O Zeca era um “maluquinho do judo”. Convivi quase diariamente com ele em Setúbal, principalmente na sua casa, ou exterminando tortas de Azeitão no Central, nos idos de 1971/72, numa fase da sua vida em que ele ainda podia ser de uma forma exuberante, um “maluquinho do judo”.
Sempre que tento explicar como é que o Zeca experimentava em mim, mesmo no tapete da sala, uma coisa nova que tinha trazido do seu treino no Clube Naval, quando chegávamos à sua casa, ali perto da velha passagem de nível, depois de uma paragem numa tasquinha para um minúsculo copo de tinto e uma tira de choco frito e ainda com a adrenalina por dissipar… tenho sempre a dificuldade de não poder apoiar a história com material “audiovisual”.
Finalmente, aqui está! Enquanto procurava imagens do José Mário Branco para ilustrar um texto que agora não vem ao caso, encontrei-me com esta dele com o Zeca.
Era precisamente isto o que habitualmente me acontecia. Até com os mesmos risos.
Depois… lá íamos, fintando a PIDE, para as colectividades populares do Barreiro, ou Alhos Vedros, ou Baixa da Banheira, ou Sarilhos, ou Grândola… ou, em alternativa, um sindicato ali, uma Universidade acolá… ele genial e são como um pêro… eu feliz discípulo e dorido.
Fazes tanta falta, Zeca!
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