugado, é permitido pendurar uma cartolina a dizer “Há caracóis”... mas é ilegal pendurar outra a dizer “A cultura dá frutos”?
2. Porque é que depois de pendurarem em algumas laranjeiras, num espaço público (Horta das Laranjeiras), algumas cartolinas recortadas em forma de laranja, com frases ”provocatórias” e “perigosamente subversivas”, como “Cultura igual a cidadania”, ou “Cultura gera riqueza”, os elementos de associações culturais e produtores de cultura eborenses, responsáveis por este “violento atentado”, foram tratados pela polícia como delinquentes e identificados, depois de verem todos as suas perigosas "armas de instrução maciça" arrancadas e recolhidas?
3. Porque é que eu acho (e não devo estar sozinho) que o presidente da Câmara de Évora é um verdadeiro traste?
4. Porque é que eu acho que nas próximas eleições autárquicas é urgente oferecer ao atual presidente um carrinho de “regulamentos” e empurrá-lo por uma ladeira íngreme e comprida... que dê de frente para um muro?
Saiba tudo AQUI, num texto do Eduardo Luciano, que conta a coisa muito melhor do que eu.

Mónaco - Um post cor de rosa


As notícias aparentemente inócuas que vêm habitualmente nas secções mais “cor de rosa” dos jornais acabam por ser, muitas vezes, bastante instrutivas.
A propósito do casamento do inútil solteirão e herdeiro do principado do Mónaco com uma nadadora sul-africana, ficamos a saber várias coisas:
1. A noiva, até agora protestante, “converteu-se” rapidamente ao catolicismo... mostrando, ela, a sua firmeza de convicções, e a Igreja Católica a sua fantástica e já histórica fé nestas tão convenientes “conversões” à pressão.
2. O príncipe Alberto, que já tem dois filhos, fabricados por aí... não convidou os filhos para a cerimónia, porque Deus nos livre!, que imagem é que isso iria dar?!, e seja como for, os “ilegítimos” nem sequer são herdeiros do trono... o que mostra que a família real do Mónaco, para além da mais do que conhecida disfuncionalidade, é também um coio de parasitas hipócritas e que o noivo Alberto II, pode muito bem ser uma “alteza sereníssima”, mas nem por isso deixa de saber comportar-se como um qualquer canalha.
Ah...  claro... e depois foram felizes para sempre!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sandra Felgueiras - Serviço público de televisão... “generalista”!




Independentemente da (totalmente irrelevante) irritação que me provoca a visão e audição da inefável Sandra Felgueiras... mesmo assim, há coisas que seriam perfeitamente escusadas. Passo a explicar:
Para que diabo é que a RTP precisa de enviar a repórter Sandra Felgueiras para Atenas? Não seria suficiente a catadupa de imagens e notícias fornecidas pelas agências internacionais da especialidade?
Para além desta inexplicável necessidade de estar lá, fazendo os seus inúteis e palavrosos diretos, que diabo de justificação terá Sandra Felgueiras para insinuar que os grandes culpados da crise grega são os funcionários públicos, ao afirmar – e cito de memória:
«Nenhum cidadão grego consegue, por exemplo, uma licença, de um funcionário público, se não o subornar... e na saúde ainda é pior; se não tiver dinheiro para pagar “por fora” não há um único médico que queira tratá-lo!»
E pronto! Assim, de uma assentada, todos os funcionários públicos gregos são corruptos, todos os médicos do serviço de saúde pública são uns canalhas... igualmente corruptos. Não soubesse Sandra Felgueiras, de fonte segura, que autarcas corruptos é uma coisa que, obviamente, não existe em parte alguma... e nem os presidentes de câmara gregos teriam escapado à sua “fúria” jornalística. 
Portanto, independentemente da (totalmente irrelevante) irritação que me provoca a visão e audição da inefável Sandra Felgueiras e do seu jeito para fazer generalizações indigentes, xenófobas, direi mesmo, um bocado “fascistóides”... que diabo foi fazer a ladina, velida e louçã “jornalista”, a Atenas?
Entretanto, nem que seja sob a mais miserável chantagem, a austeridade vai-se abatendo sobre o povo grego, de uma forma ainda mais violenta e criminosa, enquanto os verdadeiros culpados vão enchendo os bolsos... mas sobre isso, os nossos media fazem de conta que nada veem ou sabem.

Realmente... um serviço público de televisão desta estirpe... dispenso!

Sim, Excelência, diz muito bem, Excelência… claro, Excelência!



"O Expresso sabe, também, que em casos muito excepcionais, há notícias que mereciam ser publicadas em lugar de destaque, mas que não devem ser referidas, não por auto-censura ou censura interna, mas porque a sua divulgação seria eventualmente nociva ao interesse nacional. O jornal reserva-se, como é óbvio, o direito de definir, caso a caso, a aplicação deste critério."

Este pedaço de texto é, seguramente, uma das coisas mais tristes que se poderiam ler no estatuto editorial de um jornal, num país em que aconteceu o 25 de Abril. Trata-se exatamente do número 7 do novo estatuto editorial do Expresso. Da última vez que vi... o Expresso ainda pretendia ter um conselho de redação, composto por jornalistas... o que torna este texto ainda mais lamentável.

À parte algumas linhas, nuns poucos blogues, não vi que este fantástico “compromisso” com a verdade e o direito à informação tivesse provocado as reações que esperava.

É por isso que quando teço aqui alguns comentários mais amargos sobre o “jornalismo” que sobrou, depois destes mais de trinta anos, essa amargura não é fruto de pessimismo, mas sim de uma espécie de “optimismo informado”... o que na verdade, ainda dói mais.


Adenda: Fazem-me entretanto notar que o "Estatuto" em causa afinal não é "fresquinho" mas sim de 2008 e reeditado agora (por imperativo legal), além de que o inefável princípio do Nº 7  já vem de 1974, o que é, evidentemente... ainda pior.


terça-feira, 28 de junho de 2011

Olli Rehn - O bandalho


De todos os bandalhos – e são tantos! – instalados nas instituições europeias e organismos da UE, bandalhos que ninguém elegeu e que tratam a UE e os países membros como coisa sua, há um canalha que se destaca no asco que (me) provoca: o comissário dos assuntos económicos Olli Rehn.
Bem em consonância com os tiques típicos da sua região de origem, este verdadeiro inútil raramente consegue esconder o desprezo que lhe inspiram os Parlamentos e os deputados eleitos pelos povos dos países membros da UE. Raramente consegue disfarçar o nojo com que lida com “a gentinha do sul”. É-lhe impossível não revelar o xenófobo sentimento de “superioridade racial” que escorre como lama de quase todas as suas declarações.
Há uns meses, dizia que já tinha tido «demasiada paciência e imaginação» com Portugal.
Há dias, numa reunião sobre “recomendações” económicas aos países membros da UE, declarou que «a Portugal cabe simplesmente implementar o programa acordado com a troika».
Agora, sobre a Grécia e defendendo que «não há plano B para evitar a bancarrota», afirma que mais austeridade, independentemente do que queiram, pensem, ou votem os deputados eleitos e o povo grego... «é o único caminho».
Começa a já nem ser preciso dizer o que penso desta caricatura manhosa de democracia em que vivemos, a mando de gangsters internacionais e dos seus lacaios locais.
Posso não viver tanto... mas assim como já antes vivi para assistir à morte do bandalho António de Oliveira Salazar e da sua ditadura fascista, viverei até quando for possível, perseguindo o sonho de ver estes bandalhos modernos com os dentes partidos. (Sim, sim... hoje estou irritado e com falta de pachorra...)

Governo Passos – Simples renovação de pessoal


Passado que está o relativo “flop” da grande “poupança” de Passos Coelho em bilhetes de avião, bilhetes que, afinal, não pagava... estando ainda para se perceber qual será a vantagem, em algumas viagens, de a equipa que acompanhe o primeiro-ministro chegar aos destinos sem ter tido cinco minutos de sossego e privacidade para trabalhar e preparar-se para o que vai fazer, ou se esta exibição gratuita de populismo não acabará por acarretar maiores despesas em exigências de segurança, chega a altura de começarem a cair à nossa frente, dia sim, dia não, notícias como esta:
Será esta a marca distintiva das privatizações deste governo. Vender ao desbarato, mas mesmo assim, assumindo todos os riscos da operação... presentes e até futuros. Privatizações em que, para os amigos “investidores”, o lucro será garantido e, pelo menos enquanto os portugueses suportarem pagar... será sem riscos. Se prejuízos houver... cá estaremos para arcar com as consequências.
Trata-se, portanto, da mesmíssima orgia que já estava em curso... mas com o acréscimo de entusiasmo que – suponho – animava os velhos bordeis sempre que chegavam “caras” novas.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

António José Seguro – Privilégios...


O Sérgio Ribeiro deu-se ao trabalho/tarefa de ler o Público de lés a lés... o que resultou num excelente texto sobre a máfia, perdão, as agências de rating... e proporcionou-me esta imagem que ele próprio já tinha surripiado ao órgão central da SONAE.
Ao que parece, o candidato a secretário geral do Partido Socialista quer privilegiar o “capitalismo ético”. Enquanto fico aqui a pensar no que raio será isso do capitalismo ético... não posso deixar de verificar que, provavelmente exactamente por essa intenção do candidato, tanto a máquina do PS, como os grandes interesses instalados e a vasta clientela – que nem por estar o PSD no Governo vão deixar de “ir ao pote” como sempre – estão todos a juntar-se maioritariamente à volta do candidato António José.
No fundo, estão a jogar... pelo “Seguro”...

Mário Soares – Importa-se de repetir?


Depois de descer várias ruas conduzindo em contramão, o automobilista bêbado desviou-se in extremis do choque frontal com um autocarro, entrando estrondosamente com o automóvel num mini-mercado. Ao sair, cambaleando devido ao choque e à bebedeira, exclamou escandalizado (e entaramelado):
- Hão de arranjar muitos clientes, com uma loja destas... não deem uma arrumação nisto, não!...
E agora por que raio é que me fui lembrar desta estória ao ler que Mário Soares terá dito, «O PS tem que ser refundado e ter política a sério!» ???!

domingo, 26 de junho de 2011

We shall overcome – يجب علينا التغلب عليها


Os artistas que chegam a ser muito conhecidos, ricos e famosos, não valem mais um cêntimo, por isso, do que os milhões de outros criadores de cultura, espalhados por todo o mundo... a não ser para os seus gestores de conta bancária e radialistas vendidos aos interesses editoriais, etc. e tal... que alista é longa.
Felizmente, alguns desses artistas, independentemente da fortuna que lhes chega por via da fama mundial, são mesmo muito bons. É o caso de Roger Waters, em tempos a alma dos Pink Floyd, uma das maiores bandas de sempre.
Quando alguém, sem precisar de mais promoção ou mais dinheiro, se empenha numa causa, esse “desprendimento” material ajuda a credibilizar o gesto. Um gesto com o mesmo valor que os gestos de qualquer um de nós... mas com esse extra de visibilidade que é sempre bem vindo.
Segundo as suas próprias palavras, Roger Waters foi interpelado pela realidade tremenda do povo palestiniano. Seguiu, interessado, uma iniciativa de muitas centenas de ativistas de várias nacionalidades que se deslocaram a Gaza para uma manifestação de solidariedade com aquele povo prisioneiro na sua terra. Escandalizou-se com a proibição de os manifestantes se aproximarem da Faixa de Gaza, imposta pelo regime egípcio, lacaio dos EUA. Por fim, sentiu-se insultado na sua inteligência pelo facto de a totalidade dos média norte americanos não terem publicado uma linha que fosse sobre este acontecimento... para além do constante encobrimento, ou distorção, daquilo que se passa naquele lugar.
Decidiu, por isso, gravar e colocar à disposição na internet e por todos os meios, a sua versão da canção “We shall overcome”, uma velha canção de luta que nos chega já decantada por muitos anos de memórias e versões interpretadas por dezenas de artistas. Dedicou-a à luta do povo palestiniano.
Na verdade, continuarei a preferir esta interpretação emocionante de Joan Baez, ou a versão (e tudo o resto) de Pete Seeger... mas gosto sempre de ver um colega de profissão “subir ao palco” e colocar a sua voz ao serviço de qualquer coisa que vai muito para lá do entretenimento e do simples negócio.
Bom domingo!
We shall overcome” – Roger Waters
(Letra: C. Tindley, vários e Pete Seeger/Música: “gospel” tradicional)



sábado, 25 de junho de 2011

Votar (para espairecer)


Sobre a bebedeira de ego e vaidade balofa que nos últimos meses atingiu o cidadão Fernando Nobre, já quase tudo se disse. Aparte uns poucos portugueses que, por razões particulares, já sabiam que ele não é flor que se cheire, a imagem que passava para todo o país era a de uma pessoa estimável, admirável, desinteressada, solidária. Os mais recentes acontecimentos, ao mostrarem o Fernando Nobre real, sem ideias, incoerente, oportunista, ambicioso e portador de um medonho problema de coluna vertebral... destruíram essa imagem, como se fosse um desenho feito na areia.
Num país normal, esta sequência de acontecimentos que culminaram com o falhanço humilhante da sua “nomeação” para a presidência da Assembleia da República, resultaria na sua descredibilização total; um vídeo como este que se segue, depois de visto por um razoável número de pessoas, tornaria o desastre irreversível. Como estamos em Portugal... nunca se sabe...
Fiquem com o vídeo, que é de ver até ao ultimo segundo. Trata-se de uma paródia, feita em cima de uma música de um disco do Tim (Xutos e pontapés), mas com uma letra nova (e bem melhor), escrita e cantada pelo Vasco Palmeirim (não, não é cantor... é apenas “maluco”) acompanhado pelo Nuno Markl, a Vanda Miranda (se não estou em erro) e mais um elemento da equipa da Rádio Comercial, que não consegui identificar.



sexta-feira, 24 de junho de 2011

Se eu tivesse vinte anos...


Se eu tivesse vinte anos... e formasse uma banda rock, provavelmente, ao contrário dos GNR, faria uma canção defendendo a saída de Portugal da CEE, ou como agora se diz, da UE e do Euro.
Os jovens GNR, ainda com o experimental Vítor Rua e sem o Rui Reininho, fizeram sucesso nos idos de 1981 com a sua entusiástica apologia da entrada de Portugal na CEE. Era a miragem do progresso, a inocência do cordeiro que se vai meter na boca do lobo. Confirmou-se tudo. Houve algum progresso (até nas formas e na intensidade da exploração de quem trabalha) e o lobo abocanhou, como se esperava, o cordeiro. No essencial, começou a inclinar-se a ladeira que aceleraria o nosso afastamento dos ideais e conquistas de Abril. Foi esse o objectivo, desde Soares, objectivo que se vai cumprindo e agravando até hoje.
Hoje, se tivesse vinte anos e, como já disse, fizesse uma cantiga a gritar pela saída de Portugal da UE e do Euro, acredito que não tivesse o sucesso popular dos jovens GNR... mas na verdade, ao contrário do que aconteceria há uns poucos anos, não seria trucidado pela crítica e teria até um ou outro aceno aprovativo de figuras “respeitáveis”, o apoio de economistas conceituados (mas, curiosamente, a condenação por parte de Louçã)... em vez de ser entendido apenas pelos mesmos “comunas” de sempre, que já em 81 não acharam muita graça à canção dos GNR.
Provavelmente, à semelhança do que tem acontecido nos últimos tempos com outros protagonistas de algumas inesperadas canções de “intervenção”... eu andaria por aí, passados quinze dias, a desdobrar-me em entrevistas apelando à calma e a explicar que não senhor, não escrevia canções políticas e muito menos participava na política ativa, que era apenas artista e tal...
De qualquer maneira, teria pelo menos introduzido a discussão e reflexão sobre o tema entre os da minha idade... isto, claro, se tivesse vinte anos.

Obama – Apenas mais um...


(Pawel Kuczynski)

O que é que ganhei até agora em ouvir e ler excertos de discursos de Barack Obama?
Passado todo este tempo é já evidente, até para aqueles que agora têm vergonha de admitir que se espalharam ao comprido ao darem o seu apoio quase beato ao presidente dos EUA, que apesar da vistosa articulação e da peganhenta “simpatia” dos discursos de Obama, o essencial da sua prática tem revelado um extraordinário aldrabão a tentar disfarçar o oxímoro criminoso de guerra nobel da paz.
Enquanto o “comandante” da NATO, braço armado dos EUA, produz frases como esta, que mais parecem um abjecto exercício de humor-negro, isto se formos seguindo a forma mortífera com que os lacaios de Obama vão “protegendo” os civis na Líbia, mesmo que depois peçam desculpas... para logo a seguir voltarem a “proteger” mais civis... o criminoso Obama vai gerindo a sua imagem de estadista, anunciado intenções de retiradas de tropas aqui ou ali, ao sabor dos interesses da omnipotente indústria de armamento.
Perante tal hipocrisia, perguntei “o que ganhei até agora em ouvir e ler excertos de discursos de Barack Obama”. Ganhei pelo menos uma informação: o local exato em que foi enterrado um dos filhos do velho Gepeto. E digo “um dos”, porque o famoso construtor de pinóquios produziu aquela praga às centenas... como nós por cá bem temos também sentido na pele.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Pancada de calor (1)



“Só me acudiam sordidezes paralelas, em calão teimoso: - «é de rachar»! «está de ananases»! «derrete os untos»! …”
(Eça de Queiroz – A Correspondência de Fradique Mendes).

Aí está mais uma pancada de calor! Felizmente, chegam notícias de que Portugal está coalhado de “praias de ouro”.
O que eu devia fazer era pôr-me a caminho... à procura de uma.

Passos Coelho – Início auspicioso


Tem sido bastante interessante seguir os passos do Passos nos primeiros dias desta sua aventura da saída da montra da rua dos fanqueiros, para passar a passear os fatos... mas agora na vida real. Apenas três apontamentos.
1. Primeira declaração pública à saída da reunião com Cavaco Silva, depois de lhe apresentar o seu elenco ministerial:
«Fui indigitado há apenas 48 horas e, tal como havia prometido, fiz as diligências necessárias, de forma muito expedita e muito rápida, para, em tempo record, apresentar o novo governo de Portugal».
Se Passos Coelho fizer disto norma, quero dizer, começar cada intervenção pública com uma sessão de gabarolice gratuita e autoelogio, a coisa tornar-se-á, muito rapidamente, insuportável. Ainda por cima, este tipo de performance “expedita, muito rápida e em tempo record”... seria extraordinária se ele se chamasse Pedro Passos Caracol... em vez de Coelho. Assim, francamente...
2. Depois da natural e copiosa derrota , na sequência da teimosa insistência no nome do incrível Nobre para Presidente da Assembleia da República:
«Os deputados acabam de perder uma oportunidade de eleger para a presidência do Parlamento um verdadeiro independente».
Portanto, de uma assentada, não só os deputados acabados de eleger são apelidados de estúpidos, como os anteriores presidentes do Parlamento, incluindo os do PSD, são insultados, já que, pelos vistos, foram uma espécie de lacaios dos seus partidos, que não souberam comportar-se de forma “verdadeiramente independente” no desempenho do cargo. É o novo tipo de discurso arrogante. Em vez da arrogância irada de Sócrates, temos a arrogância sonsa de Passos Coelho.
3. Frase do discurso de tomada de posse:
«Apresentamo-nos ao país com um programa de crescimento, competitividade e emprego».
Como se trata do mesmo Pedro Passos Coelho que se comprometeu solenemente a cumprir o acordo com a “troika(e ir até mais além) e sabendo toda a gente que esse acordo implica mais recessão e mais desemprego, espero que nesta primeira reunião que teve com os seus “patrões troikistas”, tenha esclarecido que estava a mentir descaradamente quando prometeu “crescimento e emprego”.
Na verdade, depois da nefasta passagem de José Sócrates pelo governo a fasquia ficou tão baixa que, parafraseando a grande Zezinha Nogueira Pinto, até o Rato Mickey poderia ter ido para o seu lugar.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Ricardo Costa – Jornalista exemplar, comentador isento


Ricardo Costa (na imagem), o funcionário de Francisco Pinto Balsemão que, presentemente, ocupa o cargo de diretor do semanário “Expresso”, estava debitando “opiniões” sobre vários dos novos ministros numa estação de televisão também propriedade do seu patrão.
Por volta dos 4 minutos e trinta segundos deste vídeo e depois de tecer rasgados elogios ao currículo e competência do matemático Nuno Crato, que passa a ocupar a pasta da Educação, Ensino Superior e Ciência, achou por bem tentar “imaginar” aquilo que acha poder vir a ser a futura relação do ministro com os professores e com o secretário geral da FENPROF, Mário Nogueira. Destaco estas verdadeiras pérolas:
«Se os professores forem ler aquilo que ele escreve e o seu pensamento… vão ter ataques cardíacos.»
«Uma pessoa que é totalmente contra o facilitismo, a ideia das crianças não chumbarem, de os professores terem pouco trabalho, de os professores não terem tantas dificuldades…»
«Será provavelmente o pior ministro que Mário Nogueira poderia imaginar. Só num pesadelo é que lhe aparecia um ministro destes.»
Claro que do lado dos professores e de Mário Nogueira existem preocupações legítimas, preocupações que têm mais que ver com as políticas que vão ser aplicadas, do que com nomes... mas esta provocação gratuita feita aos professores e a um dos seus mais destacados representantes, em horário nobre de televisão e sem contraditório, se diz pouco sobre o novo ministro e coisa nenhuma sobre Mário Nogueira, diz muito sobre o carácter do “jornalista” Ricardo Costa.

Fernando Nobre – Uma derrota muito “satisfatória”


Estou confiante de que, desta vez, Fernando Nobre terá (finalmente!) percebido que o Presidente da Assembleia da República não é nomeado, mas sim eleito. Que o lugar de segunda figura da hierarquia do Estado não é “oferecido” pelo “candidato a primeiro-ministro” em campanha eleitoral... mesmo quando este acaba por vir a ser, efetivamente, primeiro-ministro.
Foi eleita uma deputada para o lugar. Por comparação entre Nobre e a deputada Assunção Esteves, ainda mais se destaca a gritante inadequação do equívoco médico para exercer aquelas funções. Desde a infausta corrida para Belém, até esta nova corrida que não passou, afinal, de um tropeço, Fernando Nobre nunca mostrou um vestígio de ideia que não pudesse ter sido copiada de uma qualquer T-Shirt... ou, quando se vislumbrou alguma, nunca passou de populismo barato, de um discurso infeliz anti-política e anti-partidos, muitas vezes virado exatamente contra o Parlamento que agora pretendia vir a presidir e os seus eleitos.
Na reação à eleição da deputada Assunção Esteves, Nobre conseguiu, ainda assim, surpreender mais uma vez... mostrando quão pequeno é por dentro, ou na melhor das hipóteses, quão ignorante.
Na mesma frase, respondendo sobre o que sentia com a vitória da nova Presidente da AR, conseguiu dizer que estava «muito feliz», para logo a seguir garantir estar convencido de que Assunção Esteves irá exercer «satisfatoriamente» as suas funções.
Fica-se sem entender se aquele “muito feliz” não passa de um sarcasmo podre... e se o “satisfatoriamente” é apenas um triste desconhecimento do peso real das palavras na língua portuguesa.
Felizmente, até que um dia destes e por “razões pessoais inultrapassáveis” o médico renuncie ao lugar de deputado para ir à sua vida... pouco ou nada se ouvirá dele.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Tomada de posse – O problema é que há demasiados jornalistas!


“Vai mas é pra casa coser meias, ó... ...!!!” – foi talvez o comentário que mais ouvi a taxistas irritados por serem “incomodados” no seu latino machismo pela visão de uma mulher a conduzir. Independentemente de nunca ter entendido aquela fixação com as meias, entendi a mensagem que estava por detrás: o lugar da mulher é em casa! Claro que pode haver exceções... desde que não deem muito nas vistas, o que, decididamente, não é o caso da deputada do CDS, Teresa Caeiro, que já por diversas vezes terá ouvido (e lidos nos jornais) pérolas deste mesmo calibre, não por ser militante do CDS, não pelo que pensa, não pelo trabalho que desenvolveu no Parlamento... mas por ter o palmo de cara que tem. Teresa Caeiro que hoje subiu mais uns pontos na minha consideração.
Contando do princípio, estava eu (quem me mandou?!) seguindo uma transmissão da SIC sobre a “pomada de tosse” do novo Conselho de Administração” da “troika”, diretamente do Palácio da Ajuda, quando já farto de ouvir falar do problema dos carros que estavam, ou não estavam, dos novos e antigos ministros, que iriam, ou não, de carro ou a pé, sabe-se lá para onde, apontamentos de reportagem quase sempre da “autoria” de um infeliz de um “jornalista” daquela estação, que mais parecia apostado em demonstrar que há jornalistas em demasia e que uma boa parte desse excedente é composta por indigentes mentais... estava a ponto de desligar o televisor.
Eis senão quando, o tal jornalista, chamemos-lhe assim, resolveu ficar fascinado (e não é o único) com a “Vespa” em que costuma deslocar-se Pedro Mota Soares. «Será que agora, já depois de ser ministro, vai sair daqui na mota?» - perguntava-se o inútil – e a emissão lá passou novamente para a porta do palácio. Decidi ficar mais um pouco a assistir... mas a "trégua" durou poucos segundos.
O intrépido repórter conseguiu interromper novamente a emissão, desta vez com uma cacha de grande importância jornalítica: estava ao pé dele a Teresa Caeiro!
- Teresa Caeiro está aqui junto a mim... vestida com um conjunto de cor bastante berrante... salmão... Teresa Caeiro, porque é que escolheu para esta ocasião essa cor tão...
E a Teresa Caeiro, a tentar manter-se calma:
- Você acha mesmo que eu vou ficar aqui a comentar indumentárias?...
E foi assim que a inegavelmente bonita deputada subiu os tais ponto na minha consideração, ao responder-lhe apenas isto, quase sorrindo, em vez de o mandar para aquela parte... o lugar onde deveriam estar os “jornalistas” da envergadura deste pobre imbecil.

Maria de Lurdes Rodrigues – Uma acusação “corajosa”


Maria de Lurdes Rodrigues, no tempo em que era feliz, fustigava os professores a seu bel prazer e dava alegres entrevistas ao Expresso, em poses azougadas... como a que esta fotografia documenta.

Todos nos lembramos da estória. O Ministério da Educação, então dirigido pela dona Maria de Lurdes Rodrigues, encomendou diretamente ao advogado João Pedroso, por quase 300.000 euros, uma espécie de colectânea de toda a legislação portuguesa relacionada com a Educação. Foi feito um primeiro contrato em 2005, depois, descobriu-se que as verbas acordadas não chegavam, sequer, para começar a coisa... e foi feito novo contrato em 2007. Mais tarde, o ME desistiu do trabalho, que nunca foi acabado, embora tenha sido pago.
Já nessa altura houve quem pensasse que ninguém conhecia a João Pedroso a “especialização” que aconselhasse a sua contratação.
Já nessa altura houve quem pensasse que o fim daquele contrato era mais entregar a verba ao advogado, do que obter qualquer trabalho em troca.
Já nessa altura muita gente sabia que dentro do ME e do aparelho do Estado existiam muitas centenas de juristas, capazes de fazer tão bem, ou melhor, aquele trabalho.
Finalmente, agora, com o ano de 2011 já a meio, o Ministério Público produziu alguém capaz de elaborar a acusação de crime de prevaricação (e não sei o quê mais) com que, por estes dias, brindam a ex-ministra, dois dos seus mais diretos colaboradores e o próprio João Pedroso.
Ainda bem que assim é, pois toda a gente envolvida merece, das duas uma: ou a condenação adequada aos atos de que estão acusados, ou a total ilibação de qualquer suspeita.
Sobre o processo em si não tenho qualquer opinião... pois casos destes não se devem julgar com “opiniões”, mas sim com provas irrefutáveis. Já sobre o tempo que demorou esta acusação, até ver a luz do dia e, sobretudo, a altura escolhida para a fazer... aí sim, tenho uma opinião: É uma vergonha!
Não se pode deixar de ficar com a impressão de que o “braço da lei” sofreu, mais uma vez, do “Síndrome Vale e Azevedo”, que, como estamos lembrados, só foi acusado depois de ter descido do trono do seu Benfica. Não se pode deixar de ficar com a impressão de que, neste caso, mesmo já não estando a cidadã Maria de Lurdes Rodrigues sentada na cadeira do Ministério da Educação, desde 2009, alguém esperou até que o Partido Socialista saísse do poder. Até que houvesse novo Governo, nova Assembleia, nova maioria. Não fosse o diabo tecê-las!...
Não se pode deixar de ficar com a impressão de que haverá bastantes mais processos à espera de uma “aberta”...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Tocando Chopin


O meu filho mais novo acha que sabe fazer vídeos. Assim sendo, achou também que poderia corresponder a um desafio da Santa Casa da Misericórdia, participando num concurso de pequenos filmes/vídeos, que apelem ao voluntariado. Nas palavras da organização, o propósito dos concorrentes «deverá ser dar visibilidade à importância da atividade do voluntariado como forma de contribuir para um mundo melhor e/ou inspirares as pessoas a tornarem-se voluntárias».
Para chegar à fase final do concurso, o vídeo tem que passar por uma votação do público, coisa que se poderá fazer seguindo este link para o vídeo, de seu nome "Tocando Chopin"…  e votando. Só até à próxima segunda-feira 27.
(Por debaixo do vídeo está uma zona com duas “caixas” a preto. Na que fica mais abaixo há um link que diz “Votar neste vídeo”. Basta clicar em cima para aparecer uma indicaçãoo de que só se pode votar uma vez... e um OK. Clique em cima... e está votado)
Se, depois de verem, não gostarem… então nada feito. Eu gosto… mas claro, posso muito bem estar a ser influenciado por qualquer coisa...
Também podem ver aqui... mas para votar tem que ser lá.

Grande abraço!


Louçã e Rui Tavares – A borrasca


Longe de mim querer comentar o facto de Francisco Louçã, por causa da maciça perda de votos, já estar arrependido de não ter ido à reunião da "troika". Até porque daqui por uns dias pode bem arrepender-se de ter admitido estar arrependido... e lá começaria tudo de novo.
Não. Numa altura em que até estou a prestar maior atenção ao Bloco, primeiro porque sim e segundo, para seguir a anunciada reflexão colectiva, aquilo que me chamou a atenção foi esta borrasca que estalou entre Louçã e o deputado europeu pelo BE, o independente Rui Tavares, relacionada com uma alegada confusão de nomes dos fundadores do partido, com trocas de farpas e exigências públicas de pedido de desculpa... o que me levou a refletir sobre, pelo menos, duas coisas extraordinárias:
1. A extraordinária falta de sorte que tem o BE para escolher os independentes a quem oferece cargos políticos (claro que estou também a pensar no “Zé que fazia falta” na Câmara de Lisboa).
2. A extraordinária confusão feita à volta dos nomes dos fundadores, atendendo a que são apenas quatro, atendendo a que Louçã é um deles e atendendo a que Rui Tavares é um historiador profissional. Que diabo! Foi há tão poucos anos...

domingo, 19 de junho de 2011

Piensa en mi


Um artista que tenha a infelicidade de se chamar Ángel Agustín María Carlos Fausto Mariano Alfonso Rojas Canela del Sagrado Corazón de Jesús Lara y Aguirre del Pino… o mínimo que pode esperar é que, quando o apresentador termine de o apresentar, já haja uma boa parte do público a voltar para casa. Assim, não é de admirar que este cantor e autor mexicano, nascido em 1900, tenha optado por usar apenas o nome de Agustín Lara... nem diria propriamente como nome artístico, mas em legítima defesa. O tremendo nome não o impediu, porém, de ser autor de grandes canções como “Solamente una vez”, “Maria bonita”, ou a célebre “Granada”, que não há tenor que não adopte.
Seja como for, hoje não é destas suas canções que falo, mas sim de outra, um grande bolero que fez parte da banda sonora do filme de Pedro Almodóvar Tacones lejanos, nome que traduzido diretamente para o português, deu o título “Saltos altos”.
Quando no princípio dos anos noventa ouvi, à queima-roupa e sem a mínima chance de me desviar, um jornalista da televisão anunciar este filme Tacones lejanos como “saltos longínquos”, confesso que fiquei para ali... a rir muito – ri tudo aquilo a que tinha direito – e fiquei convencido de que nunca mais conseguiria levar a sério nada que tivesse que ver com aquele filme.
A “convicção” durou muito pouco. Durou apenas até ouvir esta canção que faz parte da banda sonora da película, escrita e composta pelo Agustín Lara e cantada de forma esmagadora pela Luz Casal. O filme, para ser sincero, tenho-o aqui numa das estantes, mas ainda nunca o vi inteiro. Esta canção, pelo contrário, desde há vinte anos que, de vez em quando e sem razão aparente, vou ouvindo uma e outra vez,  sem me cansar.
Chama-se “Piensa en mi”... e hoje, também sem razão aparente, decidi não a ouvir sozinho.
Bom domingo!
Piensa em mi” – Luz Casal
(Agustín Lara)



sábado, 18 de junho de 2011

Habemus coelheira nova! – Haja saúde!


E pronto! Pelo menos segundo parece... está pronta e povoada a “coelheira”. Já tem a palha e a água mudadas, há cenouras para os bem comportados, sacos e sacos de ração vêm aí a caminho, retocou-se a pintura, as redes e as portas estão arranjadas... e há espécimes novos prá engorda.
Não porque nutra um especial apreço por esta estirpe de bicharada, mas sim pelo incómodo e despesa que seria ter que começar tudo de novo, mais uma vez... espero bem que não apareça por aí nenhum surto de mixomatose.
Entretanto, o agregador de notícias do "Google", num toque de humor involuntário, ou então, de extremo rigor jornalístico, colocou a notícia com o perfil de todos os ministros do governo Passos/Portas, seguida de outras quase quatrocentas sobre o mesmo tema, na secção de... "Negócios".

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Governo Passos/Portas – E porque não optar pela experiência governativa?


Tal como já antes aconteceu com anteriores governos (e lideranças partidárias) tanto do PSD como do PS, em que os maiores craques, ideólogos, mandadores de bocas e génios em geral, ao chegar a hora de pegar no batente preferem ir cuidar da sua vidinha, parece que a história se repete na formação do governo Passos/Portas... pelo menos a fazer fé nas anunciadas “negas” do incontinente Eduardo Catroga e do interbancário Vítor Bento.
Pelo menos até ao fim do dia... ainda há esperança para Dias Loureiro e Oliveira e Costa.

Maria Vitória – Uma derrocada simbólica



Quase a fazer noventa anos, muitos dos quais à espera de um novo impulso na vida do Parque Mayer, na popular Revista à Portuguesa e na própria cultura em geral... o Teatro Maria Vitória cansou-se de esperar... e partiu.
Não partiu completamente, mas a derrocada de parte do tecto impossibilitou a abertura de pano do espetáculo que estava programado para ontem, dia 16 de Junho, deixando um punhado de artistas à procura de um espaço alternativo.
Se esta derrocada tivesse sido pensada como um golpe publicitário, ou uma espécie de “performance” para assinalar a entrada em cena do novo governo do PSD/CDS e o seu previamente anunciado desprezo pela cultura, teria sido uma ideia brilhante. Infelizmente, trata-se apenas da crua e fria realidade.
Às verbas irrisórias que são postas ao serviço da cultura, desde há muitos anos, vem agora juntar-se a ainda maior desvalorização oficial da criação cultural e da preservação do património e defesa da língua, com o anunciado fim do Ministério da Cultura.
Ao contrário dos seus antecessores, estes que agora chegam ao poder podem pelo menos gabar-se de estarem a ser perfeitamente coerentes com a sua concepção ultraliberal de cultura... que ainda há um par de dias ouvi Vasco Graça Moura, um dos caceteiros cavaquistas mais cultos do país, defender numa entrevista televisiva:
«O que tem muito público e dá dinheiro, é para ficar; aquilo que não for comercialmente viável, é para acabar... ou então, que se pague a si próprio!»
Segundo este critério miserável, muitos dos que hoje são consensualmente aceites como grandes símbolos da nossa cultura, nunca teriam chegado ao nosso conhecimento. Nunca teriam visto os seus livros editados, as suas obras musicais tocadas e gravadas, os seus quadros expostos e, sobretudo, o seu pensamento divulgado.
O que é grave é que calhordas como este Vasco Graça Moura e o seu novo primeiro-ministro, sabem muito bem que assim é. Sabem para que lado estão a tentar torcer o rumo da História... e não têm perdão, pois sabem muito bem o que fazem!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Justiça – Magistrados “Xerox”


(Georges de La Tour – “O batoteiro”)

Se, no futuro, acontecer haver sentenças iguais em vários tribunais ao mesmo tempo, com as mesmas penas aplicadas tanto a multas de estacionamento, como a assassinatos de vizinhos, ou assaltos a bancos... não se preocupem. Os magistrados não estarão bêbados nem loucos; estarão simplesmente a lembrar os belos tempos em que copiavam copiosamente nos testes que lhes dariam acesso exatamente à profissão de magistrados.
Nada de especial, portanto... pelo menos a ver pelo tipo de “sanção” imposta aos “esforçados e estudiosos” candidatos: a passagem de todos... com um 10... o que constitui, igualmente, uma decisão profundamente injusta para com aqueles (os patetas honestos) que não copiaram, para além de um enxovalho para aqueles que "se sentem".
Mais uma estória francamente inspiradora... capaz de gerar uma grande confiança no futuro da justiça portuguesa e cimentar o respeito da sociedade pelos seus juízes e demais representantes da Lei. Uma estória augurar um  ambiente, no mínimo, equívoco, para os julgamentos e investigações em que estes “magistrados” sejam acometidos por este tipo de valores ético-batoteiros.