quinta-feira, 20 de maio de 2010

O plano



Uma “cara feia” e dois berros da reaccionária Chanceler alemã Angela Merkel foram o suficiente para José Sócrates (numa semana) reparar nos fenómenos político/económicos para os quais andava a ser alertado há anos, sem lhes dar importância. Acordou estremunhado e desatou a tomar medidas...

Entre tomar as medidas e conseguir explicá-las vai, no entanto, uma distância quase intransponível. Por enquanto e como é seu costume, limita-se à propaganda, à demagogia, a culpar terceiros pela sua incompetência, a vitimizar-se e a alimentar a sua nova competição com Passos Coelho, as tais frases tão pomposas quanto aparvalhadas. Depois da tirada do manequim do PPD «Não dei a mão ao Governo, dei a mão ao país», Sócrates, na resposta, sai-se com «Eu não preciso do PSD. Quem precisa do PSD é o país». Quanto tempo iremos andar neste tango?

Voltando à vaca fria (não, agora já não estou a falar de Angela Merkel, isto é mesmo uma frase feita...), embora toda a gente tenha ficado bastante decepcionada com as explicações do Primeiro Ministro, com excepção, pelos vistos, do seu mais mediático “opositor”, Manuel Alegre, o qual gostou bastante, a verdade é que mesmo admitindo que José Sócrates tenha um plano bem delineado e detalhado para combater o desemprego, fomentar a produção nacional, apostar na educação e na cultura como factores de desenvolvimento, apostar na soberania nacional face aos ataques do capitalismo selvagem, apostando na nossa independência em sectores estratégicos, que devem ficar (ou voltar) para as mãos do Estado, valorizar os salários e pensões para aumentar o poder aquisitivo dos trabalhadores e reformados e o consumo interno... enfim, um caminho claro e um rumo certo, desgraçadamente ainda não o conseguiu mostrar.

Felizmente e para nosso esclarecimento, consegui arranjar, como se pode ver aí em cima, uma boa fotografia do dito plano “socrático”.

Tem que haver outro caminho! Urgentemente!

4 comentários:

Jorge S. disse...

Ainda há alguém neste país quem acredite no discurso de um chamado 1º ministro, que num dia diz uma coisa,eu disse coisa,e no próprio dia desmente?Ou não pensou o que disse,ou mentiu? Só os afilhados o acreditarão.

Graciete Rietsch disse...

Só curvas e contra curvas ou seja mentitas sobre mentiras. Quando encontraremos o caminho certo?

Um beijo.

Antuã disse...

Uma parelha de palhaços sem qualquer piada.

Fernando Samuel disse...

Lá ter um plano, ele tem; está é mais virado para ajudar os grandes grupos económicos e financeiros, que, coitados, estão a passar grandes dificuldades...

Um abraço.