Segundo o dicionário em linha da “Priberam”, trânsfuga (do latim transfuga, -ae), quer dizer:
1. Pessoa que deserta e passa para o inimigo. = Desertor
2. Pessoa que passa para o partido contrário, que renega o seu credo, abandona os seus deveres.
A História está coalhada de casos de pessoas que fizeram tudo isto pelas razões mais erradas... mas igualmente por pessoas carregadas de boas razões para o terem feito. Pessoas que visaram apenas interesses egoístas e venais, outras que procuraram acertar o passo com a História e com as suas convicções (ainda que mudadas).
Posto isto, devo dizer que o Partido Socialista tem, na minha singela opinião, um azar colossal com muitos dos trânsfugas que tem acolhido no seu redil, sendo ocioso ficar para aqui a publicar uma lista... o que, para atalhar caminho, nos leva ao caso de hoje: o presidente da Câmara Municipal de Loures, Carlos Teixeira.
Já teve aqui direito a um reparo, há uns tempos, pela pertinácia com que decidiu fazer-se rodear de membros da família, dentro da autarquia. Neste momento não sei em quanto irá já o número de filhos e filhas, primos, afilhadas, cunhados, genros, namoradas dos filhos, irmãos ou irmãs, que fazem companhia à presidencial esposa nos quadros autárquicos... mas deve ser respeitável. Para além de ser uma alegria para o feliz edil, que deve continuar a admitir que a coisa «pode parecer mal, mas não lhe pesa na consciência», como então afirmou.
Ora o que é que pode faltar a um presidente que goza de algum reconhecimento por trabalho feito (segundo a reportagem), para além do consolo de ter o seu “ambiente de trabalho” sempre cheio de família? Exactamente! Ter, ainda enquanto presidente da Câmara em funções, uma nova avenida com o seu estimado nome: “Avenida Carlos Teixeira”.
Pronto, pronto... eu sei que pelo facto de o homem assinar a aprovação do seu próprio nome para a nova avenida de acesso ao Hospital de Loures, não está a fazer mal a ninguém. Quer dizer... faria!... Faria a si mesmo, se o ridículo matasse. Só que, como bem sabemos, não mata.
16 comentários:
De quem teria sido a proposta?... ele até deve ter estado ausente da votação! E, claro, nunca iria vetar uma decisão familiar, perdão, democrática.
Saudações e abraço
De facto,é impressionante tanta soberba e falta de ética.Infelizmente nao é único,na defesa do culto da personalidade. Em Elvas há um congénere.
"Tda a glória do mundo cabe num grao de milho"(José Marti)
Sem título?
Indigência Política sim, mas gosto mais da Porra da Estátua...!
Esta árvore rara é meu patrão e tenho que trabalhar com os mais variados membros de sua família, considero contudo que desta vez esmerou-se com esta proposta ridícula que ele próprio votou em Reunião de Câmara com os votos contra do PSD e da CDU.
Trânsfuga? Não me parece, o PS é que tem azar e já não consegue justificar estas atitudes. Esperemos pela próxima!
Abreijos
Isabel
Como culto de personalidade, não está nada mau!!!!!
Um beijo.
Ele há cada um,um não,muitos.
Um abraço,
mário
Se o ridículo matasse já viste como este nosso mundo estaria praticamente despoluído?...
Um abraço.
Transfugas em todas as áreas
nesta vida de tartufos
até dos que se dizem ser
sem nunca terem sido
Ainda bem que há gente boa
mesmo com hérnias
que nunca venderam a coluna
dos valores
Abraço
Eu não acho mal que este espartano pupilo do exército deia o seu nome a uma rua pois defendo a ideia que os homens valurosos devem ser numiados em vida. De qualquer maneira ele iria ter o seu nome numa avenida ou alameda importante.
E sim senhora, estou também a favor duma estátua ou nu mínimo de um bustu num lindo jardim, pois há por aí tanto pombinho à espera.
Quando se sente que pode, já e agora, rebentar uma guerra dirigida pelos papalvos E.U.A. e seus congéneres contra a Siria e Irão e que NÓS vamos na enchurrada. Pavões do calibre do Presidente da Câmara de Loures deviam ser depenados numa prisão, mas enfim julgo que não chegariam as prisões para tantas aves!!!...
As maiores saudações, VICKY
Salazar em vida também tinha o seu nome em pontes, praças, avenidas e ruas.
Stalinegrado,Leninegrado,Bem sei que estes eram santos,mas quanto a nomes dados a pontes, ruas e demais instituições,nas chamadas "democracias do leste" eram mato aqui o antigo "camarada" ainda não perdeu o antigo vício,há que o reeducar.
Joaquim Nunes:
Caro… antes de vir para aqui fazer figura de parvinho (embora pretendesse outra coisa) devia ter-me perguntado antes, já que o texto é meu, se eu concordo e, sobretudo, se concordava com o culto da personalidade, fosse ele de que latitude fosse…
Mesmo assim, e independentemente das concordâncias ou discordância políticas, comparar a figura e obra de um Lenine ao Carlos Teixeira de Loures… roça a indigência intelectual.
Por acaso costumo receber o boletim municipal...e uma das coisas que gosto de fazer no aconchego da minha casa de banho é contar as vezes que o dito cujo aparece nas fotos...Num exemplar conter 31 vezes...
Sr. samuel porque carga de água ando a fazer figura de parvinho,e o senhor com os comentários que faz,que figura julga que faz? Reparei que não cita Stalin o querido paisinho,e que até é contra o culto da personalidade,desculpe,voçê é cá um moralista de se tirar o chapéu,é só falsa moral e ressabiamentos.
Joaquim Nunes:
Tem razão... um mal nunca vem só, como bem prova o facto de só num post, já ter dois "comentários" seus. :-))) :-)))
Obrigado,pela atenção.
Você é cá de uma generosidade!
Enviar um comentário