Maria Ana Bobone resolveu há já muitos anos a questão da sua presença e aparência em palco. Quis a sorte que fosse muito bonita, serena e capaz de disfarçar a fragilidade, transformando-a em charme.
Pôde assim concentrar toda a sua atenção na forma de cantar e apostou tudo na simplicidade, por vezes desconcertante, dispensando a gritaria, os trejeitos, o fogo de artifício e as “voltinhas” inúteis e a intensidade deslocada artificial daquele tipo de abordagem interpretativa a que costumo chamar “panela de expressão”.
Esta fase em que ela apostou em comandar o seu som sentado-se ao piano e tocando, ainda por cima muito bem, é surpreendente. Bom pra xuxu!
Fiquem bem... com esta interpretação da velha canção de Amadeu do Vale e Frederico Valério.
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