quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Acalmar os mercados - Trágica perda de tempo e recursos


O governo de Pedro Miguel Passos de Vasconcelos Coelho, testa-de-ferro do colaboracionismo português, faz tudo para agradar aos mercados, nada  contra os mercados... seja o que for necessário, para “acalmar os mercados”.
Perante este último criminoso sacrifício de milhões de portugueses no altar dos mercados, que fazem estes? Acalmam? Não! Bem pelo contrário, aceleram o roubo do que ainda resta, subindo os juros exigidos a Portugal. Para liquidar rapidamente a vítima e passar a perseguir outra presa...
No caso da Grécia, sujeita a pagar juros que estão a atingir os 80 por cento, o que custa a acreditar é que se continue a chamar “ajuda”, “financiamento”, ou mesmo “empréstimo”, a esse crime hediondo cometido contra todo um povo.
A mostrar que há feras que não adianta tentar “acalmar”. Devem ser abatidas na primeira oportunidade!

21 comentários:

Olinda disse...

Quando o povo estiver consciente que esta dívida nao é da sua responsabilidade entao é que vamos ver como é que o gang os vai acalmar.

Maria disse...

Subscrevo. Na totalidade...

Abreijo.

trepadeira disse...

Claro e os amigos das feras enjaulados.

Um abraço,
mário

salvoconduto disse...

Isto um dia vai dar bernarda, é impossível o vento soprar sempre no mesmo sentido...

Abraço.

Antuã disse...

Haveremos de mudar o curso das coisas.

Eduardo Miguel Pereira disse...

Eu bem que tento contrariar o meu instinto, e seguir o conselho daqueles que há mais tempo que eu andam nestas lutas.
Mas porra ! ainda algum de vós acredita que isto lá vá com "paninhos quentes" ?
A luta vai ter que endurecer.

José Rodrigues disse...

Os Acácios ontem reunidos em Belém,dizem que é preciso paciência baixar os braços...vão bardamerda!!!

Abraço

Nuno Castelo-Branco disse...

Olinda, se não quer "ser responsável" por tudo isto, faça aquilo que eu próprio fiz há anos. Não use qualquer cartão de crédito. Ou usa? Também tem empréstimos para casa, carro e outras coisas como férias, por exemplo? Sabe até onde monta a dívida dos privados?

samuel disse...

Nuno Castelo-Branco:

Bem observado.
Embora a coisa não me pareça tão linear... e não podendo, nem querendo, responder pela Olinda, sempre digo que:

Não uso qualquer cartão de crédito.
Não tenho qualquer empréstimo de consumo em qualquer banco. Compro a pronto... ou não compro.
Vivo (e viverei) em casa arrendada.
Aliás, só ponho o dinheiro no banco, e apenas no público, porque todo o esquema em que funciona a nossa sociedade, praticamente o torna obrigatório e, convenhamos, apesar de ser uma roubalheira, o Multibanco dá muito jeito.

Graciete Rietsch disse...

"Os tubarões também se abatem".

Um beijo.

Pata Negra disse...

Os mercados só se acalmam com a ASAE!

Olinda disse...

Nuno
Antes de se ouvir falar em crise,já eu a sentia ,pois sou pequena empresária em Setúbal regiao bastante afectada pela destruiçao da industria,no entanto,nunca assumi dívidas que nao poderia corresponder.Tenho uma casa que comprei na época do saudoso Vasco Gonçalves que criou condiçoes extraordinárias ao bem estar dos trabalhadores.Nao me sinto minimamente responsável pela má gestao que estes pulhas fazem do nosso dinheiro há mais de trinta anos.

Nuno Castelo-Branco disse...

Olinda, como ultramarino, não tenho saudades nenhumas do "companheiro" Vasco e da sua ruinosa política destruidora da economia nacional, nem das benesses concedidas ao "sol da Terra" a extinta URSS. Tudo "fogo de vista" para atrair o país para o projecto que se conhece e que "tão bons" resultados teve no leste europeu... Lembra-se dos tempos em que se vendiam produtos portugueses a Moscovo, mas abaixo do preço de custo de produção? Eu era miúdo e indignava-me com isso,. Bom, o resto já se sabe, desde a rápida delapidação - já nem sei quantas toneladas de ouro!- em dois anos, etc, etc. Existia uma alta taxa de crescimento económico - a Time anunciava que Portugal seria "the next european economical miracle" - e depois foi o que se viu! Não podemos viver de saudades, mas da realidade. Para mais, hoje em dia delira-se com os momentos da "revolução" que mais não foi senão um bambúrrio pleno de consequências que a Olinda, como pequena empresária, paga bem caro. Olhe para o lado e veja o que se passou em Espanha: não houve "revolução", não se destruíram empresas, fez-se uma transição pacífica. Com todos os problemas que se conhecem, apesar de tudo está a anos-luz de nós. Pois.... mas podemos dizer que somos uma república. Quem bom, não é?

samuel disse...

Nuno:

"Eu era miúdo e indignava-me com isso..."

Apre, que era um miúdo precoce!
Quantos miúdos é que se preocupam com as relações comerciais entre estados?
É obra!!! :-)))

E eu, que não era miúdo, a pensar que, em mais do que uma ocasião, foi a URSS que ajudou Portugal! Imagine-se!!!

Não entendeu ponta do que se passava, deve ter emprenhado de ouvido, dado o provável convívio com outros "ultramarinos", ultra-reaccionários, ou mesmo fascistas, carregados (até hoje) do ódio de terem perdido as colónias e, pelo menos alguns, as grandes e criminosas mordomias que por lá tinham... mas não vale a pena esforçar-se a denegrir a imagem de Vasco Gonçalves. Para muitos, muitos milhares de trabalhadores, que nunca tinham provado a liberdade e o despontar de alguma justiça social, ele foi mesmo o "Companheiro Vasco".

Se a seguir se prepara para fazer o elogio de Salazar (espero que não)... está no sítio errado! Não o verá publicado!

Nuno Castelo-Branco disse...

Caro Samuel, elogio de Salazar? Salazar podia ser meu bisavô, aliás eram da mesma idade! Sou de outra geração. Mas já agora, a URSS ajudou Portugal em quê e quando? Só se foi na apressada e "bem feita descolonização", cujos frutos estão á vista em Angola, por exemplo...
Quanto à extinta União Soviética, na altura (1974-75) eu tinha 15 anos e o Samuel sabe tão bem quanto eu próprio, que o Portugal do Vasco, chegou a vender vinho, calçado e outros produtos "típicos" a preço inferior ao custo de produção. Havia quem chegasse ao desplante de alegar "internacionalismo", quando afinal, tal coisa não passava de simples imitação da política de autêntica ocupação colonial que o exército vermelho praticava no leste europeu (por exemplo). Aliás, uma lição aprendida com o exemplo da Wehrmacht dos anos 40 nos países do leste e centro da Europa. Fale com qualquer polaco, búlgaro ou checo e eles logo lhe explicarão como funcionava o esquema. No caso desse "internacionalismo" português de curta duração, tudo foi coberto com o auxílio financeiro do Estado de então.
Acredito piamente nos naturais entusiasmos dos primeiros tempos - as mudanças de regime são sempre assim, cheias de entusiasmos - , mas já agora, deixe-me que lhe diga que para ultramarina "fascista, criminosa e cheio de mordomias", a minha família nem sequer tinha casa própria, terrenos ou outras propriedades. Como lhe dizia num comentário acima, fui ensinado a viver com o que tenho ou o que posso ter de forma limpa. Sim, esta família vivia em Moçambique desde os finais dos anos 80 do século XIX e foram certas mentes alegadamente progressistas que decidiram que a "África é para os pretos" e a "Europa é dos brancos". De um dia para o outro, aos pretos foram retirados os BI sem dar cavaco - lembra-se? - e por lá se largaram dezenas e dezenas de milhar de soldados que serviram no nosso exército e depois certa gente liquidou a tiro de metralhadora. É mentira? Não é. Ou não concordará comigo quando lhe digo que pretos, chineses ou índios aqui nascidos e educados têm o pleno direito a serem tão portugueses como o Samuel? Pois.., as coisas têm mesmo de funcionar para os dois lados, não é?
Quanto ao "paraíso perdido" do leste, o resultado viu-se. Aquilo não era nenhum Shangri-la, não vale a pena estarem com ilusões. A "coisa" pifou de podre, tal como aqui aconteceu com a II República.

Pode fazer censura à vontade, não me importo. Desde que o Samuel leia, tudo bem.

Luis disse...

O seu post bate completamente ao lado. Lamentavelmente, a imprensa também não é capaz de esclarecer o que está em causa. Bastava aliás pensar que o Estado não coloca dívida todos os dias:

"os juros exigidos pelos investidores para comprar títulos soberanos a dois anos estavam a transacionar nos 17,163 por cento, acima dos 17,143 por cento da média da sessão de quinta-feira".

Esta notícia refere-se à transacção de títulos da dívida entre investidores - não a quaisquer juros que tenham que ser pagos por Portugal (o mesmo valendo para os 80% da Grécia).
A coisa funciona assim:
1) Portugal coloca dívida no valor X milhões de euros, num leilãocom determinada taxa de juro. Essa dívida é comprada por investidores.

2)Imagine que o Samuel comprou 1 unidade de dívida (chamemos-lhe assim), no valor de 1000 euros com uma taxa de juro prevista no final do período (1 ano por exemplo).

3)A priori, o Samuel teria a receber, ao fim de um ano, 1000 euros + 5% = 1000 + 50 = 1050 euros.

4)Imagine agora que o Samuel quer receber antecipadamente o dinheiro - porque não confia na capacidade de Portugal o reembolsar, p.ex(afinal, é isso que significa falar de reestruturar a dívida - é deixar de garantir o pagamento do capital e/ou dos juros acordados!!).

5)Entra então em acção o famoso "mercado secundário", onde os investidores compram e vendem os títulos de dívida.

6) Naturalmente, para vender, terá que fazer um desconto, em relação ao preço a que comprou.

7)Assim, da relação entre o valor nominal (da compra - os tais 1000 euros) e o valor da venda, é possível determinar uma taxa de juro implícita neste negócio:
se paguei 900 euros para comprar ao Samuel um título que me deve render, no final do período 1000+50, estou de facto a negociar algo com uma taxa de cerca de 11%.

Resumindo e concluindo, quando ler coisas destas, significa apenas que há investidores que estão a perder dinheiro por terem comprado dívida portuguesa (ou grega...)

samuel disse...

Luis:

Ah... bom. Então está tudo muitíssimo bem! :-)))
Belo momento de liturgia da especulação! :-)))

samuel disse...

Nuno Castelo-Branco:

Sempre a mesma cassete... farta.
Isto não é um órgão de comunicação social. É um blog pessoal e privado. Portanto, quando envio um qualquer "comentário" para o lixo, isso não é CENSURA, mas sim HIGIENE.
Como não é (para já) o caso dos seus comentários... deixe lá essa paranóia da censura.

Cumprimentos.

Nuno Castelo-Branco disse...

Muito, muito bem, Samuel. Já não andamos em tempos de cassetes, até porque agora temos estas modernices computorizadas. Bom, veja lá você que eu "acho" que:
1. Não deviam ter nacionalizado o BPN SEM terem nacionalizado a SLN
2. Que o governo do sr. Cavaco Silva consistiu no maior atentado jamais feito à economia portuguesa.
3. Que o governo devia imediatamente deixar de lado qualquer tipo de contrato de exploração dos nossos recursos mineiros (ou outros), principalmente aqueles que atribuem a Portugal 9% de benefícios. Os tempos são outros e se as regras internacionais ainda são estas, devemos unilateralmente mudá-las. Já ouviu falar dos arranjinhos quanto ao gás do Algarve, ferro de Moncorvo e ouro alentejano. DEVEM pertencer ao Estado e ponto final.
4. Para defesa do património construído, o Estado deve proceder a imediatas expropriações de edifícios em risco de ruína, devendo ser recuperados através do abandono da catastrófica política do betão,beneficiando uma política de reconstrução e recuperação total das zonas históricas das cidades (no caso de Lisboa, a zona histórica vai do Tejo ao Lumiar).

O meu "fascismo" é o "fascismo" do arq. Ribeiro Telles.

Para já, fico por aqui, embora o Samuel possa já acusar-me de fascismo, pois este tipo de medidas cheiram um bocadinho a Mussolini (e a Estaline também). No entanto, nem por isso deixam de ser as mais correctas.

samuel disse...

Nuno:

:-)))

Anónimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=E9NwY5qZlJI
Desde Passos Coelho, a Vítor Gaspar, a Mota Soares, a Álvaro Pereira, a Nuno Crato, etc... Todos são o exemplo do que nos anda a fazer a troika, lixando os pequenos para os grandes se governarem:
BANDO DO MAUDI
E já não anda de mota
O Pedro Mota Soares
e ele já arranjou “nota”
tem carro de milhares!
-
e há carros na penhora
ai na Segurança Social
já dizem ó sim senhora
este ministro é bestial!
-
e ele já segue contente
no carro com seus ares
já sacou o independente
e viva este mota soares!
-
mas o fundo de pensões
o da Segurança Social
ai anda a perder milhões
com a crise fenomenal!
-
e uns já tem uns cortes
ai no subsídio de Natal
mas há outros que fortes
querem que isto vá mal?
-
e um tal Miguel Macedo
as câmaras de vigilância
ele usa para meter medo
a ladrões com ganância!
-
e diz-nos o Vítor Gaspar
que nosso estado social
é aquele estado sem par
um exemplo de Portugal!
-
e assaltaram uns vizinhos
do nosso Primeiro Passos
e deixaram-lhe beijinhos
com os preciosos abraços
-
e não lhe deram de vaia
já são da mesma equipa
ai são uns moços da raia
ardem cadeiras em pipa!
-
e já dizem que são leões
estes e de nosso Governo
que encaixam os milhões
até ao fim deste Inverno!
-
e a troika que se extinga
o nosso famoso B. P. N.
e o Passos não respinga
e quer dissolver mais N!
-
estes duma sétima linha
só em juros e comissões
limpam esta terra minha
ai como o fazem ladrões!
-
e assim de vespa a Audi
fazem no País o sucesso
ai este bando do Maudi
que já vai em progresso!
-
Eugénio dos Santos