quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Pinto Balsemão – Ligeiro...



Francisco José Pereira Pinto Balsemão, de quem nunca esqueceremos o fulgor enquanto breve primeiro-ministro, resolveu dedicar-se a mais um exercício de “achismo”.
Entre várias ideias sobre o semi-presidencialismo, sobre datações, sobre ideologia, lei eleitoral, o sistema de governo e sobre prioridades, confidenciou ao país a sua opinião do dia:
É uma opinião...   Num sector que eu conheço um pouco melhor do que a Constituição, o mundo da música, já se tomou essa medida, faz tempo.
"Aligeirou-se consideravelmente" a música que já era ligeira... e o resultado aí está:
Música pimba!

Correia de Campos – Nem todas as mentiras muito repetidas se tornam verdades!


Como muito bem diz o Vítor Dias, já cansa muito a recorrente baboseira saída de algumas bocas “socialistas”, segundo a qual, a culpa de termos Passos Coelho e o seu gang de fanáticos à frente do Governo... se deve aos partidos “da extrema esquerda”, como gostam de chamar ao PCP e ao BE.
Desta vez (mais uma vez) a tarefa tocou ao Dr. Correia de Campos, o genial ex-ministro da “saúde” de Sócrates, um infeliz ressabiado que até hoje não foi capaz, nem de digerir a contestação de que foi alvo, nem de entender as causas dessa contestação.
Desta vez (mais uma vez), em artigo do "Público" sem link disponível, aponta malcriadamente baterias aos partidos da “extrema esquerda”, perguntando se estão satisfeitos com o governo actual, insinuando que estes defendem uma política “do quanto pior, melhor”.
Devia ter vergonha na cara!
Devia saber que, depois de o PSD ter apoiado o PEC1, mais o PEC2 e o PEC3 do engenheiro Sócrates, tendo sempre os comunistas votado contra, no momento em que Passos Coelho decidiu deixar cair o PEC4, nada justificaria que os comunistas, subitamente, decidissem inverter a sua posição, votando a favor. Só um imbecil poderia defender tal ideia!
Infelizmente, embora muitos não o queiram admitir ou perceber, são repetidas posições públicas como esta, assumidas ano após ano pelas mais destacadas figuras “socialistas”, que mais ajudam a inquinar as oportunidades de entendimento e convergência (e tem havido tantas!)... e não apenas o ressentimento mútuo e antigo, povoado de desencontros, divergências e traições... guião de um passado que, embora isso fique tantas vezes esquecido, também foi povoado de sonhos, combates e realizações em comum.
Claro que pode ser que o Dr. não saiba nada disto – e é um ignorante...
Claro que pode ser que não entenda nada disto – e é um imbecil...
Claro que pode (ao arrepio do que diz) entender e saber – e então é um escroque!
Claro que posso estar errado em qualquer uma das hipóteses!

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Fernando Ulrich – Insolente...




O multimilionário banqueiro do BPI, Fernando Ulrich, um descarado parasita de milhões em dinheiros públicos que, apesar dos chorudos lucros, defendeu que o Estado deveria colocar desempregados a trabalhar no seu banco, mas à borla... O lambe botas que, imitando Borges, chama a Vítor Gaspar a "grande sorte do país"... O trafulha que teme uma "ditadura do Tribunal Constitucional" em Portugal... gosta de dizer coisas.
Desta vez, resolveu fazer uma pergunta e dar, na mesma frase, a resposta:
Infelizmente, é bem capaz de ter razão!
Já eu gostaria de perguntar, embora não tenha resposta alguma para acrescentar à pergunta, se o doutor Ulrich, sempre que vomita estas baboseiras provocatórias, aguentaria umas boas chapadas no insolente focinho...

Furacão Sandy - Jornalismo miserável - 2


Começando, obrigatoriamente, por desejar que o furacão Sandy passe pela costa dos EUA sem provocar nem um décimo dos estragos que se temem... não posso deixar de dar nota da pedestre parolice e subserviência dos media nacionais (e não só).
Enquanto o furação se passeou pelas caraíbas, provocando pesados estragos, como aconteceu em Cuba, ou estragos agravados com a perda de muitas vidas, como foi o caso no Haiti, para dar apenas dois exemplos, as notícias foram chegando, como meras notícias de mais uma tempestade, com direito a, não poucas vezes, pouco mais do que um pequeno apontamento.
Assim que o “Sandy” rumou à costa leste dos EUA a coisa mudou imediatamente de figura. São directos, são “notícias” do que ainda não aconteceu, notícias dos preparativos, transmissões de discursos e avisos de Obama e do presidente da Câmara de Nova Iorque, o fecho de bancos e do FMI, a teimosia dos "rebeldes" que desafiam o furacão, as alterações nas campanhas eleitorais dos candidatos presidenciais... Resumindo... é o caos!
Dir-me-ão que isso se deve à dimensão das localidades que se espera sejam atingidas e aos milhões de cidadãos que poderão ser afectados. Nada disso!
A grande diferença, com enorme prejuízo para os cidadãos “caribeños”, é que os cidadãos dos EUA... são seres humanos "de primeira"!
Jornalismo miserável!


Adenda (às 12:45):
Infelizmente, se bem que sem as características catastróficas do “Katrina”, de há uns anos, as dificuldades humanas e económicas pelas quais muita gente está a passar, no rasto deixado pelo “Sandy”, são evidentes. Lamenta-se, a cima de tudo, a perda de vidas!
Esperemos que agora os media e os poderes públicos se concentrem no essencial... deixando o espectáculo informativo, as vendas de jornais, as audiências de televisão e os votos... para segundo plano!

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Jornalismo miserável


Ontem, num intervalo das “obras” de misturas e montagens musicais que tenho em mãos, resolvi trincar umas bolachas de água e sal com o “pecado” da manteiga de amendoim, à hora do jornal das 12 na SIC-N.
Tudo como é costume, muito moderno, muito ritmado, notícias curtas, variadas... a famosa “excelência de conteúdos” de que fala repetidamente o paspalhão do Mário Crespo.
Praticamente ao ritmo cadenciado das dentadas, fui ficando a saber coisas “vulgares”, como o facto de ninguém parecer estar convencido da utilidade da extinção de centenas e centenas de freguesias planeada pelo génio político de Relvas... e manifestar-se para o demonstrar... ou da nova realidade que está a levar vítimas de agressões (por exemplo resultantes de assaltos) que quando se dirigem aos postos de saúde para obter tratamento aos ferimentos... a optarem por mentir sobre a causa dos ferimentos, já que almas iluminadas resolveram que as vítimas de agressões, se não puderem identificar os agressores e a polícia não estiver em condições de o confirmar... têm que pagar os tratamentos na íntegra, sejam ou não utentes do SNS, com custos que podem ascender às centenas de euros. Como se calcula, é a medida mais humana a aplicar a uma pessoa que, para além de agredida, pode ter acabado de ser roubada em todo o dinheiro que tinha para se sustentar.
Ia a coisa por aí fora, neste “rame-rame de desimportância”, quando saiu no alinhamento a – pensava eu – também curta notícia da deslocação do Benfica a Barcelos. Grande galo! A notícia até foi curta... só que, de repente, o mundo parou. Entrou em cena um cromo qualquer que, depois de abancar ao lado da pivot do jornal, ficou a tecer considerações sobre as opções de Jesus, os novos jogadores de Jesus, a atitude do Benfica, a resistência do Gil Vicente e mais isto e mais aquilo e ainda aqueloutro e os seus significados tácticos e profundamente filosóficos... durante uma eternidade. A “box” da televisão permite andar com as imagens para trás, o que me permitiu medir a “eternidade”. Durou exactamente dez longos minutos de telejornal!
Claro que poderia ter sido a propósito de outro qualquer clube de bola... bem, talvez só de mais um ou dois, mas nem isso me serviu de “consolação”.
Jornalismo miserável!

A Ana...


Quando a “TAP” sofreu as “engenharias” contabilísticas que outras grandes empresas públicas sofreram, sendo separada em retalhos, como se de partes concorrentes se tratasse, quando começaram a inventar nomes e administrações para as novas empresas de gestão de aeroportos, de transporte de bagagens, de aviação comercial, de lojas, lojinhas, casas de banho, parques de estacionamento, saquinhos para vomitar, lencinhos para dizer adeus das janelas, santinhas para os medrosos e mais tudo o que se suspeitasse poder render uns cobres... viu-se no que isto iria dar.
A “ANA” é uma empresa com o monopólio da exploração dos aeroportos, está condenada a dar lucro e é altamente apetecível para qualquer oportunista que queira deitar a mão a um negócio com ganhos garantidos e risco quase nulo.
Fosse a nossa “ANA” uma qualquer outra Ana que trabalhasse numa qualquer esquina da noite... e ainda assim não teria tantos putativos clientes querendo comprá-la.
Lembro-me de outra Ana famosa, a “Ana de Amsterdam, cantada pelo Chico Buarque. Descrevendo a sucessão de experiências de vida que já tinha sofrido, destacou (muito provavelmente por ser uma das mais nojentas) a memória de ter sido «beijada por Gaspar».
Também a nossa “ANA” está a viver esta espécie de maldição pegajosa e execrável.

domingo, 28 de outubro de 2012

Chico Buarque – Chame ladrão!


Servindo-se da sua forma encantadora de, por vezes, retratar realidades sinistras, o Chico Buarque escreveu, há muitos anos, uma canção descrevendo o sobressalto da repressão, da perseguição política, das prisões, da tortura, dos assassinatos, do afastamento, do exílio, do nojo da ditadura militar que durante tanto tempo esmagou o Brasil.
Eram anos de chumbo... em que, como se diz na cantiga, quando a hora chegava, quando "tinha gente lá fora batendo no portão", não adiantava chamar a polícia. A polícia era o inimigo. Era melhor chamar um ladrão...
Também nós já vivemos nesse mundo execrável. Agora, ao arrepio da História e do futuro, há quem esteja a perturbar a nossa linha do tempo, torcendo-a, obrigando-a a apontar de novo ao passado.
Não, inda não chegámos lá! Só que aquilo que é realmente decisivo na História da Humanidade raramente acontece por acaso. O passado só não regressará, se lhe fizermos frente!
Bom domingo!
“Acorda amor” – Chico Buarque
(Francisco Buarque de Holanda)



sábado, 27 de outubro de 2012

Um “miguel relvas” é equivalente a quê?




A fazer fé em várias notícias saídas nos jornais, o execrável Miguel Relvas, ao que parece, «teve equivalências a cadeiras que não existiam» quando “estudou” na Lusófona.
Nas tintas! Já não há pachorra para a carreira académica de Relvas e, de resto, nem é por isso que lhe chamo execrável. A “licenciatura” do ministro é apenas um “sintoma” de um mal muito mais vasto, um mal que o corrompe há muitos anos.
A fazer fé noutras notícias que vão chegando como consequência das primeiras... Relvas diz-se «de consciência tranquila».
Devo dizer que não me custa nada acreditar. É evidente que a “consciência” de Relvas está “tranquila”! 
Tão tranquila como qualquer outro objecto inanimado!

João Duque – Lembrem-se disto...


O omnipresente economista (chamemos-lhe assim) João Duque, é uma cara habitual nas páginas do “Expresso” e nos estúdios da “SIC”, validando as políticas de austeridade cega, de extremo “rigor” e “transparência” deste Governo... serviços pelos quais é, seguramente, muito bem pago.
Goste-se ou não da forma como que Balsemão ganha o dinheiro com que lhe paga os servicinhos, a verdade é que lhos paga com os fundos da sua grande empresa de comunicação social, a conhecida “Impreza”.
Como “bom rapaz” que é, João Duque quis retribuir a continuada gentileza de Balsemão, inventando um concurso público completamente martelado, destinado a entregar aos cofres de Balsemão um chorudo negócio de publicidade. É um gesto bonito, mas...
O pequeno problema é que, para além da trafulhice evidente nos termos do concurso, que até um leigo vê que é feito à medida, o dinheiro envolvido não sai dos bolsos do senhor João Duque, mas sim do orçamento do ISEG, que, pelo menos da última vez que vi, era sustentado por dinheiros públicos.
Claro que, talvez para “prestigiar” o seu cargo de presidente do ISEG, de economista e figura pública, João Duque não esconde o facto de achar o seu acto normal e insinuar que as regras dos concursos públicos não passam de uma enorme maçada e que devem ser ignoradas.
Esta estória não serve para grande coisa... mas pelo menos dá-nos pistas para pensar sobre a credibilidade de um aldrabão e oportunista que não se cansa de falar de cátedra e arrotar postas de pescada sobre as obrigações dos cidadãos e da honestidade que tanto falta... aos outros.
Lembrem-se disto sempre que o virem dar-nos lições de moral!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Grande (poeta) pintor é o povo!


(surripiado ao “anónimo do Sec XXI”, que por sua vez o surripiou ao Castendo, que...)

Quando a realidade imoral se transforma em mural...

Vítor Constâncio – Será que “regula”?...



Não tinha dado pela notícia... mas há coisas que nunca é tarde saber!
Vítor Constâncio, o hiperactivo “ex-gerente” do Banco de Portugal e, nesse cargo, responsável pela regulação da banca nacional, depois do insuperável trabalho ali feito, sobretudo quanto à dita regulação... foi promovido a “sub-gerente” do Banco Central Europeu.
Saiu-se agora com a brilhosa ideia de que o «BCE deveria regular todos os bancos da Zona Euro».
Os muitos “oliveiras e costas” de uma bela mão-cheia desses bancos estão trémulos de excitação, perante a perspectiva de uma tão competente “regulação” das suas negociatas.
Pressentem-se belos negócios para os fabricantes de iates e condomínios de luxo. Adivinham-se chorudos lucros para os lavadores de fortunas. Crescem em muitas gargantas entusiasmados vivas a Constâncio!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Governo Passos/Portas – Hienas...



Para este governo de hienas, o pagamento de um vencimento mensal não é a devida retribuição do trabalho, mas sim uma despesa. Uma prestação social, como um subsídio de desemprego, apoio na doença, na educação, não é a devida retribuição pelos impostos, contribuições e taxas que copiosa e pesadamente pagamos... mas sim uma despesa.
A cabeça dos canalhas e ultraliberais em geral, funciona assim!
Daí que seja natural ver atirar o barro à parede com “propostas” de redução drástica do subsídio de desemprego, capazes de fazer corar e gaguejar até alguns apoiantes do governo. Logo seguidas da recorrente farsa do "recuo", farsa ainda mais rasca, quando é anunciado, no mesmo momento, um corte equivalente, sem que se diga onde.
Manda a demagogia balofa e populista (mas nem por isso menos criminosa!) deste governo que, para tentar fazer os portugueses engolir este “xarope” nojento, se tente fazer crer que a esmagadora maioria da “despesa” pública é destinada aos vencimentos da “função pública” e “apoios sociais”.
Assim amalgamada a informação, os cidadãos não repararão que aquilo que eles declaram despesa com a “função pública” é toda a “despesa” com os vencimentos dos funcionários, sim... mas que aqui estão incluídos os trabalhadores que estamos habituados a identificar como Funcionários Públicos, mais os professores do ensino público, os médicos dos SNS, os polícias, os militares, juízes, funcionários judiciais, deputados, etc., etc., etc., a que se junta toda a “despesa” para fazer funcionar esses sectores, desde a pequena escola básica ou do centro de saúde mais remoto, ao moderno "campus" da Justiça no Parque das Nações.
Assim amalgamada a informação, os cidadãos não repararão que aquilo que eles declaram despesa com os “apoios sociais”, não são esmolas do Estado, mas sim o pagamento devido aos reformados e pensionistas que trabalharam e pagaram impostos toda uma vida e àqueles que, fruto das miseráveis políticas destes governos, ou da má gestão do patronato parasita, caem no flagelo do desemprego, tendo direito a um subsídio de desemprego digno.
Claro que há dificuldades! Todas as contas e previsões do executivo estão erradas! A austeridade cega deste governo, com o brutal corte de poder de compra provocado pelas desumanas subidas nos impostos, a contracção do consumo, as falências de milhares de pequenas empresas e mais, cada vez mais desemprego, reduzem drasticamente as receitas que o Governo “esperava” ver entrar nos cofres das Finanças.
Claro que, para este governo, a culpa da redução na receita fiscal esperada não é das falências, nem do desemprego crescente, nem do empobrecimento. A culpa é dos portugueses, que “não estão dispostos” a pagar impostos... a fazer fá nesta frase lapidar (pena que não seja!) do ministro das Finanças, Vítor Gaspar:
De facto, Portugal está confrontado com sérias dificuldades. Estou convencido de que uma das maiores... é ter como ministro das Finanças um fanático sem um pingo de vergonha na cara!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Paula Teixeira da Cruz – De cada vez que abre a boca...




Se é sabido que as privatizações são uma forma de espoliação dos interesses dos portugueses que só interessa a especuladores, negociantes, ou à soma de tudo isso, os banqueiros... não admira que o senhor do BES estivesse de olho numa dessas privatizações.
Se é sabido que de cada vez que vai ao estrangeiro, ou que atende Angela Merkel ou o seu ministro alemão das Finanças, ao telefone, Passos Coelho junta mais umas linhas ao caderninho onde aponta as ordens que irá cumprir sem rebuço... não admira que o senhor do BES esteja convencido de que é possível pressionar o primeiro-ministro de Portugal.
Posto isto, quero crer que nada daquilo que está nas fortuitas escutas do telefonemas do senhor do BES a Passos Coelho tem a menor importância. Devem ser tão irrelevantes estas escutas, quanto foram as escutas de Sócrates, ou as da “fruta” dos árbitros, ou dos robalos do Vara, ou dos aparelhos de ar condicionado da doutoraZita... ou mesmo das mui afogueadas escutas da dona Adozinda aos ruídos que vêm do quarto que um jovem e fogoso casal tem alugado, mesmo ao lado da sua parede de tabique, ali num segundo andar da velha Rua da Atalaia.
Na verdade, a única coisa que me interessou nestas escutas a Passos Coelho, foi a performance da ministra da Justiça que, já por duas vezes nos últimos dias, meteu o bedelho onde não devia, comentando investigações judiciais em curso.
Na primeira, que envolvia ex-governantes do PS, montou uma verdadeira tenda de feira, desceu das tamancas e gritou, histérica, que «agora a impunidade acabou»... “agora sim, vamos dar a volta a isto!, agora sim, há pernas para andar!, agora sim, eu sinto... ” (peço desculpa... esta parte acho que é dos “Deolinda”)... muito antes de que se percebesse o que diabo sabiam ou não sabiam os investigadores.
Agora, nas escutas que envolvem Passos Coelho... é vê-la, angelical, "compreendendo" o PM, defendendo que é muito natural «que qualquer pessoa inocente tenha vontade de que a sua inocência seja claramente exposta».
Agora está, por antecipação, convencida da inocência deste "fortuito escutado".
dona Paula Teixeira da Cruz pode até ser uma “santa” senhora… mas, na verdade, quase todos os dias demonstra que muito dificilmente isso é qualificação suficiente para ocupar o lugar de ministra da Justiça!

Luís Filipe Menezes – Oooops!!!




O CDS do Porto esqueceu-se, aparentemente, de que tem em Gaia uma coligação com o PSD e Luís Filipe Menezes. Perante a candidatura de Menezes à Câmara do Porto... o CDS portuense descobriu no candidato do PSD e em termos bastante agrestes, uma resma de defeitos que os impedem, terminantemente, de lhe dar o seu apoio... defeitos que, pelos vistos, Menezes não tem quando atravessa o rio para o lado Sul... ou os militantes e dirigentes do CDS, enquanto “gaienses”... “gaianos”... “gaiatos”... (não sei como se diz!) nunca lhe descobriram.
Claro que a coisa nada tem que ver com o facto de, recentemente, Menezes se ter “esticado” bastante nas apreciações a Paulo Portas e à sua insignificância, achincalhando-o publicamente como talvez nem Maomé tenha achincalhado o toucinho.
Ooops! Menezes esqueceu-se de que precisava de um Paulo Portas bem disposto e com o pelo devidamente alisado... para poder contar com o apoio do CDS e vir a ser o próximo presidente da “invicta”!!!
Afinal... o homem está longe de ser tão inteligente quanto pensa que é!
Está na hora de começar o sempre degradante "espectáculo" do tráfico de influências, negociata de votos, apoios, interesses...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Paulo Campos – Convém não exagerar…


Ao mesmo tempo que Paulo Campos dá entrevistas com este teor, queixando-se de ganhar tão mal que necessita do apoio dos pais para conseguir dar uma boa educação aos filhos… afinal, vem a lume que o ladino ex-ajudante de Sócrates no Governo, tem como média de ganhos mensais nos últimos anos, qualquer coisa como 8.000 euros.
Para este tipo de gente e este tipo de estórias, já começam a faltar os adjectivos.
Diria, no entanto, que é mais um caso para nos mostrar (como se ainda fosse preciso!) que nenhum dos governos do “centrão”, que nos têm desgovernado desde 76, num interminável “alterne” entre PS, PSD e CDS, tem o exclusivo de governantes sem vergonha na cara.
Diria ainda, dados os montantes de que o senhor Paulo Campos parece necessitar para a educação dos filhos, que espero bem que os pobres coitados não fiquem deteriorados irremediavelmente... por excesso de educação!
É que no caso de Vítor Gaspar (só a título de exemplo), o «enorme investimento» que Portugal fez na sua educação e que ele, desgraçadamente, faz questão de “retribuir”… deu na tragédia que vemos todos os dias!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

José Afonso – Custa apenas uns minutos...


Para fazer uma mudança radical no “panorama” deste dia aqui na casa, passando a falar de gente séria... porque não oferecerem uns minutos da vossa atenção a esta iniciativa de alguns amigos do José Afonso?



Passos Coelho – Um pequeno lacaio




Sei que não sou o primeiro... mas também eu começo a pensar que a acção de Passos Coelho à frente do Governo não corresponde a qualquer convicção, mas antes a uma tarefa bem definida: destruir a economia portuguesa, para entregar de bandeja a nossa soberania (o que resta dela) e o património que ainda não foi vendido a retalho, ao grande poder económico da Alemanha e dos demais especuladores sem pátria.
Perante a denúncia do mal que a austeridade está a fazer ao país, nomeadamente quanto à recessão e ao desemprego, responde, insolentemente, que isso é uma “verdade de La Palisse... faltando ao respeito a toda a gente que a sua política vai atirando para a pobreza e para o desespero.
Numa altura em que espanhóis, gregos, ou até o Presidente francês, questionam as políticas e prazos da troika, políticas e prazos que estão a asfixiar as economias, os trabalhadores, os reformados e os jovens de todos os países intervencionados... Passos Coelho, em vez de se colocar ao lado destes, criando um “bloco” com maior capacidade reivindicativa e negocial perante atroika, demarca-se de todos, critica-os mesmo, e em público.
O traste gaba-se de ter ido para uma cimeira e não ter abordado nenhum "problema português". Em vez de se juntar aos agredidos, junta-se aos agressores, como se fosse uma sombra de Merkel e do seu ministro das Finanças.
O primeiro-ministro português é um inútil. É um traste. É um vendido. É um lacaio. É um traidor. É um “miguel de vasconcelos”.
O 1º de Dezembro está próximo.
Abra-se uma janela!!!

domingo, 21 de outubro de 2012

Amália Rodrigues – Diferente...







Para hoje, uma velha canção de intervenção. Numa versão menos conhecida e, provavelmente, inesperada.
Porque aqui se canta um excerto do longo poema original, mas que não é a parte a que estamos habituados na voz do Adriano.
Porque cometo duas “maldades”: convocar para esta canção de intervenção, que tanto sentido faz na hora que vivemos, a voz de Amália Rodrigues e a poesia de Manuel Alegre.
A razão porque coloco aspas nas maldades... é porque a Amália não se afastou de nós. Foi empurrada! Porque as pessoas de esquerda também são capazes de fazer coisas muito tolas... e essa, se bem se lembram, foi uma delas. Quanto ao Manuel Alegre, porque embora tendo encetado há muitos anos um desvio no seu caminho inicial, desvio tão largo e longo, que ainda não terminou... a verdade é que nada do que ele faça ou diga pode apagar a memória, ou o significado e a importância daquilo que escreveu, ao tempo em que nasceu a “Trova do vento que passa” e ele tinha (como aqui cantava o jovem Adriano) “uns cabelos onde nascem os ventos e a liberdade”.
Fiquem pois com esta versão, com música de Alain Oulman.
Bom domingo!
“Trova do vento que passa” – Amália Rodrigues
(Manuel Alegre/Alain Oulman)



sábado, 20 de outubro de 2012

Van Zeller – Foi vadiar para a rua dele


O vadio Van Zeller, que tinha afirmado serem os “maus hábitos” dos trabalhadores e a “violência” do sindicato comunista, o lado mais negativo dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, muito mais negativo do que o pesado passivo da empresa... foi à sua vidinha. Não gostou da contestação e apresentou o pedido de demissão da comissão para a reprivatização da ENVC, demissão que o Governo aceitou.
Fosse eu mais “caridoso” e somaria dois pontos à classificação de Van Zeller. Um por ter, afinal, um pequeno pingo de vergonha na cara; outro, por ter entendido que se “esticou” quando disse aquela baboseira. Mas não!
O que acho, realmente, é que o vadio não está para suportar a “ralé”, que em vez de o criticar e pedir a sua demissão... devia, no seu entender, estar-lhe muito agradecida.
Apenas um ponto positivo nesta estória: mais uma demonstração de que quando estes canalhas faltam ao respeito aos trabalhadores, vale a pena não os deixar sem uma resposta à altura... ainda que nem sempre se obtenham resultados.
Vá pela sombra!

Manuel António Pina (1943 – 2012)


Sétimo Dia

Voltámos, um a um, da tua morte
para a nossa vida como quem regressa a casa
de uma longa viagem. Para trás ficaram recordações, países,
e agora é como se te tivéssemos sonhado.
A voz que, diante da escuridão, suspendemos
quando se desmoronou o mundo para o fundo de ti
erguêmo-la de novo para os afazeres diurnos
e para as horas comuns.
Ainda ontem estávamos sozinhos diante do Horror
e já somos reais outra vez.
A própria dor adormeceu no nosso colo
como um animal de companhia.
(Manuel António Pina, in "Atropelamento e fuga" - 2001)


Embora reconhecendo que, por vezes, caio momentaneamente em tentação... desejar a morte a alguém não faz parte do meu temperamento.

Mesmo assim, tendo que ver António Pina partir e conhecendo a estirpe de muitos dos que vão continuar a escrever e infestar os jornais e televisões diariamente... 

Rais parta isto!!!

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Sejam sérios! 
Não digam que não há alternativas à política de desastre do governo PSD/CDS



Não digam que não há alternativa à vossa política. Assumam que essa alternativa não cabe nos vossos preconceitos ideológicos, nas vossas opções de classe, no quadro do neoliberalismo e da submissão do País aos ditames de uma União Europeia dirigida pela Alemanha e o Directório das grandes potências.
Não digam que não existe a alternativa quando vos confrontamos há anos com propostas alternativas em todas as áreas e sectores da economia nacional, em todas as funções do Estado, nas opções estratégicas fundamentais da integração capitalista europeia.
A alternativa faz-se lutando
Outros afirmaram, noutros tempos, que não havia alternativas às suas políticas.
Durante quase cinco décadas Salazar dizia que não havia alternativa à ditadura. Afinal houve, com o 25 de Abril, a liberdade e a democracia.
Afirmavam que não havia alternativa à guerra colonial, o 25 de Abril provou que havia, com o fim da guerra e a paz e cooperação com os povos antes explorados e colonizados.
Afirmavam que não havia alternativa ao subdesenvolvimento, ao atraso, ao analfabetismo, à elevada taxa de mortalidade infantil. O 25 de Abril veio mostrar que havia.

E é assim! O deputado Agostinho Lopes só não me dá mais razões para o admirar e gostar dele... porque não ou ouço ou vejo mais vezes!
Para quem não o ouviu, pode ler aqui o texto integral, ou ver o vídeo.


Paulo Portas - Um grande e continuado esforço


Depois de assistir a esta viabilização serôdia do Orçamento, por parte de Paulo Portas, numa evidente «manobra» oportunista, apetece-me fazer uma adaptação livre duma velha anedota alentejana:
- Ó senhor Portas. Porque é que encena e protagoniza estas farsas?
- É para ficar parecido com um estadista que se preocupa com o povo... e ficar mais importante!
Então... porque é que não fica?!!!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Van Zeller – Um vulgar vadio



Os Estaleiros de Viana do Castelo e os seus trabalhadores poderiam ter outra vida, bem mais desafogada e feliz, não fosse o facto de terem a infelicidade de serem joguetes nas mãos criminosas dos interesses do capital internacional e dos seus lacaios nacionais, que os querem ver liquidados.
Este vadioVan Zeller ex-drigente da CIP e presentemente com um lugar na comissão que planeia e organiza a destruição dos Estaleiros de Viana do Castelo, diz que «muito pior do que o passivo dos estaleiros, são os seus trabalhadores e um “sindicato comunista violento”».
Evidentemente, os trabalhadores querem vê-lo longe e o PCP já pediu a demissão do escroque.
A nojeira é tal... que até membros deste Governo se demarcam das declarações do vadio.