domingo, 30 de junho de 2013

“Meter a viola no saco”...


Os mais de 3.400 textos que aqui escrevi até hoje, foram quase sempre escritos em “legítima defesa”. Quero com isto dizer que foram escritos em reacção às constantes agressões da realidade cinzenta que nos cerca. Uma forma mais de exorcizar as bestas (não têm categoria para serem classificados como espíritos) que nos vão fazendo a vida num inferno.
Fi-lo sempre e continuarei a fazê-lo durante o (muito provavelmente) pouco tempo que ainda durar o blog, quase automaticamente, um pouco como a palmada que se tenta dar a uma melga... sem grandes requintes formais ou profundidades teóricas que, diga-se em abono da verdade, não sei onde iria buscar ainda que o quisesse.
Já o caso das músicas de domingo... sempre fiou mais fino. Esses textos mexem com os gostos, mexem com as sensibilidades, dão trabalho a pesquisar, obrigam a muita atenção sobre o que se vai dizer... se bem que eu tenha tido a tarefa um pouquinho facilitada pela decisão de nunca publicar algo de que não fosse dizer apenas bem.
Assim sendo, é muito diverso o estado de espírito com que recebo os ecos e reacções ao que escrevo.
No caso dos textos de sátira, de pura brincadeira, ou crítica mais política, quase me basta saber que fui lido por uma média de mais de mil pessoas por dia, para “encaixar” o caudal de comentários de ódio, que quase sempre vão para o lixo, dada a abjecção da linguagem, ou o seu carácter de propaganda fascista ou xenófoba. Quase me basta pressentir que se todas essas pessoas continuam lendo, ainda que na sua esmagadora maioria não comentando, nem de forma “simpática” nem de qualquer outra... é porque continuam a encontrar por aqui alguma coisa que lhes interessa.
Já no caso dos textos que têm acompanhado as várias centenas de vídeos... dada a natureza da “coisa”, a única “recompensa” que poderia ter, seria um retorno razoável desta minha partilha. Ora, tal nunca aconteceu verdadeiramente, sendo que nos últimos tempos tem mesmo assumido ares de quase absoluta ignorância tanto pela existência, como pela ausência dos ditos textos e músicas. Quando se partilha uma coisa de que se gosta muito... fica-se bastante exposto ao veredicto daqueles com quem se partilhou essa coisa. O silêncio... é o pior veredicto de todos!
Reconhecendo o sagrado direito a todas e todos de gostarem de outras músicas, de não gostarem de música alguma, de acharem estas partilhas “invasivas” e mais um mundo de hipóteses... cheguei à conclusão óbvia:
Os vídeos e textos domigueiros sobre música, acabam aqui! Para ser mais preciso, acabaram no domingo passado!
Portanto, os domingos aqui na casa passam a ser dias tão “santos” como todos os outros... e a haver lugar para a publicação de quaisquer textos, estes tratarão dos assuntos do dia a dia, por muito pouco “artísticos”, ou feios... ou mesmo belos que sejam. A música, quando incidentalmente passar por aqui, não terá nunca mais (como o “incidentalmente” deixa adivinhar) dia certo ou hora marcada.
Bom domingo!

sábado, 29 de junho de 2013

Angela Merkel – Se precisar de mais alguma coisa, é só dizer...


Sou informado de que a nossa primeira ministraAngela Merkel, na ânsia de conseguir um terceiro mandato à frente do seu outro território, a Alemanha, entrou numa espiral de promessas que nem o Santuário de Fátima desdenharia receber. A ir para a frente... parece que a coisa é do calibre de vir a custar muitos milhares de milhões de euros.
Não sei se vocês conseguem imaginar a intensidade do meu orgulho, quando, acaso venha a visitar a Alemanha num futuro próximo e já com a querida Chanceler a exercer o seu novo mandato à frente dos nossos destinos (e da Alemanha), possa confirmar, in loco, a melhoria das auto-estradas alemãs, a melhoria dos subsídios para acompanhamentos dos filhos das jovens mães alemãs, o aumento dos benefícios fiscais para as famílias numerosas alemãs, o limite aos aumentos das rendas de casa das famílias alemãs... ... ... ...
... e poder dizer, alto e bom som, a todos esses simpáticos alemães e alemãs:
- Estou a ajudar a pagar isto tudo!
Com o quê? Então... meine deutschen Freunde... com o ordenado de miséria, por comparação com os vossos, com os impostos “dementes”, os cortes na saúde, no ensino, nas reformas, com o desemprego provocado em “laboratório” para empobrecer o país, com os juros monstruosos que vamos pagando aos vossos bancos, mais com o que vamos, ainda assim, comprando às vossas empresas... ...
Como é que conseguimos? Então... meine deutschen Freunde... é o génio e o feitio desenrascado dos mandriões do sul, sempre em festa, a apanhar sol...  não, não... não têm nada que agradecer!

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Marques Guedes – O “respeito” selectivo *


Parece uma regra dos novos ministros: quererem recuperar o atraso em relação aos que estão no governo há mais tempo, aumentando o caudal de lixo que lhes sai pela boca fora. Desta vez, tocou ao recém chegado Marques Guedes.
Não fossem os trabalhadores ficarem confundidos pelo facto de os membros do governo estarem constantemente a ladrar o seu apreço pelo “inalienável direito à greve” que, repetidamente, juram respeitar... Marques Guedes fez questão de esclarecer que o governo respeita mais os que não fazem greve.
Independentemente do significado "afascistado" da declaração, é uma bela originalidade! Um governo que, publicamente, admite respeitar mais uns cidadãos dos que outros.
Já sabíamos que o país está a ser governado por um bando de canalhas! Não precisavam de o confirmar, todos os dias, com uma tal “candura"!
* Devemos assumir o desrespeito desta corja... como se fosse uma condecoração!

Emigração interplanetária – Sim, mas...


Dizem-me que foram descobertos uns planetas, não muito longe, apenas uns anos luz (é já ali!) e onde muito provavelmente os seres humanos poderiam viver.
Parece que há água com fartura, os ditos planetas estão “sugadinhos” virados para o seu sol, mas sempre na mesma posição, o que quer dizer que de um lado do planeta é sempre dia e do outro é sempre noite. Além disso, para além de se poder escolher viver de dia ou de noite... também se deve poder escolher lugares com temperatura constante. Para remate, parece que são bem maiores do que a Terra. Magnífico!
Dada a choldra em que a Terra se transformou, poderemos organizar uns valentes grupos de emigrantes/exploradores e partir para um desses prometedores planetas ainda virgens... mas é assim: podemos levar objectos pessoais e gostos pessoais e relações pessoais... e o diabo a sete. Agora o primeiro “cromo” que ponha uma vedação num terreno e diga “Isto é meu!”, leva um tal banano nas trombas, que lhe passa logo a vontade de ser proprietário!
A mesma parvoíce da Terra, outra vez... não!!!

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Passos Coelho – Inqualificável *


Esta frase, produzida por Passos Coelho em vésperas de uma Greve Geral contra o seu governo miserável e a sua política criminosa, é um atestado da maior falta de vergonha que um governante na situação em que ele está pode produzir. Depois de ser responsável, desde que assumiu o poder, pela destruição de mais de meio milhão de postos de trabalho a somar ao desemprego esmagador que já existia, produzir esta frase digna de lúmpen de tasca, retrata bem o carácter acanalhado que se esconde por detrás daquela cara de sonso.
Eu sei. Eu sei que insisto muitas vezes na publicação desta ilustração, ela própria já uma “opinião” da minha parte, sabendo-se que a fotomontagem é da minha autoria e que, portanto, a mistura da cara de Passos, a preto e branco, com símbolos da Mocidade Portuguesa de Salazar e do fascismo... é propositada.
Na verdade, que melhor ilustração arranjaria para uma frase como esta, que nenhum neofascista (ou velho) desdenharia?
Então pá?!!! – perguntam alguns de vocês. Então achas mesmo que Passos Coelho é a mesma coisa que um velho fascista em funções?
Não! Não acho! Um velho fascista, daqueles que estudámos e recordamos... não teria o descaramento (nem a fuça de sonso, diga-se) de acrescentar à frase que serve de abertura a este texto, a insolente afirmação de que considera a greve “um direito inalienável”!
Este, pensa-o tanto como pensavam os de então!

Viva a Greve Geral!
* Por esta altura já devem ter percebido que este “inqualificável” foi a forma mais fácil de evitar ter que escrever mais meia página, apenas com adjectivos “vistosos”.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Poiares Maduro – Calem-se, porra! Que maçada!!!...


A genial aquisição de meia época do governo, o académico Poiares Maduro, num movimento aparentemente “suicida”, parece decidido a continuar a atrair os mais variados trocadilhos maldosos feitos à custa do seu nome... tal é a cadência com que vai produzindo verdadeiras poias em forma de declarações políticas.
Segundo o génio, e ao contrário do que pensávamos, o grande problema de Portugal não são as várias camadas de governantes ao serviço do capital, não são os rios de corruptos, ladrões e incompetentes que foram estando sentados nas cadeiras do poder, não é o desemprego esmagador, não é o colete de forças de um sistema de Moeda Única errado à partida, não é a sangria de jovens trabalhadores que emigram, indo criar noutros países a riqueza e os filhos que tanta falta cá fazem, não é o facto de termos um ministro das Finanças que não trabalha para nós e nos presenteia com um novo défice acima dos 10%, ou um primeiro ministro que mente como respira. Nada disso!
Ficamos a saber, então, que o país ideal de Poiares Maduro, seria aquele em que nada fosse contestado.
Já vivemos antes num assim, obrigado! Mesmo nesse, embora o senhor ministro não pareça estar lembrado, tudo era contestado... com os resultados para as vidas dos contestatários que a História registou.
Mesmo então, contra a pata cardada do fascismo, houve quem, corajosamente, contestasse, ainda que sabendo o preço que poderia pagar por isso. Porque não contestaríamos, agora, este bando de garotos e lacaios da troika que, mais cedo que tarde “hão-de fugir aos berros, inda a banda vai na estrada”, como cantou o poeta?
Para ser “curto e grosso” direi apenas que o senhor ministro Poiares pode pegar nesse seu belo “projecto” de país...  e ir bardamerda!



terça-feira, 25 de junho de 2013

O senhor “da Ponte”... e o Serviço Público


O senhor “da Ponte” – da ponte salazar, claro! – que foi colocado pelo genial Relvas na administração da RTP, com a tarefa de a destruir e vender ao desbarato, plano que foram forçados a adiar... já se chegou à frente com uma nova proposta de contrato de Serviço Público de rádio e televisão.
Muito blábláblá... mas, muito curiosamente, o que vem à cabeça da notícia sobre a lista de ideias do tal “projecto”, é a rescisão de contratos com um número indeterminado de trabalhadores... sendo mesmo destacado o facto de ser essa a "preocupação pessoal" do presidente.
Isto apenas confirma e reforça que para esta quadrilha, “serviço público” é destruir o que é efectivamente público, para favorecer os negócios privados de uns tantos amigalhaços.
Tanta gente boa e inocente que, por distrações de uma fracção de segundo, se esbardalha* a descer escadas, ou contra árvores, postes e muros... e estes canalhas seguem em frente, impávidos e serenos, impunes, incólumes...
* Escolhi este maravilhoso verbo “esbardalhar”, primeiro, porque estava a ver que nunca mais tinha a oportunidade de o usar... e depois, porque implicando (normalmente) apenas umas mossas e uns arranhões, deixa claro que não desejo a morte a nenhum destes trastes.

Rui Tavares – Muito provavelmente... um génio incompreendido!


Num exercício já habitual em si, o de ir dando marteladas em que o balanço entre as que acertam no cravo, na ferradura, ou em parte alguma, é sempre bastante difícil de fazer, o eurodeputado “independente” que foi eleito com o programa e os votos dos eleitores do BE, mas que depois mandou o BE às malvas,“esquecendo-se”* de devolver o lugar de deputado... veio defender a necessidade de que apareça na cena política portuguesa mais um partido. À esquerda, defende ele. Que não tenha vergonha de dizer em público o que os outros dizem nos corredores, especifica.
Enquanto guardo para outra altura a apreciação, deslumbrada, desta nova e genial ideia para unir a esquerda que for “unível”... acrescentando mais um partido à equação, em vez de construir pontes sobre as dificuldades históricas e inegáveis que existem entre os actuais, gostaria de, por mero exercício, corresponder ao desafio de Rui Tavares, dizendo também em público o que alguns ex-companheiros de partido e conhecidos vários, muito provavelmente, dizem dele nos corredores:
“Olha o espertalhaço do Rui Tavares a ver se arranja um partido em que possa ficar no topo!”
“Mas para que é que este quer outro partido? Para também o burlar com mais uma eleição para o Parlamento Europeu... e depois pôr-se a milhas com o lugar e o chorudo ordenado?”
“Ouve lá... o facto de um historiador estar constantemente a pôr-se em bicos de pés para ficar na História, não poderá ser considerado batota?”
“Contribuirá assim tanto para a unidade que diz defender, o facto de Rui Tavares estar constantemente a denegrir aqueles que estão, há muitos anos (mais do que os que ele tem de vida), à sua esquerda, em escritos e dichotes que, no lugar da salutar troca de ideias, roçam quase sempre o anticomunismo vesgo e primário?”
E poderia continuar eternamente, já que se há lugar em que realmente se fala pelos cotovelos... é nos corredores!
* Eu sei que, legalmente, o lugar de deputado pertence ao deputado eleito e não ao partido que o convidou, que mobilizou meios financeiros e humanos para a sua eleição e que dá a cara, todos os dias, pela coerência da sua prática, sempre posta em causa por comparação com o seu programa eleitoral.
Desculpem-me a opinião provavelmente “politicamente incorrecta”... mas defendo que não deve ser assim! Um deputado que (no exercício da sua liberdade) se afaste do programa político com que se comprometeu em eleições, deve entregar o lugar ao partido que o levou a esse lugar.
Isso é que é liberdade de pensamento! Ficar com o lugar, à força, é oportunismo e falta de vergonha na cara!

segunda-feira, 24 de junho de 2013

A estátua mexe-se!!!


Andam alguns peritos assaz assombrados com o facto, alegadamente ocorrido num museu de Manchester, de uma estátua, imóvel há séculos, ter-se mexido dentro do expositor.
Pfff!!! Grande avaria!!!
Isso mesmo pode ver qualquer um de nós se for, munido de uns simples e corriqueiros binóculos, espreitar a “cavacal” estátua através das janelas do Palácio de Belém!

Dilma Rousseff – A “discursanta”



Como muitos, estou espectante sobre os resultados das gigantescas movimentações populares no Brasil, movimentações que, tal como seria de esperar, já começam a ser aproveitadas pela extrema direita, com o fim de colocar em causa a própria democracia. Antes de dizer seja o que for sobre o assunto... é minha obrigação esclarecer os leitores de um facto: o meu interesse pelo presente e pelo futuro político (ou pessoal) da dona Dilma Rousseff é tão “modesto” quanto parece ser o seu interesse ou apreço por Portugal e pelos portugueses.
Dito isto, quero deixar registo de um trabalho de um qualquer “faz-de-conta-que-é-jornalista” que, no jornal do Belmiro de Azevedo, me informou de que Dilma “foi de encontro” às reivindicações dos brasileiros.
Espero que não tenha sido um embate tão violento quanto o da polícia que ela própria lançou contra alguns dos manifestantes.
Na verdade, visto o vídeo em que a “socialista” Dilma, para além da divulgação da grossa lista de promessas atrapalhadas, parece descobrir, ao fim de todo este tempo, que apesar das riquezas incontáveis do Brasil, essas estão na mão de meia dúzia de “endocolonialistas” (para usar um termo do Mia Couto), ou seja, uma mão cheia de brasileiros podres de ricos, que enriquecemexactamente em cima do facto de alimentarem castas sucessivas de políticos corruptos. Gente sem vergonha que lucra com a miséria dos seus concidadãos, com a falta de transportes dignos, com a falta de saúde pública digna do nome, com professores e médicos humilhados diariamente pelos salários de miséria. Gente sem vergonha, que espera estar “feita na vida”, bastando-lhe para isso eternizar a corrupção impune e a grosseira alienação da bola, do carnaval, das seitas religiosas ultra reaccionárias, etc., etc.
Na verdade, talvez a explicação para esta tão tardia e abrupta “descoberta” de Dilma, resida no facto de ela continuar (haja pachorra!) a referir-se a si própria como “Presidenta”... que como todos bem sabemos... é uma coisa que, pura e simplesmente, não existe!

domingo, 23 de junho de 2013

Valeriy Sokolov – Que os “deuses” o conservem!


É uma prática que vem de tempos imemoriais. Os canalhas que estão no poder, exercendo esse poder  de uma forma condizente com a sua condição de canalhas, vêem-se obrigados a fazer-se rodear, por razões de sobrevivência, por várias camadas de invertebrados predispostos à condição de lacaios, ou “boys”, como agora se diz, que vão ocupar os mais variados postos na administração pública. Quase sempre, a única “competência” que demonstram para os cargos... é exactamente a condição de lacaios do “chefe”. Salazar não era excepção!
É famosa a estória de um desses lacaios de Salazar, colocado num lugar de chefia na Emissora Nacional. Ali chegado, o “grande conhecedor” do mundo da rádio e das artes, fez a primeira visita à Orquestra da Emissora Nacional, velha glória da casa.
Demonstrando a mais espessa ignorância sobre as motivações que ligam um músico ao instrumento que escolheu para companhia e ferramenta de toda uma vida, ao ser apresentado a um velho músico da secção de violoncelos e tendo-lhe sido dito que o homem era violoncelista da orquestra, havia quase trinta anos... exclamou fascinado:
- E sempre a tocar o mesmo instrumento!!!
E aqui, entra em cena este jovem ucraniano, Valeriy Sokolov, um novo génio do violino, de quem seleccionei um vídeo dos mais “simples”... aconselhando vivamente que pesquisem os muitos outros que estão disponíveis e que atestam o seu irresistível virtuosismo e talento.
Voltando à “anedota” da Emissora Nacional... a bem da Humanidade, espero que todos os deuses, com Orfeu e Euterpe à cabeça, tornem possível que o nosso amigo Valeriy Sokolov continue tocando sempre o mesmo instrumento. Por muitos e muitos anos.
Bom domingo!
“Cânticos húngaros” – Valeriy Sokolov
(Bartok/Szigeti)




sábado, 22 de junho de 2013

Universidade de Coimbra - Património Mundial da Humanidade


Paulo Portas diz que «É um grande dia para Portugal e para Coimbra. A meritória candidatura a património mundial passou com brilho e beneficiará a cidade em várias áreas»… apontando o turismo, a economia, o cosmopolitismo da cidade, como algumas dessas áreas.
É tudo verdade! Mais uma vez, parabéns à cidade, à sua Universidade e a todos aqueles que, desde 1290 e até hoje, contribuíram para o sucesso desta candidatura a Património Mundial da Humanidade.
Ainda assim, permito-me dizer que mais prestigiada ficaria ainda a universidade de Coimbra - e todas as universidades públicas - se o governo de canalhas a que pertence o senhor Paulo Portas não estivesse a asfixiá-la… com o único e venal propósito de beneficiar o negócio do ensino privado detido por alguns dos seus “clientes” e desenhado para os mais ricos.

Israel – Mais uma “lamentação” a juntar ao muro...


Um dos muitos habitantes de Jerusalém que tiveram a fatalidade de serem, ao mesmo tempo, israelitas e árabes, fez, há pouco, a sua última visita ao histórico “Muro das Lamentações”. Ali chegado, quis afirmar a sua pública convicção de que o seu “deus” é grande. Enorme erro!
Poderia, como qualquer um de nós, dizer simplesmente “Deus é grande!”... ou Dios es grande, ou Dieu est grande, ou God is great, ou Gott ist groß...  mas não! Levado pela sua manifestamente infeliz natureza de árabe, disse Alla’hu Akbar… o que lhe foi fatal!
Um dos “nervosos” seguranças israelitas que por ali andava, despejou-lhe uma interminável rajada de balas no corpo, assassinando. Estava desarmado. Não constituía qualquer espécie de ameaça.
Numa trágica ironia, acontece que o “deus” do assassinado e do seu carrasco, é exactamente o mesmo. Acontece também que, desgraçadamente, em nenhuma das duas versões é o que se possa chamar um “deus” grande. Pelo menos não é, nem um milímetro, maior dos que a infinidade de pequenos e médios “deuses” que povoam a História da Humanidade, desde os simples “deuses” das florestas... até ao mais arrogantes e pretensiosos... todos saídos da imaginação temerosa do homem.
Acontece que nenhum desses esteve nem perto de conseguir igualar o número esmagador de seres humanos chacinados em seu nome. Este pobre israelita/árabe foi apenas mais um, numa, aparentemente, imparável lista de actos de profundo ódio que vem desde a casa desavinda de Abraão, passando pelas "Cruzadas", pela "Santa Inquisição", por cada acto terrorista do cobarde fundamentalismo islâmico... até ao intolerante e venenoso "cristianismo" de qualquer beata de uma qualquer das nossas aldeias.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Pensar com os pés...


É uma velha e farta tradição, alimentada por muitos futebolistas, descontados aqueles que não dizem nada e aqueles que sabem o que dizem:
Ao mesmo tempo que lhes vão saindo maravilhas dos pés... saem-lhes rios de asneiras pela boca fora!
Por este andar... haverá (espero!) cada vez mais gente a esquecer os “Pelés” deste mundo... e a pensar nas suas próprias vidas e no futuro dos seus filhos. Cada vez haverá mais gente a trazer para as ruas a sua indignação e palavras de ordem como esta:
«Brasil, vamos acordar! Um professor vale mais que o Neymar!»

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Paulo Macedo – O “competente”...


Um “governante” disposto a obedecer cega e acriticamente aos ditames de uma troica representante de interesses estrangeiros... é um vulgar lacaio. Já “governantes” que fazem gala de ir para além dos sacrifícios que essa troika ocupante exige... são bandalhos sem carácter, indignos de estar à frente seja do que for e vulgares traidores dos interesses do seu povo.
Vem isto a propósito da notícia que nos dá conta dos gigantescos cortes na Saúde Pública, 160 milhões acima do exigido pela troika, cortes já considerados excessivos, desnecessários e levando a sacrifícios perfeitamente gratuitos, falhas de serviços, faltas de material, faltas de pessoal... e mortes evitáveis, obviamente!
Esta outra notícia relacionada, que nos fala do falhanço clamoroso do “moderníssimo” sistemas digital que iria substituir as receitas manuais... é apenas mais um sintoma. A fantástica designação de “intermitências na disponibilidade” para o colapso vergonhoso do sistema, é apenas mais um dos maravilhosos eufemismos com que esta gentalha nos brinda a toda a hora.
Espero que os imbecis que, repetidamente, classificam o ministro da Saúde como o melhor ministro do Governo, pensem nisto quando se prepararem para voltar a elogiar o tecnocrata.
Primeiro, porque num Governo composto por vendidos e bandidos... não existem bons ministros!
Segundo, porque no limite, o que poderia definir a competência do ministro seriam os resultados da sua política... e esses, desgraçadamente, são miseráveis!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Portas - Ainda o veremos "vender" a D. Helena Sacadura Cabral...


Não sei, nem estou minimamente interessado em saber de que coisas é capaz Paulo Portas, em privado, para conseguir o que quer... mas convenhamos que as coisas que tem lata para fazer e dizer em público para tentar somar uns votos... são assombrosas!


Papa Francisco - Memórias do nosso “Easy Rider” da Bairrada...


Uns espertalhaços das relações públicas das motas “Harley Davidson” resolveram oferecer uma mota ao Papa. Pouco depois, estou absolutamente certo de que apenas por inspiração divina, vemos o Papa abençoando uma porradaria de Harleys e respectivos motoqueiros.
Foi comovente! Os motoqueiros estavam praticamente todos sóbrios... e as stripers vestidas, o que, se bem que tenha retirado o costumeiro brilho à concentração motard, causou menor embaraço à divindade e aos beatos turistas que por ali andavam.
Sei bem do abismo que separa a selecta “Harley Davidson” da plebeia “Famel Foguete” da minha juventude, em meados dos anos sessenta, quando a “Famel” nem tinha, ainda, aderido aos motores “Zundapp”, rodando com os tremendos motores “ILO”.
Mesmo assim, não perco a esperança de ver o Papa abençoando uma concentração dos meus companheiros de escola de Águeda, belo pretexto para nos revermos, visitarmos Roma... e acelerarmos, mais uma vez, as nossas tonitruantes Famel... imaginando as nossas colegas de saias plissadas e camisas “TV”, de cabelos esvoaçando (qual capacete?!), sentadas no lugar do pendura, a caminho do Souto do Rio...
Não há ninguém disposto a oferecer uma “Famel” ao homem?

terça-feira, 18 de junho de 2013

Gosto muito deste relatório! Sempre que puder... vou lá!



Esta estirpe de “-ése-dês” radicais que se instalou no poder é muito fofa!
Chega a ser comovente a convicção com que acusam Sócrates e os seus ministros e secretários, de negociatas em têm também as mãos enterradas, num lamaçal que desde bem antes de Ferreira do Amaral na Lusoponte (para destacar apenas o mais “espectacular) já fez correr milhões para os bolsos dos ministros e “clientes” do PSD, senão mesmo para os cofres do partido.
Chega a ser enternecedora a tentativa de, com estas vistosas ameaças de criminalização de elementos do governo anterior, conseguirem desviar o olhar dos portugueses das suas diárias falcatruas, crimes sociais, terrorismo político, ilegalidades várias, miserável traição dos interesses nacionais... ... ... ...
Será que, já que estão com a mão na massa, não quererão fazer uns inquéritos assim igualmente “rigorosos e factuais” aos ex-ministros e secretários de Estado do PSD e do CDS, à bandalheira do que realmente se passou no BPN, ou então, para não terem que alargar tanto o leque e irem começando a aquecer concentrando-se numa única família:
1. À troca “milagrosa” da casinha algarvia do Cavaco...
2. Às acções “de favor” da SNL compradas pelo Cavaco...
3. Ao financiamento de muitos milhões de euros, pela banca, para a privatização do Pavilhão Atlântico (que até dava lucro ao Estado), financiamento concedido a uma empresa afogada em problemas com o fisco... pertencente ao genro do Cavaco???
Isso é que era “de valor”!!!

Nuno Crato – “A legalidade é uma cena que não me assiste!”


Antes de começar, quero pedir desculpa ao Hélio Guedes, famoso “skater” viral do “youtube”, por conspurcar a sua frase histórica, adaptando-a e colocando-a na boca de Nuno Crato... ainda que em ficção. Vamos ao assunto!
A lista esmagadora de irregularidades, liminares ilegalidades e canalhices avulso com que o Ministério da Educação e os seus agentes decidiram inundar as escolas, acabando por prejudicar (como se esperava) todos aqueles que diziam querer defender, lista apresentada por Mário Nogueira durante uma conferência de imprensa de balanço do dia de greve... parece, à primeira vista, uma coisa espantosa.
Na verdade, a lista só pode espantar quem desconheça o “carácter” do bando que está no governo e o ministro que foi colocado no Ministério da Educação, um trânsfuga vindo directamente das catacumbas podres do maoismo, tal como outros oportunistas da sua "vara" política.
Que outra coisa poderia esperar-se de um bando de delinquentes que pavimentou de mentiras descaradas o seu caminho até ao poder, para depois de aí chegados, faltarem a todas as promessas, roubarem tudo o que ainda subsiste de património público, destruírem tudo o que puderem no edifício das leis do trabalho, dos direitos sociais, da cultura?
Que outra coisa seria de esperar de uma quadrilha que foi posta no poder para vender o país aos interesses do capital selvagem e sem pátria e, de caminho, vingarem todos aqueles que se sentiram prejudicados pela Revolução de Abril?
Que outra coisa esperar de uma matilha que já instalou no poder económico todos os fascistas que tinham sido afastados, estando a fazer tudo o que podem para recolocar oficialmente no poder político (se não forem impedidos) exactamente a mesma montureira do passado... incluindo a escola salazarenta, a escola do respeitinho e do sim, senhor ministro, tem vocelência toda a razão, senhor ministro, concerteza, senhor ministro?

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Greve – O ministro e os moluscos



O miserável acanalhado que, por estes dias, ocupa o lugar de ministro da Educação, afinal sempre tinha outra data para os exames!
O miserável acanalhado que, por estes dias, ocupa o lugar de ministro da Educação, ressabiado com o resultado da greve, que esperaria um fracasso, à força da porca demagogia e mentiras que foi bolçando diariamente até à última hora, não resistiu à insolência de saudar os (poucos) que traíram os seus colegas (camaradas é outra coisa!) de profissão.
O miserável acanalhado que, por estes dias, ocupa o lugar de ministro da Educação, não resistiu à tentação de aumentar ainda mais a área de “terra queimada”... vindo, publicamente, insultar os professores que fizeram greve, ao classificar, por contraste, aqueles que furaram a greve, como “profissionais dedicados”.
Nuno Crato, que chegou a ser uma “esperança” para uns poucos, não consegue disfarçar o ódio que tem aos professores e à escola pública. Não consegue disfarçar o monumental fiasco que é a sua passagem pelo Ministério.
Mas, já que estamos em maré de saudações... também eu quero “saudar” os moluscos que furaram a greve, nalguns casos gente que nem sequer estava convocada e se deslocou propositadamente às escolas para trair a luta dos seus colegas de profissão.
Se algum destes moluscos vier, num futuro próximo, a recusar qualquer benefício conseguido pela luta e firmeza dos sindicatos, que resultem num recuo da parte do governo, preferindo alombar com o aumento de horário, cortes nos salários, deslocações de centenas de quilómetros para trabalhar, despedimentos, etc., etc... então cá estarei para aplaudir.
Se algum destes moluscos vier, num futuro próximo, recusar qualquer benefício conquistado pela luta e firmeza dos sindicatos, declarando publicamente que só devem ser contemplados aqueles que lutaram... então cá estarei para, também eu os saudar, mas dessa vez sem aspas, com o compromisso de retirar o “moluscos” com que hoje os baptizo e com um muito admirado respeito pela sua opção e coerência!

Ouça-se a gravação! – Antes que algum serviço do ministério a apague por acidente...


Não posso jurar qual das versões é verdadeira. Não estive na reunião em que, segundo Poiares Maduro, os sindicatos inviabilizaram uma nova data para exame proposta pelo governo... mas em que, segundo Mário Nogueira, o governo nunca fez tal proposta. Alguém mente!
O facto de Mário Nogueira, com tanta convicção, exigir a divulgação da gravação da reunião a fim de demonstrar a mentira do governo, leva-me a acreditar nele e na versão da “Fenprof”. Por várias razões:
1. Como já disse, pela convicção que leva Mário Nogueira a não ter medo de ver as gravações divulgadas.
2. Por achar, há muito tempo, que Mário Nogueira é um homem honesto.
3. Por não conhecer Poiares Maduro de parte nenhuma, só o podendo avaliar pelo facto de ser um “académico” que se rege por uma cartilha que o tornou convidável para integrar este governo de delinquentes “afascistados”.
A ser verdade que Poiares Maduro mentiu descaradamente sobre uma “narrativa” previamente gravada e que pode, se divulgada, desmenti-lo liminarmente... então aquele ar agarotado que ostenta por fora, corresponde igualmente ao conteúdo. Poiares Maduro não passará de mais um “garoto” que mente de forma irresponsável para se safar de uma alhada.
Mais, se realmente o ministro for desmentido pela gravação, para além de um “garoto” mentiroso, é também um “garoto” ignorante, pois devia saber que a reunião estava a ser gravada... e bastante estúpido, pois devia saber que não fica bem no currículo ser apanhado a “contrariar” uma gravação*.
Como disse a abrir, não posso jurar qual das versões é verdadeira. Não estive na reunião... mas o meu coração inclina-se ostensivamente para a versão do Mário Nogueira.
Para todos aqueles que disserem que, com esta posição, não estou a ser equidistante, que estou a ser preconceituoso, que estou a tomar partido por um dos lados... só tenho uma resposta: têm razão!
*A menos que, antes da divulgação da gravação, uns “técnicos” do ministério da ciência e tecnologia... consigam transformar o que lá está. Garanto-vos que, nos dias que correm, é das coisas mais corriqueiras de conseguir.

domingo, 16 de junho de 2013

Villa-Lobos e o Choro nº1 – O regresso a casa...


Heitor Villa-Lobos (1887-1959), maestro e compositor brasileiro, foi um apaixonado das raízes da música do seu país. Acreditou que o poder e encanto da sua música “modernista”, viria da possibilidade de criar um som próprio e original. Conseguiu-o trazendo para a linguagem da erudição as tradições da música mais popular e mesmo da musicalidade indígena.
Executante de violoncelo e guitarra clássica, deixou uma obra fantástica exactamente para este último instrumento, obra que anda nas mãos de quase todos os guitarristas, desde então. O “Choro nº1” é, sem dúvida, uma das suas peças mais tocadas.
O José Afonso tinha este velho “LP” do grande guitarrista inglês Julian Bream, com a sua interpretação do “Choro nº1”. Acho que gastei aquela faixa do disco ao Zeca, tantas vezes a ouvi em casa dele... até saber de cor a melodia do “chorinho”. Quarenta anos depois desta “descoberta” e ouvidas muitas dezenas de outras interpretações, continuo convencido de que Bream captou como quase ninguém a “brasilidade” da peça, transmitindo aquele incomparável balanço popular, que a escrita erudita não consegue disfarçar.
Sempre imaginei (e é como a cantarolo para mim) o “Choro nº1” na versão e andamento em que o imagino tocado por um grupo de músicos populares, ou numa qualquer roda de choro de um bairro carioca. O acaso resolveu presentear-me com esta versão deliciosa do “Conjunto Época de Ouro”, grupo fundado nos anos 60 do séc.XX pelo grande Jacob do Bandolim. O grupo de “choro” teve um papel de verdadeira resistência cultural em favor da preservação e sobrevivência daquele género de música popular, numa época em que a “bossa” e outras grandes (e numerosas) novidades pareciam ir tomar de assalto todo o espaço musical.
Este “duelo” de interpretações do “Choro nº1”, entre o erudito Julian Bream, tocando a peça, como foi escrita pelo compositor... e entre o grupo tradicional, mostrando de onde foi “tirada” a música por Heitor Villa-Lobos... é fantástico. Como se o grupo popular “renacionalizasse” a peça musical, fazendo-a regressar à origem, depois de ter viajado pelos salões burgueses e salas de concerto de todo o mundo.
Bom domingo!
“Choro nº1” – J. Bream
(Heitor Villa-Lobos)



“Choro nº1” – Conjunto Época de Ouro
(Heitor Villa-Lobos)




sábado, 15 de junho de 2013

Beja é já ali...


Contra ventos e marés, sobretudo os ventos e as marés da inércia – provavelmente os mais retrógrados e desmobilizadores ventos e marés da História – continua a nossa viagem pelo Alentejo e pela memória (e pelo futuro) da Reforma Agrária, esta jornada que dedicámos à figura de Álvaro Cunhal, no Centenário do seu nascimento.
Desta vez é em Beja. Será um acontecimento diferente dos outros nove espectáculos que até agora já fizemos. O nosso reportório será ligeiramente compactado, para acomodar os vários convidados que esta noite especial vai ter. Uns para cantar... outros para falar.
Apesar de já saber que, a menos que tenha recuperado a voz, a fadista Ana Sofia Varela não poderá cantar... tudo o que está no cartaz irá acontecer. Desde os numerosos amigos dos grupos corais, durante a tarde, até ao espectáculo da noite.
Até lá!

Cavaco – Uma pergunta simples



Aproveitando o que poderão ser as últimas oportunidades (se nada fizermos para o evitar) de poder falar “livremente” de Aníbal Cavaco Silva, antes que chegue o tempo em que não poderemos, sequer (parafraseando um humorista que ouvi ontem), nomeá-lo, ou desenhá-lo, ou publicar qualquer imagem sua... e tendo que referir a sua pessoa apenas como “Ele”, obviamente com maiúscula... quero dizer qualquer coisa sobre o já famoso,
“Vai mas é trabalhar, ó...!”
Numa acção relâmpago, destinada, certamente, a humilhar os colegas que parecem incapazes de julgar e condenar grandes criminosos, figurões de que são exemplo os ladrões do BPN, essa corja de ex-ministros e demais ajudantes de Cavaco... as autoridades, neste caso do “vai mas é trabalhar, ó...!”, detiveram, acusaram, julgaram e condenaram, num espaço de apenas horas, o cidadão que insinuou que o Presidente talvez não esteja a defender os portugueses e a Constituição da República, como jurou defender... não estando, por isso e no entender desse cidadão, a trabalhar.
Dando de barato o facto de estar completamente de acordo com o cidadão em causa, quero, no entanto, chamar a atenção para outra notícia relacionada com esta estória.
Segundo leio, o Ministério Público requereu a nulidade do julgamento, pelo facto de o crime de que o campomaiorense foi acusado e pelo qual foi condenado, não poder ser julgado num processo sumário.
Independentemente de saber se o MP acha exagerada ou insuficiente a punição do “condenado”, ou se considera que deve haver lugar a uma nova acusação e julgamento, gostaria de deixar aqui uma pergunta simples, dirigida sobretudo aos senhores (desde os pides, perdão... polícias à paisana até aos juízes) que trataram de prender e julgar sumariamente o homem:
Será pedir muito, pretender que as autoridades que têm como profissão e tarefa defender e aplicar a Lei, conheçam minimamente a Lei que dizem defender e aplicar, porra?!!!